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Aula 9 Perdão da vítima

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Perdão da vítima (Art.51, CPP; Art.53, CPP; Art.55, CPP; Art.56, CPP; Art.57, CPP; Art.58, CPP; Art.59, CPP)
- Os artigos 52 e 54 do Código de Processo Penal foram tacitamente derrogados pelo Código Civil de 2002. Pode ser expresso ou tácito, por exemplo se a vítima e o réu começarem a namorar ou se casar. É bilateral, pois depende da aceitação do réu, que pode desejar dar continuidade à ação penal. É processual e o perdão oferecido a um dos corréus se estenderá aos demais que o aceitarem, extinguindo sua punibilidade. Pode ser ofertado até o trânsito em julgado da sentença final (Art.106, parágrafo 2°, CP).
Perempção (Art.60, CPP)
- É uma sanção processual aplicada ao querelante pela inércia na condução da ação privada, o que acarreta a extinção da punibilidade do querelado.
3°) Princípio da indivisibilidade (Art.48, CPP)
- O particular ou processa todos os envolvidos ou não processa ninguém, devendo o Ministério Público atuar como custos legis (fiscal da lei) zelando pela sua aplicação nas ações privadas. Questão que gera discussão doutrinária é a possibilidade de aditamento da queixa crime pelo Ministério Público, prevalecendo o entendimento de que não é cabível, de modo que se perceber que o particular se omitiu de má-fé, deverá emitir parecer pela extinção da punibilidade de todos em razão da renúncia ou emitir parecer para que o querelante se manifeste se quer aditar ou não a queixa, caso não haja má-fé. 
OBS: O artigo 45 do Código de Processo Penal fundamenta a posição de autores que defendem que o Ministério Público pode aditar a queixa, entretanto, como não é titular da ação, o melhor entendimento é de que o Ministério Público só pode fazer meras correções e não incluir corréus.
4°) Princípio da intranscendência ou da pessoalidade 
- A ação só pode ser proposta contra quem é o suposto infrator.
Espécies de ação privada
1) Exclusivamente privada ou privada propriamente dita
- É exercida pela vítima ou seu representante legal, cabendo sucessão processual.
2) Personalíssima
- É exercida apenas pela vítima, não cabendo representação legal ou sucessão processual, se a vítima for menor de 18 anos, o prazo decadencial só contará quando completar a maioridade e no caso de morte ou ausência da vítima, haverá necessariamente a extinção da punibilidade pela decadência ou perempção. Se doente mental, deve-se aguardar a vítima recobrar a sanidade. Exemplo: Crime do artigo 236 do Código Penal e o revogado artigo 240 do Código Penal (Adultério).
3) Subsidiária da pública ou supletiva ou acidentalmente privada
- É iniciada por queixa supletiva ou substitutiva, tem previsão no artigo 5°, LIX, da Constituição Federal de 1988, artigo 29 do Código de Processo Penal e artigo 100, parágrafo 3°, do Código Penal. Haverá cabimento quando o Ministério Público ficar inerte, ao não promover a denúncia ou não se manifestar pelo arquivamento do inquérito policial ou não requisitar novas diligências investigatórias, o que permite que o particular, dentro do prazo do artigo 38 do Código de Processo Penal ofereça queixa, após este prazo o Ministério Público retomará a titularidade absoluta da ação penal pública.
O Ministério Público, na ação subsidiária, será interveniente adesivo obrigatório ou parte adjunta, atuando no processo em todos os seus termos, sob pena de nulidade, possuindo amplos poderes e com as atribuições de previstas no artigo 29 do Código de Processo Penal.
Prazos para oferecimento da denúncia 
Regra geral (Art.46, CPP)
- 5 dias se estiver preso e 15 dias se estiver solto.
Prazos especiais
a) Artigo 357 do Código Eleitoral
- 10 dias.
b) Artigo 54, III, da lei de drogas (lei 11.343/2006)
- 10 dias para tráfico de drogas.
c) Art.13 da lei de abuso de autoridade (lei 4.898/65)
- 48 horas.
 d) Art.10, parágrafo 2°, da lei de crimes contra a economia popular (lei 1.521/51)
- 2 dias
Contagem do prazo para oferecimento da denúncia
- O prazo não é contado na forma do artigo 798, parágrafo 1°, do Código de Processo Penal e sim conforme o artigo 46 do Código de Processo Penal.
Inicial acusatória
- Denúncia ofertada pelo Ministério Público ou queixa crime ofertada pelo querelante em face do querelado. Devem conter os requisitos previstos no artigo 41 do Código de Processo Penal, sob pena de inépcia da inicial acusatória, além de pedido de condenação, endereçamento, nome e assinatura do acusador e ser redigida em português. No caso da queixa, esta deverá ser acompanhada de procuração com poderes especiais na forma do artigo 44 do Código de Processo penal, caso não seja regularizada no prazo do artigo 38 do Código de Processo Penal, haverá decadência e extinção da punibilidade.
OBS: No artigo 44 do Código de Processo Penal a expressão o nome do querelante está incorreta, a expressão correta é o nome do querelado.

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