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Introdução de Consciencia Corporal 1

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Consciência corporal nada mais é do que tomar consciência de seu próprio corpo, reconhecendo e identificando processos e movimentos corporais, internos e externos. Estabelecemos ligação com o mundo exterior através dos cinco sentidos que possuímos: visão, audição, olfato, paladar e tato; recebendo então os estímulos e processando-os mentalmente. Com o mundo interno também estabelecemos comunicação devido à estímulos feitos através das terminações nervosas presentes em músculos, articulações e órgãos. Se alguma coisa está errada em nosso corpo, sinais de alerta são enviados para que prestemos mais atenção, fazendo com que tomamos mais conhecimento sobre como funcionamos. 
Dessa forma, pequenos problemas podem se acumular e levar a famosa fadiga, acabando com a energia para realizar até mesmo simples tarefas. Por isso a importância de termos consciência corporal, que proporciona maior energia e saúde para nossas vidas, consequentemente, mais qualidade de vida.
Tomar consciência dos movimentos que o corpo executa, traz a capacidade de realiza-los de maneira mais adequada, sem desperdícios de energia. Assim, prestar atenção ao próprio corpo é a ideia básica da consciência corporal. Uma espécie de autoconhecimento, entendendo o que o corpo é capaz de fazer e quais suas limitações.
Muitas doenças surgem do fato de levarmos o corpo além do que ele é capaz de suportar ou realizar e de maneira brusca. Conhecer e respeitar os limites de seu corpo é essencial e evita doenças, bem como, demonstra os limites físicos durante as atividades diárias, de esporte e lazer. É importante, também, para o desenvolvimento de posturas e atitudes que melhoram nossa qualidade de vida e até mesmo o relacionamento interpessoal.
Podemos exemplificar as ginásticas de Conscientização Corporal através da Eutonia (o corpo a base do ser, desenvolve a sensibilidade e a auto-observação), Antiginástica (exercícios que não embrutecem, trabalha com o ritmo do corpo, com a energia necessária para a realização do movimento), bioenergética (o que ocorre na mente influencia no corpo e vice-versa e os processos energéticos atuam tanto sobre a mente quanto no corpo), ioga (matrimônio entre o espírito e a matéria), ginástica holística (conhecimento de si), entre outras.
A terceira idade é uma fase de desenvolvimento humano cheias de transformações, que atingem cada idoso de maneira diferenciada levando-os a apresentar reações diversas, a maneira como o indivíduo percebe seu corpo é definido como consciência corporal, ela é constituída de três aspectos, o primeiro de caráter público, que inclui as sensações de outras pessoas sobre a aparência do individuo, a segunda, a consciência corporal privada, percepção subjetiva das sensações internas do corpo, ou seja, relativa à função corporal e a última constitui a avaliação subjetiva da capacidade de realizar tarefas físicas. É através dos aspectos da consciência corporal que estabeleceremos uma construção da consciência corporal na terceira idade.
Iniciando com um conceito corporal público percebe-se que a indústria corporal através do meio de comunicação encarrega-se de criar desejos e reforçar imagem de corpos padronizados, cujos corpos que se vêem fora desses padrões sentem-se isolados e insatisfeitoso, o idoso, cujo corpo não se inclui nesses padrões, tem seus anseios anulados gerando um sentimento de impotência enquanto indivíduo ativo na sociedade, o que culmina na repulsa ao próprio corpo. A padronização de um corpo dentro dos valores da classe dominante, faz com que muitos dos idosos recorram às cirurgias plásticas, aderindo à utilização de produtos cosméticos “rejuvenescedores” sempre com o intuito de mudar a aparência física.
No entanto, deve-se destacar que a análise da aparência do idoso não é somente resultado da relação entre o idoso e a sociedade, mas também entre os idosos, pois estes não conseguem reconhecer o envelhecimento em si, mas somente no outro. É normal que em nós é o outro que é velho e que a revelação de nossa idade venha dos outros.
 A consciência corporal privada consiste na percepção privada das funções fisiológicas do corpo, ou seja, das funções internas, que não são percebidas por outras pessoas, assim então ficando identificadas através de preocupações com sintomas de doenças. Muitos idosos preferem não acreditar na sua idade, querendo a todo preço ser jovens, preferindo acreditar em um mau estado de saúde a se considerar idoso. Apesar da negação a idade, muitos idosos acabam por supervalorizar as dores no corpo, de modo a desconhecerem o próprio corpo que por detrás da dor fisicamente detectada existe outra, a dor do desconhecido, do alheio e da perda da identidade corporal. 
A avaliação do nosso corpo é feita da interação com o meio, assim a sua auto-imagem é desenvolvida continuamente. Nesse contexto, percebe-se que o envelhecimento envolve uma série de mudanças funcionais que levam a diminuição da funcionalidade do organismo, desse modo surge um conceito de corpo em diferentes épocas, onde o não reconhecimento do corpo surge a partir do momento em que ele sofre uma diminuição do funcionamento que não existia em tempos anteriores.
Ao longo da vida as capacidades físicas servem para realizar muitas tarefas, incluindo atividades físicas e de vida diária. Uma das adaptações que as pessoas têm que fazer a medidas que envelhecem, é como lidar com a perda de competência física e acabam ou restringirem suas atividades. Além da diminuição da capacidade de realizar tarefas devido às diminuições fisiológicas, um outro item que diminui a competência física é a superproteção dos familiares ou da comunidade com o idoso, sempre lhe atribuindo à idéia de um ser frágil e incapaz, principalmente no que diz respeito às atividades diária.
	O corpo idoso que é mais rico em experiências motoras, à medida que o tempo passa surge uma troca pelas atividades de rápida execução por atividades de precisão, os idosos, devido ao declínio do organismo, dão preferência às atividades menos exigentes, sendo de grande valor aquela desenvolvidas em grupos, e em contatos com outras pessoas.
Portanto, percebe-se a discussão sobre corpo e consciência não é algo inédito, onde, a priore, o corpo era separado da consciência em dois objetos complementares, para posteriormente ser considerar, corpo e consciência, como um só objeto. 
Sobre consciência corporal na terceira idade, conclui-se que a maneira como o indivíduo percebe seu corpo é condicionada pela influência do meio (pessoas) sobre a consciência corporal privada, pública e competência física do idoso, que interagem construindo uma consciência que varia no decorrer dos anos, dessa forma, a melhora na consciência de corpo pode ser alcançada pela inclusão em atividades jamais desenvolvidas antes, sempre respeitando suas condições fisiológicas. É somente com a certeza de que o idoso (a) pode realizar tarefas, é que ele (a) terá consciência do seu valor nessa fase da vida.

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