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processo civil II

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Processo de conhecimento.
O processo judicial é um método de solução de conflito através do qual o Estado exerce sua função jurisdicional. A principal característica do processo judicial decorre de sua condução, por um juiz, agente político do Estado, das etapas processuais com estrita observância da legislação. Além do julgamento por um juiz, o processo judicial deve, mais que qualquer outro, assegurar o contraditório e a ampla defesa enquanto garantias constitucionais, ratificadas nas normas fundamentais do Código de Processo Civil, através do qual as partes participam efetivamente na construção da decisão judicial.
Procedimento comum.
O Código de Processo Civil estabeleceu como regra geral um procedimento padrão, denominado procedimento comum. Se a demanda a ser ajuizada pelo autor não tiver procedimento especial definido, tramitará observando as regras do procedimento comum.
O procedimento comum é concentrado e possui atos processuais simplificados. A petição inicial dá início ao procedimento comum. Após o seu recebimento, o réu é citado, para ter ciência do processo, e intimado para comparecer à audiência preliminar de conciliação ou sessão de mediação. 
Negócio processual.
Além da adaptação do procedimento, o Código de Processo Civil admite a realização de um negócio processual entre as partes, de modo a alterar a ordem dos atos do procedimento comum ou até mesmo excluir alguns, para que o processo tramite observando os atos processuais previamente definidos pelas partes, conforme disposto no art. 190. Trata-se de regra inovadora e sem precedentes em nossa cultura processual, mas que pode contribuir muito para o bom funcionamento da administração da Justiça.
O negócio processual poderá ser realizado somente por pessoas capazes e versar sobre direitos que admitam autocomposição. Para evitar desiquilíbrio entre as partes e impedir que uma delas fique vulnerável, se faz necessário que ambas as partes estejam acompanhadas de seu advogado (Enunciado nº 18 do FPPC). Essa interpretação está de acordo com o princípio da isonomia processual (art. 7º do CPC).
Assim, embora o código o tenha estipulado, o procedimento comum padrão comporta flexibilização tanto pelo juiz (art. 139, VI) como também pelas próprias partes através do negócio processual.
Espécies de negócio processual
O negócio processual poderá ser típico e atípico.
O negócio processual poderá ser típico e atípico. O código, em seus dispositivos legais, regulamenta alguns negócios processuais em temas específicos, como suspensão do processo (art. 313, II); saneamento e organização do processo (art. 357, §2º); distribuição dinâmica do ônus da prova (art. 373, §3º); entre outros. Esses negócios processuais previamente estabelecidos pelo código são denominados típicos. Entretanto, as partes também podem realizar negócios processuais que não tenham sido previstos pelo código, utilizando, para tanto, a regra do art. 190. São os denominados negócios processuais atípicos.
O negócio processual atípico, pela sua amplitude, pode abordar uma ampla gama de atos processuais. Por sua vez, o negócio processual típico são os negócios previstos em diversos dispositivos legais do código e permitem que as partes ajustem o procedimento às peculiaridades da demanda ajuizada
Improcedência liminar do pedido
A Improcedência Liminar do Pedido. Ela é uma decisão que resolve o mérito da demanda, nos casos em que a improcedência possa ser verificada desde já, mesmo antes da citação do réu. E ela é um instituto que esta regulada no artigo 332 do Código de Processo Civil.
Audiência de conciliação e mediação.
Um processo judicial, em regra, tem como principal característica um conflito de interesses. Por fim, a análise da audiência de conciliação e mediação demonstrou que, se for bem assimilada pela comunidade jurídica e pelos cidadãos, contribuirá para a construção de um sistema processual em que as partes participem ativamente da solução de seu conflito, atuando de forma ativa na formação da decisão.
Da resposta do réu.
A Constituição Federal de 1988 (art. 5º, LV) assegura a todos os litigantes o contraditório e a ampla defesa no processo judicial ou administrativo. No processo civil, o contraditório e a ampla defesa são exercidos através da resposta do réu. Por essa razão, compreender as modalidades de resposta do réu e seus desdobramentos no processo civil é fundamental para entender o alcance das normas fundamentais do CPC/2015.
