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CAIO CASTRO QUEIROZ / @CAIOCASTROQUEIROZ NEUROFISIOLOGIA SISTEMA NERVOSO DIVISÃO ANATÔMICA Impulso Nervoso O neurônio é um tipo celular que, estruturalmente, é dividido em dendritos, corpo celular (pericário) e axônio. Funcionalmente, os dendritos são ramificações do neurônio que recebem os impulsos nervosos (potencial de ação) e conduzem o estímulo para o corpo celular. A forma anatômica de ramificações permite o aumento da área de contato com neurônios vizinhos. Já corpo celular (pericário)é o centro trófico do neurônio, local onde se encontra diversas organelas citoplasmáticas (desprovidos de Complexo de Golgi), citoplasma e o núcleo. Além disso, possui intensa atividade metabólica, recebendo tanto O neurônio mielinizados apresenta uma característica de condução saltatória, de forma que os potenciais de ação que se propagam mais rapidamente pelos axônios. Além disso, quanto maior o diâmetro do axônio, maior a propagação do potencial de ação. Já em baixas temperaturas, ocorre o inverso, o potencial de ação de propaga de forma mais lenta. Mielinização: impulso saltatório aumenta a velocidade de propagação do PA, pelos nódulos de Ranvier. Diâmetro do axônio: quanto maior o diâmetro, maior a propagação do PA. Temperaturas: axônios propagam o PA mais rapidamente em altas temperaturas. Temperatura muito alta pode gerar convulsão, porque aumenta a velocidade na condução do impulso. Fatores de alteram a velocidade do impulso nervoso: POTENCIAL DE MEMBRANA Em situaçòes de repouso, tem-se uma onentração maior de íons potássio no meio intracelular e de sódio no meio extracelular. Quanto maior for a diferença de carga na membrana, maior será o potencial de membrana. O potencial de membrana em repouso varia entre -40 e -90 mV. O valor comum é de -70 mV. Uma célula que apresenta um potencial de membrana está polarizada. POTENCIAL DE AÇÃO A primeira fase é o repouso, o potencial de membrana está em -70 mV. Para que ocorra a despolarização é necessário atingir o limiar de excitabilidade. Isso ocorre através da abertura de canais químicos de sódio que geram pequenos potenciais de ação (potenciais graduados). Para atingir o limiar a voltagem deve aumentar em +15 mV, chegando em -55 mV e é necessário um ligante químico (neurotransmissor). Os potenciais graduados se acumulam na zona de disparo, o limiar de excitabilidade é atingido e ocorre a abertura dos canais iônicos de sódio voltagem dependentes, entrando na fase de despolarização. O potencial de membrana chega a +30mV. No pico de despolarização ocorre o fechamento dos canais de sódio voltagem dependen-CAIO CASTRO QUEIROZ /@CAIOCASTROQUEIROZ tes e abertura dos canais iônicos de potássio voltagem dependentes (repolarização). O efluxo de potássio reduz o potencial de membrana (deixando-o mais negativo), até que atinja um potencial de -90mV (fase de hiperpolarização - fechamento tardio). A célula inverte seus íons, concentrando mais sódio no meio intracelular e potássio no meio extracelular. A bomba de ódiopotássiso é tivada para estabelecer o equilívbrio iônico na proporção de 2:3 (2 íons potássio intracelulares para cada 3 íons sódio extracelulares) SINAPSES Repouso: bomba sódio e potássio atuante e canais voltagem dependentes fechados. Despolarização: bomba de sódio e potássio inativa, canais de voltagem independente de sódio abertos e de potássio fechados. Repolarização: canais voltagem dependente de sódio fechados e os de potássio estão abertos a bomba de sódio e potássio está inativa. Hiperpolarização: canais voltagem dependente de sódio fechados, potássio fechados e bomba atuante, corrigindo o gradiente que foi invertido no potencial de ação e volta para o potencial de membrana, repouso. SINAPSE ELÉTRICA: Potencial de ação é conduzido diretamente entre as membranas plasmáticas dos neurônios por meio das junções comunicantes. As Junções comunicantes são comuns no músculo liso visceral, no músculo cardíaco e no embrião em desenvolvimento; presentes também no encéfalo. Comunicação mais rápida. As sinapses elétricas estão presentes no músculo liso visceral, no músculo cardíaco, no embrião em desenvolvimento e no encéfalo. Todos os lugares que têm sinapse elétrica tem sinapse química. CAIO CASTRO QUEIROZ / @CAIOCASTROQUEIROZ ETAPAS DA SINAPSE QUÍMICA: Um impulso nervoso chega a um botão sináptico de um neurônio pré- sináptico. A fase de despolarização do impulso nervoso abre canais de cálcio voltagem dependentes. 1. 2. SINAPSE QUÍMICA: Potencial de ação é transmitido por meio de neurotransmissores na fenda sináptica - sinal químico. Neurônio pré-sináptico converte um sinal elétrico (impulso nervoso) em um sinal químico (liberação de neurotransmissor) O neurônio pós- sináptico então converte o sinal químico novamente em sinal elétrico (potencial pós-sináptico). Transmitem sinais mais lentamente que as sinapses elétricas. 3. Aumento na concentração de cálcio dentro do neurônio pré-sináptico atua como um sinal que promove a exocitose de vesículas sinápticas. 4. À medida que as membranas vesiculares se fundem com a membrana plasmática, as moléculas de neurotransmissores que estão dentro das vesículas são liberadas na fenda sináptica. 5. As moléculas de neurotransmissores se fundem na fenda sináptica e se ligam a receptores na membrana plasmática do neurônio pós-sináptico. 6. A ligação dos neurotransmissores a seus receptores nos canais ativados por ligantes faz com que estes se abram, permitindo a passagem de íons específicos para a membrana. 