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Enf. Esp. Tailma Silva Lino de Souza • O que é Climatério? • Quais são os efeitos no corpo da mulher? Climatério X Menopausa Compreende a transição entre o período reprodutivo e não reprodutivo na vida da mulher. Consiste na interrupção dos ciclos menstruais regulares (12 meses sem um período menstrual). Essa fase marca o declínio: • Produção de óvulos para a fecundação • Síntese hormônios que garantem o desenvolvimento do embrião em seus estágios iniciais. Alterações nos ciclos menstruais causando oscilações na duração, intensidade e periodicidade das menstruações, culminando com a menopausa, que é o último sangramento. Fisiologia da produção ovariana dos hormônios: Estrogênio e Progesterona. FSH provocando uma hiperestimulação folicular ocorrendo ovulação precoce. Resultando no encurtamento da fase folicular Alguns Conceitos Menarca: 1ª menstruação da mulher. Menopausa precoce: ocorre antes dos 40 anos. Menopausa tardia: ocorre após os 50 anos. Pré-menopausa: utilizado geralmente para referir a 1 a 2 anos imediatamente antes da menopausa. Perimenopausa: inclui o período imediatamente anterior à menopausa, quando as alterações endócrinas, biológicas e o aparecimento dos sintomas ocorrem e o primeiro ano após a menopausa. Pós-menopausa: período que se segue à menopausa e se prolonga até a velhice. Estrogênio • Aumento da vagina e desenvolvimento dos lábios. • Desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários como crescimento das mamas, controle do ciclo menstrual e regulação da ovulação. • Estimula o crescimento dos ossos longos e sua calcificação. • Manutenção dos tecidos do organismos, garantindo a elasticidade da pele e dos vasos sanguíneos. • Proliferação do epitélio do trígono vesical e da uretra Sinais e Sintomas Sistema Nervoso Central • Irritabilidade • Humor depressivo • Choro Fácil • Baixa autoestima • Diminuição do libido • Falta de memória e de concentração Sinais e Sintomas Sintomas vasomotores • Fogachos: rubores súbitos de calor principalmente na cabeça que pode acompanhar de suor noturno (causam insônia). Disfunção do centro termorregulador do hipotálamo Sinais e Sintomas Pele e Anexos • Diminuição das secreções endócrinas • As camadas da pele estão mais finas, vulneráveis e desprotegidas. • Diminuição do colágeno da pele com perda da elasticidade, que torna-se enrugada e seca. • Os pelos diminuem em número e volume e embranquecem. • Aumento de pelos faciais Sinais e Sintomas Ossos • Encurtamento dos ossos longos • Osteopenia • Osteoporose • Fraturas Obesidade Baixa autoestima Insulinorresistência Sinais e Sintomas Aparelho Urinário • Disúria • Aumento da frequência e urgências urinárias • Incontinência urinária • Dificuldade de esvaziamento vesical • Maior propensão a ITU Sinais e Sintomas Órgãos Urogenitais Vulva: pelos pubianos mais finos, grandes lábios com menos tecido elástico e gordura subcutânea, pequenos lábios proeminentes e glândulas de Bartholin atrofiadas. Vagina: atrofia da mucosa vaginal, perda da rugosidade, aumento do número de infecções, dispaurenia. Sinais e Sintomas Útero: redução do corpo uterino e da cérvice, estreitamento do canal vaginal, estenose do orifício externo do colo. Tubas uterinas: redução do lúmen, ausência de secreção e motilidade. Ovários: volume reduzido, tornam-se duros e enrugados, redução da fertilidade. Sinais e Sintomas Assoalho pélvico: atrofia musculoesqueléticas e conjuntivas Mamas: diminuição do parênquima glandular, tornam-se mais flácidas. Aparelho Cardiovascular • Aumento de risco para doença cardiovascular • Elevação do colesterol total O Climatério não é uma doença e sim uma fase natural da vida da mulher. Muitas passam por ele e não apresentam queixas. Atividades de apoio à mulher no climatério direcionadas à promoção, à proteção e à recuperação da saúde envolvendo uma equipe multidisciplinar são estratégias que podem ser oferecidas rotineiramente pelos serviços de saúde. Anamenese • Colher toda a história da mulher (menarca, irregularidade menstrual). • Avaliar ao antecedentes pessoais, familiares, menstruais, sexuais e obstétricos. • Investigar os métodos de anticoncepção utilizados a vulnerabilidade da mulher a DST/aids . • Investigar a frequência da realização de exames preventivos do câncer do colo do útero e de detecção precoce do câncer de mama. • Hábitos alimentares (ingesta de fibras, gorduras, alimentos com cálcio e carboidratos simples) • Atividades físicas (tipo, regularidade e duração) • Além da existência de patologias concomitantes, uso de medicações, alergias. • Problemas pessoais, do relacionamento amoroso ou familiar. Exame Físico • Verificação do peso e altura para cálculo do Índice de Massa Corpórea – IMC (peso/altura²). • A verificação da pressão arterial. • medida da circunferência abdominal (> 80 cm nas mulheres). • Inspeção deve iniciar pela face, aspecto da pele e mucosas. • avaliação mamária, com inspeção e palpação cuidadosa das mesmas, culminando na expressão papilar, na procura de descarga patológica. • Realizar palpação abdominal e da pelve é direcionada à investigação de anormalidades na parede e na cavidade. • inspeção cuidadosa da vulva com atenção para a ocorrência de alterações do trofismo, coloração ou adelgaçamento da pele e mucosa, observar com prolapsos genitais nos mais variados graus e naturezas, acompanhados ou não de roturas perineais. • Ao exame especular realizar avaliação da rugosidade da mucosa e da lubrificação do colo e vagina. Exames Complementares • Avaliação laboratorial • Mamografia e ultra-sonografia mamária (de acordo com as diretrizes de rastreamento para o câncer de mama) • Exame Preventivo do câncer do colo do útero • Ultrassonografia transvaginal • Densitometria óssea Tratamento Terapia de reposição hormonal (TRH) A substituição dos hormônios, que antes eram produzidos pelos ovários, por hormônios administrados através da pele (adesivos transdérmicos), por via oral (comprimidos) e, mesmo, por injeções intramusculares ou por cremes vaginais. Deve ser iniciada para alívio dos sintomas desagradáveis relacionados à redução dos esteróides sexuais, como as alterações menstruais, fogachos/sudorese e aqueles consequentes à atrofia urogenital. A dose ministrada deve ser a mínima eficaz para melhorar os sintomas, devendo ser interrompida assim que os benefícios desejados tenham sido alcançados ou os riscos superem os benefícios. Tratamento não hormonal Pode ser utilizado: • Para mulheres que não desejam a hormonioterapia; • Para mulheres que apresentam efeitos colaterais durante a TH; • Contra-indicação à TH; • Para mulheres sintomáticas em que a resposta à terapia hormonal é insatisfatória. • Considere terapias não-hormonais ( bifosfanatos e moduladores seletivos de receptores de estrogênio. • Considere os exercícios de sustentação de peso, cálcio, vitamina D, abandono do tabagismo e do álcool para tratar ou evitar a osteoporose.