O termo resposta do réu, na verdade, é um gênero que contempla algumas espécies de possíveis manifestações do réu em sua defesa. O réu, após o esgotamento das possibilidades de conciliação/mediação, pode apresentar contestação, reconvenção ou até mesmo arguir a parcialidade do juiz através de exceção de impedimento ou suspeição.
Espécies: contestação e reconvenção.
A contestação é a principal defesa do réu. Nela o réu deve articular todas as defesas possíveis para negar a pretensão do autor. Já a reconvenção tem como objetivo possibilitar um “contra-ataque” do réu em face do autor nas hipóteses previstas em lei. O réu poderá, também, no prazo da resposta, arguir a parcialidade do juiz através de exceção de impedimento ou suspeição. No entanto, se a parcialidade foi verificada após o prazo da resposta, o réu terá o prazo de 15 dias, a contar da ciência do fato, para apresentar a respectiva exceção.
As defesas processuais podem ser classificadas como dilatórias e peremptórias. As defesas dilatórias são aquelas que, se acolhidas, retardarão a marcha do processo, mas não provocarão a extinção do processo.
Já as defesas processuais peremptórias, se acolhidas, acarretarão a extinção do processo sem resolução do mérito.
Na defesa direta de mérito, o réu nega o fato constitutivo do direito do autor, ou seja, nega que o autor tenha razão em sua pretensão.
As defesas indiretas de mérito têm como característica principal o fato de que o réu reconhece o fato articulado pelo autor em sua petição inicial, mas apresenta um fato novo impeditivo, modificativo ou extintivo do alegado direito do autor.
Incompetência absoluta e relativa
A incompetência é uma das principais defesas processuais a ser arguidas pelo réu.
A incompetência absoluta, que se caracteriza pelo descumprimento dos crité- rios de sua fixação (em razão da pessoa, matéria e função), viola o interesse público, sendo, portanto, insanável.
A incompetência relativa, por sua vez, é caracterizada pelo descumprimento de critérios que atendem aos interesses das partes (em razão do território e do valor da causa), e pode ser sanada devido ao silêncio da parte ré.
Incorreção do valor da causa
A toda e qualquer causa, ainda que não tenha conteúdo econômico direto, devera ser atribuído um valor (art. 291). Essa exigência legal se justifica na medida em que o valor da causa é referência imediata para se alcançar a quantia correspondente à taxa judiciária4, como também é referência para fixação de honorários sucumbenciais nos casos em que não haja proveito econômico em favor do autor (art. 85, §2º do CPC).
Indevida concessão da gratuidade de Justiça
o réu que pretender impugnar a gratuidade concedida deverá, nos termos do art. 337, XIII, do CPC, alegar, em preliminar de contestação, a indevida concessão juntando as provas suficientes que eliminem a presunção relativa de insuficiência de recursos do autor. Essa prova pode ser feita através de comprovante de rendimentos, fotos de viagens permanentes a passeio no exterior, entre outras que evidenciam a condição financeira estável da parte autora
Ilegitimidade e mudança no polo passivo
O réu poderá, ainda, alegar sua ilegitimidade passiva para a causa. Para tanto, deverá alegar, em preliminar de contestação, que não é parte legítima para a causa ou que não foi o causador do prejuízo alegado pelo autor. Nesse caso, o juiz ouvirá o autor sobre a possibilidade de substituição do polo passivo (art. 338). Essa regra permite ao autor corrigir o polo passivo e prosseguir regularmente com a demanda em face do verdadeiro réu.
ReconvençãoO réu pode, além de se defender, demandar em face do autor utilizando a mesma relação processual. Trata-se de um verdadeiro contra-ataque do réu contra o autor no mesmo processo.
Exceção de impedimento e suspeição
A exceção de impedimento ou suspeição é um incidente processual que tem como finalidade impugnar a parcialidade do juiz em determinada demanda judicial.
A parcialidade do juiz7 pode ser relativa ou absoluta. A parcialidade relativa tratará de hipóteses subjetivas de envolvimento do juiz com uma das partes (suspeição).
