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INICIAL plano de aula 7 (Maria vs Roberto Responsabilidade Civil com tutela)

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUÍZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE ARAÇATUBA/SP
MARIA, nacionalidade, viúva, profissão, portadora da carteira de identidade n°, expedida pelo, inscrita no CPF/MF sob o n°, residente e domiciliado na Rua Bérgamo, n° 123, apt. 205, bairro, Araçatuba, SP, CEP, endereço eletrônico, por seu advogado legalmente constituído que, para fins do artigo 106, I do Código de Processo Civil, indica o endereço profissional na Rua, n°, bairro, Cidade, Estado, CEP, vem, perante Vossa Excelência, propor a presente:
AÇÃO DE RESPONSABILIDADE CIVIL C/C PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA
Pelo rito comum, em face de ROBERTO, nacionalidade, estado civil (existência de união estável), comerciante, portador da carteira de identidade n°, expedida pelo, inscrito no CPF/MF sob o n°, residente e domiciliado na Rua, n°, bairro, Cidade, Estado, CEP, endereço eletrônico, pelas razões de fato e de direito que passa a expor:
DA COMPETÊNCIA DO JUÍZO
A lei processual civil brasileira vigente traz como regra de foro, em ação de responsabilidade civil, o de domicílio do réu, que neste caso seria Recife-PE, nos termos do artigo 46:
“Art. 46. A ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis será proposta, em regra, no foro de domicílio do réu.”
Ocorre que, nobre magistrado, a autora se encontra em estado de viuvez, residindo em outro estado, qual seja São Paulo e não possui renda própria. Além disso teve, com o falecimento de seu marido, muitos gastos. Logo, é possível analisar a falta de recursos e condição financeira da autora para atender aos gastos que a mesma teria para realizar os atos processuais se o processo tiver tramitação na comarca de Recife, PE.
Nesta situação, em respeito ao artigo 5°, inciso XXXV da Constituição Federal que assim dispõe:
“Art. 5°. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
XXXV – a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito.”
Pede-se que seja apreciada pelo juízo a excepcionalidade da competência de foro para atender melhor aos direitos e necessidades da autora.
DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
A autora da presente demanda não possui renda própria e tinha seu sustento do trabalho de pedreiro exercido por seu falecido esposo. O casal não possui filhos e se mantinha com a renda mensal equivalente a um salário mínimo.
Houve que com o óbito de seu esposo a autora além de ter tido enormes gastos com deslocamento para Recife, transporte do corpo e funeral, perdeu ainda o que tinha como renda mensal.
Em razão de encontrar-se nesta situação é requerido que seja fornecido a autora o benefício da gratuidade de justiça em respeito ao que prevê a Lei 1060/50, em consonância com o artigo 5°, inciso LXXIV da CRFB/88 e o artigo 98 do Código de Processo Civil vigente.
“Art. 5°. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
LXXIV – O Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que provarem insuficiência de recurso;”
“Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade de justiça na forma da lei.”
DOS FATOS
A autora estava unida a Marcos pelo matrimônio e este era o responsável pelo sustento da casa bem como da autora que não possuía renda própria, ambos sem filhos residiam na cidade de Araçatuba, SP.
No entanto Marcos, ao caminhar por uma rua de Recife, PE, foi atingido por um aparelho de ar condicionado que caiu de um prédio ao ser manuseado imprudentemente pelo réu. Marcos foi encaminhado a um hospital particular onde esteve internado por um dia vindo a óbito em seguida.
A autora, profundamente abalada com a perda trágica de seu esposo, deslocou-se até Recife para transportar o corpo a cidade de Araçatuba e lá realizar o funeral. Arcando com despesas hospitalares no valor de R$ 3.000,00 e gastos de transporte e funeral na soma de R$ 3.000,00.
Realizada a perícia técnica o laudo apontou como causa da morte traumatismo craniano decorrente da queda do aparelho de ar condicionado. Com isso o inquérito policial determinou o indiciamento do réu sendo condenado em primeira instância pela autoria de homicídio culposo.
Salienta-se que a autora ao se tornar viúva, sem ter renda própria, perdeu a fonte de renda mensal no equivalente a um salário mínimo que era resultante do trabalho de pedreiro de seu falecido marido como pedreiro.
Por esta razão a autora, através desta lide, busca o resguardo pelo direito material e processual da responsabilidade civil atribuída ao réu pelo ato ilícito relatado.
DOS FUNDAMENTOS
A autora encontra amparo de seu direito no ordenamento jurídico brasileiro vigente.
O fato relatado, sob a égide da Lei Civil Brasileira, apresenta prática de ato ilícito pelo réu, tendo em vista que este, imprudentemente, manejava o objeto que na queda deu causa a morte do marido da autora. O dispositivo traz em seu artigo 186 com a intitulação Dos Atos Ilícitos o que acarreta na prática de ato ilícito:
“Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.”
