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RECLAMAÇÃO TRABALHISTA TRABALHO PRÁTICA SIMULADA

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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) JUIZ (A) DO TRABALHO DA___VARA DO TRABALHO DE CUIABÁ/MT 
 
ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA
BRUNO SILVA, brasileiro, solteiro, nascido em 20/02/1990, filho de Helena Silva e de Valmor Silva, portador RG nº 0011, inscrito no CPF sob o nº 0012, número da CTPS 0010, número do PIS 0013, domiciliado à Rua das Oliveiras, 150, Cuiabá, CEP 20.000-000, por seus advogados infrafirmados e procuração nos autos, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, propor a presente:
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA - ACIDENTE DE TRABALHO CC PEDIDO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS
 Rito Sumaríssimo 
Em face da CENTRAL DE LEGUMES LTDA, inscrita no CNPJ sob o nº ...,, cuja sede se localiza à rua das Acácias, 58, Cuiabá, CEP 20.000-010, o que faz pelos fatos e fundamentos adiante alinhados:
01 - DA ASSITENCIA JUDICIÁRIA GRATUITA
Estabelece a Lei nº 1.060, de 05 de fevereiro de 1950, publicada no Diário Oficial da União em 13.02.1950, nos arts. 2º, 4º e 9º:
Art. 2º - Gozarão dos benefícios desta lei os nacionais ou estrangeiros residentes no país, que necessitarem recorrer à justiça penal, civil, militar ou do trabalho.
Art. 4º - A parte gozará dos benefícios da assistência judiciária, mediante simples afirmação, na própria petição inicial, de que não está em condições de pagar as custas do processo e os honorários de advogado, sem prejuízo próprio ou de sua família.
Art. 9º - Os benefícios da assistência judiciária compreendem todos os atos do processo até decisão final do litígio, em todas as instâncias.
Vale destacar, por oportuno, que a assistência judiciária, mecanismo de garantia do amplo acesso ao Judiciário, pode ser requerida através de simples afirmação, na própria petição inicial, de que a parte requerente não tem condições de prover as custas processuais e os honorários advocatícios, sem prejuízo da própria manutenção. É esse o entendimento do Col. Superior Tribunal de Justiça, no julgamento do REsp. no 151.943-GO, publicado no DJU de 29.06.98.
Recurso especial. Assistência judiciária. Indeferimento de plano. Possibilidade. Fundadas razões. Lei 1.060/50, art. 4 e 5. Precedente Recurso desacolhido.- pelo sistema legal vigente, faz jus à parte aos benefícios da assistência judiciária, mediante simples afirmação, na própria petição, de que não esta em condições de pagar as custas do processo e os honorários de advogado, sem prejuízo próprio ou de sua família (lei 1.060/50, art. 4), ressalvado ao juiz, no entanto, indeferir a pretensão se tiver fundadas razões para isso (art. 5).
	Ante o exposto, pede seja, com o despacho que receber a ação, deferida a assistência judiciária gratuita ao Reclamante. 
02 – DOS FATOS
O Reclamante foi admitido em 05/07/2011 pela empresa Central de Legumes Ltda., situada na Rua das Acácias, 58 – Cuiabá – CEP 20000-010, e dispensado sem justa causa em 27/10/2013, quando recebeu corretamente as verbas da extinção contratual, teve a CTPS assinada e exercia a função de empacotador, recebeu por último o salário de R$ 1.300,00 por mês; sua tarefa consistia em empacotar congelados de legumes numa máquina adquirida para tal fim.
Na data de 30/11/2011 o Reclamante sofreu um acidente do trabalho na referida máquina, quando sua mão ficou presa no interior do equipamento, ficou afastado pelo INSS e recebeu auxílio doença acidentário até 20/05/2012, quando retornou ao serviço. No acidente, sofreu amputação traumática de um dedo da mão esquerda e se submeteu a tratamento médico e psicológico, gastando com os profissionais a quantia de R$ 2.500,00 entre honorários profissionais e medicamentos, tendo levado consigo os recibos.
Ao retornar para a empresa, tendo sido comprovada pelos peritos do INSS a perda de 20% da sua capacidade laborativa, foi readaptado a outra função. A CIPA da empresa, convocada quando da ocorrência do acidente, verificou que a máquina havia sido alterada pela empresa, que retirou um dos componentes de segurança no intuito de que esta trabalhasse mais rápido e, assim, consequentemente, aumentasse a produtividade. Bruno costumava fazer digitação de trabalhos de conclusão de curso para universitários para complementar sua renda, na ocasião ganhava em torno de R$200,00 por mês, ocorre que no período em que esteve afastado pelo INSS não teve condição física de realizar esta atividade, voltando a realizar os trabalhos após o retorno ao emprego.