A parcialidade absoluta (impedimento) é um vício grave e pode ser aferido de forma objetiva. O art. 144 do CPC enumera as hipóteses de impedimento, tais como atuação prévia do juiz como advogado da parte, membro do Ministério Público ou perito; que tenha apreciado a causa no primeiro grau de jurisdição; quando seu cônjuge for parte no processo; entre outras.
Revelia
Frustrada a audiência de conciliação/mediação, o réu deverá se manifestar sobre a pretensão autoral através de uma das modalidades de resposta aqui apresentadas. O réu poderá: a) ficar inerte; b) reconhecer o pedido; c) contestar; e d) excepcionar (suspeição e impedimento). O réu poderá, também, em atenção ao princípio da eventualidade, apresentar contestação, reconvenção e exceção de impedimento e suspeição. Contudo, se não oferecer contestação, será declarado revel.
O simples fato de o réu não apresentar contestação incide a revelia e seus efeitos
Preclusão
Preclusão é um conceito do direito processual e pode ser definido como a perda do direito de se praticar um ato dentro de determinado processo. Tem, portanto, efeitos endoprocessuais, impossibilitando a parte de praticar determinado ato em razão da preclusão.
A preclusão pode ser temporal, consumativa ou lógica; A preclusão temporal (art. 223) é a perda do direito de se praticar um ato em razão da perda de um prazo. preclusão consumativa a impossibilidade de se praticar em razão de tê-lo praticado. A parte não poderá renovar a prática de um ato já praticado. preclusão lógica tem como peculiaridade a impossibilidade de a parte praticar um ato em razão de se ter praticado ato anterior incompatível com que se pretende praticar.
Providências preliminares: conceito
Após o oferecimento ou não da contestação, o juiz estudará o processo para verificar as providências cabíveis em cada caso concreto (art. 347). Cuida-se de importante fase, pois definirá o modo como o juiz apreciará o mérito ou até mesmo identificará se o processo tem condições de seguir adiante para uma solução integral do mérito. O conjunto dessas providências tem como escopo preparar o processo para a fase instrutória e decisória sem vícios ou irregularidades.
O art. 345 do CPC dispõe que a revelia não produzirá seus efeitos se: a) houver pluralidade de réus e um deles contestar a ação; b) o litígio versar sobre direitos indisponíveis; c) a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considere indispensável à prova do ato; d) se as alegações de fato formuladas pelo autor forem inverossímeis ou em contradição com a prova produzida nos autos.
A revelia, nesse caso, será irrelevante, pois não produzirá nenhum de seus efeitos materiais (confissão ficta) ou processuais (dispensa de intimação do réu que não tiver patrono nos autos e julgamento antecipado do mérito). Nessas hipóteses, o juiz decretará a revelia, mas ele não terá nenhum efeito para o réu revel.
Alegações do réu: questões preliminares
O art. 337 do Código de Processo Civil dispõe que o réu deverá, antes mesmo de discutir o mérito, apresentar todas as defesas processuais cabíveis. Assim, deverá o réu, em preliminar de contestação, alegar a sua ilegitimidade para a causa, a incompetência do juízo, a coisa julgada.
A réplica, nessa hipótese, permitirá ao autor apresentar argumentos contrários às defesas processuais veiculados pelo réu, possibilitando ao juiz melhores condi- ções para apreciar a questão.
Alegações do réu: questões prejudiciais
Questões prejudiciais são aquelas que ampliam o objeto do processo e definem o modo como o mérito da causa será apreciado. Em outras palavras, a cognição judicial, que inicialmente se desenvolvia para julgar uma pretensão, é alargada para se julgar também a questão prejudicial alegada que interferirá diretamente na solução da pretensão principal.
Alegações do réu: fatos novos
O réu poderá, em sua contestação, apresentar fato impeditivo, fato modificativo e fato extintivo do direito do autor (art. 350 do CPC). Ou seja, poderá o réu alegar que a dívida já foi paga ou está prescrita (fato extintivo); que a dívida foi paga parcialmente (fato modificativo); ou até mesmo que o contrato que originou a dívida pleiteada em juízo é nulo (fato impeditivo).
julgamento conforme estado do processo
O juiz, em alguns casos, poderá julgar o processo no estado em que se encontra, imediatamente após o estabelecimento do contraditório pleno realizado através das providências preliminares.
