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Princípios Fundamentais de Contabilidade

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PRINCÍPIOS CONTÁBEIS – CFC 
 
Os Princípios Fundamentais de Contabilidade (PFC) são um conjunto de 
regras que tem a função de apresentar uma linguagem comum, para se 
preparar e interpretar os relatórios contábeis, que orientam a profissão do 
contador, e constituem condição de legitimidade das Normas Brasileiras 
de Contabilidade (NBC). 
Até 2010, instituídos pela Resolução CFC 750/93, tínhamos sete princípios 
denominados de princípios fundamentais de contabilidade, quais sejam: a) 
entidade; b) continuidade; c) oportunidade; d) registro pelo valor original; 
e) atualização monetária; f) competência; e g) prudência. 
Com a publicação de Resolução CFC 1.282/10, em que revisou e atualizou 
a Resolução CFC 750/93, os princípios passaram a denominar-se 
princípios contábeis. Além disso, o princípio da atualização monetária, 
instituído em 1993, em decorrência da elevada inflação que o país 
vivenciou a época, foi incorporado pelo princípio do registro pelo valor 
original. Logo, tem-se hoje seis princípios contábeis que serão tratados a 
seguir. 
 
a) Entidade – reconhece o patrimônio como objeto da contabilidade. 
Assim, o patrimônio da entidade não se confunde com o dos sócios; 
 
A lógica predominante nesse princípio é a autonomia do patrimônio da 
entidade, ou seja, seus ativos e passivos, receitas e despesas não se 
misturam com os itens congêneres dos sócios ou acionistas, que devem 
ser distintos e independentes, mantendo os respectivos patrimônios 
segregados. 
 
b) Continuidade – pressupõe que a entidade continuará em operação no 
futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes do 
patrimônio levam em conta esta circunstância. 
A idéia central desse princípio está em que a continuidade ou não da 
entidade deve ser considerada na classificação e avaliação dos ativos e 
passivos. Para efeito de exemplo, em situações de descontinuidade, como 
falência e liquidação, os ativos passam a ser avaliados por valores de 
saída, mesmo aqueles não destinados a essa finalidade. Outra situação 
seria gastos com desenvolvimento de um novo produto que se enquadre 
como um ativo intangível, em situações de descontinuidade, esses gastos 
não mais serão ativados, mas, tratados como despesas e levados a 
resultado. 
 
c) Oportunidade – o registro contábil deve ser feito de imediato 
(tempestividade) e na extensão correta (integridade); 
 
O ponto primordial desse princípio é o reconhecimento das transações que 
afetam o patrimônio no momento em que ocorre (tempestividade) e na 
sua totalidade (integridade). Vale destacar, que esse princípio diferencia-
se do princípio da competência (que será apresentado a seguir) no sentido 
de que, a competência enfatiza o reconhecimento das transações que 
afetam somente o patrimônio líquido (receitas e despesas), já o princípio 
da oportunidade abrange todas as variações e as mutações patrimoniais. 
 
d) Registro pelo valor original – determina que os componentes 
patrimoniais devem ser inicialmente registrados pelos valores originais 
das transações, expressos em moeda nacional; 
 
Destaca-se que a Resolução CFC 1.282/10 deixa bem claro que o custo 
histórico será utilizado como base inicial, ou seja, em uma mensuração 
subsequente, pode-se utilizar outra base de avaliação. Para isso, a 
referida resolução inovou ao definir as seguintes bases de mensuração, 
em que devem ser utilizadas em graus distintos e combinados, ao longo 
do tempo, de diferentes formas: 
I. custo corrente. os ativos são reconhecidos pelos valores em caixa ou 
equivalentes de caixa, os quais teriam de ser pagos se esses ativos ou 
ativos equivalentes fossem adquiridos na data ou no período das 
demonstrações contábeis. Os passivos são reconhecidos pelos valores em 
caixa ou equivalentes de caixa, não descontados, que seriam necessários 
para liquidar a obrigação na data ou no período das demonstrações 
contábeis; 
II. valor realizável. Os ativos são mantidos pelos valores em caixa ou 
equivalentes de caixa, os quais poderiam ser obtidos pela venda em uma 
forma ordenada. Os passivos são mantidos pelos valores em caixa e 
equivalentes de caixa, não descontados, que se espera seriam pagos para 
liquidar as correspondentes obrigações no curso normal das operações da 
entidade; 
III. valor presente. Os ativos são mantidos pelo valor presente, 
descontado do fluxo futuro de entrada líquida de caixa que se espera seja 
gerado pelo item no curso normal das operações da entidade. Os passivos 
são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de saída 
líquida de caixa que se espera seja necessário para liquidar o passivo no 
curso normal das operações da entidade; 
IV. valor justo. É o valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou um 
passivo liquidado, entre partes conhecedoras, dispostas a isso, em uma 
transação sem favorecimentos; e 
V. atualização monetária. Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da 
moeda nacional devem ser reconhecidos nos registros contábeis mediante 
o ajustamento da expressão formal dos valores dos componentes 
patrimoniais. 
e) Competência. As receitas e as despesas devem ser registradas no 
período em que ocorrem, independente de recebimento ou pagamento e 
pressupõe a simultaneidade da confrontação de receitas e despesas 
correlatas; 
 
O princípio da Competência é consagrado mundialmente como um 
conceito voltado para a apuração de lucro mediante a confrontação de 
receitas e despesas. É importante enfatizar que a competência desvincula 
a contabilidade das entradas e saídas de caixa. 
 
f) Prudência. Deve-se adotar-se, sempre que existir alternativas válidas, 
o menor valor para o ativo e o maior valor para o passivo. 
 
