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EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1º VARA CÍVIL DA COMARCA DE UBERLANDIA DA JUSTIÇA ESTADUAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS.
Autos do processo Nº XXXXXXX-XX.XXXX.X.XXXX
EDUARDO (SOBRENOME), (nacionalidade), (estadocivil), (profissão), portador da carteira de identidade nº 00.000.000-0, inscrito no CPF sob o nº 000.000.000-00 com o endereço eletrônico xxxxx@xxxx.com, residente e domiciliado (endereço completo), vem por seu advogado legalmente constituído (procuração em anexo), com endereço profissional (endereço completo), apresentar respeitosamente a sua tese de defesa a Vossa Excelência, nos autos da ação proposta por, MARCELA (SOBRENOME), através de:
CONTESTAÇÃO/RECONVENÇÃO
I. BREVE SINTESE DA INICIAL
Em breve síntese, a Autora alega em sua petição inicial que:
Ao dirigir seu automóvel, pela cidade de Uberlândia/MG, teria parado em frente a faixa de pedestre e teve seu veículo sofrido um forte choque causado pelo veículo conduzido por Eduardo, choque esse que levou a sua mão a ser amputada.
Ocorre que EDUARDO, justifica que o acidente ocorreu por imprudência da parte Autora, levando em consideração que a mesma teria parado o veículo indevidamente, visto que segundo o réu não teria nenhuma pessoa aguardando para que pudesse atravessar a via.
II. DAS PRELIMINARES
II.I- DA LITISPEDENCIA
Ocorre no curso dessa ação, o fenômeno jurídico da litispendência, visto que já se tem uma ação com as mesmas partes, pedidos e causa de pedir tramitando e aguardando a réplica da autora na 2º vara civil da comarca de Uberlândia/MG, com previsão no art. 337, inc. VI:
“Art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar:
(...) VI - litispendência;”
Sendo assim fundamento no art.485, inc. V do código de processo civil, vossa excelência deverá reconhecer a litispendência devendo extinguir essa ação, sem a resolução do mérito.
“Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando:
(...) V - reconhecer a existência de perempção, de litispendência ou de coisa julgada;”
III. MÉRITO
Em homenagem ao princípio da eventualidade (NCPC, art. 335, caput), caso não seja acolhida a preliminar de litispendência acima, o réu passa à impugnação do mérito da demanda e à exposição das razões de fato e de direito com que impugna os pedidos pretendidos pelo autor
III.I INEXISTENCIA DO FATO CONSTITUTIVO DE DIREITO
A ação proposta pela autora, deveria ser fundamentada com provas como prevê o art. 373, inc. I do código de processo civil, para que então ficasse provado a responsabilidade civil por parte do réu, trazendo arrolado a inicial fatos que mostrassem que o a conduta do senhor EDUARDO, fosse culposa e que tivesse um nexo de causalidade que deixasse claro a ligação do réu com o acidente causado, fatos esses que não foram proposto na inicial dessa ação, sendo assim não há no que se falar no dever do réu de indenizar a autora.
Vejamos claramente no art. 373, inc. I o ônus da prova que não foi cumprido pela parte autora:
“Art. 373. O ônus da prova incumbe:
 I - Ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito; (...)”
III.II DA CULPA EXCLUSIVA DA VITIMA
Cabe ressaltar que no caso apresentado na inicial dessa ação, o réu só chegou a colidir com o veículo da vítima, causando o acidente pelo fato da autora ter parado sem necessidade alguma e de maneira imprudente, eu diria, no meio da via, sendo que se ela não tivesse realizado tal ação, sendo que se ela realizasse conduta diversa a essa não teria ocasionado o acidente, assim ficando claro que o réu dessa ação não teve culpa dessa lide.
