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Resumo de Penal IV

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Resumo de Penal IV
Ex: Peculato art. 312
Conceito: apropriação ou desvio de coisa própria ou alheia
Bem Jurídico Tutelado: patrimônio público ou particular
Sujeito Ativo: funcionário público/particular art. 30 CP
Sujeito Passivo: Estado 
Elemento Subjetivo do Tipo: Dolo e Culpa
Cabe Culpa? Cabe Tentativa (conatus)?no momento da apropriação e desvio acontece a consumação. Tentativa é possível, crime plurissubsistente.
Outros tópicos para o peculato
Comum ou Próprio? Próprio 
Concurso de Crimes: Material
Concursos: De Agentes: cabe 
Unissubjetivo
Forma Livre ou Escrita? livre
Dano ou Perigo? Dano 
Instantâneo ou Permanente? Instantâneo 
Efeitos: imediato	
Crimes contra a administração pública 
Arts. 312 ao 359 do C.P
Observações do professor
Art. 314- Extravio, sonegação ou inutilização de livros ou documento.
Se o sujeito ativo servidor em exercício a repartição fiscal ou tributaria, o extravio de livro oficial, processo fiscal ou qualquer documento por ele causado, configura crime especial, previsto no art. 3, inciso I da lei 9.137/90.
Art. 316- Concussão
Rogério Greco e Rogério Sanches entendem que o sujeito ativo deste delito é o funcionário público, ainda que não encarregado pela arrecadação do tributo ou contribuição social. 
O particular colaborador ciente das qualidades do agente público, também responde pela praticado crime.
Prevalece que a expressão “deveria saber” configura dolo eventual, entretanto, existe doutrina no sentido de que se trata de modalidade culposa do tipo.
Art. 317- Corrupção Passiva
Passiva: Ativa: 
-receber -oferecer
-aceitar - prometer
-solicitar
Tomar cuidado com os verbos
Solicitar e aceitar não é necessário o resultado, já na modalidade receber é necessário o enriquecimento ilícito do autor, configurando um crime material.
§1º o que seria mero exaurimento passou a ser causa de aumento de pena. Aqui o agente cumpri o prometido, realizando a pretensão do corruptor.
Se a violência praticada pelo agente público constitui por si só um novo crime, haverá concurso formal ou material a dependendo do caso entre corrupção passivo e a infração dela resultante.
§2º trata-se da corrupção passiva privilegiada, onde o agente pratica, deixa de praticar ou retarda ato de oficio, com infração de dever funcional, cedendo, a pedido, pressão ou influência de outrem, não prevalecendo qualquer vantagem indevida.
Art. 318 – Facilitação de contrabando ou descaminho
Contrabando é a pratica da importação ou exportação clandestina de mercadorias e bens de consumo que dependem de registro, analise ou autorização de órgão público competente.
O descaminho é a entrada ou saída de produtos mas sem passar pelos tramites burocráticos tributários devido.
Art. 319 – Prevaricação, retardar ou deixar de praticar.
Consiste essencialmente no fato de espontaneamente a funcionário se desgarrar do sentido de finalidade pública, que deve ser a de toda sua vida funcional, para no caso ter a sua ação norteada para o que lhe a figure o seu interesse ou lhe pareça condizente com sentimento sem pessoal.
Art. 319 – A – Crime de diretor de presídio 
O preso surpreendido com o aparelho em principio pratica falta grave estando sujeito a sanção disciplinar “art. 50, VII da LGP”. O particular que fornece o aparelho para o preso comete o crime do art. 349 – A do C.P.
Art. 321 – Advocacia Administração 
O patrocínio significa defender, pleitear, advogar juntos a companheiros ou superiores hierárquicos o interesse particular. 
Para configuração deste crime é indispensável que pratique a ação aproveitando-se das finalidades que ser cargo lhe proporcione.
Art. 328 – Usurpação de função pública 
Usurpar significa assumir, exercer ou desempenhar indevidamente.
Art. 331 – Desacato a funcionário público
Crime forma, pouco importando se o funcionário público tem o conhecimento e se sente menosprezado.
É indispensável a presença da vítima no momento da ofensa, desse modo parcela da doutrina entende impossível a tentativa.
Art. 332 – Tráfico de influência 
Nas modalidades solicitar, exigir e cobrar são condutas do crime formal, já na modalidade obter é necessário auferir vantagem, neste caso trata-se de crime material.