No título de Responsabilidade Civil no primeiro capítulo o legislador apresentou a obrigação de indenizar. Dentro desta capitulação encontra-se o artigo 927 que atribui, a quem pratica ato ilícito, a obrigação de repará-lo de forma clara:
“Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.”
Restando a configuração de ato ilícito praticado pelo réu, possui a autora resguardo para requerer a indenização em caráter material e moral como sumulado pelo STJ:
“37. São cumuláveis as indenizações material e moral oriundos do mesmo fato.”
Cabe então observar composição dos danos sofridos pela autora por ato ilícito do réu.
DO DANO MATERIAL
Do ato ilícito do réu ouve como resultado a morte do marido da autora sendo comprovado por laudo pericial.
O Código Civil analisa no inciso I do artigo 948 que a indenização em situação de homicídio atende as despesas do tratamento da vítima assim como o funeral desta.
“Art. 948. No caso de homicídio, a indenização consiste, sem excluir outras reparações:
I – no pagamento das despesas com o tratamento da vítima, seu funeral e o luto da família;”
As despesas hospitalares com os cuidados da vítima somaram R$ 3.000,00 e os gastos com transporte do corpo e funeral em mais R$ 3.000,00. Por esta razão busca a autora a indenização de R$ 6.000,00 a título de dano material.
DO DANO MORAL
Resta ainda do fato o dano moral sofrido pela autora em decorrência do fato pela imprudência do réu, este na forma simples pode ser definido como prejuízo causado ao patrimônio moral de uma pessoa, seja física ou jurídica, que é suscetível de indenização.
A professora Maria Helena Diniz em sua obra “Dicionário Jurídico”, volume 2, na página 05 assevera com muita propriedade a respeito do dano moral que:
“A reparação do dano moral não é uma indenização por dor, vergonha, humilhação, perda da tranquilidade ou prazer de viver, mas um compensação pelo dano e injustiça sofridos pelo lesado, suscetível de proporcionar-lhe uma vantagem, pois ele poderá, com a soma em dinheiro recebido, procurar atender às satisfações materiais ou ideais que repute convenientes, atenuando, assim, em parte, seu sofrimento.”
O abalo que o homicídio causou de Marcos causou a autora é inquestionável e não se pode apontar que o pagamento de uma quantia em dinheiro o reduza, mas ao menos auxilia a autoraa manter-se mesmo com a perda.
DA TUTELA DE URGÊNCIA
A autora enquanto casada era mantida com renda mensal em torno de um salário mínimo resultante do trabalho de seu, agora falecido, esposo como pedreiro.
No entanto, com a morte do marido a autora agora em estado de viuvez encontra-se sem renda própria e sem o sustento do trabalho do falecido marido.
O Código Civil Brasileiro de 2002 no inciso II do artigo 948 aponta a prestação de alimentos no caso de homicídio:
“Art. 948. No caso de homicídio, a indenização consiste, sem excluir outras reparações:
II – na prestação de alimentos às pessoas a quem o morto os devia, levando-se em conta a duração provável da vida da vítima.”
Por esta razão, com amparo no dispositivo mencionado busca a autora, em caráter de urgência, como tutela antecipada que o réu realize o pagamento de pensão vitalícia para que a autora possa subsistir, no valor de um salário mínimo.
DOS PEDIDOS:
Diante do exposto, requer a Vossa Excelência:
Seja DEFERIDA e declarada por sentença a tutela de urgência para pagamento do valor correspondente a um salário mínimo a título de pensão vitalícia para a autora, imediatamente, sob pena de multa diária a ser arbitrada por este juízo;
Seja concedido o benefício da GRATUIDADE DE JUSTIÇA requerido pela parte autora;
Seja o réu citado para a realização de Audiência de Conciliação e Mediação a partir da qual, não havendo composição da lide, iniciará a contagem do prazo para contestação;
Sejam os pedidos julgados procedentes e declarados por sentença;
Seja transformada em definitiva a tutela antecipada deferida;
Seja o réu condenado ao pagamento, à título de danos materiais, no valor de R$ 6.000,00 (seis mil reais), acrescido de juros e correção monetária;
Seja o réu condenado ao pagamento da quantia de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), à título de danos morais;
Seja o réu condenado ao pagamento das custas processuais e aos honorários advocatícios na base de 20% sobre o valor da causa;
DAS PROVAS:
Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude dos artigos 369 e seguintes do Código de Processo Civil, em especial documental, documental superveniente, testemunhal, pericial e depoimento pessoal do réu.
DO VALOR DA CAUSA
Dá-se à causa o valor de R$ 56.000,00 (cinquenta e seis mil reais).
Nestes termos
Pede deferimento
_________,________ de _________________ de ____________
Advogado
OAB

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