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Unidade I PLANEJAMENTO CONTÁBIL TRIBUTÁRIO Profa. Divane Silva Planejamento Contábil Tributário A disciplina está dividida em três unidades: Apresentação Introdução Unidade I 1.Planejamento Tributário 2.Tipos de Sociedades e Enquadramento Fiscal das Empresas 3.Simples Nacional 4.Lucro Presumido Planejamento Contábil Tributário Unidade II 5.Lucro Real 6.Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) Unidade III 7.Juros sobre Capital Próprio 8. Incentivos Fiscais Unidade I Apresentação O planejamento tributário não é simplesmente uma alternativa, mas sim uma obrigação do bom administrador, que dentro da legalidade, encontra meios de tornar menos onerosa a carga tributária da empresa. Unidade I Introdução A disciplina Planejamento Contábil Tributário serve para que o futuro profissional da área contábil conheça as formas de tributação das empresas e possa mostrar que o planejamento tributário pode diminuir a carga tributária, trazendo, com isso, um melhor resultado financeiro para a empresa, tudo em conformidade com a lei. Unidade I 1.Planejamento Tributário O peso dos impostos cresceu cinco pontos percentuais nos últimos 10 anos, passando de 30% para 35% do PIB. Iremos estudar: Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ), a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) em relação ao Lucro Presumido, Lucro Real, considerando-se o PIS e a Cofins; também estudaremos o Simples Nacional. Unidade I 1.Planejamento Tributário 1.1 Conceito Oliveira (2006) conceitua o planejamento tributário como uma forma lícita de reduzir a carga fiscal, que exige alta dose de conhecimento técnico e bom senso dos responsáveis pelas decisões estratégicas no ambiente corporativo. 1.2 Objetivos Os objetivos principais de um planejamento tributário são evitar a incidência, reduzir o montante e retardar o pagamento dos tributos, isso tudo sem violar a lei. Unidade I 1.3 Finalidade do planejamento tributário a) Evitar a incidência do tributo – para este caso, adotam-se medidas e procedimentos com o fim de evitar a ocorrência do fato gerador. b) Reduzir o montante do tributo – as providências para atender este item serão no sentido de reduzir a base de cálculo ou alíquota do tributo. c) Retardar o pagamento do tributo – o contribuinte opta por medidas que terão o fim de postergar o pagamento do tributo, sem ocorrência da multa, tudo dentro da legislação. Unidade I 1.4 Condições necessárias para o PT Oliveira et al. (2007) estabelecem que qualquer que seja a forma de tributação escolhida pela empresa, pode-se verificar que a falta de planejamento estratégico tributário pode deixar a empresa mal preparada para os investimentos futuros devido a uma possível insuficiência de caixa, gerando um desgaste desnecessário de investimentos forçados para cobertura de gastos que não estavam previstos. Continua... Unidade I 1.4 Condições necessárias para o PT Para alcançar êxito num PT, o gestor precisa conhecer com profundidade: situações em que é possível o crédito tributário, principalmente com relação aos chamados impostos não cumulativos – ICMS e IPI; situações em que é possível o diferimento (postergação) dos recolhimentos dos impostos, permitindo melhor gerenciamento do fluxo de caixa; ser oportuno e aproveitar as lacunas deixadas pela legislação, para tanto, ficando atento às mudanças nas normas e aos impactos nos resultados da empresa. Unidade I 1.5 Distinção entre elisão e evasão 1.5.1 Elisão fiscal Significa a economia tributária lícita, realizada mediante toda e qualquer ação prevista antes da ocorrência do fato gerador que, sem violar a lei, evita, reduz ou posterga o imposto. É a forma legalmente aceita para economia de impostos → dois tipos: a) decorrente da própria lei; b) que resulta de lacunas e brechas existentes na própria lei. Unidade I 1.5 