Extinção do processo
O art. 354 do Código de Processo Civil dispõe sobre as hipóteses de extinção do processo na fase saneadora. O processo será extinto sem resolução do mérito sempre que ocorrer alguma das hipóteses do art. 485 do CPC. Assim, se não estiverem presentes os pressupostos processuais (art. 487, IV) ou se for reconhecida no processo a coisa julgada (art. 487, V), o juiz extinguirá o processo sem resolu- ção do mérito, antes mesmo da fase probatória, em razão da constatação de vício processual insuperável.
O art. 354 do CPC trata, também, de hipóteses de extinção do processo com resolução do mérito nos casos em que ocorrer a prescrição e decadência ou através da homologação dos atos de vontade das partes. O Código admite que o juiz reconheça, de ofício, a prescrição e a decadência, independentemente de manifestação da parte ré.
Julgamento antecipado do mérito
A regra geral do CPC determina que o juiz profi ra sentença de mérito após uma cognição exauriente. Signifi ca dizer que o processo estará pronto para julgamento após intenso contraditório e exaustiva atividade probatória. Há casos, porém, em que o juiz terá condições de proferir decisão de mérito independentemente da produção de provas, desde que tenha assegurado às partes o pleno exercício.
O juiz cotejará a alegada nulidade à luz das cláusulas contratuais e do direito discutido no processo, não havendo necessidade de produção de outras provas.
Se os documentos juntados pelo autor forem suficientes para convencer o juiz do pagamento e da negativação indevida, haverá, também nesse caso, o julgamento antecipado do mérito. Entretanto, o juiz somente poderá julgar antecipadamente da lide, conforme entendimento pacífico do Superior Tribunal de Justiça, após garantir, às partes, a ampla defesa.
Julgamento antecipado parcial do mérito
A primeira hipótese de julgamento antecipado parcial do mérito ocorrerá nos casos em que o autor formular dois pedidos e o réu negar apenas um (art. 356, I). Haverá, nessa situação, pedido incontroverso, o que autorizará o juiz a julgar antecipadamente o referido pedido, viabilizando a execução definitiva dessa pretensão.
Contra a sentença parcial, caberá recurso de agravo de instrumento (art. 356, §4º). No entanto, o recurso interposto pelo réu não impede que o autor promova a execução (provisória) da sentença parcial (art. 356, §2º).
Saneamento e organização do processo
Não ocorrendo nenhuma das hipóteses de extinção do processo ou de julgamento antecipado do mérito, o juiz iniciará a fase de saneamento do processo. Na fase saneadora, o juiz resolverá as questões processuais pendentes (art. 357, I)ou vícios processuais e, organizará o processo para a fase instrutória. É, sem dúvida, um importante momento processual, pois delimitará com clareza e precisão o objeto do processo e os fatos que deverão ser provados. Passemos, então, à análise dos principais atos processuais da fase saneadora.
Realizado o saneamento do processo, o juiz iniciará a fase instrutória determinando a produção das provasdeferidas na respectiva decisão saneadora.
Conforme dispõe o art. 357, §5º do CPC, as partes devem apresentar na audiência designada para o saneamento cooperativo o rol das testemunhas que pretendem inquirir em juízo. O rol não poderá ultrapassar 10 (dez) testemunhas, sendo que podem arrolar, no máximo, 3 (três) testemunhas para cada fato. Dependendo da complexidade do caso ou da natureza mesmo do fato debatido em juízo o juiz poderá limitar o número de testemunhas (art. 357, §7º). A medida tem como escopo evitar embaraços e dificuldades para a instrução da causa.
Teoria geral da prova
É o conjunto de conceitos e princípios que norteará o profissional de direito na interpretação das regras referentes às provas em espécie.
Objeto da prova
A atividade probatória se desenvolve com objetivo de se apurar se a afirmação das partes se confirma ou não.
Prova emprestada
A prova produzida num suposto processo pode ser utilizada também em outro processo, transportando sua força probante. Trata-se da denominada prova “emprestada”.
