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SISTEMA IMUNOLÓGICO Profª. MSc. Claudet Maues Histórico Século XV – chineses e turcos – introdução da imunidade através da variolação. 1798 – E. Jenner – “Pai da Imunologia” 1879 – Pasteur – Vacinas atenuada 1883 – Metchnikoff – fagocitose de esporos por leucócitos. 1890 – Behring e Kitasato – toxina bacteriana – proteção a animais não imunizados. Edwuar Jenner (1749-1823) Componentes do Sistema Imune Sistema Fagocitário – Invertebrados, peixes cartilaginosos e Vertebrados Sistema Linfóide - Peixes cartilaginosos e Vertebrados. Órgãos linfóides – Baço e Timo ANTICORPOS ÓRGÃOS LINFÓIDES Tecidos organizados onde as células linfóides interagem com células não linfóides – início da Resposta Imune. Órgãos linfóides centrais: Locais de amadurecimento celular – geração de linfócitos Timo Amadurecimento de linfócitos T Medula óssea (Bone Marrow) Amadurecimento de linfócitos B Órgãos linfóides secundários: Locais de iniciação da resposta adaptativa. Nódulos linfáticos ou Linfonodos Baço Tecido linfóide associado às mucosas Aparelho digestivo – Placas de Peyer Aparelho respiratório – Tonsilas e adenóides ÓRGÃOS LINFÓIDES Timo Neonatal Adulto Linfonodos Função: Filtração da Linfa. Localização: pontos convergentes dos vasos linfáticos Linfócitos B - localizados nos folículos primários e secundários (centros germinativos). Linfócitos T – difusos pelas áreas paracorticais ou zonas de células T. Baço Polpa vermelha - destruição de hemácias Polpa branca Linfócitos T – camada linfoide periarteriolar. Linfócitos B – coroa de células B T B Linf. T Linf. B CLP Precursor Linfóide CEL. T HELPER Ativam cels B e Macrófagos Th Cel. T Citotóxica promove lise celular Tc PLASMÓCITO Produção de Anticorpos PC NK Natural Killer Células infectadas por vírus e tumores Medula óssea Linfócito B – fase de maturação ganham receptores de membrana – BCR ( B cell Receptor) SELEÇÃO NEGATIVA – contato com antígenos próprios. - Interação com alta afinidade – Apoptose - Não interação - maturação e migração para órgão linfóides secundários. Timo - Medula óssea ------------ Pré – T - Linfócito T – receptor de membrana ou TCR ( T Cell Receptor) - Principais moléculas ou marcadores CD4 e CD8 Helper Citotóxico SELEÇÃO NEGATIVA Apresentação de TCRs dos próprios linfócitos pelos MHCs I e II. Reconhecimento de TCD4 ou TCD8 – Apoptose Não reconhecimento - Maturação. Seleção é necessária para a diferenciação do próprio do não-próprio. Resposta imune ocorre frente a estruturas não comuns ao organismo. Qualquer disfunção no Sistema Imune este poderá reconhecer suas próprias estruturas como não próprias e montar uma Resposta Imune. CITOCINAS Proteínas secretadas por células não imunes e imunes – leucócitos - INTERLEUCINAS São responsáveis pelas respostas biológicas das células imunes. Mediam e regulam as reações imunes e inflamatórias. Não são armazenadas como moléculas pré- formadas Síntese somente ocorre na presença de um fator patogenético Ação PLEIOTRÓPICA – agem sobre diferentes tipos celulares Antagonismo – IL inibi a ação de outra IL Sinergismo – IL intensifica a ação de outra IL Ação: Local, sistêmica, Autócrina, Parácrina e Endócrina CITOCINAS QUE MEDEIAM A RESPOSTA INATA Fator de Necrose Tumoral - (FNT - ) Principal mediador da resposta inflamatória aguda frente a bactérias gram-positivas Interleucina 1 ( IL - 1) Mediador da resposta inflamatória aguda frente a bactérias gram-positivas Interleucina 12 ( IL – 12) Principal mediador da reposta imune inicial frente a patógenos intracelulares Indutor da resposta mediada por células Interleucina 10 (IL -10) Inibição de macrófagos e células dendríticas ativadas Interferons ( INF - e INF - ) Principais mediadores na resposta imune inicial frente a vírus CITOCINAS QUE MEDEIAM A RESPOSTA ADAPTATIVA Interleucina 2 (IL – 2) Fator de crescimento de Linfócitos T Interleucina 4 (IL – 4) Produção de anticorpos IgE e Linfócitos Th2 Interleucina 5 (IL – 5) Ativação de eosinófilos. Interferon- ( IFN - ) Principal citocina