Distinção entre elisão e evasão 1.5.2 Evasão fiscal É toda ação consciente, espontânea, dolosa ou intencional do contribuinte, através de meios ilícitos, com o intuito de evitar, eliminar, reduzir ou retardar o pagamento do tributo devido, porém, não se configurando, em hipótese alguma, como planejamento tributário. Unidade I 1.6 Processo de planejamento tributário Os livros contábeis e fiscais contribuem com a elaboração do PT: a) Livro Diário; b) Livro (ou fichas) Razão; c) Inventário e Controle de Estoques; d) Livro de Apuração do Lucro Real ; e) Apuração do ICMS; f) Apuração do IPI; g) Apuração do ISS etc. Unidade I 1.7 A carga tributária dos países participantes da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento (OCDE) Ainda de acordo com Martello, sempre que se analisa a carga tributária de um país, tem que ser levado em conta não só o percentual apresentado isoladamente, mas também quais são os serviços púbicos ofertados. Observação: ver gráfico no LT onde há países com carga tributária superior à do Brasil. Unidade I 1.8 Impostos federais que impactam diretamente nos resultados Temos impostos, taxas e contribuições em diversos âmbitos, porém, os principais impostos federais cobrados no Brasil que impactam diretamente o resultado das empresa são o IRPJ, a CSLL, o PIS e a Cofins. Interatividade Entre as finalidades apontadas para efetuar o planejamento tributário, assinalar a alternativa incorreta. a) Zelar pelo patrimônio da entidade. b) Não reconhecer os tributos. c) Evitar o fato gerador. d) Postergar ao máximo o recolhimento do tributo, sem ônus. e) Transferir a data do faturamento. Unidade I 2.Tipos de Sociedades e Enquadramento Fiscal das Empresas De acordo com o novo Código Civil, as empresas podem ser constituídas como: sociedades simples – Item 2.1 do LT; sociedades empresárias – Item 2.2 do LT. Quanto à natureza jurídica, elas podem constituir-se em: sociedades simples limitada; sociedade empresária limitada; sociedade anônima. Unidade I 2.3 O enquadramento fiscal das empresas De acordo com os objetivos sociais, as empresas podem enquadrar-se para fins tributários em: Microempresas (ME); Empresas de Pequeno Porte (EPP); demais empresas. Sendo tributadas pelo: Simples Nacional ou Lucro Presumido, ou ainda pelo Lucro Real. Observação: o enquadramento dependerá sempre da legislação vigente. Unidade I 2.3.1 Microempresas (ME) Receita bruta igual ou menor que R$ 360.000,00 2.3.2 Empresas de Pequeno Porte (EPP) Receita bruta superior a R$ 360.000,00 e igual ou inferior a R$ 3.600.000,00 2.3.3 Microempreendedor Individual (MEI) Receita bruta igual ou menor que R$ 60.000,00 Alteração: LC 147/2014 – Item 3.14 Unidade I 3.Simples Nacional Trata-se de um regime tributário diferenciado, simplificado e favorecido, cuja aplicação se dá nas microempresas e empresas de pequeno porte a partir de 1º de julho de 2007. LC nº 123, de 14.12.2006 Atualizações: LC nº 139 de 10.11.2011 e LC 147/2014 – Item 3.14 3.1 Opção pelo Simples Nacional Somente pela internet, no portal do Simples Nacional. Unidade I 3.2 Pessoas jurídicas excluídas da opção Como ME quando a receita bruta no ano-calendário anterior for superior a R$ 360.000,00. Como EPP que tenha auferido, no ano-calendário anterior, receita bruta superior a R$ 3.600.000,00. 