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Alterações no equilíbrio hidroeletrolítico

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Alterações no equilíbrio hidroeletrolítico
Fluidoterapia 
Prof. Juliano B. De Conti 
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ
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Introdução 
Todo ser vivo depende de líquidos corporais para sobreviver 
O oxigênio depende de perfusão adequada para chegar até os tecidos 
O líquido nos tecidos (intersticial) é responsável por:
Liberação de nutrientes para célula
Sustentação de estruturas teciduais
Captação e transporte de resíduos
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Extracelular 35%
Introdução 
60% do peso corporal consiste de água
65% desta água está no espaço intracelular
35% está no espaço extracelular
Intracelular
65%
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Introdução 
Todo paciente com outra intercorrência clínica é de risco cirúrgico elevado.
Água equivale a 60 a 65% do peso no adulto
70 a 80% no filhote 
45 a 50% nos obesos 
A água é regulada pelas forças osmóticas dos solutos 
O sódio é o cátion em maior concentração no L.e.c. 
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Introdução 
A distribuição de água é regulada pelas forças osmóticas dos solutos
280 a 310 mOsm/kg
Sódio é o cátion mais importante nesta regulação
Déficits hídricos no espaço intravascular 
Causam perfusão insuficiente e oxigenação inadequada
Déficits hídricos no espaço extravascular
Causam desidratação 
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Tipos de desidratação
Isotônica ou isonatrêmica 
Hipotônica ou hiponatrêmica 
Hipertônica ou Hipernatrêmica 
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Desidratação isotônica 
Ocorre perda proporcional de água e sais minerais
Não ocorre migração de líquidos entre os meios intra e extra-celulares
Causas:
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Desidratação hipotônica 
Caracterizada por baixa osmolaridade do líq. Extracelular
Por perda de eletrólitos e água
Com a perda de líquido hiperosmótico
O compartimento extracelular torna-se hiposmótico
O que leva a:
Passagem do líquido extracelular para interior da célula
Ingurgitamento das células
PREDISPONDO A COLAPSO VASCULAR 
CAUSAS:
Uso inadequado de diuréticos
Reposição de desidratações isotônicas com glicose 5% ou água
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Desidratação hipertônica 
Ocorre quando há perda maior de água que sais
Meio extracelular torna-se hiperosmótico
Forçando a saída de liquido da célula
CAUSAS:
Privação de água
Febre
Queimaduras
Taquipnéia 
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	POTÁSSIO 
Cátion em maior concentração dentro da célula
Sua concentração deve permanecer ente limites muito estreitos
Concentrações acima de 6,5 ou abaixo de 2,5 geram alterações
 
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POTÁSSIO 
Hipocalemia 
Perdas gastrintestinais, alcalose, uso de diuréticos, traumas celulares (queimaduras, etc)
Hipercalemia
Anúria, insuficiência renal, administração rápida de soluções contendo potássio
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HIDRATAÇÃO 
Como diagnosticar a desidratação?
Método clínico 
Método laboratorial 
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Escolha do líquido
Há duas categorias de líquidos
Cristalóides
Solução a base de água 
Moléculas pequenas permeáveis a membrana capilar 
Colóides
Solução a base de água
Moléculas pequenas permeáveis a membrana capilar 
Moléculas grandes impermeáveis a membrana capilar 
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Tipos de soluções 
Cristalóides 
Salina hipertônica 
Colóides artificiais 
Dextran 70
Plasma 
Sangue total 
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CRISTALÓIDES 
Soluções que apresentam concentração de sódio próxima ao normal
Podem ser administrados grandes volumes, sem risco de alteração no equilíbrio hídrico celular
DIVIDIDOS EM:
Fluidos que contém um ânion “semelhante” ao bicarbonato ALCALINIZANTES
Bicarbonato, lactato, gluconato ou acetato.
Quando metabolizados levam consigo um hidrogênio
Fluidos que não o contém
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CRISTALÓIDES 
REPOSIÇÃO TEMPORÁRIA
Apenas 25 a 30% do volume permanece no vaso após 30 minutos 
Restante se difunde para o interstício
Caso ocorra hipotenção novamente utilizar colóides 
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Cristalóides 
Isotônicos 
Balanceada 
Ringer lactato 
Não balanceada
Cloreto de sódio 
Hipotônicos 
Glicose 5%
O mesmo que administrar água livre
Não indicado como líquido de ressicitação 
Hipertônicos 
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SALINA HIPERTÔNICA 
Concentrações 
3,0% 7,0% 7,5% 
Solução de emergência 
Expande rapidamente o volume sanguíneo 
Aumenta o débito cardíaco 
Aumenta pressão arterial 
Aumenta a perfusão tecidual 
Indicações 
Emergencia em repor o volume sanguíneo 
Dificuldade em administrar grandes volumes em grandes animais
Dose 4 a 6 ml/kg
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Indicações dos cristalóides 
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Colóides artificiais 
Soluções de alto poder osmótico 
Propiciam expansão do volume sanguíneo 
Indicações 
REPOSIÇÃO DO VOLUME INTRAVASCULAR
Proteína total inferior a 3,5
Albumina abaixo de 1,5
Ocorrencia de edema antes da reposição do volume sanguíneo 
Resposta inadequada a infusão de cristalóides 
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Dextrana 
Polissacarídeos produzidos pele degradação da sacarose 
Podem ter diferentes pesos moleculares 
Moléculas maiores permanecem mais tempo no sangue
Moléculas menores são filtradas pelos rins e induzem diurese 
Dextrana 40 meia vida de 2,5 horas
Dextrana 70 meia vida de 25 horas
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Oxipogelatina 
Produzida a partir da medula óssea de bovinos 
Resulta em volume vascular equivalente a 2x o volume administrado
Recomenda-se a administação conjunta de cristalóide para repor o volume intersticial
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Amido de hidroxietila
Derivada da cera do milho ou sorgo 
Hetastarch a 6%
Pentastarch a10%
Resultam em aproximadamente 1,3x o volume infundido
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Indicações para uso dos colóides
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Parâmetros para avaliar desidratação.
Nos animais obesos ou caquéticos os sinais podem estar mascarados
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Reposição pré-operatória 
para o indivíduo somente desidratado
Estimar a quantidade de solução 
E utilizar a seguinte fórmula:
Indica a quantidade em litros que o indivíduo já perdeu
Devendo ser reposto em 24 horas.
PESO x % DESIDRATAÇÃO 
100
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Reposição para o indivíduo desidratado e com perdas gastrintestinais 
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Reposição de sódio e potássio 
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Correção da desidratação
Cão macho 8 kg
Desidratação 10%
Vomito e diarréia 
Sem tomar água 
800 ml
60 x 8= 480 ml
50 x 8 = 400 ml
Total 1680 ml
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Correção do sódio 
Desidratação hiponatrêmica 
NaCl 0,9% + glicose 5%
Desidratação isonatrêmica
NaCl 0,45% + glicose 2,5%
Desidratação hipertônica 
Repor lentamente 
Tempo de reposição superior a 48 horas 
Devido ao risco de edema cerebral
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Exemplo 2 correção do potássio 
Cão macho 8 kg
Desidratação 10%
Vomito e diarréia 
Sem tomar água
Uma ampola de 10ml de KCl 10% = 14mEq
Diluir o volume em solução de NaCl
IMPORTANTE: Não ultrapassar 0,5mEq/kg/h
1x 8 mEq
2 x 8 mEq
3 x 8mEq
Total= 48 mEq

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