Dever de colaboração
O dever de cooperação ou colaboração foi estabelecido como norma fundamental no CPC/2015. Segundo o art. 6º, todos os sujeitos do processo devem colaborar para que se obtenha em tempo razoável a decisão de mérito. Essa regra estimula a construção de uma justiça coexistencial onde as partes são protagonistas e colaboram entre si para a solução do caso3. É nessa esteira que o art. 378 do Código dispõe que ninguém pode se eximir de colaborar para o descobrimento da verdade.
Prova ilícita
onsidera-se prova ilícita, no âmbito do direito material, quando a constituição da prova é realizada de forma ilícita. Por exemplo, uma gravação através de celular de uma conversa entre credor e devedor ou mesmo quando o marido grava a conversa de sua esposa com seu amante. A ilicitude está na constituição da prova ao violar o direito fundamental ao sigilo na comunicação telefônica, no segundo caso, e a própria intimidade, no primeiro. A utilização de gravação ilícita num processo de divórcio, ainda que não seja admitida pelo juiz, pode ensejar a quebra do sigilo telefônico do cônjuge para apuração do fato verificado na prova constituída de forma ilícita.
atualmente, estão permitindo as provas ilícitas em alguns casos, EX uma pessoa morre e tem uma única gravação dela no celular que pode provar um fato.
existe a prova típica: as que estão prevista em lei ; e a prova atípica; moralmente legitima, pois esta não esta prevista em lei porem estão de acordo com o ordenamento jurídico.
Ônus da prova
O ônus da prova corresponde à definição sobre quem deverá produzir provas em juízo. Não constitui um dever, ou seja, uma conduta imperativa em relação a terceiros, mas um ônus, que corresponde a uma conduta imperativa em relação a si mesmo. Quem tem o ônus de produzir determinada prova e não o faz prejudicará a si mesmo, podendo ter sua pretensão julgada improcedente, se for o autor, ou procedente, se for o réu. Distribuir o ônus da prova, entretanto, significa definir, em determinado processo, qual a parte que terá o encargo de produzir a prova.
Segundo o referido dispositivo legal, incumbe ao autor o ônus de provar o fato constitutivo de seu direito (art. 373, I) e ao réu provar a existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor (art. 373, II).
Caso a parte discorde da distribuição diversa do ônus da prova pelo juiz, pela ausência dos requisitos, poderá interpor recurso de agravo de instrumento, no prazo de 15 dias, nos termos do art. 1.015, XI, do CPC.
Produção antecipada de prova
A produção antecipada de prova, em verdade, consiste num procedimento prévio através do qual a parte produzirá determinada prova, antes mesmo da propositura da ação, nos casos previstos em lei. Há casos em que a espera do momento processual adequado pode inviabilizar a produção de determinada prova em razão do decurso do tempo.
O art. 381 do CPC cuida de três hipóteses de produção antecipada de provas. Nos casos em que: a) haja fundado receio de que venha a tornar-se impossível ou muito difícil a verificação de certos fatos na pendência da ação (art. 381, I); b) a prova a ser produzida seja suscetível de viabilizar a autocomposição ou outro meio adequado de solução de conflito (art. 381, II); ou c) o prévio conhecimento dos fatos possa justificar ou evitar o ajuizamento da ação (art. 381, III).
Provas em espécie
Ata notarial
A ata notarial foi incluída, de forma inédita, no rol das provas típicas no CPC/2015. Não havia regra similar no CPC/1973. Esse meio de prova possui grande importância na vida contemporânea, marcada pela velocidade das informações virtuais e pela dimensão das redes sociais. Através da ata notarial (art. 384), a existência de um fato, ou seu modo de existir, pode ser atestada por um tabelião, que possui fé pública. A ata notarial poderá ser utilizada também para atestar a existência de imagens ou sons.
