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Linguística II ENADE 2017

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Linguística II – ENADE 2017
	Acerto: 1,0  / 1,0
	Atendente: Vou passar seu pedido ao gerente. Assim que ele dispuser de tempo e poder tratar do seu caso, faremos contato com o senhor.
Nessa fala,
	
	
	ocorre paralelismo sintático, pois a segunda forma verbal subjuntiva sofre influência da anterior no que diz respeito à prescrição gramatical.
	
	o atendente demonstra familiaridade com seu interlocutor.
	
	constata-se adequação às exigências do estilo monitorado que o atendente adquiriu por força de suas tarefas comunicativas.
	
	a alternância no uso da primeira pessoa do singular e da primeira do plural deve-se a questão de referência.
	 
	verifica-se uma regra de variação sintática.
	
	
	�
	 2a Questão (Ref.: 201604030653)
	Acerto: 1,0  / 1,0
	Poema do beco
Que importa a paisagem, a Glória, a baía, a linha do horizonte?
- O que eu vejo é o beco.
(Manuel Bandeira, Antologia Poética)
No último verso, o poeta
I. desdobra a oração em duas partes, valendo-se de uma construção relativa.
II. privilegia, com base na relação tópico/comentário, a visão do beco, considerados os elementos fornecidos pelo co-texto.
III. utiliza uma construção em que não há correspondência entre estrutura sintática e efeito semântico.
Está correto o que se afirma APENAS em
	
	 
	I e II.
	
	I.
	
	III.
	
	II e III.
	
	I e III.
	
	
	�
	 3a Questão (Ref.: 201604030621)
	Acerto: 1,0  / 1,0
	Em relação aos estigmas linguísticos, vários estudiosos contemporâneos julgam que a forma como olhamos o "erro" traz implicações para o ensino de língua. A esse respeito leia a seguinte passagem, adaptada da fala de uma alfabetizadora de adultos, da zona rural, publicada no texto Lé com Lé, Cré com Cré, da obra O Professor Escreve sua História, de Maria Cristina de Campos.
"Apresentei-lhes a família do ti. Ta, te, ti, to, tu.
De posse desses fragmentos, pedi-lhes que formassem palavras, combinando-os de forma a encontrar nomes de pessoas ou objetos com significação conhecida. Lá vieram Totó, Tito, tatu e, claro, em meio à grande alegria de pela primeira vez escrever algo, uma das mulheres me exibiu triunfante a palavra teto. Emocionei-me e aplaudi sua conquista e convidei-a a ler para todos.
Sem nenhum constrangimento, vitoriosa, anunciou em alto e bom som: "teto é aquela doença ruim que dá quando a gente tem um machucado e não cuida direito".
O fenômeno sociolinguístico constituído pela passagem da proparoxítona "tétano" para a paroxítona "teto", na variedade apresentada, é observado também no emprego de
	
	 
	"figo" em lugar de fígado, e "arvre" em vez de árvore.
	
	"mortandela" em lugar de mortadela, e "cunzinha" em vez de cozinha.
	
	"bandeija" em lugar de bandeja, e "naiscer" em lugar de nascer.
	
	"paia" em lugar de palha, e "fio" em lugar de filho.
	
	"vende" em lugar de vender, e "cantá" em vez de cantar.
	
	
	�
	 4a Questão (Ref.: 201604030658)
	Acerto: 1,0  / 1,0
	Leia o depoimento de um artista pertencente à Organização não governamental Doutores da Alegria. Nessa ONG, que defende a aproximação entre arte e ciência, palhaços simulam ser médicos para crianças e adolescentes hospitalizados.
(1) Não é tão simples assim me despir do dr. Lambada. São quase
(2) dez anos nos Doutores da Alegria, duas vezes por semana no
(3) hospital, fora as aulas paralelas, este ano de canto e
(4) malabares, e as rodas de estudo na sede. O personagem fica
(5) introjetado, às vezes desembesto a falar em casa, minha
(6) mulher diz chega, mas é assim que é. Não basta comprar uma
(7) roupa (...) e distribuir bala no ônibus. Não adianta estar vestido
(8) se não se está preenchido. Muitas vezes somos a única
(9) referência de palhaço para uma criança, ou o respiro emocional
(10) para uma mãe ou um pai, e aquilo precisa ser bem feito.
(11) DR. ZAPATTA LAMBADA acredita em doentes saudáveis,
(12) duendes mentais no triângulo das ber-mudas, roucas e
(13) afônicas e na inocência do Romário.
(M. Manir, "Entre brancos e augustos. De hospital em hospital, eles quebram o protocolo atrás de uma nova performance diante da dor")
Considerando que a época de recolha de um depoimento e a de sua publicação em jornal podem não coincidir, conclui-se que a expressão este ano (linha 3) é
	
	
	anafórica PORQUE retoma uma outra referência temporal já feita no texto, a saber, duas vezes por semana.
	 
	dêitica PORQUE o tempo a que faz referência só pode ser localizado em relação à instância da enunciação.
	
	dêitica PORQUE a localização temporal a que faz referência aponta para um momento preciso.
	
	dêitica PORQUE aponta para uma outra referência temporal já feita no texto, a saber, duas vezes por semana.
	
	anafórica PORQUE o tempo a que faz referência só pode ser localizado em relação à instância da enunciação.

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