7. À medida que íons passam pelos canais abertos, a voltagem da membrana se modifica. A mudança no potencial de ação é chamada de potencial pós-sináptico. O potencial pós-sináptico pode ser despolarizante (excitaório) ou hiperpolarizante (inibitório) CAIO CASTRO QUEIROZ / @CAIOCASTROQUEIROZ TIPOS DE SINAPSE Axodendrítica: ocorre entre o axônio do primeiro neurônio e o dendrito do segundo neurônio. Esse é o tipo mais comum no organismo humano. Axoaxônica: ocorre entre o axônio do primeiro neurônio e o axônio do segundo neurônio. Axosomática: ocorre entre o axônio do primeiro neurônio e o corpo (soma) do segundo neurônio. Dendrodendrítica: ocorre na região dendrítica do primeiro neurônio e a do segundo neurônio. Axodendrítica: ocorre entre o axônio do primeiro neurônio e o dendrito do O neurotransmissor fica armazenado nas vesículas sinápticas, as quais estão situadas nos botões sinápticos. Dentro das vesículas existem milhares de moléculas de neurotransmissor. A fase de despolarização do impulso nervoso estimula a liberação desses neurotransmissores, quando a despolarização (inversão de cargas) chega ao botão sináptico. Na membrana do botão sináptico tem canais de cálcio voltagem dependente, quando a despolarização chega, ocorre a abertura desses canais de cálcio, o cálcio entra no botão sináptico e sinaliza a fusão da membrana da vesícula com a membrana do terminal axonal. As membranas se fundem e por exocitose os neurotransmissores são liberados para a fenda sináptica, o cálcio é um sinalizador que promove a exocitose do neurotransmissor. ESTÍMULOS INIBITÓRIOS E EXCITATÓRIOS Se esse íon que entrou no neurônio pós-sináptico for sódio, ocorre despolarização, aumentando a voltagem interna da célula (é uma sinapse excitatória). O neurotransmissor também pode ser inibitório, ocorre, então, influxo de cloro, que tem carga negativa.Pode ter também saída de potássio. O neurotransmissor inibitório pode estimular a entrada de cloro ou saída de CAIO CASTRO QUEIROZ / @CAIOCASTROQUEIROZ como potencial pós-sináptico inibitório (PIPS ou PPSI). potássio, nos dois casos ocorre hiperpolarização, que afasta o potencial de membrana ainda mais do limiar de excitabilidade. Neurotransmissor excitatório: causa despolarização pós-sináptica, deixando a membrana próximo do seu limiar de excitabilidade. O potencial pós- sináptico despolarizante é chamado potencial pós-sináptico excitatório (PEPS ou PPSE). Exemplo: efluxo de íons sódio para dentroda célula. Neurotransmissor inibitório: causa hiperpolarização pós-sináptica, como o potencial de membrana se torna mai negativo dentro da célula e mais longe de atingir seu limiar, a formação de um potencial de ação se torna mais difícil que o habitual. O potencial pós- sináptico hiperpolarizante é conhecido RECEPTORES Receptores Ionotrópicos Receptores Metabotrópicos Um receptor ionotrópico é uma proteína transmembrana que possui ao mesmo tempo um sítio de ligação para um neurotransmissor e um canal iônico. É um tipo de canal ativado por ligante, na ausência de neurotransmissor o canal permanece fechado e quando o neurotransmissor correto se liga, o canal iônico se abre, ocorrendo uma PEPS ou PIPS O receptor metabotrópico apresenta um sítio de ligação, mas não tem um canal iônico em sua estrutura. O canal iônico está acoplado, separado pela proteína G (uma proteína de membrana). O neurotransmissor se liga a um receptor metabotrópico, a proteína G abre ou fecha o canal iônico (diretamente) ou ativa uma outra molécula, “segundo mensageiro”, no citosol (indireta). NEUROTRANSMISSORES Os neurotransmissores clássicos são formados a partir de aminoácidos são o glutamato, glicina e GABA. Já através das aminas biogênicas são formados a acetilcolina e as monoaminas (indolaminas–serotonina e histamina) e catecolaminas (dopamina, nora- drenalina e adrenalina). CAIO CASTRO QUEIROZ / @CAIOCASTROQUEIROZ Receptores Muscarínicos sinapses neuromusculares, no neurônio pós-ganglionar do simpático e parassimpático que se liga às placas musculares, promovendo a contração muscular. Está envolvido nas sinapses da musculatura esquelética e da musculatura lisa do trato digestório. São divididos em cinco tipos: - M1 neuronais - M2 cardíacos - M3 ganglionares - M4 - M5 M1, M3 e M5 são ímpares e ímpares sempre fazem sinapses excitatórias , e os pares M2 e M4 são inibitórios ACETILCOLINA - ACH Receptores Nicotínicos - Sintetizada no terminal sináptico (colina+ácido acético) A colina entra no neurônio por um simporte com sódio e o ácido acético é derivado da mitocôndria pelo processo de glicólise, o ácido acético é convertido em acetil-Coa. Ocorre, então, a ligação entre a colina e acetil-CoA, pela enzima colina acetiltransferase. A acetilcolina é armazenada dentro das vesículas sinápticas. Depois que liberada, a acetilcolina que não é usada é degradada pela enzima acetilcolinesterase e a colina é recaptada para formar mais acetilcolina. A acetilcolina atua nos neurônios pré-ganglionares do sistema nervoso autônomo (simpático e parassimpático). Os receptores de acetilcolina podem ser ionotrópicos (nicotínicos) e metabotrópicos (muscarínicos). A acetilcolina interagindo com seus receptor ionotrópico produz efeito similar ao da nicotina e ao interagir com o receptor metabotrópico produz efeito similar ao da muscarina (substância presente em alguns fungos). O receptor nicotínico produz sempre efeito excitatório (PEPS) e o muscarínico produz efeitos excitatórios ou inibitórios. - Nicotínicos neurais: presentes nos neurônios pré-ganglionares do simpático e parassimpático. - Nicotínico muscular: está presente nas A toxina botulínica, usada como terapia para dor, bruxismo e inibição de sudorese. Ela impede a liberação da ACh, pois atua inativando proteínas da vesícula e a da membrana, impedindo a exocitose da acetilcolina. Essa proteína inativada é uma isoforma da proteína SNAR, logo as membranas não se fundem, não ocorre contração muscula, deixando o músculo relaxado. CAIO CASTRO QUEIROZ / @CAIOCASTROQUEIROZ Potenciais Pós-sinápticos excitatórios e inibitórios. Quando o neurotransmissor causa uma despolarização pós-sináptica, ele é excitatório, deixando a membrana próximo de seu limiar. Já quando o neurotransmissor causa uma hiperpolarização pós-sináptica, ele é inibitório, de modo que a formação de um potencial de ação se torna mais difícil que o habitual, visto que o potencial de membrana se torna mais negativo dentro da célula e ainda mais longe de seu limiar que no repouso. Esse tipo de potencial pós-sináptico hiperpolarizante também é conhecido como pós-sináptico inibitório (PIPS). Nesse sentido, entende-se que o tipo de neurônio determina o tipo de resposta (excitatória ou inibitória). Porém, existem neurotransmissores, como acetilcolina, que possuem estímulos tanto excitatórios quanto inibitórios, de modo que o que influenciará em sua resposta será o tipo de receptor no qual o neurotransmissor se ligará. Reflexos espinais somáticos O reflexo de estiramento (receptor - fuso muscular, intrafusal) é ativado no excesso de