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DIREITO CIVIL VI Aula 3

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AULA – 3
INTRODUÇÃO: Nesta aula, você irá identificar os herdeiros aparentes, o modo de suceder e os modos de partilhas e herança, na sucessão legítima e testamentária. Irá analisar as consequências para os herdeiros em relação à maneira de receber a herança e o legado. Irá também compreender a sucessão legítima e testamentária, o que diferencia o herdeiro legítimo do testamentário do legatário. Além disso, você irá reconhecer a sucessão por direito próprio, por direito de representação e por direito de transmissão. Irá compreender os requisitos necessários para um sujeito herdar por direito próprio e por direito de representação.
ILUSTRAÇÃO:
	- RENATO E ROBERTA.
	Herdeiro aparente
Renato foi tido como herdeiro legítimo de seu tio Agnaldo. Por quase um ano Renato teve a posse dos bens deixados, até que... ... foi descoberto um grande segredo. Roberta, uma adolescente moradora da vizinhança e criada pela mãe, é, na verdade, a filha de Agnaldo, que morreu sem saber que era pai.
	RENATO:
O herdeiro aparente é aquele que se encontra na posse dos bens deixados pelo morto, como se fosse o legítimo titular do direito à herança. Denomina-se aparente, pois é publicamente conhecido como herdeiro. É tido como herdeiro legítimo por aparentar essa característica, mas na realidade, pela essência, nunca o foi.
O herdeiro aparente pode ser alguém, posteriormente, declarado indigno, deserdado ou que descubra a existência de um sucessor de grau mais próximo.
RESPONDA: Enquanto Renato ainda era herdeiro aparente, vendeu a Alexandre uma casa de praia que era, originalmente, de seu tio Agnaldo. Roberta, agora que é a herdeira real pode reaver esse bem ¿
RESPOSTA: O terceiro de boa-fé, adquira a título oneroso, bens ou direitos do herdeiro aparente não será prejudicado. A boa-fé do herdeiro aparente não pode justificar o prejuízo de terceiros que não violaram a boa-fé. O herdeiro aparente é responsável em ressarcir o herdeiro real.
O herdeiro aparente, que esteja na posse dos bens, de boa-fé, se pagou o legado estabelecido em testamento fica isento de qualquer responsabilidade, pois cumpriu o que estabelecia o testador. E posteriormente entregou ao herdeiro verdadeiro o que ficou em sua posse.
Art. 1.828. O herdeiro aparente, que de boa-fé houver pago um legado, não está obrigado a prestar o equivalente ao verdadeiro sucessor, ressalvado a este o direito de proceder contra quem o recebeu.
	Sucessão legítima — vocação hereditária
O herdeiro, como já vimos, é aquele contemplado com a totalidade ou fração do patrimônio do de cujus.
	“Herdeiro legítimo é a pessoa indicada na lei como sucessor, nos casos de sucessão legal, a quem se transmite a totalidade ou quota-parte da herança”.
Os herdeiros dividem-se em:
• Herdeiro legítimo – determinado como tal pela lei, e
• Herdeiro testamentário – contemplado por testamento.
Art. 1.788. Morrendo a pessoa sem testamento, transmite a herança aos herdeiros legítimos; o mesmo ocorrerá quanto aos bens que não forem compreendidos no testamento; e subsiste a sucessão legítima se o testamento caducar, ou for julgado nulo.
Os herdeiros legítimos que serão estudados nesse ponto, o são por força de lei e subdividem-se em herdeiros necessários e facultativos.
 HERDEIROS
Legítimos Testamentários 
Necessários; Facultativos 
 Herdeiros necessários/reservatórios
Descendentes, ascendentes e cônjuge, conforme artigo 1.845 do Código Civil. Estas classes possuem direito à metade dos bens deixados pelo falecido, exceto em casos de indignidade ou deserdação. Essa parte é dominada de legítima ou reservada dos herdeiros necessários
 Herdeiros facultativos
São os colaterais, pois podem ser excluídos, por testamento, da totalidade da herança.
Art. 1.789. Havendo herdeiros necessários, o testador só poderá dispor da metade da herança.
Art. 1.845. São herdeiros necessários os descendentes, os ascendentes e o cônjuge.
Obs.: O Código Civil, de 1916, não considerava o cônjuge herdeiro necessário e, portanto, poderia ser afastado por testamento.