03 – DOS DIREITOS
3.1 -      DO DANO MATERIAL (EMERGENTE)
O acidente de trabalho sofrido pelo Reclamante, quando sua mão esquerda ficou presa no interior do equipamento ocorreu devido a adulteração feita no equipamento pela referida empresa, onde um dos equipamentos de segurança fora retirado a fim de que com isso a máquina trabalhasse com mais rapidez e aumentasse a produtividade. Depois do ocorrido o empregado foi submetido a tratamento médico e psicológico, gastando ao todo o valor de R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais), conforme notas fiscais em anexo.
Ocorre que a Constituição Federal (CF), no art. 5º, V, assegura indenização por danos materiais, morais ou à imagem, sendo confirmado pelo art. 950 do Código Civil (CC). A indenização é resultante da responsabilidade civil decorrente da obrigação do empregador de não infringir direitos como a imagem, a honra, a intimidade do trabalhador, tutelados no art. 5º, X da CF:
“Art. 5º CF/88 - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
 I - Homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;
 II - Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
III - Ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;
 IV - É livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;
 V - É assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem; 
X - São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;
Art. 950. CC - Se da ofensa resultar defeito pelo qual o ofendido não possa exercer o seu ofício ou profissão, ou se lhe diminua a capacidade de trabalho, a indenização, além das despesas do tratamento e lucros cessantes até ao fim da convalescença, incluirá pensão correspondente à importância do trabalho para que se inabilitou, ou da depreciação que ele sofreu.
Parágrafo único. O prejudicado, se preferir, poderá exigir que a indenização seja arbitrada e paga de uma só vez. ” (Negrito nosso)
É notória a culpa do empregador pela conduta imprudente, ao fazer a alteração na máquina com o intuito de fazê-la produzir mais. O dano emergente experimentado pelo empregado é comprovado pelas notas fiscais no valor de R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais), gasto no tratamento médico e psicológico. O nexo causal demonstra-se pelo fato de que o dano decorreu do procedimento do empregador.
Deste modo, o Reclamante requer a reparação pelo dano material (emergente) experimentado no valor de R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais).
3.2 - DO DANO MATERIAL (LUCRO CESSANTE)
O empregado, para complementar sua renda fazia digitação de trabalhos de conclusão de curso (TCC) para universitários, e com isto tinha uma renda média de R$ 200,00 (duzentos reais) por mês, segundo recibos anexados (documento 03). Contudo, por conta da falta de condição física, no período em que ficou afastado, não pôde realizar esta atividade, voltou a fazer logo que retornou ao emprego, ou seja, em 20/05/2012.
Os requisitos de culpa, dano e nexo causal, inerentes à responsabilidade civil, estipulada nos arts. 186 e 927, caput, do CC:
“Art. 186. - Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamentemoral, comete ato ilícito.
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.”
A culpa evidencia-se pela atitude imprudente do agente empregador em alterar o maquinário para que aumentasse a produtividade. O dano constata-se pela cessação do rendimento que obtinha de R$ 200,00 (duzentos reais) mensais com a digitação de TCC´s, no período de 01/12/2011 a 19/05/2012. O nexo de causalidade comprende-se pelo fato de que o dano transcorreu da conduta do patrão.
Assim sendo, requer a reparação pelo dano material (lucro cessante) experimentado pelo Reclamante no valor de R$ 200,00 (duzentos reais) mensais, pelo período de 01/12/2011 a 19/05/2012.
3.3 - DO DANO ESTÉTICO
Em decorrência do acidente sofrido em 30/11/2011, momento em que teve sua mão esquerda presa no interior da já citada máquina, o empregado sofreu amputação de um dos dedos.
As condições que caracterizam a responsabilidade civil também aqui estão presentes, quais sejam a culpa, o dano e o nexo de causalidade, enfocados nos arts. 186 e 927, caput, do CC. A culpa verifica-se pela atitude imprudente do empregador, ao alterar o maquinário para fazê-lo produzir mais. O dano estético evidencia-se pela amputação de um dos dedos da mão esquerda do empregado, em que se enquadram as prescrições dos incisos V e X do art. 5º, da CF, notadamente quando se refere à indenização pelo dano à imagem. O nexo causal é inquestionável, dado que a lesão decorreu da conduta comissiva do empregador. 
