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Resposta Escrita à acusação

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CRIMINAL DA COMARCA DE________
Processo Criminal No
TICIO, já qualificado nos autos do processo criminal em epígrafe, que lhe move a Justiça Pública, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência através de seu procurador devidamente constituído (procuração anexo fl. X), apresentar, dentro do prazo legal, com base no art. 396-A, do Código de Processo Penal, RESPOSTA ESCRITA À ACUSAÇÃO, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas.
DOS FATOS
O Acusado foi preso em flagrante pela prática do crime de roubo, prevista no art. 157 “caput” do Código Penal, em razão de ter subtraído, mediante grave ameaça, porém desarmado, uma bolsa avaliada em R$100,00 (cem reais) em uma loja. Houve a conversão da prisão em flagrante em preventiva, sendo esta revogada a pedido do Ministério Público quando do oferecimento da denúncia.
Ressalta-se que o objeto do roubo foi devolvido à vítima no momento da prisão em flagrante, sendo o ato testemunhado pelos Srs. Mévio e Bertoldo.
Salienta-se que, na data de ontem, Tício foi citado e recebeu cópia da denúncia.
DO DIREITO
Excelência nota-se que para a consumação do crime de roubo é imprescindível que o bem, injustamente apropriado pelo agente, saia da esfera de vigilância da vítima, e, ao mesmo tempo, que aquele tenha a sua posse tranquila, o que não houve no caso em tela, configurando o crime de furto tentado exposto no artigo 155 do Código Penal.
Diante o exposto, ocorrendo a desclassificação do crime de roubo para o de furto tentado, é cabível a absolvição sumária do crime pela aplicação do Princípio da Insignificância, previsto no artigo 397, III, do Código de Processo Penal.
Observar-se que a aplicação desse Princípio visa retirar do direito penal, resultados que não importam em lesão significativa a bens jurídicos relevantes, não representando prejuízo importante, seja ao titular do bem jurídico tutelado, seja à integridade da própria ordem social, cabendo a esse caso.
Fundamenta Cezar Roberto Bitencourt acerca desse tema, in verbis:
A tipicidade penal exige uma ofensa de alguma gravidade aos bens jurídicos protegidos, pois nem sempre qualquer ofensa a esses bens ou interesses é suficiente para configurar o injusto típico. Segundo esse princípio, que Klaus Tiedemann chamou de princípio de bagatela, é imperativa uma efetivida proporcionalidade entre a gravidade da conduta que se pretende punir e a drasticidade da intervenção estatal. Amiúde, condutas que se amoldam ao determinado tipo penal, sob o ponto de vista formal, não apresentam nenhuma relevância material. Nessas circunstâncias, pode-se afastar liminarmente a tipicidade penal porque em verdade o bem jurídico não chegou a ser lesado. (BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal. 16ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2011, vol. 1, p. 51)
Não obstante, o valor subtraído, conforme descrito na denúncia, é de R$ 100,00 (cem reais), e a bolsa já fora devolvida a loja, não gerando lesão jurídica ao patrimônio da vítima.
Portanto, como evidenciado, o acusado seguramente não ultrapassou os limites de tentativa. Devendo, destarte, ser desclassificada a imputação prescrita na peça exordial para a sua forma tentada.
Cabe assim, a inépcia da denúncia, pois o delito em tela não atende os dizeres do artigo 395, I do Código de Processo Penal, podendo o acusado ser absolvido sumariamente.
DO PEDIDO
Diante o exposto, requer-se a absolvição sumária do Acusado, com base no artigo 397, III, do CPP, em razão da atipicidade material decorrente da aplicação do princípio da insignificância.
Pede-se ainda, a oitiva das testemunhas cujo rol segue abaixo.
Caso Vossa Excelência entenda motivos para a não absolvição sumariamente do Acusado, protestar-se-á pela produção das provas admitidas em direito.
Rol de testemunhas:
Sr. Mévio 
Sr. Bertoldo
Termos em que,
Pede Deferimento.
Local e data
Advogado (a)...
OAB nº_________

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