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Penal IV 11OUT2017

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Penal IV - 11OUT 
Lei 9455/97
1) Convenções internacionais
a) Contra a tortura e outros tratamentos desumanos ou degradantes (Dec. 40/91)
B) Convenção interamericana para prevenir a tortura (Dec. 98.386/89)
No Brasil é considerado um crime comum.
Conceito de Tortura (Nucci) – Qualquer método de submissão de uma pessoa a sofrimento intenso, contínuo e ilícito, para obtenção de qualquer coisa ou para servir de castigo por qualquer razão.
2) Conceito de tortura
3) Tratamento constitucional
Art. 5º, III, CF
Art. 5º, XLIII, CF
4) Aspectos gerais
Competência – Justiça Comum (estadual ou federal)
Objeto material - Pessoa
Objeto jurídico (bem jurídico tutelado) - Integridade física, psíquica e a liberdade de locomoção
5) Crimes em espécie
a) Tortura prova (ou tortura persecutória, inquisitiva)
Art. 1º, I, a – Constranger uma pessoa (Por grave ameaça ou violência) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa;
Definição de informação – é um dado útil de uma coisa ou de uma pessoa.
Definição de declaração – é o depoimento colhido de forma solene e reduzido a termo.
Definição de confissão – é a admissão de culpa, feita perante à autoridade, policial ou judiciária.
Causa de aumento de pena: Par. 4º, I
Crime formal – porque estará consumada, ainda que a vítima não preste informação, declaração ou confissão (mero exaurimento). Basta a violência/grave ameaça com o especial fim de agir.
A prova obtida mediante tortura é vedada, Art. 5º, LVI, CF.
b) Art. 1º, I, b – tortura-crime
Mediante violência ou grave ameaça, provocar ação ou omissão de natureza criminosa
O autor mediato, responderá pelo crime de tortura e pelo crime causado pelo coagido. (concurso material)
O coagido terá o elemento culpabilidade na modalidade inexigibilidade de conduta adversa, afastando o crime.
c) Art. 1º, I, c – tortura discriminatória
(nas anteriores tem ação ou omissão, nesta não)
A pessoa que sofre violência por raça ou religião.
Raça
Religião
d) Art. 1º, II – Tortura Castigo
Sujeito ativo: (crime próprio) Guarda (dever de vigilância), poder (relação de mando decorrente do exercício de uma função pública) ou autoridade (o exercício de prerrogativa de natureza cível. Ex.: Pais em relação aos filhos) sobre a vítima.
Intenso sofrimento físico ou mental, tem que estar sob sua guarda, poder ou autoridade.
Diferença de tortura castigo X crime de maus tratos (Art. 136, CP)
No crime de maus tratos o agente tem dolo de perigo, porque ele expõe a risco a integridade física da vítima, abusando dos meios de correção ou de disciplina. 
Já no crime de tortura castigo o dolo é de dano, no qual o agente submete alguém sob sua guarda, poder ou autoridade a intenso sofrimento físico ou mental, com a finalidade de aplicar um castigo pessoal ou uma medida de caráter preventivo (é quando o agente acorrenta a criança em casa para evitar que ela saia)
Expor a vida de uma pessoa a perigo, a pretexto de exercer o poder de correção/maus tratos e disciplina (Pena – 2m a 1a) diferente da pena de tortura (2 a 8a).
e) Art. 1º, Pár. 1º - Tortura do encarcerado
Qualquer ato, praticado contra preso, não previsto em lei ou decorrente de medida legal (medida prevista em lei, possível aplicar ao preso, mas tem formalidade. (Ex.: colocar o preso em RDD – regime disciplinar diferenciado, sem a autorização do judiciário). 
direito dos presos: Art. 45 da LEP
Art. 5º, XLIX, CF – é assegurado ao preso a integridade física e moral. 
f) Art. 1º, Pár. 2º (pena de 1 a 4 anos - Tortura omissiva ou imprópria)
Praticado por qualquer pessoa que esteja na posição de garante.
Det. 1 e 4
			
		Evitar – Quem está na posição de garante
Dever de 
		Apurar – Autoridade policial (aqui é crime próprio)
g) Art. 1º, Pár. 3º - tortura qualificada
Quando qualquer modalidade de tortura gera lesão corporal grave ou morte. O fim só pode ser culposo. Crime preter-doloso. Ex.: Caso Amarildo.
		lesão corporal grave
Se resulta
		Morte
6) Causas de aumento de pena (Art. 1º, Pár. 4º)
I – É praticado por agente público
II – Se a vítima for um menor, deficiente, idoso, gestante é mais reprovável.
III – Quando a tortura é praticada mediante sequestro. O sequestro tem que ser meio para a tortura.
7) Art. 1º, Pár. 5º. Efeitos secundários da condenação
Perde o cargo, emprego, função.
Princípio da personalidade passiva ou de defesa – Confere a extraterritorialidade à lei penal brasileira, por se tratar de crime de tortura. Independente a nacionalidade, 
Princípio da justiça universal – Se o autor da tortura ingressar em território nacional, independente da nacionalidade de quem praticou e de quem sofreu.

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