3.3 Pessoas jurídicas que podem optar pelo Simples A firma individual ou sociedade que não se enquadre em nenhuma das vedações.Unidade I 3.4 Abrangência dos impostos Diversos impostos compõem o Simples Nacional e são pagos por meio da DAS (Documento de Arrecadação do Simples), entre eles: IRPJ; CSLL; IPI; Cofins; PIS/Pasep devido na importação; Contribuição Patronal Previdenciária, exceto algumas atividades (ver LT); ICMS; ISS. Unidade I 3.4 Abrangência dos impostos Importante Não compõem o Simples Nacional: IOF (Imposto sobre Operações Financeiras); II (Imposto de Importação); ITR (Imposto sobre Propriedade Territorial e Urbana); IR sobre os ganhos de capital auferidos na alienação de bens do ativo fixo; FGTS; Contribuição para Previdência Social, parte do empregado. Unidade I 3.5 Alíquotas aplicáveis As alíquotas cobradas variam a cada mês, pois o valor devido mensalmente pela empresa optante pelo Simples Nacional será determinado mediante aplicação das tabelas dos anexos da LC n. 123, de acordo com a sua atividade (*) (*) Alteração: LC 147/2014 – Item 3.14 Unidade I 3.5.1 Determinação das alíquotas De acordo as tabelas especificas por ramo de atividades: Anexo I: Comércio Anexo II: Indústria Anexo III: Serviços(*), com inclusão da Contr.Patronal Previdenciária (CPP). Anexo IV: Serviços (*) sem inclusão da CCP Anexo V: Serviços(*) com inclusão da CCP (*) Serviços, ver LT e alteração: LC 147/2014 – Item 3.14 Unidade I 3.5.1 Determinação das alíquotas Exemplo: ME – Atividade comercial Receita bruta de vendas em janeiro de 2011 = R$ 10.000,00 Receita bruta acumulada nos últimos12 meses, ou seja, de janeiro de 2010 a dezembro de 2010 = R$ 120.000,00 Alíquota = 4%, de acordo com o Anexo I, para faixa de faturamento em até R$ 180.000,00 Valor do Simples Nacional = R$ 10.000,00 x 0,04 = R$ 400,00 Unidade I 3.6 PIS, Cofins e CSLL Com relação aos tributos federais PIS, Cofins e CSLL, as empresas participantes do Simples Nacional não as retém e não são delas retidas. 3.7 INSS A PJ optante pelo Simples Nacional que prestar serviço mediante cessão de mão de obra ou empreitada está sujeita a retenção de 11% sobre o valor bruto da nota fiscal da fatura ou do recibo de prestação de serviços (IN da RF 761/07). Unidade I 3.8 IRRF A IN da RF nº 765/2007 dispensou a retenção do IR na fonte sobre as importâncias pagas ou creditadas a PJ inscrita no Simples Nacional. 3.9 Receita de exportação O § 12 do art. 18 da LC 123 de 2006 dispõe que, na apuração do montante devido no mês relativo a cada tributo, a empresa que apure receitas de exportação de mercadorias terá direito a redução do valor a ser recolhido, calculada nos termos da lei (*) (*) Alteração: LC 147/2014 – Item 3.14 Unidade I Observação: para os itens abaixo, ver LT: (*) 3.10 Substituição tributária do PIS e da Cofins 3.11 Receitas não tributárias 3.12 Recolhimento dos tributos devidos (*) Alteração: LC 147/2014 – Item 3.14 Unidade I 3.13 Imposto de Renda na fonte sobre serviços prestados As PJ optantes pelo Simples Nacional, por recolherem os impostos e as contribuições em único documento de arrecadação, não têm como compensar o IRRF. Por essa razão, não estão sujeitas a retenção do IR sobre as receitas decorrentes de serviços prestados. A maioria das atividades cujas receitas de prestação de serviços tem incidência do imposto na fonte está excluída da opção pelo regime. Interatividade Para ser caracterizada como uma microempresa, um dos requisitos é o valor bruto do faturamento anual, que não poderá ser superior a: a) R$ 240.000,00 b) R$ 300.000,00 c) R$ 250.000,00 d) R$ 280.000,00 e) R$ 360.000,00 Unidade I 3.14 Alteração promovida pela Lei Complementar nº 147/2014 Em 07.08.2014, a LC nº 147/2014 alterou a LC nº 123/2006, com o objetivo de beneficiar outras empresas, passando a valer o critério do porte e faturamento, e não mais o tipo de atividade. Entre as alterações promovidas, o que chamou a atenção foi a criação do anexo VI e a inclusão de mais de 140 novas atividades de prestação de serviços, a partir de 01/01/2015 (ver LT). Unidade I 3.15 Limite para exportação de serviço A partir de 2015, as empresas optantes pelo Simples Nacional que façam exportação de bens e serviços poderão auferir receita bruta anual de até R$ 7,2 milhões, sendo R$ 3,6 milhões no mercado interno e R$ 3,6 milhões no mercado externo. Unidade I 3.16 Novas regras para valores fixos de ICMS e de ISS Os estados, o DF e os municípios poderão