Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Libras - Língua Brasileira de Sinais Educação e diversidade APÊNDICE UNIDADE � Diversidade etnorracial U2 1 Apêndice Gabaritos comentados com resposta-padrão Diversidade etnorracial: UNIDADE 2 Gabarito 1 – Faça você mesmo! – Seção 2.1 1. Alternativa Correta: B Resposta Comentada: A princípio os africanos eram identificados pelos nomes dos portos quando eram embarcados na África. Com a intensificação do comércio os europeus passaram a identificá-los pelas suas proximidades linguísticas. Os portugueses tinham consciência da existência de uma diversidade de grupos africanos e os dividia em nações. Dividir os povos em nações já era um conceito utilizado na Europa que a dividia em espanhóis, francês, ingleses etc. Conforme Thornton (2004) o conceito de nação [...] era essencialmente etnolinguístico, e não político. Os grupos culturais eram então divididos conforme as proximidades linguísticas. No entanto não podemos tomar as línguas como mediadoras das diferenças culturais, pois mesmo que falassem línguas diferentes tinham uma proximidade cultural que os deixavam muito parecidos. Existiam centenas de grupos étnicos que ficavam encobertos pelas nações mascarando a diversidade dos africanos. 2. Alternativa Correta: C Resposta Comentada: Sabemos que do final do século XVII (1680 até 1770), tanto a África Central quanto a Costa da Mina foram os lugares que mais escravos foram enviados para o Brasil. Esse comércio é conhecido como comércio triangular que envolveu Europa, África e Américas, por meio do oceano Atlântico. O comércio triangular, segundo Alencastro (2000, p. 116) possui uma dinâmica própria da política portuguesa no Atlântico. Esse comércio traz Diversidade etnorracial U2 2 Gabarito 2 – Faça você mesmo! – Seção 2.2 1. Alternativa Correta: D Resposta Comentada: A partir da década de 1570, “a Coroa começou a tomar medidas através de várias leis, para tentar impedir o morticínio e a escravização desenfreada dos índios. As leis continham ressalvas e eram burladas com facilidade. Escravizavam-se índios em decorrência de “guerras justas”, isto é, guerras consideradas defensivas, ou como punição pela prática de antropofagia. Escravizava-se também pelo resgaste, isto é, a compra de indígenas prisioneiros de outras tribos, que determinou a libertação definitiva dos indígenas (FAUSTO, 1998, p. 50). De acordo com o mesmo auto, a resistência indígena legitimava as “guerras justas”, que propiciava a capturas de muitos índios. 2. Alternativa Correta: C Resposta Comentada: Índios “aldeados “ eram aqueles que não ofereciam resistência à colonização. Eles se propunham a aceitar os costumes europeus, a serem batizados, catequizados e “aldeados”, isto é, serem transferidos para outras áreas mais próximas dos colonizadores. Então, além de desistirem de sua vida tradicional, também passavam a morar próximo das missões jesuítas, o que era de interesse do governo português. Por duas consequências: “Em primeiro lugar as carreiras marítimas reforçam certas aristocracias negreiras africanas e ampliam a oferta de escravos nos portos de trato. Em segundo lugar, esses fluxos estimulam o intercâmbio com a África, contribuindo para fixar capitais e equipamentos de navegação nesse setor e, por fim, para diminuir os custos de transportes no Atlântico Sul.” 3. Alternativa Correta: A Resposta Comentada: Os africanos oferecem muitos tipos de resistências ao sistema escravista. Os escravos reagiam aos maus tratos, a violência e a opressão do sistema escravista. Assim aproveitavam as brechas que o sistema dispunha para negociar sua situação. Isso podia se dar por meio de fugas, que era uma maneira de pressionar o senhor para negociar melhores condições de trabalho, de alimentação etc. No entanto se não eram atendidos, isso podia se transformar em uma organização de revolta, que reuniria inúmeros escravos. Além disso havia os suicídios que o escravo acreditava ser a única saída para a vida que estava levando. Diversidade etnorracial U2 3 Gabarito 3 – Faça você mesmo! – Seção 2.3 1. Alternativa Correta: C Resposta Comentada: Foi a partir dos anos 1970 que, além da questão das classes sociais, percebeu-se que havia uma infinidade de fatores que influenciavam os movimentos sociais. Os estudiosos notaram, por exemplo, que muitos sujeitos dos movimentos sociais não pertenciam à classe operária, o que ampliava seu entendimento, pois a “classe social” não dava conta de todas as possibilidades que o movimento social abrangeria. Assim, atualmente, não são somente as relações de produção, como queria Marx, que determinam suas ações, abrangendo outras questões que também determinam os movimentos sociais, por exemplo, as questões políticas e culturais. Vale notar que a atuação política foi deslocada dos sindicatos, movimentos de trabalhadores e partidos políticos para a sociedade civil, assim, está presente nos espaços dos bairros, das reivindicações dos sem- terra, dos sem-teto, das mulheres, das mulheres negras, dos indígenas, dos negros, dos homossexuais, das lésbicas, dos deficientes, etc. 2. Alternativa Correta: B Resposta Comentada: O “Mito da democracia racial” considerava que no Brasil não havia discriminação racial ou racismo. A expressão “democracia racial” parte da interpretação dos livros do antropólogo pernambucano Gilberto Freyre, “Casa Grande & Senzala” e “Sobrados e Mocambos”, em que o autor argumenta sobre a originalidade da miscigenação do povo brasileiro, onde todos os antagonismos haviam sido dissolvidos na debaixo das vistas dos colonizadores os índios ficavam-lhes subordinados. Mesmo que não fossem escravos, trabalhavam para seus sustentos e o enriquecimento da missão e, além disso, eram constantemente chamados para atuarem nas guerras contra índios hostis ou europeus conquistadores. 3. Alternativa Correta: C Resposta Comentada: São muitas as colaborações culturais indígenas que estão presentes na cultura brasileira. Elas estão no nosso dia a dia, na alimentação, no folclore, no hábito do banho, nas manifestações culturais como nas religiões afro-brasileiras em que a figura do indígena é muito prestigiada. Quem nunca comeu mandioca, farinha de mandioca, beiju, tapioca, pirão, tomate, milho etc. Enfim são delícias da culinária indígena que estão presentes na mesa do brasileiro. U2 4 Diversidade etnorracial miscigenação cultural brasileira. A partir da crença no mito da democracia racial, as diferenças raciais no Brasil não eram levadas em conta nas relações sociais. Assim, o olhar sobre o racismo se tornou irrelevante. No entanto, ao olharmos para a construção histórica da relação entre brancos e negros no Brasil, percebemos que, desde as reivindicações abolicionistas, as lutas dos negros estão presentes nas organizações sociais e políticas brasileiras. 3. Alternativa Correta: D Resposta Comentada: Pensar na união dos povos indígenas num órgão que defende os direitos gerais indígenas esbarra na diversidade cultural e étnica dos grupos. Ainda hoje essa é uma questão que deve ser levada em conta, “pois a diversidade de povos, a extensão continental do Brasil e a especificidade sociocultural e política de cada grupo étnico inviabiliza a percepção desse Movimento a partir de qualquer dimensão unitária” (BICALHO, 2010, p. 88). Embora seja um movimento fragmentado, isso não o desqualifica, pois grande parte do trabalho de organização é “manter unidas as diferenças” (BICALHO, 2010, p. 89).
Compartilhar