estiramento (variação de comprimento),sendo um reflexo monossimpático e ipsolateral (lado estimulado é o mesmo que receberá a resposta) O reflexo protetivo vai ser uma contração. Reflexo tendinoso - localizado no tendão do ventre muscular. O fuso detecta tensão excessiva - contração do músculo -, fazendo seu relaxamento. Esse tipo de reflexo é polissináptico e ipsolateral. O reflexo flexor (de retirada) envolve um arco polissináptico e responde, geralmente, a um estímulo doloroso. Esse tipo de reflexo é polissináptico e ipsolateral. O reflexo extensor cruzado é utilizado quando se usa um reflexo flexor, transferindo as cargas para a outra parte do corpo (ex.: um pé pisa no prego e tem reflexo de retirada, enquanto a outra perna se encarrega de suportar o peso corporal e equilíbrio). Esse tipo de reflexo é polissináptico e contralateral. Polissináptico - há a presença de neurônio de associação entre o neurônio sensitivo e o neurônio motor. - Reflexo de estiramento - Reflexo tendinoso - Reflexo flexor - Reflexo extensor cruzado ARCO REFLEXO ARCO REFLEXO: Receptor sensitivo Neurônio sensitivo Centro de integração Neurônio motor Órgão alvo 1. 2. 3. 4. 5. Monossináptico - neurônio sensitivo faz sinapse direta com um neurônio motor. CAIO CASTRO QUEIROZ /@CAIOCASTROQUEIROZ TRONCO ENCEFÁLICO O tronco é dividido anatomicamente em: bulbo, ponte e mesencéfalo. Fisiologicamente, o tronco é dividido em núcleos. A formação reticular percorre centralmente todo o corpo encefálico, possuindo axônios e corpos celulares, não possuindo, portanto, uma divisão exata em substância branca e cinzenta. O tronco possui conexões ascendentes e descendentes. O tronco encefálico é a extensão da medula espinal superior, dividido em núcleos motores e sensoriais que inervam a região da face e da cabeça e é responsável por: - controle da respiração - controle do sistema cardiovascular -controle parcial da função gastrointestinal -controle de muitos movimentos estereotipados (repetidos) do corpo -controle do equilíbrio (núcleo vestibular). A parte em vermelho representa a substância branca, a parte azul representa a substância cinzenta e a parte verde representa formação reticular, que funciona como intermediária entre as duas substâncias. CAIO CASTRO QUEIROZ / @CAIOCASTROQUEIROZ Núcleos reticulares pontinos: região superior, mesencéfalo e ponte. Possuem alto grau de excitabilidade, recebendo sinais excitatórios dos núcleos vestibulares e de núcleos profundos do cerebelo. Assim, transmitem sinais excitatórios descendentes para a medula espinal, reticulo espinal pontino. As fibras terminam nos neurônios motores anteriores mediais (músculos axiais do corpo - m. da coluna vertebral e extensores das extremidades) contra a gravidade. É o sistema reticular bulbar que faz a sua inibição. Núcleos vestibulares: região lateral, atuam em associação com os núcleos reticulares pontinos, fazendo o controle dos músculos antigravi- tários (tratos vestibuloespinhais). Diferentemente do pontino, este não fica constantemente ativado, não A formação reticular é composta por pequenos aglomerados de corpos celulares neuronais (substância cinzenta) dispersos entre pequenos feixes de axônios mielinizados (substância branca). Assim, projeta-se a partir da parte superior da ME, atravessa todo o tronco encefálico e chega à parte inferior do diencéfalo.Os neurônios nessa região possuem funções ascendentes e descendentes. Toda informação que passa pelo tronco encefálico, chega ao tálamo antes de ser encaminhada para as regiões corticais. Núcleos reticulares bulbares: região central. O sistema reticular bulbar atua nos mesmos neurônios motores antigravitários. Nesse sistema, há sinais inibitórios (trato reticuloespinhal bulbar). Os núcleos reticulares bulbares recebem fortes colaterais de aferência (estímulos sensitivos) do trato corticoespinal, trato rubroespinal, além de outras vias. Esse sistema inibe/contra- balanceia os sinais excitatórios do sistema reticular pontino. Em condições normais, os músculos corporais não ficam tensos de forma anormal. NR BULBAR X NR PONTINUO necessitando estar continuamente ativado. Sem a sustentação dos núcleos vestibulares, o SRPontino perderia grande parte da sua excitação dos m. antigravitários axiais. - Agem de forma antagonica. - Pontino - excitam musculatura anti- gravitária. - Bulbar - inibem musculatura anti- gravitária. - Formam um sistema controlável. CAIO CASTRO QUEIROZ / @CAIOCASTROQUEIROZ Portanto, os núcleos de formação reticular são responsáveis por movi- mentos estereotipados (giro do tronco, cabeça, movimentos posturais dos MMII e MMSS. Os núcleos em regiões mesencefálica e pontina são os principais centros para ativação do córtex cerebral, sendo responsáveis pelo significativo grau de vigília e manutenção do tônus muscular em todo o corpo. Os núcleos da formação reticular possuem vias de conexões aferentes que se dirigem às áreas, tais como: (córtex cerebral, tálamo, núcleos próprios do tronco encefálico, núcleos dos nervos cranianos do tronco encefálico, cerebelo, medula espinhal. A área excitatória está situada na substância reticular da ponte e do mesencéfalo. Sinais ascendentes para o tálamo excitam grupamento distinto de neurônios e transmitem sinais nervosos para todas as regiões do córtex cerebral. Zona Magnocelular - Formada por neurônios grandes/longos, ocu- pando cerca de 2/3 mediais do tronco encefálico. Zona parvo celular - neurônios mais curtos, ocupam o terço lateral. Portanto, o tálamo faz a retransmissão de sinal, encaminhando a informação para o córtex cerebral, funcionando como regulador, fazendo uma seleção de informações encaminhadas para a região cortical. Informações inibitórias diminuem o núcleo excitatório (situado na substância reticular da ponte e do mesencéfalo), diminuindo, assim, a atividade cortical (repouso). Formação reticular - citoarquitetura Possuem como funções: controle da atividade elétrica cortical, controle eferente da sensibilidade, controle do SNA, controle neuroendócrino, integração de reflexos. CAIO CASTRO QUEIROZ /@CAIOCASTROQUEIROZ Substância negra (via ascendente pelo tronco encefálico, dopamina, ação inibitória nos núcleos da base, podendo, raramente, ter receptores de ação exitatória. Possui via para o diencéfalo) Núcleo dos neurônios