estipular valores fixos de ICMS ou de ISS para a ME que tenha auferido, no ano anterior, até R$ 360 mil de receita bruta. O limite era de R$ 120 mil. O valor fixo deixará de ser aplicado se, durante o ano-calendário, a ME ultrapassar o limite de R$ 360 mil de receita bruta. Unidade I 3.17 Substituição tributária do ICMS As alterações trazidas pela LC nº 147/2014 relativas à substituição tributária do ICMS terão vigência a partir de 01/01/2016, devendo a regulamentação ocorrer ao longo do ano de 2015. Unidade I 3.18 MEI – contratação por empresas A empresa que contrata MEI para prestar serviços diferentes de hidráulica, eletricidade, pintura, alvenaria, carpintaria e de manutenção ou reparo de veículos, não está mais obrigada ao registro na GFIP e ao recolhimento da cota patronal de 20% (o art. 12 da LC nº 147/2014 revogou retroativamente essa obrigatoriedade). Unidade I 3.18 MEI – contratação por empresas Todavia, quando houver os elementos da relação de emprego, o MEI deverá ser considerado empregado para todos os efeitos. Adicionalmente, a resolução ratifica que o MEI não pode prestar serviços na modalidade de cessão de mão de obra. Unidade I 4.Lucro Presumido O lucro presumido, como o próprio nome diz, é a tributação sobre a presunção de um lucro 4.1 A tributação pelo lucro presumido Artigos 516 a 528 do RIR nº 3.000/99 O art.13 da Lei 9.718/98 recebeu nova redação dada pelo Art. 46 da Lei nº 12814/2013, passando a dispor que: PJ que tenha no ano calendário anterior receita bruta total de até R$ 78.000.000,00. Unidade I 4.2 Opção pelo regime de lucro presumido a) Faturamento bruto anterior e anual de até R$ 78.000.000,00 ou em fração de R$ 6.500.000,00 ao mês b) que não esteja obrigada à tributação pelo lucro real em função da atividade exercida ou da sua constituição societária ou natureza jurídica. Unidade I 4.3 Empresas vedadas da opção do lucro presumido A lei 12.814/2013 estabelece que não poderá optar pelo lucro presumido a PJ que tenha auferido, no ano calendário anterior, receita superior ao limite de R$ 78.000.000,00 ou, no caso de período inferior a 12 meses, a proporcionalidade. Empresas que tenham obtido lucros oriundos do exterior, que usufruam de benefícios fiscais autorizados pela legislação, empresas que explorem atividades de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito etc., de forma cumulativa e contínua. Unidade I 4.4 Limite de receita O limite de R$ 78.000.000,00 refere-se à receita total do ano-calendário anterior. De acordo com a RF, integram a receita total, entre outros itens (ver LT): a) a receita bruta auferida na atividade objeto da PJ (venda de mercadorias ou produtos ou da prestação de serviços); b) as receitas de qualquer outra fontes não relacionadas diretamente com os objetivos sociais da PJ; c) os ganhos de capital. Unidade I 4.5 Período de apuração O imposto de renda (*) com base no lucro presumido e determinado por períodos de apuração trimestrais, encerradosem 31 de marco, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano-calendário (lei 9.430, de 1996, arts. 1 e 25; RIR/1999, art. 516, § 5º). (*) e CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido). Unidade I 4.6 Momento da opção Pagamento da 1ª ou única quota do imposto devido correspondente ao primeiro período de apuração de cada ano-calendário. O § 1 do art. 13 da lei 9.718/98 dispõe que a opção pela tributação com base no lucro presumido será definitiva em relação a todo o ano-calendário. Unidade I 4.7 Redarf para mudança de forma de tributação A legislação em vigor não permite mudar a forma de tributação de lucro presumido para lucro real ou desta para aquela forma. A opção exercida no 1º pagamento do IRPJ ou da CSLL em cada período de apuração é definitiva. Inúmeras empresas procuram fazer o Redarf, isto é, a retificação do código do pagamento de tributo para viabilizar