ativadora de macrófagos Fator de Crescimento de Transformação- (TGF - ) Inibição da proliferação e ativação de linfócitos RESPOSTA IMUNE INATA Presente em indivíduos saudáveis, desde o nascimento e preparada para bloquear a entrada de microrganismos e eliminar os que penetram nos tecidos. Imunidade inata,natural ou nativa Componentes da Imunidade Inata Barreiras físicas – “Porta de entrada” - Pele – mucosa epitelial – muco - Olhos – lágrima - Boca - saliva - Nariz – muco e movimentos ciliares - Ouvido – produção do cerúmen - Trato geniturinário - muco - Trato gastrointestinal – Peristaltismo MICROBIOTA NORMAL - Bactérias não-patogênicas Barreiras Químicas -pH -lisozima -INF -complemento Células - Neutrófilos - Macrófagos -NK Componentes da Imunidade Inata LINHAS DE DEFESA Microrganismos invasores Barreiras Físico-Químicas Respostas Focalizadas Inflamação Neutrófilos Granulócitos PMN Primeira linha de defesa do organismo Célula totalmente diferenciada, Cheia de lisossomos, com pouca maquinaria para síntese de proteínas Sobrevida de ~12 h Fagocitose Macrófagos/Monócitos Monócito sai da medula óssea, permanece 1 dia na corrente sanguínea e se estabelece em algum tecido, onde sobrevive por 2-4 meses - Macrófago Sistema Retículo Endotelial Fagocitose de microorganismos e células estranhas Remoção de células velhas e imperfeitas Função dos Macrófagos Destruição de patógenos Liberação de citocinas Apresentação de antígeno Imunidade adquirida Denominações Específicas - Células de Kupffer - Fígado - Osteoclastos – Ossos - Micróglia - Neurônios FAGOCITOSE Fagocitose Reconhecimento do Antígeno – ligação com receptores de superfície Formação do FAGOSSOMA Macrófagos e Neutrófilos – Lisossomas LISOSSOMA: enzimas, proteínas e peptídeos União: FAGOLISOSSOMA – Liberação do conteúdo lisossomal – destruição do patógeno Natural Killer Linfócitos grandes e cheios de grânulos Não possui TCR Reconhece alterações na membrana celular de células anormais – Tumorais e infectadas por vírus. Destruição não é por fagocitose, mas pela liberação de grânulos Características da Resposta Imune Inata Presente ao nascer Não-específica Não muda de intensidade com a exposição Não-memória RESPOSTA IMUNE ADAPTATIVA Infecção não controlada pela resposta imune inata. Desenvolve-se durante a vida do indivíduo Acontecem nos órgãos linfóides secundários Medula óssea: ontogenia de linfócitos B; Timo: ontogenia de linfócitos T Introdução T Helper Th T Citotóxico Tc Plasmócito Produção de anticorpos PC T B Linf. T Linf. B CLP Precursor linfóide Th1 Th2 Tipos de Resposta Resposta Imune Mediada por Células T Linf. T virgens Linf. T efetores APCs - apresentam o antígeno Macrófagos, Cels.Dendríticas e Linf. B Modulador: IL12 ativa Th1 Resposta Imune Humoral Produção de anticorpos pelos Linfócitos B Modulador: IL4 e IL6 ativa Th2 Através da corrente sangüínea, os linfócitos T e B maduros migram para os órgãos linfóides secundários:linfonodos, baço e tecidos linfóides associados à mucosa tais como as placas de Peyer, as amídalas e o apêndice cecal. Os linfonodos drenam o fluido extracelular e, eventualmente,os linfócitos presentes nesses órgãos são carregados pela linfa e levados via vasos linfáticos, até o ducto torácico, que desemboca na veia subclávia esquerda permitindo que essas células retornem para a corrente sanguínea. IMUNIDADE CELULAR Linfócitos T efetores detectam peptídeos antigênicos derivados de diferentes tipos de patógenos. Peptídeos antigênicos derivados de patógenos que se multiplicam em vesículas intracelulares, de bactérias extracelulares endocitadas e toxinas - Expostos na superfície celular por MHC II - Apresentados a Linf. T CD 4 - Macrófagos e céls. Dendritícas Th1 - Induzem produção de IgG por Linf B – Opsonização de patógenos extracelulares Th2 - Antígenos extracelulares - Ativam Linf. B – produção de IgM Linf. Th0 CD 4 Peptídeos de patógenos intracelulares - Expostos na superfície celular por MHC I - Apresentados a Linf.T CD 8 - Diferenciação em Linf. T citotóxico - Morte da célula-alvo