giganto- celulares: secreta acetilcolina. As fibras se dividem em dois ramos: possuindo feixes neuronais que sobem para o encéfalo e outro que desce em direção à medula espinhal, secretando e distribuindo acetilcolina (na maioria dos locais, funciona como neurotransmissor excitatório, promovendo um sistema nervoso abruptamente desperto e excitado). Controle neuro-hormonal: controle da atividade cerebral pela transmissão de sinais nervosos específicos e também pela liberação de neuro-hormônios excitatórios ou inibitórios para dentro da substância do cérebro. - Núcleos secretores: CAIO CASTRO QUEIROZ / @CAIOCASTROQUEIROZ Locus ceruleus: noradrenalina (promovendo excitação cerebral e aumento da atividade cerebral), fica dentro do SNC superior, não possui via para medula espinhal, apenas fibras que se encaminham para o encéfalo e cerebelo. Núcleos da Rafe - conjunto de núcleos que secretam serotonina (liberadas nas terminações nervosas da medula, inibe o estímulo doloroso, porém se for secretada no diencéfalo e prosencéfalo induzirá o sono), possuindo, assim, vias ascendentes (sono) e descendentes (dor). ▶ NERVOS CRANIANOS - BULBO ➥ Nervos glossofaríngeos (NC IX): Núcleos bulbares transmitem, pelos nervos glossofaríngeos, impulsos sensitivos e motores relacionados com a gustação, a deglutição e a salivação. ➥ Nervos vagos (NC X): Núcleos bulbares recebem impulsos sensitivos e enviam impulsos motores, pelos nervos vagos, para a faringe, a laringe e várias vísceras torácicas e abdominais. ➥ Nervos acessórios (NC XI): Núcleos bulbares dão origem a impulsos nervosos que controlam, por meio dos nervos vagos (porção craniana dos nervos acessórios), a deglutição ➥Nervos Hipoglossos (NC XII): Núcleos bulbares transmitem impulsos nervosos que controlam, por meio dos nervos hipoglossos, os movimentos da língua durante a fala e a deglutição. ▶ NERVOS CRANIANOS-PONTE ➥ Nervos trigemeos (NC V): Núcleos pontinos recebem impulsos sensitivos somáticos da cabeça e da face e enviam impulsos motores responsáveis pela mastigação. ➥ Nervos abducentes (NC VI): Transmitem impulsos motores, gerados em núcleos pontinos que controlam parte dos movimentos oculares. ➥ Nervos faciais (NC VII): Núcleos da ponte recebem impulsos sensitivos gustativos e geram impulsos motores que regulam a secreção de saliva e lágrimas e a contração de músculos da mímica facial. ➥ Nervos vestibulococleares (NC VIII): Núcleos pontinos recebem impulsos sensitivos e enviam impulsos nervosos para o aparelho vestibular transmitem impulsos relacionados com o equilíbrio. ▶ NERVOS CRANIANOS-MESENCÉFALO ➥Nervos oculomotores (NC III): Núcleos mesencefálicos geram impulsos nervosos que controlam movimentos do bulbo do olho, enquanto núcleos oculomotores acessórios controlam a movimentação de músculos que regulam a contração pupilar e mudanças no formato da lente ➥Nervos trocleares (NC IV): Núcleos mesencefálicos) geram impulsos nervosos que controlam parte dos movimentos oculares. CEREBELO Área silenciosa: não causa sensação consciente, possuindo, raramente, ação motora. Remoção ou lesão: perda da coordenação motora das atividades musculares rápidas, com anormalidade nas coordenações motoras (sem modulação). O cerebelo, juntamente com o córtex, gera planejamento, interpretação e correção motora, recebendo constan- temente feedbacks positivos e negativos. O cerebelo participa do ritmo das atividades motoras, progressão rápida de um movimento muscular, controle da intensidade de contração muscular (variação de carga) e controle da inter-relação instantânea entre grupos musculares agonistas e antagonistas. O cerebelo é essencial para as atividades musculares rápidas, tais como correr, digitar, conversar, etc. Assim, monitora e faz ajustes nas atividades motoras corporais (enquanto estão sendo executadas). Além disso, compara os movimentos reais (informações sensoriais periféricas) com os movimentos originalmente programados pelo sistema motor. Se houver discrepância entre as duas informações, sinais corretivos subconscientes instantâneos são transmitidos de volta para as estruturas envolvidas no controle motor CAIO CASTRO QUEIROZ / @CAIOCASTROQUEIROZ Áreas Anatômicas Funcionais do Cerebelo com o objetivo de aumentar ou diminuir os níveis de ativação de músculos específicos. O cerebelo é responsável também por auxiliar o córtex no planejamento do próximo movimento sequencial, enquanto o movimento ainda está sendo executado. Lobo floconodular: atua junta- mente com o sistema vestibular no controle do equilíbrio do corpo. Lobos anterior e posterior são organizados não por lobos, mas ao longo do eixo longitudinal. A região do verme engloba a maior parte das funções de controle cerebelar de movimentos muscu- lares do corpo axial: pescoço, ombros e quadris. Hemisfério cerebelar (localizado ao lado do verme). Cada hemisfério se divide em zona intermediária e zona lateral. Área muito desenvolvida nos seres humanos, movimentos refinados. Representação topográfica das diferentespartes do corpo no verme e nas zonas intermediárias - Zona intermediária do hemisfério - relaciona-se ao controle das contrações musculares, nas partes distais das extremidades superiores e inferiores, especialmente as mãos, os dedos e os pés. - Zona lateral do hemisfério - une-se ao córtex cerebral, no planejamento global de movimentos motores sequenciais. Essas representações topográficas recebem sinais neurais aferentes de todas as respectivas partes do corpo e enviam sinais motores para as mesmas áreas topográficas respectivas. CAIO CASTRO QUEIROZ / @CAIOCASTROQUEIROZ Vias básicas de aferências para o controle. FUNÇÃO DO CEREBELO NO CONTROLE MOTOR GLOBAL O cerebelo coordena as funções de controle motor por níveis funcionais. •Vestibulocerebelo: Correção do equilíbrio, correção do movimento. Consiste nos lobos floculonodulares e porções adjacentes do verme. Perda dos lobos floculonodulares e de partes adjacentes do verme do cerebelo causa distúrbio extremo do equilíbrio e dos movimentos posturais. As informações sensitivas de equilíbrio são realizadas por canais semicirculares e por fuso muscular (órgãos tendinosos de Golgi - OTG). CAIO CASTRO QUEIROZ / @CAIOCASTROQUEIROZ •Espinocerebelo: maior parte do verme e as zonas intermediárias de ambos os lados de verme. Recebe