a mudança de forma da tributação. Unidade I 4.8 Regime de reconhecimento de receitas Regime de Caixa As empresas que mantém somente o livro caixa deverão observar o seguinte: emitir a nota fiscal quando da entrega do bem ou direito ou da conclusão do serviço; indicar, no livro caixa, em registro individual, a nota fiscal a que corresponder cada recebimento. Unidade I 4.9 A determinação do lucro presumido Aos resultados obtidos da aplicação dos percentuais de presunção, deverão ser acrescidos os ganhos de capital, os rendimentos e ganhos líquidos auferidos em aplicações financeiras tanto de renda fixa quanto variáveis, variações monetárias ativas, receitas de locação de imóveis quando não for o objetivo social da empresa; os ganhos obtidos em contratos de mútuo entre as pessoas jurídicas coligadas, controladas, controladoras ou interligadas. Unidade I 4.10 Receitas financeiras no lucro presumido A decisão em consulta, com base no art. 37 da IN n.93, de 24/12/97, diz que as pessoas jurídicas tributadas pelo lucro presumido ou arbitrado acrescerão os rendimentos de aplicações financeiras a base de cálculo do IRPJ quando da alienação, resgate ou cessão do título ou aplicação. Interatividade A base de cálculo para o lucro presumido é formada: a) somente pela receita operacional bruta. b) por todas as receitas da empresa geradas no semestre. c) pelo percentual aplicado sobre a receita bruta, acrescidas de outras receitas. d) pela soma das revendas de mercadorias e serviços prestados no mês. e) pelas receitas recebidas no trimestre. Unidade I 4.11 Receitas e rendimentos não tributáveis pelo lucro presumido: recuperações de créditos que não representem ingressos de novas receitas e cujas perdas não tenham sido deduzidas na apuração do lucro real em períodos anteriores; a reversão de saldo de provisões; os lucros e dividendos recebidos decorrentes de participações societárias, caso se refiram a períodos em que eles sejam isentos de Imposto de Renda. Unidade I 4.12 Base de cálculo para apuração do IR sobre o lucro presumido Aplicação de percentuais de presunção: 1,6% à receita bruta obtida na atividade de revenda para consumo de combustíveis; 8% sobre a RB mensal obtida com a venda de produtos de fabricação própria, revenda de mercadorias em geral; 16% para a RB mensal obtida com a prestação de serviços de transportes, excetuando os de cargas; 32% para a receita bruta mensal proveniente de serviços em geral. Unidade I 4.12 Base de cálculo para apuração do Imposto de Renda sobre o lucro presumido Exemplo: Receita das vendas de produtos R$ 186.000,00 x 8% = R$ 14.880,00 Receita dos serviços R$ 43.500,00 x 32% = R$ 13.920,00 Base de cálculo................. R$ 28.800,00 Unidade I 4.13 Alíquota do IR e adicional a que estão sujeitas as PJs que optarem pelo lucro presumido Alíquota → 15% Sobre a parcela do lucro presumido que ultrapassar o valor de R$ 60.000,00 em cada trimestre ou R$ 20.000,00 ao mês, incidirá o adicional do Imposto de Renda de 10%. 4.14 Alíquota de CSLL sobre o LP Alíquota → 9% Unidade I 4.15 Exemplo de cálculo dos impostos Dados relativos ao trimestre Receita bruta – revenda de mercadorias R$ 3.000.000,00 Prestação de serviços R$ 600.000,00 Sub-total....................... R $ 3.600.000,00 Outras receitas.............. R$ 70.000,00 Total ..............................R$ 3.670.000.00 Unidade I 4.15.1 Cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) Vendas de mercadorias (12%) sobre R$ 3.000.000,00..........R$ 360.000,00 Serviços (32%) sobre R$ 600.000,00..............R$ 192.000,00 Outras receitas................R$ 70.000,00 Base de cálculo...............R$ 622.000,00 CSLL devida de 9% sobre R$ 622.000,00..................R$ 55.980,00 Unidade I 4.15.2 Cálculo do IR sobre o lucro presumido Vendas de mercadorias (8%) sobre R$ 3.000.000,00............R$ 240.000,00 Serviços (32%) sobre