Art. 334 – Descaminho
Trata-se de mercadoria proibida. Consiste em importar ou exportar absoluta ou relativamente proibidos de circularem no país.
A lei 13.008/2014 alterou o art. 334, agora há 334 e 334-A que no 334 é descaminho e 334-A é contrabando.
O agente neste tipo penal busca iludir mediante artifício ardio ou qualquer outro meio fraudulento, o pagamente de direito ou imposto devido em face da entrada ou saída da mercadoria não proibida.
A extinção da punibilidade pelo pagamento do tributo iludido só se justifica se a conclusão Fo no sentido de que se trata de delito material, tipificando somente após o pagamento definitivo, do contrario se basta a importação fraudulenta tornando-se irrelevante apurar o valor do prejuízo ao dinheiro público.
Súmula 151 – será competente a justiça federal para julgar os crimes de contrabando e descaminho e será definido pela prevenção.
Descaminho trata-se de bem lícito a conduta de iludir no todo ou em parte o pagamento de direito ou imposto devido pela entrada, pela saída ou pelo consumo de mercadoria.
Art. 339 – Denunciação caluniosa
Trata-se de crime parecido com a calunia com diferença que na denunciação existe o momento da administração da justiça e não se pune a denunciação caluniosa contra os mortos.
Se for imputado a pratica de contravenção penal a pena será diminuída pela metade conforme o parágrafo 2º.
Art. 341 – Auto acusação falsa
Não configura crime quando o réu chama para si a exclusiva responsabilidade de ilícito penal de qe deve ser considerado concorrente.
Art. 342 – Falso testemunho ou falsa pericia
Trata-se de crime de mão própria ou de autuação pessoal, ou de conduta infungível, que só pode ser praticado por quem resumindo qualidades especiais para realizar imediata e corporalmente a conduta típica dentro de um processo judicial ou administrativo, inquérito policial ou em justiça arbitral.
Havendo faldo perante a CPI a conduta esta tipificada no art. 4º, II da lei 1579/52.
§2º trata-se de causa extintiva da punibilidade, no caso do agente que se retrata ou declara a verdade antes da sentença.
Art. 345 – Exercício arbitrário das próprias razões 
Salvo quando a lei permite em excludentes de ilicitudes. Ex. legitima defesa e estado de necessidade.
Preceito secundário (pena) do tipo prevê o cumulo material de penas se da violência resultar ferimentos na vítima.
Trata-se de ação penal privada e quando o crime for praticado em detrimento do patrimônio ou de interesse da união, estado ou município será pública incondicionada.
Art. 348 – Favorecimento pessoal
A pessoa não sabe da conduta antes de acontecer, o objetivo é esconder o criminoso, se souber antes é participe.
Art. 359 – Desobediência a decisão judicial sobre perda ou suspensão de direito
O bem jurídico tutelado é a boa administração da justiça, sujeito ativo qualquer pessoa, e para outra parte da doutrina é crime próprio quando mencionado autoridade.
 
Lei 11.340 (Lei Maria da Penha)
Tem que ser no ambiente de família, doméstica ou afetiva.
Art. 3º - visa questões afirmativas que o poder público devem desenvolver.
Art. 5º - a lei Maria da penha é para qualquer gênero.
I – cunhada também faz parte
II – irmã não tendo necessidade de morar junto
III- ex namorada 
§único – independente de orientação sexual
Art. 7º - formas de violência:
- violência física 
-psicológica
-sexual
-patrimonial
-moral
Prisão preventiva pode ser tanto no inquérito policial quanto na ação. Contravenções penais também são tratadas juntamente com os crimes.
Lei 8.072 – Crimes Hediondos 
O tráfico, terrorismo e tortura são crimes equiparados ou assemelhados a hediondos e são crimes inafiançáveis. Antesos crimes equiparados e crimes hediondos iriam ser cumpridos integralmente no regime fechado. Porém este regime violava diversos incisos do art. 5 da C.F, tais como individualização da pena, humanidade, resocialização e etc.
Em 2007 foi publicada a lei 11.464/2007 que definiu que o regime seria inicialmente fechado e a progressão ocorreria em 2/5 da pena sendo primário e 3/5 se reincidente (art. 2º da lei 11.464/2007), se for crime comum 1/6 mesmo artigo. 
Os crimes que estavam sendo julgado ficou definido que a progressão ocorreria com 1/6 da pena (súmula vinculante 26 e súmula 471 do STJ).