infectada CITOTOXICIDADE MEDIADA POR CÉLULA T Patógenos intracelulares Vírus, bactérias, protozoários – multiplicação no citoplasma das células. Linf. T Citotóxico Liberação de grânulos líticos dependentes de Cálcio contendo proteínas – PERFORINAS e GRANZIMAS – formação de poros na membrana das células-alvo - Apoptose ou Morte Celular Programada – ligação entre o Fas da célula-alvo e o Fas ligante do linfócito Linfócitos T CD 8 Liberam: IFN - : Inibe a replicação viral Induz a expressão de MHC I por outras células Ativa Macrófagos - TNF - e TNF-: ação sinérgica com o IFN - na ativação de macrófagos. Resposta Imune Humoral Resposta Imune Humoral (RIH) - LINFÓCITO B Ocorre nos órgãos linfóides periféricos como: baço, linfonodos e tecidos linfóides associados a mucosa; É mediada por anticorpos, que são proteínas gamaglobulinas ou imunoglobulinas formadas por plasmócitos Plasmócito é o linfócito B diferenciado e capaz de secretar anticorpos (Igs)ativamente. Resposta dos anticorpos contra os antígenos - requer ou não a participação dos Linfócitos T auxiliares. A célula B madura adquire o receptor IgD à semelhança do receptor IgM e migra para os órgãos linfóides secundários; Em contacto com o Ag responde com proliferação e desenvolvimento de células plasmáticas e de memória. A formação de células plasmáticas produtoras de Igs é influenciada por interação CD40 em células T e B e citocinas. O desenvolvimento das células B pode ser: Antígeno-independente - medula óssea; Antígeno-dependente - na periferia - ativação e diferenciação de células B maduras, resultando na formação de plasmócitos – células produtoras de Igs e células B memória Reconhecimento do antígeno O linfócito B (LB) é capaz de reconhecer o antígeno diretamente pela ligação com receptores de superfície, como IgM e IgD - ou seja, o LB entra em contato direto com o antígeno sem a necessidade de célula apresentadora de antígeno. Nesse contato, há interação do antígeno com o receptor de superfície IgM. Essa interação antígeno-IgM participa da ativação para proliferação e síntese de imunoglobulinas pelos LB. Esse mecanismo básico de RIH é eficaz contra antígenos de natureza lipídica, polissacarídica, glicídica e ácidos nucléicos. A RIH não é feita somente por células B, mas necessita da participação (cooperação) de linfócito T helpers que vão regular a atividade da resposta (através das interleucinas), sendo os LT então de extrema importância. Linf. B tem a capacidade de apresentar o antígeno ao LTh – CAA (Célula Apresentadora de Antígeno ou APC) Após o reconhecimento, há uma seleção de imunoglobulinas (Igs). Esse mecanismo básico de RIH é eficaz contra antígenos de natureza proteíca. ATIVAÇÃO DO LINFÓCITO B Dependendo da natureza do antígeno, a ativação do Linf. B pode ser: Timo - dependente Requer contato direto com células Th Ex: Antígenos proteícos – proteínas bacterianas Timo- independente Não necessita de contacto com células Th, ex: Antígenos lipídicos, glicídicos e polissacarídicos - LPS Neste caso a ativação do Linf. B é policlonal e não há formação de cél. B de memória Resposta de Anticorpos para Antígenos Protéicos Dependentes de Linfócitos T Auxiliares Secreção de Anticorpos e Mudança de Isótipo Plasmócitos de vida longa da Medula Óssea podem produzir anticorpos por meses ou anos, após o desaparecimento do antígeno; Resposta de Anticorpos para Antígenos Protéicos Dependentes de Linfócitos T Auxiliares Geração das Células B de Memória e R.I. Secundária Sobrevivem por longo tempo, sem estimulação antigênica. Resposta rápida diante de uma reinfecção. Permanecem no linfonodo ou deixam os centros germinativos e residem em outros tecidos linfóides. Apresentam receptores de alta afinidade e mudança de isótipos. Resposta de Anticorpos para Antígenos Independentes de Célula T Anticorpos de baixa afinidade (IgM) Polissacarídeos, glicolipídeos e os ácidos nucléicos não podem ser processados e apresentados em associação com MHC; Muitos polissacarídeos ativam o sistema complemento pela via alternativa, fornecendo