Atenção
Assim, os herdeiros legítimos obedecem a uma ordem de vocação hereditária, isto é, a uma ordem de chamamento à sucessão disposta no artigo 1.829 do Código Civil. Se uma pessoa morre e não deixa testamento, ou se o testamento não contempla todo seu patrimônio, por intenção do testador ou para resguardar a legítima, o restante do patrimônio será distribuído aos herdeiros legítimos conforme a ordem de vocação hereditária.
A sucessão legítima considera cada inciso do artigo 1.829, do Código Civil, uma classe de sucessores e a classe mais próxima exclui a mais remota. Portanto, enquanto existirem descendentes, por exemplo, que são herdeiros da primeira classe, os ascendentes não serão chamados a suceder, pois são herdeiros da segunda classe.
Art. 1.829. A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte:
I - aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este com o falecido no regime da comunhão universal, ou no da separação obrigatória de bens (art. 1.640, parágrafo único); ou se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado bens particulares;
II - aos ascendentes, em concorrência com o cônjuge;
III - ao cônjuge sobrevivente;
IV - aos colaterais.
Vamos recordar:
Outra regra de ouro em relação à vocação hereditária é que o grau mais próximo exclui o mais remoto. Tornando-se fundamental recordar alguns conceitos relacionados a parentesco estudados na disciplina de Direito de família.
São duas as linhas de parentesco:
A linha reta: Art. 1.591. São parentes em linha reta as pessoas que estão uma para com as outras na relação de ascendentes e descendentes.
A linha colateral: Art. 1.592. São parentes em linha colateral ou transversal, até o quarto grau, as pessoas provenientes de um só tronco, sem desobedecerem uma da outra.
	SUCESSÕES POR GRAU DE PARENTESCOS:
Na linha reta, contam-se os graus de parentesco pelo número de gerações que afastam o autor da herança do sucessor. O grau, mais próximo, como já dito anteriormente, exclui o mais remoto, salvo direito de representação. Desta forma se o filho está vivo, o neto não será chamado à sucessão do avô. A contagem dos graus de parentesco, na linha colateral, ocorre da seguinte forma, busca-se o ascendente comum entre o autor da herança e o sucessor e contam-se o grau de distanciamento entre os dois. Vale lembrar que terão capacidade sucessórias, apenas os colaterais de até quarto grau. O vínculo por afinidade, parentesco existente entre você e os parentes do seu cônjuge ou companheiro não cria vínculo que os tornem sucessores legítimos. Os afins apenas poderão ser contemplados mediante testamento. Não esqueça que a Constituição de 1988, no artigo 227, parágrafo 6º, preceituou o princípio da igualdade entre os filhos. Assim, a partir da vigência da Constituição de 1988, não importa a origem da filiação se biológica, adotiva, oriunda de relação matrimonial ou não, todos os filhos herdam da mesma forma. Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. (Redação dada Pela Emenda Constitucional nº 65, de 2010) § 6º Os filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou por adoção, terão os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação.
Modo de suceder
O herdeiro sucederá o falecido por três modos:
Sucessão por direito próprio
Direito de representação
Sucessão por Direito de transmissão
01 - Sucessão por direito próprioQuando, no momento da abertura da sucessão, não há nenhum outro herdeiro sucessível de permeio entre ele e o falecido. O lugar é dele herdeiro, como por exemplo, quando os filhos sucedem.
Ilustração:
Pai > Filho 1 = 50% - Filho 2 = 50%
Assim acontece sempre que não exista nenhum parente, com capacidade sucessória, de grau distinto do herdeiro chamado a suceder. Se todos os filhos não possuem capacidade sucessórias os netos serão chamados a herdar por direito próprio e assim sucessivamente.
Avô> Filho 1 pré-morto: Filho 2: Neto 1 = 1/3: Neto 2 = 1/3: Neto 3 = 1/3.
Atenção
Na linha ascendente, a sucessão por direito próprio é a única reconhecida. Assim, se um filho morre, sem deixar descendentes, e um dos pais está vivo, os avós não são chamados a suceder.
02 - Direito de representação
Essa é uma exceção à regra de que o parente de grau mais próximo exclui o de grau mais remoto, pois há diversidade de graus, na mesma classe de sucessores.
Os mais próximos herdam por direito próprio e os mais afastados por direito de representação do herdeiro pré-morto (morto antes do autor da herança), indigno ou deserdado.
O representante recebe quinhão que caberia ao herdeiro representado, se houver mais de um representante, essa parte será dividida entre eles.
