Buscar

AO JUIZO DA COMARCA DA 2 VARA CRIMINAL DO ESTADO XX

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

AO JUIZO DA COMARCA DA 2 VARA CRIMINAL DO ESTADO XX.
(10 ESPAÇOS)
Processo nº: 
 Matheus , devidamente qualificado os autos do processo em epígrafi , mo vido por membros do Ministério Público, vem a presença de Vossa Excelência, por intermédio do seu advogado constituído conforme procuração em anexo, com endereço profissional no rodapé desta peça processual, apresentas:
 RESPOSTA À ACUSAÇÃO
Com fundamentos nos artigos 396 e 396-A do CPP, pelos motivos de fato e direito a seguir aduzidos, para o final requerer.
I-DOS FATOS
 Mateus foi denunciado porque, em agosto de 2010, supostamente teria se dirigido à residência de Maísa e a constrangido a com ele manter conjunção carnal, resultando assim na gravidez da suposta vítima, conforme laudo de exame de corpo de delito. Narra ainda a exordial que, embora não se tenha se valido de violência real ou de grave ameaça para a prática do ato, o réu teria se aproveitado do fato de Maísa ser incapaz de oferecer resistência ao propósito criminoso, assim como de validamente consentir, por se tratar de deficiente mental, incapaz de reger a si mesma.
II – DO DIREITO
 Preliminarmente, há que se destacar a ilegitimidade do Ministério Público para a propositura da presente ação, tendo em vista a inexistência de manifestação dos genitores da vítima neste sentido.
Trata-se, portanto, de ação penal pública condicionada à representação, sendo esta uma manifestação do ofendido ou de seu representante legal, no sentido de autorizar o Ministério Público a iniciar a ação penal. A representação é, nestes termos, uma condição de procedibilidade .
Diante de tal situação, há que se comentar que a representação é uma condição específica para esse tipo de ação sem a qual a ação penal sequer deveria ter sido ajuizada.
Nesses termos, o que se denota é a ocorrência de uma da causa de nulidade, sendo esta, de modo específico, prevista no artigo 564, III, a do Código de Processo Penal.
No que diz respeito ao mérito, devemos nos atentar para o fato de que o réu desconhecia a alegada condição de tratar-se a vítima de débil mental, sendo este um dos requisitos previstos em lei para que se presuma a violência. Senão vejamos:
Art. 224 – Presume-se a violência, se a vítima:
[…]
b) é alienada ou débil mental, e o agente conhecia esta circunstância.
Não sendo a debilidade aparente e, portanto, desconhecida pelo réu, os atos sexuais, nas 
circunstâncias em que foram praticados, deram-se de forma não criminosa por manifesta 
atipicidade.
Não bastassem tais circunstâncias, compulsando os autos, observa-se ainda a inexistência de Laudo Pericial comprovando a alegada debilidade mental, que, aliás, não pode ser presumida.
III – DO PEDIDO:
Diante do exposto, requer seja anulada a presente ação penal, com fulcro no artigo 564, inciso II do Código de Processo Penal, devendo exordial ser rejeitada com fulcro no artigo 395, inciso II do aludido Código. Não entendendo desta forma, requer seja o acusado absolvido sumariamente com espeque no artigo 397, inciso III do Código de Processo Penal. 
Entretanto, caso ainda não seja este o entendimento de Vossa Excelência, requer a realização de Exame Pericial, para que se verifique a higidez mental da suposta vítima e sejam ouvidas as testemunhas a seguir arroladas no decorrer da instrução.
3
Testemunha 1 – Romilda, qualificada à fl. __.
Testemunha 2 – Geralda,
Nestes termos,
Pede deferimento,
Loca, data.
Advogado, OAB nº

Outros materiais