o segundo sinal para a ativação do Linfócito B São polivalentes, sendo compostos por múltiplos determinantes antigênicos; Cinética da Resposta Imune Humoral Resposta imune Primária - Se desenvolve quando o indivíduo entra em contato com o antígeno pela primeira vez, havendo a produção de anticorpos e desenvolvendo células B de memória. Resposta Imune secundária Quando o indivíduo entra em contato pela segundo vez, a produção de anticorpos será muito mais rápida e eficiente, pois as células B de memória vão reconhecer o antígeno e produzir anticorpos - Vacinas. ADCC Citotoxicidade mediada por células dependente de anticorpos Células Natural Killer (NK) - Derivadas da medula óssea - Não possuem TCR - Não fazem maturação tímica - Expressam CD56 um marcador específico de NK - Expressam um receptor para a porção Fc das IgG, denominado FcyRIII (CD16) - Citocinas (IL-2) promovem a sua diferenciação em “linfócitos killer ativados por linfocinas”(LAK cells). - A célula NK ativada sintetiza e secreta INF- γ e libera seus grânulos Características Gerais da Resposta Imune Humoral Características Gerais da Reposta Imune Adaptativa Desenvolve-se durante a vida do indivíduo Principio da aprendizagem por experiência Confere imunidade específica Tem memória Pouco eficaz sem a resposta inata Usa componentes celulares e humorais Imunidade ativa (resulta da fisiologia ativa do s.I. do próprio) Imunidade passiva (transferência de anticorpos entre pessoas) Os anticorpos circulantes refletem as infecções a que um determinado indivíduo esteve sujeito. Possibilidade de diagnóstico da infecção Situação Hipotética Homem com 55 anos de idade em consulta com o gastroenterologista relata que já realiza acompanhamento com cardiologista para controle da hipertensão e da diabetes há 20 anos, e que também faz tratamento para hepatite C há dez anos, desde que foi diagnosticada a doença. Durante a anamnese, o paciente diz que parou de ingerir bebida alcoólica e de fumar há dois anos quando teve um episódio de infarto agudo do miocárdio e precisou fazer cateterismo. Ainda relata ao médico que o motivo da consulta é devido à ocorrência de crises agudas de dor abdominal que irradia para as costas, de diarreia e vômitos associados à perda de peso no último mês sem fazer restrição de dieta alguma. O médico solicitou, portanto, exame para dosagem de enzimas pancreáticas e de fezes para testar os níveis de enzimas e gordura e exame de imagem através da tomografia computadorizada para análise morfológica do pâncreas, fígado e rins. Após quinze dias, o paciente voltou com os resultados dos exames, sendo que os exames de sangue e fezes demonstraram alteração nos níveis das enzimas pancreáticas e na tomografia apareceram imagens de nódulo no parênquima do pâncreas e aumento do volume do fígado e pâncreas. Foi realizada biópsia do pâncreas, que diagnosticou câncer do pâncreas, provavelmente gerado por bactérias que causam infecções do sistema digestório. No retorno à consulta, sua esposa, muito preocupada com o estado debilitante e precário da saúde do esposo, comenta com o médico que seus três netos que ficam com eles durante a semana estão com catapora e pergunta se tinha algum risco de comprometer mais ainda o estado do paciente e ainda questionou a possibilidade e importância de ele tomar a vacina da gripe, já que o tempo tem ficado muito seco e frio, evitando contrair gripe nessa condição da doença. Lendo o caso clínico acima, você consegue associá-lo às respostas imunes que podem estar ativas? Vamos agora estudar e compreender os anticorpos e suas funções no organismo. Os anticorpos são glicoproteínas da classe das imunoglobulinas, produzidos pelas células linfócitos B e plasmócitos, são circulantes no sangue e no plasma e têm a função de reconhecer e inativar patógenos que invadem o organismo. São incrivelmente diversificados e específicos na capacidade de reconhecimento de formas estranhas e constituem os principais mediadores da resposta imune adquirida humoral contra os mais variados