Depoimento pessoal
O depoimento pessoal constitui espécie de prova oral a ser produzida em juízo. Consiste no depoimento de uma parte requerido pela parte contrária. O depoimento será, em regra, realizado na audiência de instrução e julgamento. A principal finalidade do depoimento pessoal é obter esclarecimento sobre fatos da causa ou mesmo a confissão do depoente. 
diferença entre depoimento pessoal e interrogatório
O interrogatório (art. 139, VIII) ocorrerá sempre que o juiz, a qualquer tempo, determinar o comparecimento da parte para inquirir sobre fatos da causa.
O depoimento pessoal, por sua vez, depende de requerimento prévio da parte, é colhido em audiência e constitui uma espécie de prova através da qual uma parte busca a confissão da outra.
Produção do depoimento pessoal
A produção do depoimento pessoal é simples. A parte deverá ser intimada a prestar depoimento pessoal em audiência de instrução e julgamento designada pelo juízo (art. 385, §1º). Entretanto, a pena de confesso em razão da ausência da parte intimada somente incidirá se o ato de comunicação tiver sido realizado pessoalmente e com advertência expressa sobre as consequências da ausência da parte intimada.
Confissão
A confissão é o meio de prova através da qual a parte admite a verdade do fato alegado pela parte contrária (art. 389).
A confissão pode ser judicial ou extrajudicial ; A confissão extrajudicial poderá ser escrita ou oral. A confissão, quando feita oralmente, somente terá efeito nos casos em que a lei não exija prova literal. Um e-mail enviado admitindo a existência de um dado fato constitui, por exemplo, confissão extrajudicial.
confissão judicial, que poderá ser espontânea ou provocada; A confissão espontânea ocorre quando o réu não impugna especificadamente os fatos articulados pelo autor (art. 341) ou quando os admite expressamente nos autos. a confissão provocada decorre do depoimento pessoal, prestado em audiência de instrução e julgamento, e será documentada no respectivo termo.
Na regra geral, a confissão é indivisível. A parte que utilizar a confissão como prova não poderá aceitar a parte que lhe favorece e desconsiderar a que lhe for desfavorável.
Entretanto, se o confitente agregar à confissão fatos novos, poderá dividi-la para que utilize como fundamento da defesa ou da reconvenção.
A confissão, por fi m, é irrevogável. No entanto, há casos em que se realiza com erro de fato ou até mesmo através de coação. Contudo, considerando a extensão da atividade judicial para se reconhecer a anulabilidade da confissão, a parte que tiver interesse em anular o ato unilateral deverá promover ação própria para tanto, que será distribuído por dependência no juízo onde tal meio de prova foi utilizado.
Exibição de documento ou coisa
O juiz poderá de oficio ou a requerimento do interessado determinar que uma das partes exiba em juízo determinado documento ou coisa que possua e que seja relevante para a solução da lide.
O requerido, após a intimação, poder ter, pelo menos, três atitudes: a) exibir o documento ou coisa; b) dizer que nunca teve acesso aodocumento ou coisa; e c) se recursar a exibir ou permanecer inerte. Se o requerido exibir o documento ou coisa, o processo terá seu trâmite normal. Ocorrendo a segunda hipótese, ou seja, o requerido responder alegando que não tem o documento, o juiz permitirá que o requerente demonstre que tal alega- ção não é verdadeira. 
Já se o requerido não exibir o documento, e não apresentar nenhuma justificativa para tanto, ou se recusar de forma ilegítima a exibir o documento, o juiz admitirá como verdadeiros os fatos a serem provados a partir de documento ou coisas (art. 400).
Admitida a exibição, o juiz intimará a parte contrária para responder no prazo de cinco dias.
A exibição de documento ou coisa poderá ser instaurada em face de terceiros. Se o documento ou coisa estiver em poder de terceiro este será citado para responder no prazo de 15 dias.
documento ou coisa em poder de terceiro
se o requerimento da exibição for direcionada a terceiro estranho ao processo, este sera citado para responder em 15 dias e, se neste prazo realizar a exibição o documento ou coisa serão inseridas no processo. caso se recuse a realizar a exibição o juiz designará uma audiência especial para colher o depoimento do terceiro, fixara prazo de 5 dias ( pode ser ampliado pelo juiz) para que o terceiro realize o depositodo documento ou coisa sob pena de sofrer busca e apreensão, pagamento de multa ou outras medidas que o juiz entender necessárias.
o terceiro pode recusar a exibir documento ou coisa, porvando que colocaria em risco sua vida ou familiares etc..