R$ 600.000,00...............R$ 192.000,00 Outras receitas...................R$ 70.000,00 Base de cálculo..................R$ 502.000,00 Cálculo do imposto devido 15% sobre R$ 502.000,00...R$ 75.300,00 Adicional de 10% que ultrapassar R$ 60.000,00 trim. (502.000,00 – 60.000,00) = 442.000,00.......R$ 44.200,00 Total do IR...........................R$ 119.500,00 Unidade I 4.15.3 Cálculo do PIS e Cofins no LP PIS de 0,65% sobre R$ 3.600.000,00.................R$ 23.400,00 Cofins de 3% sobre R$ 3.600.000,00................R$ 108.000,00 Observação: a apuração e pagamento do PIS e Cofins é mensal. Unidade I 4.16 Necessidade de escrituração contábil A PJ tributada com base no lucro presumido deverá manter escrituração contábil nos termos da legislação comercial, sendo que, para efeitos fiscais, é dispensável a escrituração quando a PJ mantiver livro caixa, em que a escrituração contempla toda a movimentação financeira, inclusive bancária, devendo manter, inclusive: Livro Registro de Inventário; demais livros de escrituração obrigatória. Unidade I 4.17 Distribuição de lucros aos sócios O valor a ser distribuído é o correspondente ao lucro presumido, diminuído de todos os impostos e contribuições a que a PJ estiver sujeita, inclusive do adicional do IR, CSLL, Cofins, PIS e Pasep. A PJ poderá distribuir, sem a incidência do IRRF, valores superiores ao lucro presumido até o limite do lucro contábil, desde que seja demonstrado, por meio de escrituração contábil, conforme as leis comerciais vigentes, que o lucro contábil supera o lucro presumido. Unidade I 4.18 Isenção de Imposto de Renda sobre lucros distribuídos pela PJ Exemplo: Valor da base de cálculo do IRPJ... 50.000 (-) IRPJ devido no trimestre..............(7.500) (-) CSLL devida no trimestre.............(6.750) (-) PIS devido no trimestre ...............(4.063) (-) Cofins devida no trimestre..........(18.750) = Valor a ser distribuído sócios 12.937 (*) (*) Isento do IRRF Unidade I 4.19 Deduções do imposto de renda devido É permitido deduzir do IR apurado no período o montante retido na fonte sobre as receitas que venham integrar a BC, o imposto correspondente. O IRRF incidente sobre aplicações financeiras e sobre os juros de capital próprio é retido a título de antecipação. Unidade I 4.20 Tributação do PIS e da Cofins para empresas optantes pelo LP Conforme as leis 10.637/2002 e 10.833/2003, que regem o assuntode tributação do PIS e da Cofins, as PJ optantes pela tributação sobre o lucro presumido ficam sujeitas ao regime cumulativo, cujas alíquotas são de 0,65% para o PIS e 3% para a Cofins. (*) (*) BC dos PIS e Cofins, ver LT. Interatividade O IRPJ e a CSLL recolhidos com base no lucro presumido poderão: a) ser compensados no trimestre seguinte de sua apuração. b) ter sua base de cálculo reduzida quando não existir faturamento no período. c) ser recolhidos no semestre seguinte, sem juros e multas. d) ser registrados como dedução na DRE. e) ser utilizados em qualquer atividade empresarial, desde que apure-se os tributos com base no lucro real. ATÉ A PRÓXIMA! Slide Number 1 Planejamento Contábil Tributário Planejamento Contábil Tributário Unidade I Unidade I Unidade I Unidade I Unidade I Unidade I Unidade I Unidade I Unidade I �Unidade I� �Unidade I� �Unidade I� Interatividade Resposta Unidade I Unidade I Unidade I Unidade I Unidade I Unidade I Unidade I Unidade I Unidade I Unidade I Unidade I Unidade I Unidade I Unidade I Interatividade Resposta Unidade I Unidade I Unidade I Unidade I Unidade I Unidade I Unidade I Unidade I Unidade I Unidade I Unidade I Unidade I Unidade I Unidade I Unidade I Unidade I Interatividade Resposta Unidade I Unidade I Unidade I Unidade I Unidade I Unidade I Unidade I Unidade I Unidade I Unidade I Unidade I Unidade I Unidade I Interatividade Resposta Slide Number 67
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