tipos de micro-organismos. A interação dos anticorpos com os antígenos formam o complexo antígeno-anticorpo, ou seja, essa interação impede a ação do antígeno no organismo. Isso só é possível de acontecer no ambiente extracelular. Os anticorpos morfologicamente São estruturas globulares em forma de Y, constituídos por quatro cadeias polipeptídicas com dois sítios de ligação para o antígeno. Essas cadeias são unidas por pontes dissulfeto; as duas cadeias menores são denominadas cadeias leves e as duas maiores, cadeias pesadas. As cadeias leves possuem um domínio variável e um constante. Já as cadeias pesadas possuem um domínio variável e três ou quatro constantes, sendo que cada domínio forma uma alça de cadeia polipeptídica com 110 aminoácidos. A molécula do anticorpo apresenta estruturas que são denominadas fragmentos, que se ligam ao antígeno (Fab) e ao fragmento cristalizável (Fc). O Fab forma os dois “braços” do Y, sendo o local onde os antígenos se ligam, e o Fc forma a haste do Y, local de interação com os receptores. Estruturas do anticorpo Os anticorpos ou imunoglobulinas (Ig) apresentam cinco classes: IgA, IgM, IgG, IgE e IgD. Vamos conhecer cada uma delas. Classes de anticorpos Os anticorpos da classe IgA neutralizam as toxinas e bloqueiam a ligação de antígenos nas superfícies de mucosas e encontram-se nas secreções, como colostro, leite materno, saliva, muco, fluido brônquico e secreção vaginal. Apresentam as funções de defesa contra patógenos invasores das mucosas: conjuntivas, mucosa nasal, boca, tratos respiratório, digestório e geniturinário. Os anticorpos da classe IgM são os maiores dos anticorpos, restringem-se ao sangue e têm como função defender o sangue contra a invasão de patógenos. É o primeiro anticorpo produzido em resposta à entrada do antígeno; o seu aumento no sangue significa exposição recente, ou seja, fase inicial da doença. Os anticorpos da classe IgG apresentam estruturas pequenas e são os mais abundantes no sangue e na linfa. Sua principal função é defender o sangue e tecidos de patógenos. Possuem a capacidade de atravessar os capilares e são os únicos que conseguem atravessar a barreira placentária e conferir imunidade ao feto. A classe de IgG é a segunda a ser produzida em resposta à entrada do antígeno. Seu aumento ocorre após o aumento do IgM no sangue e indica exposição tardia ao antígeno. Os anticorpos IgG são produzidos rapidamente em grande quantidade na resposta imune secundária ao antígeno pelos linfócitos B de memória. Conferem a imunidade permanente após contato com o antígeno. Os anticorpos da classe IgE promovem a degranulação dos mastócitos e basófilos, gerando o processo de inflamação. Nos indivíduos sadios, seus níveis plasmáticos são baixos e só ficam aumentados quando há presença de quadro alérgico e infecções parasitárias. E, por fim, os anticorpos da classe IgD funcionam como receptores de antígenos nas superfícies dos linfócitos B. A resposta imune humoral apresenta duas fases: uma primária e outra secundária. A primária acontece quando tem o primeiro contato com o antígeno, é mais fraca e formada, principalmente, por anticorpos da classe IgM. A fase secundária ocorre somente quando há o segundo contato com o mesmo antígeno, é mais rápida e intensa, além de composta principalmente por anticorpos da classe IgG, os quais são produzidos pelos linfócitos B de memória. Exemplificando Lembra-se que, quando você tem o primeiro contato com o antígeno, os primeiros anticorpos a serem ativados são os da classe IgM. E, se você num outro período tem novamente o contato com o mesmo antígeno, qual classe de anticorpo é ativada? Resposta: os anticorpos ativados serão os da classe IgG, que guardam a memória dos antígenos que já tiveram em contato com o organismo. resposta imune adquirida humoral, a qual acontece no ambiente extracelular resposta imune celular, que se diferencia da humoral pelo tipo de células em ação e pelo ambiente em que ocorre no meio intracelular
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