Esse princípio tem forte vinculação com o aspecto conservador que 
caracteriza o contador. Ou seja, dentre alternativas a serem escolhidas 
igualmente relevantes a aceitáveis, deve prevalecer a de menor valor para 
o ativo e a de maior para os passivos. Tal princípio evita que ativos e 
receitas sejam superestimados e passivos e despesas sejam 
subestimados. 
 
CONVENÇÕES CONTÁBEIS 
Representam as normas e procedimentos que qualificam e 
delimitam a aplicação prática dos Princípios Contábeis, ou seja, 
são as restrições ou limitações ou até modificações parcialmente 
ao conteúdo dos Princípios Contábeis. 
 
CONVENÇÃO DA OBJETIVIDADE 
Entre um critério de subjetivo de valor, mesmo ponderável e outro 
objetivo o contador devera optar pela hipótese mais objetiva, ou seja, 
evitar excessivo liberalismo na escolha de critérios. 
Esta Convenção estabelece que a contabilidade deva abster-se o máximo 
possível dos subjetivismos e das avaliações calcadas exclusivamente em 
avaliações pessoais individuais e ater-se a critérios realmente objetivos, 
se possível documentais, que permitam um maior nível de credibilidade 
por parte de todos os usuários da informação contábil. 
A observância a essa Convenção visa reduzir ao mínimo ou eliminar as 
urnas em que os Princípios Contábeis podem ter mais de uma aplicação. 
Assim, entre vários procedimentos alternativos tenderemos a escolher 
sempre o mais objetivo. 
Sustentação prática da objetividade: 
1. Os registros contábeis das transações devem ser efetuados, sempre 
que possível, em documentos adequados, normas e procedimentos 
escritos, e práticas geralmente aceitas no ramo de atividade especifica. 
2. A credibilidade tem preferência na avaliação dos elementos 
patrimoniais tangíveis, embora os intangíveis sejam via de regra, 
economicamente significativos. 
3. A Contabilidade deve manter-se neutra em relação aos sócios, gerência 
e investidores. Dessa forma,quanto mais objetivo se é, mais neutro tende 
se a ser. 
Há que se tomar o devido cuidado, entretanto, para que a objetividade 
exagerada não prejudique em demasia as Demonstrações Financeiras. 
Nesses casos, o julgamento e o bom senso profissional devem prevalecer, 
transformando o conceito de objetividade no resultado de um consenso 
profissional sobre a melhor forma de enfrentar certas situações, mesmo 
que sob um ponto de vista mais imediatista não pareça objetiva. 
 
CONVENÇÃO DO CONSERVADORISMO 
Ao adotar determinado processo, entre os vários possíveis que podem 
atender a um mesmo principio geral, ele não devera ser mudado com 
demasiada frequência, para não prejudicar a comparabilidade dos 
relatórios contábeis, ou seja, Contabilidade deve optar sempre pela 
alternativa de avaliação que resulte em menor lucro, assim: 
Devem ser contabilizadas imediatamente todas as despesas ou perdas 
conhecidas, ainda que não realizadas. 
Devem ser adiadas até sua efetiva realização todas as receitas, ainda que 
conhecidas com razoável segurança. 
O Conservadorismo deve ser encarado como um guia de procedimentos 
quando o contador defrontar-se com várias alternativas de avaliação dos 
ativos, e como uma atitude “vocacional” da profissão perante os vários 
grupos interessados nas Demonstrações Financeiras. 
Ele influencia o princípio do custo como base de avaliação, principalmente 
na categoria de ativos denominados ativos correntes, quando o modifica, 
criando, no caso dos estoques, a regra de custo ou mercado dos dois o 
menor. A posição adequada é considerar a hipótese que resulte no valor 
mais baixo do ativo (assim como em caso análogo deveria optar pela 
alternativa que resultasse no valor mais alto para o passivo). 
A única ressalva que se faz para a “atitude conservadora” do contador é 
em não aplicá-la com exagero. Sua aplicação irrestrita pode levar à perda 
de controle de seus efeitos, quando se verificar, de um período para 
outro, reversões nas expectativas e nos preços dos ativos. 
 
CONVENÇÃO DA MATERIALIDADE 
Esta Convenção estabelece que a Contabilidade não deva se preocupar 
com valores ou fatos irrelevantes, tanto do ponto de vista de registro 
como do de controle. 
Se uma empresa fez um empréstimo de valor pequeno a um terceiro 
qualquer, cobrando juros, não precisa se preocupar em apropriar essa 
receita financeira exatamente dentro do regime de competência, já que o 
valor envolvido é insuficiente e sua contabilização será totalmente 
aceitável quando do recebimento. 
A compreensão exata da Convenção da Materialidade depende do entendi 
mento de que o custo adicional para proporcionar certas informações 
extremamente detalhadas e em períodos muito curtos, via de regra, é 
maior que os benefícios adicionais gerados e, portanto, não vale a pena. 
 
CONVENÇÃO DA CONSISTÊNCIA 
Esta Convenção estabelece que, desde que se tenha adotado determinado 
critério contábil, este não deve ser alterado ao longo do tempo, 
permanecendo uniforme para não prejudicar a comparabilidade e o poder 
de previsão das Demonstrações Financeiras. 
A Consistência ou Uniformidade representa um dos conceitos mais 
importantes em todo o esquema contábil. Entretanto, a obediência a tal 
Convenção não significa que não se possa adotar um novo critério 
contábil, principalmente quando as condições aconselharem essa 
mudança; apenas se deve fazer a devida menção nas Demonstrações 
Financeiras, indicando qual a mudança e quais os seus efeitos sobre o 
resultado do exercício e sobre o patrimônio líquido. Essa menção da 
mudança e do valor dos seus efeitos é considerada obrigatória pela Lei nº. 
6.404, de 15.12.1976 (Lei das Sociedades por Ações).

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