Prova documental
O direito processual civil admite um conceito amplo de documento como meio de prova.
A prova documental, em regra, é produzida na petição inicial pelo autor e na contestação pelo réu (art. 434). O réu se manifestará sobre os documentos produzidos pelo autor na contestação e o autor se manifestará sobre os documentos produzidos pelo réu na réplica.
Arguição de falsidade
a arguição de falsidade deve ser suscitada no prazo de 15 dias, contados a partir da intimação da juntada dos documentos aos autos. Se o autor juntou documentos falsos ou duvidosos com a petição inicial, o réu, após a efetivação do ato citatório, pode suscitar a falsidade do documento. Se o documento falso foi juntado aos autos pelo réu, o autor, no prazo da réplica (15 dias), deverá suscitar o incidente de arguição de falsidade. O arguente deverá expor os motivos em que funda sua pretensão e apontar os meios de prova que serão utilizados para provar o alegado. O juiz intimará a parte contrária para se manifestar sobre a arguição de falsidade, no prazo de 15 dias (art. 432), e logo em seguida determinará a realização de exame pericial. Contudo, se a parte que produziu o documento decidir retirá-lo dos autos, o juiz dispensará o exame pericial (art. 432, § único). Assim, o julgamento acerca da falsidade ou não do documento ficará prejudicado e o processo seguirá regularmente
Prova testemunhal
A parte poderá valer-se da prova testemunhal para demonstrar a existência dos fatos afirmados em juízo.
A prova testemunhal será admitida, também, nos casos em que a lei exigir prova escrita e houver início de prova escrita emanada da parte contra qual se pretende produzir a prova (art. 444). Nesses casos, mesmo que não haja prova escrita, a parte poderá produzir prova testemunhal como meio efetivo para demonstrar a existência do negócio alegado
A prova testemunhal será dispensada, também, nos casos em que o fato controvertido somente puder ser provado por documento ou exame pericial (art. 443, II).
Produção da prova testemunhal
A prova testemunhal será produzida, em regra, na audiência de instrução e julgamento (art. 453). O juiz ouvirá em juízo as testemunhas arroladas previamente pelas partes, nos termos do art. 357, §§4º e 5º do CPC. A testemunha arrolada previamente poderá ser substituída nas hipóteses elencadas no art. 451, ou seja, por falecimento, por motivo de enfermidade ou quando, devido à mudança de endereço, não tenha sido localizada. Ocorrendo uma dessas hipóteses, a parte que arrolou a testemunha poderá substituí-la
A parte poderá dispensar a intimação e se comprometer a levar a testemunha para depor na audiência designada. Todavia, se a testemunha, por algum motivo, não comparecer, presumir-se-á que a parte desistiu da mesma.
A testemunha devidamente intimada, pela via judicial ou pelo advogado, deverá comparecer para depor na data designada. Com efeito, se a testemunha faltar, sem motivo justificado, será conduzida por força policial e responderá pelas despesas do adiamento. A regra não se aplica às testemunhas que a parte se comprometeu a levar espontaneamente.
Prova pericial
A prova pericial será sempre indicada quando houver necessidade de um conhecimento técnico, especializado, a fim de apurar a alegação das partes.
A prova pericial consistirá em exame, vistoria e avaliação (art. 464). O exame é a inspeção para verificação de fatos ou circunstâncias que interessam à causa; vistoria é a inspeção restrita a imóveis; e avaliação é a estimação de valor de algo em moeda corrente (MEDINA, 2015, p. 661). A definição, portanto, não é absoluta, pois o próprio Código não é rigoroso em sua utilização, mas se faz necessária para fins didáticos.
o juiz dispensará a prova pericial nas hipóteses em que for incabível e nos casos em que as próprias partes apresentarem pareceres técnicos sufi cientes para o julgamento da causa.
Produção de prova técnica simplificada
A produção da prova pericial é sempre dispendiosa e demorada. Por essa razão, o Código inovou ao permitir que o juiz, de ofício ou a requerimento das partes, substitua a perícia por produção de prova técnica simplificada, sempre que a questão de fato controvertida apresentar menos complexidade (art. 464, §2º). A produção de prova técnica simplificada consiste, tão somente, na inquirição de um especialista pelo juiz, através do qual serão esclarecidos os aspectos técnicos da questão de fato controvertida. O especialista deverá ter formação acadêmica na área em que irá produzir prova técnica (art. 464, §3º)
As partes podem escolher, em comum acordo, o perito que produzirá a prova pericial requerida (art. 471). Trata-se de regra sem precedentes no CPC/1973, mas que, se for bem utilizada, em muito contribuirá para solução do mérito em tempo razoável. Essa modalidade de negócio processual típico somente poderá ser utilizada se as partes forem plenamente capazes e a causa puder ser resolvida através de autocomposição .
A nomeação de perito através de negócio processual será efetivada mediante requerimento das partes perante o juiz da causa.
Produção da prova pericial
o juiz nomeará o perito do juízo. Deferida a prova pericial, o juiz nomeará perito especializado e fixará, desde logo, prazo para a entrega do laudo (art. 465). Se a questão de fato for complexa, o juiz poderá nomear mais de um perito (art. 475). Importante destacar que o perito não está obrigado a aceitar o encargo, podendo escusar-se (art. 467). Nomeado o perito, as partes terão o prazo de 15 dias para arguir o impedimento ou a suspeição do perito, indicar assistente técnico e apresentar quesitos (art. 465, §1º).
Considerando que o perito é um auxiliar do juiz (art. 156), não cabe às partes impugnar a nomeação do perito. Entretanto, o perito poderá ser substituído se for parcial (impedido ou suspeito), quando lhe faltar conhecimento técnico ou se deixar de cumprir o encargo no prazo fixado (art. 468).
As partes poderão indicar assistentes técnicos cuja função principal é acompanhar o trabalho do perito, podendo, também, oferecer parecer acerca da perícia realizada (art. 466, §1º).
Contudo, deverá explicitar, de forma clara, os motivos que o levaram a decidir de uma forma ou de outra (art. 479).
Inspeção judicial
A inspeção judicial será cabível nos casos em que o juiz, de ofício ou a requerimento da parte, identifi car a necessidade de inspecionar, pessoalmente, pessoas ou coisas, para esclarecer fatos da causa (art. 481).
trata-se de ,modalidadede prova que consiste na percepção pessoal do juiz sobre determinada causa pessoa ou lugar que tenha relevância a solução da lide. é ato a ser praticado pelo próprio juiz.
as partes devem ser intimadas no dia hora e local da inspeção para se quiserem acompanhar a diligencia no dia da inspeção o juiz poderá se fazer acompanhar por perito e as partes por assistente técnicos, podendo realizar indagações prestar esclarecimentos e realizar observações que sejam relevantes para a causa. Ao final da inspeção será lavrado um auto circunstanciado sobre tudo o que for relevante para o julgamento da causa podendo ser instruído com desenhos, fotografias ou gráficos que será juntado a processo. 
Audiência de instrução e julgamento 
Após a realização da fase instrutória, o processo avançará para fase decisória. É neste contexto que a audiência de instrução e julgamento se constitui como ato processual relevante13. Trata-se de ato processual complexo onde o juiz, fazendo uso do poder de polícia que lhe é inerente (art. 360), conduzirá os trabalhos de colheita de prova oral e debates finais da causa. Instalada a audiência, o juiz tentará, mais uma vez, conciliar as partes (art. 359). A regra evidencia a aposta do Código nos meios de autocomposição de conflito. É o momento derradeiro para que as partes, diante do julgador da causa e após extensa atividade probatória, possam optar por uma forma de autocomposição que atenda melhor os interesses de ambas. Antes de avançar no estudo desse importante ato processual, se faz necessário registrar que a principal finalidade da audiência de instrução e julgamento é a colheita de prova oral (depoimento pessoal e inquirição de testemunhas). Se não houver necessidade de produção de prova oral, a audiência será dispensada (art. 361).

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