Não se tem dúvida dos conceitos dos institutos em questão, como se observa nos ensinamentos de CARLOS ROBERTO GONÇALVES, cujas palavras assim dispõem:
"Se o evento danoso acontece por culpa exclusiva da vítima, desaparece a responsabilidade do agente. Como observa Aguiar Dias, a conduta da vítima, como fato gerador do dano, elimina a causalidade. Quando se verifica a culpa exclusiva da vítima inocorre indenização, pois deixa de existir a relação de causa e efeito entre o seu ato e o prejuízo experimentado pela vítima. Nessa hipótese, o causador do dano não passa de mero instrumento do acidente.” (Comentários ao Código Civil; 11º volume; Saraiva; São Paulo; 2003; p. 523 )
A jurisprudência a respeito da matéria também é bastante clara. Observa-se no julgado abaixo especificado ter havido, em situação parecida, que a culpa exclusiva da vítima não pode ser considerada caso de responsabilidade civil:
RECURSO DE AGRAVO - RESPONSABILIDADE CIVIL - ATROPELAMENTO POR ÔNIBUS - MOTORISTA QUE NÃO AGIU COM IMPRUDÊNCIA, NEGLIGÊNCIA OU IMPERÍCIA, DESCARACTERIZANDO O ATO CULPOSO - ACIDENTE CAUSADO POR CULPA EXCLUSIVA DA VÍTIMA - AUSÊNCIA DE RESPONSABILIDADE POR PARTE DA EMPRESA DE ÔNIBUS. 1 - Para fins de responsabilidade civil subjetiva, aplicável à espécie, a pessoa jurídica é responsável pelos atos de seus empregados caso estejam caracterizados o ato culposo, o dano e o nexo causal. Deve restar comprovado nos autos que o empregado concorreu para o dano agindo com culpa (negligência, imprudência ou imperícia), cabendo à parte autora o ônus da prova, tudo de acordo com as disposições do Código Civil. 2 - As provas documental, pericial e testemunhal apontam que o motorista não praticou qualquer ato culposo, tendo em vista que o atropelamento foi provocado por culpa exclusiva da vítima (marido da agravante), a qual se projetou à frente do ônibus em avenida de grande movimento e com o sinal aberto para os veículos. 3 - Revela ainda o conjunto probatório que o ônibus vinha a baixa velocidade quando o motorista, surpreendido com a presença repentina da vítima à sua frente, tentou desviar o veículo sem sucesso e, após o atropelamento, prestou socorro ao acidentado. Todas as testemunhas convergem nesse sentido em depoimentos coerentes com a prova documental e com a perícia. 4 - A agravante não apresenta argumentos suficientes para afastar os fundamentos da decisão terminativa questionada, uma vez que praticamente reproduz os argumentos expostos nas razões do agravo de instrumento. 5 - Recurso de agravo a que se nega provimento. Decisão unânime.
(TJ-PE - AGV: 2172409 PE, Relator: Carlos Frederico Gonçalves de Moraes, Data de Julgamento: 10/10/2014, 1º Câmara Extraordinária Cível, Data de Publicação: 16/10/2014)
IV RECONVENÇÃO
Como amplamente demonstrado nesta resposta, o réu não teve culpa alguma pelo acidente acontecido, foi a autora responsável pela colisão entre o veículo dela, e o automóvel do réu, ao parar repentinamente o seu carro em uma via de grande movimento, fatos aqui alegados que serão comprovados por testemunhas arroladas nesse processo.
Sendo assim, a autora na verdade foi a causadora do dano ocasionado no automóvel do réu, razão pela qual deve arcar com os prejuízos causados ao veículo do mesmo e nascendo o dever de indenizar o réu conforme os art. 186 e 927 do código civil, vejamos:
“Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.”
V. DOS PEDIDOS
Diante dos expostos requer a vossa excelência:
O acolhimento do pedido da preliminar de litispendência, extinguindo o processo sem a resolução do mérito;
Ultrapassada a preliminar acima pretendida e que não seja do entendimento de Vossa Excelência, no mérito, seja impugnado o pedido da parte autora;
Seja condenada a parte autora no pedido contraposto, para que possa ser realizado a indenização no valor de R$.10.000,00 (dez mil reais), pelo prejuízo a ele causado;
Seja a parte autora condenada ao pagamento dos ônus sucumbenciais e outras custas processuais a serem fixadas;
O chamamento das testemunhas abaixo arroladas ao processo, para que possam declarar a responsabilidade da autora no acidente acontecido;
V. PROVAS
Requer a produção de todas provas em direito admitidas na amplitude do art. 369e seguintes no CPC, em especial documental, testemunhal e pericial e depoimento pessoal do autor.
Nestes termos, pede e espera deferimento.
Rio de Janeiro/RJ, Terça Feira, 31 de outubro de 2017
JEFFERSON MACHADO MARTINS
OAB/RJ XX.XXX-X

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