Art. 1.833. Entre os descendentes, os em grau mais próximo excluem os mais remotos, salvo o direito de representação.
Ilustração:
Avô> Filho 1 pré-morto: Filho 2 = 50%: Netos do Filho 1 pré-morto= Neto 1 representação =25%: Neto 2 representação = 25%: Neta 3 Filha do Filho 2 que recebeu 50% não recebe nada enquanto seu pai estiver vivo.
Observação: O filho do herdeiro renunciante não representa o pai na sucessão, mas se não houver herdeiro com capacidade sucessória de grau mais próximo, ele pode herdar por direito próprio.
Avô> Filho 1 renunciante: Filho 2 indigno: Neto 1 do Filho 1 = 1/3: Neta 2 do Filho 1 = 1/3: Neto 3 do Filho 2 = 1/3.
03 - Sucessão por Direito de Transmissão
Ocorre na hipótese de herdeiro pós-morto (morto após a abertura da sucessão). Assim, o herdeiro que falece antes de aceitar a herança transmite o seu direito a seus sucessores que poderão ocupar o seu lugar naquela sucessão. Morrendo o pai e posteriormente o filho, antes de aceitar a herança, o direito sucessório será transmitido ao neto que poderá aceitar no lugar do herdeiro pós-morto.
Modo de partilhar
Partilha por Cabeça
Quando todos os herdeiros são da mesma classe de herdeiros, do mesmo grau de parentesco e sucedem por direito próprio. Daí o monte hereditário será partilhado pelo número de herdeiros, basta contá-los e dividir em partes iguais para cada um. É própria da sucessão dos descendentes e dos colaterais.
Pai> Filho 1 = 50%: Filho 2 = 50%
Partilha por Estirpe
É adotado na sucessão por direito de representação, na qual existem herdeiros de mesma classe, mas de graus distintos. Nessa hipótese, conta-se o número de herdeiros que recebem por direito próprio e aqueles que estão sendo representados. 
Se um pai morre, tem um filho vivo e uma filha pré-morta, que era mãe de dois filhos (netos do autor da herança), o filho vivo ficará com metade da herança e a outra metade será dividida entre os netos que recebem por direito de representação, sendo assim, a partilha por estirpe.
Avô> Filho 1: Filho 2 pré-morto: Neto 1 Filho do Filho 2 = 25%: Neto 2 Filho do Filho 2 = 25%.
Divisão por Linhas
É própria da sucessão da classe dos ascendentes. Nesta espécie, a metade da herança vai para a linha materna e a outra metade para a linha paterna, mas não existe direito de representação. 
Se o filho morre tem pai e mães vivos, metade vai para mãe e a outra metade vai para o pai.
	Mãe 50%: Pai 50% > Filha
Se ao morrer, não tem pai, nem mãe com capacidade sucessória e tem avô e avó maternos vivos e apenas avó paterna, dividindo-se por linha os avós maternos recebem 25% da herança cada um, e a avó paterna ficará com 50% do patrimônio deixado pelo falecido, em consequência da divisão por linhas.
Avó materna = 25%: Avô materno = 25%: Avó paterna = 50%> Filha
Atividades
1. No Direito brasileiro, em vigor, incluem-se entre os herdeiros necessários:
Somente os descendentes e o cônjuge.
Somente os descendentes e os colaterais.
Somente os descendentes e os ascendentes.
Os descendentes, os ascendentes, o cônjuge ou companheiro.
Os descendentes, o cônjuge ou companheiro.
2. (TJPR – Assessor Jurídico – 2007) Sobre a sucessão legítima, assinale a alternativa correta:
O direito de representação é uma exceção à regra de que, entre herdeiros de mesma classe, os de grau mais próximo excluem o direito dos herdeiros de grau mais remoto.
À luz do Código Civil, na sucessão pelos colaterais, a sucessão pelos irmãos do de cujus será sempre per capita.
A concorrência sucessória, entre cônjuge sobrevivente e os descendentes do de cujus, somente ocorrerá quando o cônjuge for ascendente de todos os herdeiros com que concorrer.
A ordem de vocação hereditária, na sucessão legítima, é determinada pela lei vigente na data da abertura do inventário.
	
Não se esqueça de que a lei processual a ser utilizada será a vigente no momento em que o inventário estiver em curso, não ficando vinculada ao momento da abertura da sucessão.

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