informações quando um movimento é realizado córtex motor (plano sequencial de movimento pretendido) e feedback da periferia (proprioceptores - quais movi- mentos reais). Comparação de movi- mentos pretendidos e movimentos reais. Faz também o envio de sinais de saída corretivos de volta ao córtex motor e para os neurônios motores da medula espinal. Em relação à musculatura, faz o controle da relação entre agonistas- antagonistas, força de contração. ➥Movimentos de ultrapassagem (pêndulo, flexão de braço) e sistema de amortecimento (diminui o movimento para atingir o objetivo, como pegar um objeto) detectam e aprendem movimentos, impedindo a ultrapas- sagem do alvo (movimentos pendulares que apresentam tendência a passar do alvo). ➥Movimentos balísticos - movimentos muito rápidos e rítmicos do corpo que ocorrem tão rapidamente que não é possível receber informações originadas do feedback, seja da periferia para o cerebelo ou do cerebelo de volta ao córtex motor, antes que os movimentos estejam terminados. Por exemplo: certos trabalhadores realizam em linhas de produção. Estes movimentos levam apenas à ativação do cerebrocerebelo. Não há tempo para que ocorra o processamento das aferências pelo espinocerebelo, que permitiriam a correção do movimento. •Cerebrocerebelo: Mais refinado. Formado pelas zonas laterais dos hemisférios cerebelares (em humanos são áreas muito desenvolvidas, com volume bastante aumentado). CAIO CASTRO QUEIROZ / @CAIOCASTROQUEIROZ Essa característica se dá, junto com as capacidades humanas de planejar e realizar padrões sequenciais de movimento, especialmente com as mãos e dedos, e de falar. Planeja, sequencia e temporiza movimentos complexos. Por exemplo: o movimento de pinça é complexo e ocorre nessa região. ▶ Planejamento dos movimentos sequenciais: ➥ Neurônios localizados nessa região exibem padrão de atividade para o movimento sequencial que ainda está por acontecer, enquanto o movimento presente ainda está ocorrendo. ➥ Desse modo, as zonas cerebelares laterais parecem estar envolvidas, não com qual movimento está acontecendo, em dado momento, mas com o que acontecerá durante o próximo movimento sequencial, em fração de milisegundos. ▶ Temporização: movimen. sequenciais ➥Temporiza adequadamente cada sucessão de movimento ➥Sem essa capacidade de programar, a pessoa fica incapaz de determinar quando precisa começar a próxima fase do movimento sequencial. ➥ Como resultado, o movimento que se sucede pode começar cedo demais ou tarde demais. ➥Lesões nas zonas laterais do cerebelo fazem com que movimentos complexos (correr ou até conversar) fiquem sem coordenação e não tenham capacidade para progredir na sequência organizada do movimento para o próximo. HIPOTÁLAMO Pequena região do encéfalo localizada abaixo do tálamo, sendo anatomicamente parte do diencéfalo e funcionalmente parte do sistema límbico. Tem como função o controle comportamental, faz conexão com sistemas nervoso e endócrino • Eixo hipotálamo-hipófise • Controle de vários processos fisiológicos • Desenvolvimento e crescimento • Metabolismo energético • Manutenção da homeostase do meio interno CAIO CASTRO QUEIROZ / @CAIOCASTROQUEIROZ • Comunicação com o tronco cerebral (principalmente para as áreas reticulares do mesencéfalo, ponte e bulbo → para os nervos periféricos do sistema nervoso autônomo) – comunicação bidirecional (aferente e eferente) • Comunicação com várias áreas superiores do diencéfalo (principal- mente parte anterior do tálamo e porções límbicas do córtex cerebral) - comunicação bidirecional (aferente e eferente) • Comunicação com a hipófise – via infundíbulo hipotalâmico – controle da maioria das funções secretórias da hipófise anterior e posterior - somente conexões eferentes com a hipófise - tratos hipotálamo-hipofisário e túbero- infundibular Função endócrina - produz vários hormônios e apresenta importantes de conexões com a hipófise Núcleos supraquiasmáticos do hipotálamo • Controla maior parte das funções vegetativas e endócrinas do corpo, bem como muitos aspectos do comportamento emocional • Papel regulador sobre o SNA e o sistema endócrino, integrando-os com comportamentos vinculados às necessidades do dia a dia. • Centraliza o controle da homeostase - manutenção do meio interno dentro de limites compatíveis com o funcionamento adequado dos diversos órgãos. • Projeção das fibras visuais para o quiasma óptico e núcleos supraquiasmáticos do hipotálamo - função de controlar os ritmos circadianos que sincronizam as várias funções fisiológicas do organismo, com a noite e o dia. ◉ REGULAÇÃO DOS PADRÕES EMOCIONAIS E COMPORTAMENTAIS HIPOTÁLAMO E ESTRUTURAS LIMBICAS ASSOCIADAS • Atua junto com o sistema límbico • Relacionado com a expressão de raiva, agressividade, dor, prazer e padrões comportamentais associados aos desejos sexuais CAIO CASTRO QUEIROZ / @CAIOCASTROQUEIROZ Núcleo ventromedial - centro que se opõe ao desejo por comida - centro da saciedade Núcleo arqueado do hipotálamo – também relacionado com ingestão - contém pelo menos dois tipos diferentes de neurônios: podem • A estimulação da região lateral do hipotálamo aumenta o nível geral de atividade, podendo levar à raiva e à luta • A estimulação do núcleo ventromedial e áreas adjacentes causa principalmente os efeitos opostos - sensação de tranquilidade. • A estimulação de zona estreita dos núcleos periventriculares usualmente leva a reações de medo e punição. • O desejo sexual pode ser estimulado em diversas áreas do hipotálamo, especialmente nas porções mais anterior e mais posterior do hipotálamo ◉ REGULAÇÃO DA ALIMENTAÇÃO • Centro da fome - estimula a alimentação. • Centro da saciedade – promove sensação de plenitude e de cessação da ingestão de alimentos. • A área associada à fome - área hipotalâmica lateral - Estimulação - para abruptamente de comer e mostra completa indiferença pela comida - Lesão ou remoção – impossibilidade de saciedade – hiperatividade do centro da fome - apetite voraz, podendo resultar em grande obesidade. conduzir a aumento ou diminuição do apetite. - Controle geral da atividade gastrointestinal - corpos mamilares - controlam, parcialmente, os padrões de muitos reflexos da alimentação, como o ato de lamber os lábios e a deglutição. ◉ TEMPERATURA CORPORAL • Hipotálamo recebe alterações