Art. 1º grupo de extermínios, posição do Capez é necessário pelo menos duas pessoas, utilizando o art. 35 da lei 11.346/2006.
2º posição para Alexandre de Moraes é necessário pelo menos 3 anos conforme o art. 288 do CP.
3º posição para Rogério Greco é necessário 4 pessoa conforme a lei 12.850/2013 organização criminosa.
Epidemia passou a ser considerado crime em diversos ordenamentos jurídicos após a 1º Guerra mundial.
O núcleo de epidemia “causas” é utilizado no texto legal no sentido de produzir, originar, provocar a epidemia. 
Por epidemia, deve ser entendida como uma doença que surge rapidamente em determinado lugar e acomete semelhantemente grande número de pessoas.
Art.2º, I – pela anistia, Estado renuncia ao ius puniens, perdoando a pratica de infrações penais que normalmente tem cunho político. A anistia é crime político, mas nada impede que também seja um crime comum.
O indulto coletivo ou simplesmente indulto é normalmente concedido normalmente pelo presidente da republica por meio de decreto.
O crime de tortura é inafiançável e insuscetível de graça, anistia e indulto.
A doutrina majoritária tem se posicionado no sentido da possibilidade de concessão de liberdade provisória para as infrações da lei 8.072/90 crimes hediondos. 
Art. 7º, §4º trata de delação premiada.
O STJ editou a súmula 439 que admite o exame criminológico pelas peculiaridades do caso, desde que em decisão motivada.
Lei 11.343/2006 – lei de drogas
O termo drogas da nova lei substitui o termo utilizado na lei anterior (6.368/76) entorpecentes, pois nem todas as drogas são entorpecentes.
Temos uma norma penal em branco em sentido estrito ou heterogenio complementada pela ANVISA ”poder executivo da União”. 
Em 200 o clorêto de etila “lança perfume” deixou de fazer parte da portaria da ANVISA por 8 dias e surgiu então a abolitio criminis temporária, e o STF decidiu que qualquer conduta antes de 7 de dezembro de 2000 tiveram a punibilidade extinta conforme HC ( habeas corpus) 94.397/BA.
Não a tráfico nas hipóteses de autorização regulamentar pela União de plantas de uso estritamente ritualístico religioso.
Quanto a marcha para legalização o STF priorizou a liberdade de pensamento, expressão, informação e comunicação conforme informativo 649 do STF.
Art. 243 da CF – o proprietário não tem direito a justa indenização e o STF entende que deve ser expropriada a totalidade do imóvel conforme RE 543.974/MG.
O dependente de drogas que estiver preso deve ter garantido os serviços de atenção a saúde. Se for negligenciada entende ser possível o atendimento médico particular.
Art. 28
Advertência sobre os efeitos das drogas exaurem-se em si.
Prestação de serviço a comunidade (PSC) e medida educativa terá o prazo máximo de 5 meses e em caso de reincidência especifica 10 meses conforme parágrafo 3º e 4º . 
§1º - consumo pessoal
Art. 30 –prescrição para usuário é de 2 anos.
As sanções podem ser aplicadas de forma isolada ou cumulada, bem como substituídas a qualquer tempo, ouvindo o M.P (Ministério Público) e o defensor.
Se o agente se recusar a cumprir as medidas educacionais o juiz poderá submetê-lo, sucessivamente a medidas educacionais de coerção tais como admoestação verbal ou multa.
O sujeito passivo desta lei é a coletividade “crime vaço) e o bem jurídico tutelado é a saúde pública.
Para o STF RE430.105, apesar de não haver cominação de pena privativa de liberdade, as condutas não deixam de ser crime, tendo ocorrido uma despenalização foi reputada pelo STF.
A condenação pelo art. 28 gera reincidência. Informativo 549 STF.
Se um adolescente praticar um ato análogo do art. 28, não será privado de sua liberdade (internação ou semiliberdade, pois este art. não prevê a privação de liberdade. Informativo 742 do STF.
O art. 28 não se aplica a posse de drogas para uso pessoal na dependência da administração militar pelo principio da especialidade. Art. 290 do Código Penal Militar. A expropriação é instituto do direito administrativo.
A partir do art. 33 não é possível aplicar o principio da insignificância. 
A competência para processar e julgar o tráfico é em regra da Justiça Estadual. A Justiça Federal somente será competente quando se notar de tráfico inter estadual ou internacional.

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