Destarte, requer a reparação pelo dano estético gerado ao empregado em valor a ser arbitrado pelo Douto Juízo.
3.4 - DO DANO MORAL
O Reclamante sofreu acidente no qual ocasionou uma amputação traumática de um dos dedos da mão esquerda, acontecimento este que que lhe causou resultados emocionais, por conta do mencionado acidente foi submetido a tratamento especializado, inclusive o psicológico.
Outra vez, os requisitos inerentes da responsabilidade civil são demonstrados conforme previstos nos arts. 186 e 927, caput, do CC: culpa, dano e nexo causal. A culpa constata pelo comportamento do empregador em fazer a alteração na máquina de forma imprudente. O dano moral incide do sofrimento emocional experimentado pelo Reclamante, que teve que passar por tratamento psicológico. O nexo de causalidade aparece pelo evento de o dano ter sido acarretado a partir do acidente com amputação do dedo, o que decorrente da conduta do Reclamado.
Por conta da responsabilidade do empregador, o empregado faz jus à indenização por dano moral, assegurada a partir do disposto no inciso V c/c X do art. 5º, da CF, conforme já explicitado.
Assim, requer o Reclamante o pagamento de indenização por dano moral no valor a ser arbitrado por este Douto Juízo.
3.5 - DA PENSÃO VITALÍCIA
O empregado, conforme atestado pelos peritos do INSS teve perda de 20% (vinte por cento) de sua capacidade laborativa, decorrente do acidente de trabalho sofrido, sendo readaptado para outra função.
Todavia, conforme o disposto no art. 950 do CC, ao prescrever que a indenização incluirá pensão proporcional à importância do trabalho para o qual teve sua capacidade reduzida. Assim, em observância ao percentual da redução da capacidade sofrida pelo empregado ser de 20% (vinte por cento), este deve ser o quantum percentual do seu salário anterior a ser restituído por meio de pensão mensal vitalícia.
Neste seguimento, requer o Reclamante o pagamento de pensão vitalícia de 20% (vinte por cento) do salário anterior, pelo fato de ter tido sua capacidade laboral reduzida.
4 – DOS PEDIDOS
Diante dos fatos e fundamentos acima elencados, requer digne-se Vossa Excelência:
a)      Conceder os benefícios da justiça gratuita ao Reclamante, uma vez que o mesmo está desempregado e não tem condições de arcar com as custas judiciais sem prejuízo do sustento próprio; 
b)      Ordenar a citação da Reclamada para comparecer à audiência a ser designada, e, querendo, contestar a presente ação, sob pena de revelia e confissão;
c)      Ordenar, caso Vossa Excelência entenda necessário, a realização de perícia no local para constatar a adulteração da referida máquina, a teor do disposto no art. 852-H, §4, da CLT; 
d)      Julgar TOTALMENTE PROCEDENTE a presente ação, condenando a Reclamada no importe de R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais), referente ao dano material (emergente);
f) Reparação pelo dano material (lucro cessante) experimentado pelo Reclamante no valor de R$ 200,00 (duzentos reais) mensais, pelo período de 01/12/2011 a 19/05/2012 a ser arbitrado pelo Douto Juízo;
g) Pagamento de indenização pela reparação do dano estético gerado ao empregado em valor a ser arbitrado pelo Douto Juízo;
h) Pagamento de indenização por dano moral no valor a ser arbitrado por este Douto Juízo; 
i) Pagamento de pensão vitalícia de 20% (vinte por cento) do salário anterior, pelo fato de ter tido sua capacidade laboral reduzida;
f)        Pagamento de honorários advocatícios, na ordem de 15% sobre a condenação, nos termos do artigo 133 da Constituição Federal, Lei nº 7.510/86, pelo simples fato do reclamante ser pessoa pobre e não ter condições de arcar com o pagamento das custas processuais;
Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, notadamente pelo depoimento pessoal da Reclamada, perícia no local, inquirição de testemunhas e juntada de provas documentais outras e tudo o mais necessário ao fiel deslinde da ação.
Dá-se à causa o valor de R$ 3.700,00 (três mil setecentos reais).
Nestes termos,
Pede e espera deferimento.
 
			Cuiabá / MT, 09 de março de 2017.
_______________________________
ADVOGADO
OAB/ Nº

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