de mudança da temperatura corporal através termorreceptores periféricos (neurônios do hipotálamo que funcionam como termorreceptores) • Atuam como termostato → detecta as variações de temperatura do sangue (sangue que passa pelo hipotálamo) • Ativa os mecanismos de perda ou de conservação do calor necessários à manutenção da temperatura normal. ◉ REGULAÇÃODA ÁGUA CORPORAL • Área hipotalâmica lateral - hipotálamo regula a água corporal por duas maneiras: • Cria sensação de sede → leva à ingestão de água • Controla a excreção de água → urina • O controle da excreção renal de água é realizado principalmente no núcleo supraóptico. • Aumento da osmolalidade, causado pelo sal em excesso no LEC, também estimula o mecanismo secretor hipotálamo-hipófise posterior para liberação de maior quantidade de hormônio antidiurético (ADH). CAIO CASTRO QUEIROZ / @CAIOCASTROQUEIROZ •Centro da sede – região lateral do hipotálamo • Elevação da pressão osmótica do líquido extracelular estimulam determinadas células no hipotálamo - geram a sensação de sede. • A ingestão de água leva a pressão osmótica de volta a seus níveis habituais, diminuindo o estímulo e aliviando a sede. • ADH → lançado na circulação → rins → age nos ductos coletores → aumentar a reabsorção de água. • Promove diminuição da perda de água na urina (mas permite a excreção contínua de eletrólitos) • Retorno a concentração normal dos líquidos corporais. ◉ REGULAÇÃO CARDIOVASCULAR • Estimulação das regiões posterior e lateral do hipotálamo aumenta PA e FC • Estimulação da área pré-óptica, tem efeitos opostos, diminuição tanto na FC como na PA • Esses efeitos são transmitidos principalmente pelos centros específicos de controle cardiovascular, nas regiões reticulares da ponte e do bulbo. ◉ CENTRO VASOMOTOR • Grande número de pequenos neurônios situados ao longo da substância reticular da ponte, do mesencéfalo e do diencéfalo pode excitar ou inibir o centro vasomotor • Em geral, os neurônios nas partes mais laterais e superiores da substância Sistema Vasoconstritor - porções posterolaterais e porção anterior Sistema Vasodilatador - hipotálamo anterior reticular provocam excitação, enquanto as porções mais mediais e inferiores causam inibição. • O hipotálamo tem participação especial no controle do sistema vasoconstritor - efeitos excitatórios ou inibitórios sobre o centro vasomotor • Porções posterolaterais do hipotálamo causam principalmente excitação • Porção anterior pode causar excitação ou inibição leves, de acordo com a parte precisa do hipotálamo anterior que é estimulada. • Estimulação do córtex motor excita o centro vasomotor por meio de impulsos descendentes transmitidos para o hipotálamo (centro vasomotor) • Estimulação do lobo temporal anterior, das áreas orbitais do córtex frontal, da parte anterior do giro cingulado, da amígdala, do septo e do hipocampo pode excitar ou inibir o centro vasomotor. Assim, diversas áreas basais dispersas pelo encéfalo podem afetar profundamente a função cardiovascular • Os nervos simpáticos para os músculos esqueléticos contêm fibras vasodilatadoras além das constritoras • Efeito vasodilatador causado por norepinefrina, que excita os receptores beta-adrenérgicos na vasculatura muscular CAIO CASTRO QUEIROZ / @CAIOCASTROQUEIROZ ◉ ANALGESIA • Serotonina age como inibidor das vias da dor na medula espinal, e acredita-se que sua ação inibitória no hipotálamo, auxilie no controle do humor e provocando o sono • Estimulação elétrica dos núcleos periventriculares do hipotálamo e em menor grau, o fascículo prosencefálico medial, também no hipotálamo, também pode suprimir a dor. ◉ EIXO HIPOTÁLAMO-HIPÓFISE - Neurônios especiais no hipotálamo sintetizam e secretam os hormônios liberadores e inibidores que controlam a secreção dos hormônios da hipófise anterior - Esses neurônios têm origem em diversas áreas do hipotálamo e enviam suas fibras nervosas para a eminência mediana e para o tuber cinereum, a extensão do tecido hipotalâmico no pedúnculo hipofisário - As terminações dessas fibras são diferentes da maioria das terminações no sistema nervoso central porque sua função não consiste, apenas, na transmissão de sinais de um neurônio para outro, mas, principalmente, na secreção de hormônios liberadores ou inibidores hipotalâmicos - Esses hormônios são, imediatamente, captados pelo sistema portal hipotalâmico-hipofisário e levados, diretamente, para os sinusoides da hipófise anterior CAIO CASTRO QUEIROZ / @CAIOCASTROQUEIROZ SISTEMA LÍMBICO relacionadas. Além de seu papel no controle comportamental, essas áreas controlam muitas condições internas do corpo, como a temperatura corporal, osmolalidade dos líquidos corporais, os desejos de comer e de beber e o controle do peso corporal. Hormônio liberador de tireotropina (TRH) - liberação do hormônio estimulante da tireoide (TSH) Hormônio liberador de corticotropina (CRH) - liberação do hormônio adrenocorticotrópico (ACTH) Hormônio liberador do hormônio do crescimento (GHRH) - liberação do hormônio do crescimento e horm. inibidor do hormônio do crescimento (GHIH), que inibe a liberação de GH Hormônio liberador da gonadotropina (GnRH) - liberação de horm. gonadotrópicos - LH e FSH Hormônio liberador da prolactina (PRH) – liberação da secreção da prolactina e hormônio inibidor da prolactina (PIH) - inibição da secreção da prolactina ◉HORMÔNIOS DO EIXO HIPOTÁLAMO- HIPÓFISE: O termo sistema límbico é utilizado para designar todo o circuito neuronal que controla o comportamento emocional e as forças motivacionais. Uma parte importante do sistema límbico é o hipotálamo e suas estruturas Do ponto de vista fisiológico, o hipotálamo é um dos elementos centrais do sistema límbico. Uma via importante entre o sistema límbico e o tronco cerebral é o fascículo prosencefálico medial. Giro do Cíngulo Pode-se ver o giro do cíngulo melhor numa perspectiva medial de um dos hemisférios do cérebro. É uma estrutura em forma de “C” que está dividida em córtex pré-límbico e infra-límbico, córtex do cíngulo anterior e córtex retroesplênico. O córtex do cíngulo começa ventralmente à parte rostral do corpo caloso, curva-se rostralmente e depois segue o joelho do corpo caloso para progredir posteriormente fundindo-se com o pré-cúneo do lobo parietal. CAIO CASTRO QUEIROZ / @CAIOCASTROQUEIROZ O giro do cíngulo está separado do corpo caloso pelo sulco calosal (inferiormente) e do giro frontal médio e lóbulo paracentral pelo sulco do cíngulo superiormente. O sulco do cíngulo é contínuo com o sulco marginal, que separa o lóbulo paracentral do pré- cúneo. Acredita-se que o giro do cíngulo esteja fortemente associado com a percepção da dor neuropática e com a nocicepção. Ablação dos Giros Cingulados Anteriores e dos Giros Subcalosos. Os giros cingulados anteriores e os giros subcalosos são as porções do córtex límbico que fazem a comunicação entre o córtex cerebral pré-frontal e as estruturas límbicas subcorticais. A destruição bilateral desses giros libera os centros da raiva, na região septal e no hipotálamo, da influência inibitória pré-frontal. Portanto, o animal pode ficar agressivo e muito mais sujeito a episódios de raiva do que o normal. TÁLAMO Funções: - Recebe fibras sensoriais: trato óptico, orelhas, medula espinal e informação motora do cerebelo - Envia fibras para o cérebro, onde a informação é processada - O tálamo, muitas vezes, é descrito como uma estação de retransmissão - Centro integrador e estação de retransmissão - pode modificar informações que passam por ele. - Neurônios conhecidos coletivamente como sistemas moduladores difusos se originam na formação reticular do tronco encefálico e projetam seus axônios para grandes áreas do encéfalo. - Esses sistemas são denominados por seus neurotransmissores e 2 deles se direcionam para o tálamo. CAIO CASTRO QUEIROZ / @CAIOCASTROQUEIROZ Funções sensoriais: Visão – corpo geniculado lateral Audição – corpo geniculado medial Gustação - núcleo ventral póstero-medial - O tálamo filtra, modula e distribui todas as “entradas” sensoriais para as várias áreas corticais (exceção da informação olfatória) No tálamo, os neurônios sensoriais secundários fazem sinapse com os neurônios sensoriais terciários, que projetam-se para a região somatossensorial do córtex cerebral. Além disso, muitasvias sensoriais enviam ramos para o cerebelo, o que permite que ele possa usar a informação para coordenar equilíbrio e movimentos. Funções motoras: função reguladora entre os circuitos cerebelocortical. Muitas vias sensoriais enviam ramos para o cerebelo, o que permite que ele possa usar a informação para coordenar equilíbrio e movimentos. Funções emocionais: alguns núcleos fazem parte do sistema límbico com ramificações para o córtex pré- frontal (funções de mediação de reação a raiva, medo e defesa) Função de ativação cortical: alguns núcleos fazem conexão entre o sistema reticular ativador e o córtex cerebral (funções importantes para se proteger de algum perigo ou em ciclos de sono- vigília). Modulação da dor: Nessas condições de emergência, vias descendentes que trafegam pelo tálamo inibem neurônios nociceptores (receptor doloroso) na medula espinal. A estimulação destas vias inibidoras é uma das técnicas que vêm sendo utilizadas para controlar a dor crônica. (Ex: indivíduo com lesões em luta não sente dor). NÚCLEOS DO TÁLAMO Existem sete grupos de núcleos em cada lado do tálamo, classificados de acordo com suas posições e funções. CAIO CASTRO QUEIROZ / @CAIOCASTROQUEIROZ Núcleo anterior recebe aferências do hipotálamo e envia eferências para o sistema límbico - contribui com a regulação das emoções e da memória. Núcleos mediais recebem aferências do sistema límbico e dos núcleos da base e enviam eferências para o córtex cerebral - funções relacionadas com as emoções, o aprendizado, a memória e a cognição. Núcleos no grupo lateral recebem aferências do sistema límbico, dos colículos superiores e do córtex cerebral e enviam eferências para o córtex cerebral Núcleo dorsolateral tem funções relacionadas com a expressão de emoções Núcleo lateroposterior e o núcleo pulvinar auxiliam a integrar as informações sensitivas Núcleo ventral posterior - transmite impulsos relacionados com as sensações somáticas (tato, pressão, vibração, prurido, cócegas, temperatura, dor e propriocepção) da face e do tronco para o córtex cerebral. Núcleo geniculado lateral - transmite impulsos visuais da retina para a área visual primária Núcleo geniculado medial - transmite impulsos auditivos da orelha para a área auditiva primária. Núcleos intralaminares - localizados na lâmina medular interna - se conectam com a formação reticular, o cerebelo, os núcleos da base e amplas áreas do córtex cerebral - atuam no despertar (ativação do córtex cerebral por meio da formação reticular do tronco encefálico) e na integração das informações sensitivas e motoras. Núcleo mediano - forma uma fina faixa adjacente ao terceiro ventrículo - relacionado com a memória e o olfato. Núcleo reticular: envolve a face lateral do tálamo - monitora, filtra e integra as atividades de outros núcleos talâmicos. Difere dos demais núcleos talâmicos por utilizar como neurotransmissor o GABA. Função predominantemente inibitória. Nos demais núcleos, o principal neurotransmissor é o glutamato CAIO CASTRO QUEIROZ / @CAIOCASTROQUEIROZ Áreas Sensitivas: Área somatossensitiva primá- ria (1,2,3) Sinais sensitivos, motores e integradores são processados em regiões distintas do córtex cerebral. - Relacionada com a sensibilidade geral (dor, temperatura, pressão, tato, propriocepção). - Giro pós-central - Quanto maior o número de receptores sensitivos no corpo, maior a área cortical. Homúnculo sensitivo - Cada ponto dessa área recebe impulsos sensitivos e determinada parte do corpo. Área visual primária (17) Área auditiva primária (41 e 42) Área gustativa primária (43) Área olfatória primária (28) - Área somatossensorial primária (giro pós central). - Cada ponto na superfície corporal é mapeado por uma região específica na área somatossensorial primária. - Parte posterior do lobo occipital, especialmente sobre sua face medial (próximo à fissura longitudinal) - está envolvida com a percepção visual. - Situada na parte superior do lobo temporal, próxima ao sulco cerebral lateral - está relacionada com a percepção auditiva. - Base do giro pós-central, superior ao sulco cerebral lateral no córtex parietal - está envolvida com a percepção gustativa e com a discriminação de gostos. - Situada na face medial do lobo temporal (visualizada na figura) - está envolvida com a percepção olfatória