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A TUTELA PROVISÓRIA NOS TRIBUNAIS O parágrafo único do art. 299 do CPC regula, expressamente, a tutela provisória em processo que tramita em tribunal: "ressalvada disposição especial, na ação de competência originária de tribunal e nos recursos a tutela provisória será requerida ao órgão jurisdicional competente para apreciar o mérito". Assim, cabe ao interessado requerer a tutela provisória ao relator (art. 932, II, CPC). Contra a decisão do relator sobre o requerimento de tutela provisória cabe agravo interno (art. 1.021, CPC). No caso de tutela provisória antecedente - anterior à formulação do pedido de tutela final -, o requerimento de tutela provisória será distribuído livremente, ficando o relator designado prevento para julgar o futuro recurso ou ação de competência originária. Aplicam-se, aqui, por extensão, à tutela provisória antecedente a ação de competência originária de tribunal, os arts. 1.012, §30, 1, e 1.029, §50, I, CPC, que cuidam da tutela provisória antecedente para atribuir efeito suspensivo a recurso. Normalmente, em recurso, a tutela provisória ou serve para que se lhe atribua efeito suspensivo ou para que o relator conceda a providência que fora negada pela decisão recorrida - conhecida também como concessão de efeito suspensivo ativo ao recurso. O tema é examinado no capitulo sobre o agravo de instrumento, neste volume do Curso. Juízo de admissibilidade e juízo de mérito: distinção O juizo de admissibilidade é a decisão sobre a aptidão de um procedimento ter o seu mérito (objeto litigioso) examinado. O juizo de admissibilidade é sempre preliminar ao juizo de mérito: a solução do primeiro determinará se o mérito será ou não examinado. Generalidades sobre o juízo de admissibilidade O juízo de admissibilidade pode ser positivo ou negativo. É positivo quando se conhece ou se admite o recurso, passando-se a examinar seu mérito. É, por sua vez, negativo quando não se admite ou conhece do recurso, deixando-se de analisar seu mérito. O juízo de admissibilidade pode, ainda, ser provisório ou definitivo. Quando o recurso for interposto perante o órgão a quo (órgão que proferiu a decisão recorrida), esse poderá, a depender da previsão normativa, exercer o juizo provisório de admissibilidade. Cabe ao órgão ad quem (órgão a quem o recurso se destina) exercer o juizo definitivo de admissibilidade Consideração introdutória O objeto do juízo de admissibilidade dos recursos é composto dos chamados requisitos de admissibilidade, que se classificam em dois grupos, de acordo com a conhecida classificação de Barbosa Moreira: a) requisitos intrínsecos (concernentes à própria existência do direito de recorrer): cabimento, legitimação, interesse e inexistência de fato impeditivo ou extintivo do poder de recorrer"; b) requisitos extrínsecos (relativos ao modo de exercício do direito de recorrer): preparo, tempestividade e regularidade forma Embargod de declaração com efeitos infringente Em regra, a função dos embargos de declaração não é a de modificar o resultado da decisão, fazendo com que a parte que perdeu se torne a vencedora. Essa não é a função típica dos embargos.Os objetivos típicos dos embargos são: a) esclarecer obscuridade; b) eliminar contradição; c) suprir omissão; d) corrigir erro material.Vale ressaltar, no entanto, que muitas vezes, ao se dar provimento aos embargos, pode acontecer de o resultado da decisão ser alterado. Quando isso acontece, dizemos que os embargos de declaração assumem um efeito infringente. Os embargos de declaração interrompem o prazo para a interposição de recurso (art. 1.026 do CPC 2015). Vale ressaltar que os embargos de declaração, ainda que rejeitados, interrompem o prazo recursal.Os embargos de declaração, se forem opostos com pedido de efeitos infringentes e sem apontar obscuridade, contradição, omissão ou erro material, podem ser recebidos como se fossem um "pedido de reconsideração" (o que acarreta a perda do prazo para os demais recursos)? NÃO. Os embargos de declaração, ainda que contenham nítido pedido de efeitos infringentes, não devem ser recebidos como mero "pedido de reconsideração" Princípios Duplo grau de jurisdição,taxatividade,singularidade,fungibilidade,reformatio in perus ,,voluntariedade,dialeticidade
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