CÓRTEX CAIO CASTRO QUEIROZ / @CAIOCASTROQUEIROZ ÁREAS MOTORAS: Áreas Motora primária (4) Eferências motoras do córtex cerebral se originam principalmente da parte anterior de cada hemisfério cerebral. - Localizada no giro pré-central do lobo frontal - Estimulação elétrica em qualquer ponto da área motora primária causam a contração de fibras musculares esqueléticas específicas no lado oposto do corpo - Diferentes músculos apresentam diferentes representações nesta área. - Uma área cortical maior é dedicada para os músculos envolvidos em movimentos complexos ou delicados. - Homúnculo Motor • EX: a região cortical relacionada com os músculos que movimentam os dedos das mãos é maior que a região envolvida com os dedos dos pés - Este mapa muscular distorcido é conhecido como homúnculo motor. Área de Broca (44 e 45) ÁREAS ASSOCIATIVAS: - Localizada no lobo frontal, próxima ao sulco cerebral lateral - Função de articular a linguagem são atividades complexas que envolvem muitas áreas sensitivas, associativas e motoras do córtex - Na maior parte da população, estas áreas de linguagem situam-se no hemisfério esquerdo - O planejamento e a produção da fala ocorrem no lobo frontal esquerdo da maioria dos indivíduos. - Os impulsos nervosos originados na área de Broca passam para as regiões pré-motoras que controlam os músculos da laringe, da faringe e da boca - resultando em contrações musculares específicas coordenadas - Ao mesmo tempo, os impulsos se propagam da área de Broca para a área motora primária – controle os músculos ventilatórios para que possam regular o fluxo de ar pelas pregas vocais. As áreas associativas do cérebro são formadas por grandes regiões dos lobos occipitais, parietais e temporais e dos lobos frontais anteriormente às áreas motoras. Corresponde às áreas terciárias. CAIO CASTRO QUEIROZ / @CAIOCASTROQUEIROZ Área de associação somatos- sensorial (5,7) Área de associação visual (18 e 19) Área de associação facial (20, 21 e 37) - Posterior à área somatossensitiva primária , recebe aferências desta área e também do tálamo e de outras áreas do encéfalo - Permite determinar forma e textura exatas de um objeto, a orientação de um objeto em relação a outro, e sentir a relação de uma parte do corpo com outra - Armazenamento de experiências sensitivas somáticas, permitindo que você compare as sensações atuais com experiências prévias. •Ex: a área de associação somatos- sensitiva permite que você reconheça objetos, como um lápis ou um clipe, simplesmente pelo toque. - Localizada no lobo occipital, recebe impulsos sensitivos da área visual primária e do tálamo. -Relaciona experiências visuais presentes com as anteriores e é fundamental para o reconhecimento e avaliação do que está sendo visto • Ex: esta área permite que você reconheça um objeto, como uma colher, apenas pelo olhar - Lobo temporal inferior, recebe impulsos da área de associação visual - Esta área armazena informações sobre expressões faciais e permite que você re- Área de associação auditiva (22) Córtex Orbitofrontal (11) Área de associação Wernick (22 – 39 e 40) conheça pessoas por suas faces. - A área de reconhecimento facial no hemisfério direito é geralmente dominante em relação à área correspondente no hemisfério esquerdo. - Inferior e posteriormente à área auditiva primária no córtex temporal - Permite o reconhecimento de um som específico – como uma fala, uma música ou um ruído. - Parte lateral do lobo frontal, recebe impulsos sensitivos da área olfatória primária - Esta área cortical permite identificar e discriminar vários odores - Durante o processamento olfatório, o córtex orbitofrontaldo hemisfério direito tem maior atividade que a região correspondente do lado esquerdo. - Grande região nos lobos temporal e parietal esquerdos - Interpreta o significado da fala por meio do reconhecimento das palavras faladas - Comunicação verbal por meio do acréscimo de emoções, como raiva ou alegria, nas palavras faladas. CAIO CASTRO QUEIROZ / @CAIOCASTROQUEIROZ Área integradora comum (5, 7, 39 e 40) Córtex pré-frontal (9,10,11 e 12) - Delimitada pelas áreas de associação somatossensitiva, visual e auditiva - Recebe impulsos nervosos destas áreas, bem como da área gustativa primária, da área olfatória primária, do tálamo e de partes do tronco encefálico - Integra interpretações sensitivas das áreas de associação e impulsos de outras áreas – o que nos permite a formação de pensamentos baseados em uma série de aferências sensitivas - Após a integração destas informações, esta área transmite sinais para outras partes do encéfalo para que seja elaborada a resposta apropriada às informações sensitivas interpretadas. - Grande região localizada na parte anterior do lobo frontal - Conexões com outras áreas corticais, tálamo, hipotálamo, sistema límbico e cerebelo - Está relacionado com uma série de funções: formação da personalidade de um indivíduo, inteligência, capacidades de aprendizado complexo, lembrança de informações, iniciativa, juízo crítico, antevisão, raciocínio, consciência, intuição, humor, planejamento do futuro e desenvolvimento de ideias abstratas • Um indivíduo que apresente lesões em ambos os córtices pré-frontais geralmente se torna rude, insensível, incapaz de aceitar conselhos, tempera- Bons Estudos!!! Área pré-motora (6) Área dos campos oculares frontais (8) mental, desatento, menos criativo, incapaz de planejar o futuro e incapaz de antecipar as consequências de comportamentos ou palavras grosseiras e inapropriadas. - Área de associação motora que está imediatamente anterior à área motora primária. - Neurônios desta região se comunicam com o córtex motor primário, as áreas de associação sensitiva no lobo parietal, os núcleos da base e o tálamo. - Responsável pelas atividades motoras adquiridas que sejam complexas e sequenciais - Gera impulsos que causam a contração de músculos ou grupos musculares específicos em uma sequência específica, como quando você escreve seu nome • Também serve como um banco de registro para tais movimentos. - A área dos campos oculares frontais do córtex frontal é por vezes incluída na área pré-motora - Ela controla os movimentos oculares voluntários de perseguição – como os que você acabou de usar para ler esta frase
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