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EXCELENTÍSSIMO SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ DO TRABALHO DA 2ª VARA DO TRABALHO DA COMARCA DE GOIÂNIA – GOIÁS. Processo nº 1146-63.2014.5.18.0002 Reclamante: JUSSARA PÉCLIS Reclamada: CLÍNICA DAS AMENDOEIRAS A CLÍNICA DAS AMENDOEIRAS, pessoa jurídica de direito privado, com sede na Rua xxx, nº xxx, Bairro: xxxx, Goiânia, Goiás, CEP: xxxx, endereço eletrônico: xxxx, inscrita no CNPJ/MF, sob o n.º xxxx, por seu seus advogado abaixo assinado, devidamente qualificado no instrumento procuratório em anexo, vem, com o devido respeito, apresentar, tempestivamente, CONTESTAÇÃO à Reclamação Trabalhista interposta por JUSSARA PÉCLIS, já devidamente qualificado nos autos do processo identificado em epígrafe, o que faz nos termos a seguir: PREJUDICIAIS DE MÉRITO - PRESCRIÇÃO PARCIAL A Reclamante postulou em sua reclamação trabalhista ajuizada em 12/12/14, parcelas que retroagem à data de sua admissão, que ocorreu em 18/11/2000. Ocorre que nos termos do Art. 7º, XXIX, da CF/88 c/c Art. 11, I, da CLT e da súmula 308, I, do TST, o direito de ação quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho prescreve em cinco anos, contados da data do ajuizamento da ação. Ante o exposto, o processo deverá ser extinto com resolução de mérito, nos termos do artigo 269, IV, do CPC, quanto às parcelas anteriores a 12/12/09. 1. DOS FATOS: A Reclamante ajuizou reclamação trabalhista em 12.12.2014, alegando que foi admitida em 18.11.2000, cumprindo uma jornada de trabalho de segunda a sexta das 15h às 19h sem intervalo e dispensada sem justa causa em 15.07.2013, mediante aviso prévio trabalhado e que a homologação da ruptura aconteceu em 10.09.2013. Aduziu que havia uma norma interna na empresa Reclamada, garantindo ao empregado com mais de 10 anos de serviço o direito a receber um relógio folheado a ouro, o que não foi observado, bem como recebia participação nos lucros uma vez a cada semestre, porém não era integrada para fim algum. Postulou ainda o pagamento da multa do Art. 477 da CLT, uma vez que a homologação ocorreu fora do prazo, assim como o recebimento do FGTS, em decorrência da dispensa. Como se verificará Excelência, não há como prosperar a pretensão do Reclamante, haja vista que se encontra em total desacordo com a realidade fática, consoante será demonstrado a seguir. 2. DO MÉRITO: A controvérsia da questão ora em debate gira em torno das discussões a seguir expostas: A reclamante postula a condenação da reclamada numa obrigação de fazer, qual seja, a entrega de um relógio folheado a ouro, sob o argumento de que havia uma norma interna garantindo ao empregado com mais de 10 anos de serviço o direito a receber um relógio folheado a ouro do empregador, o que não foi observado; A reclamante postula a condenação da reclamada ao pagamento de hora extra pela não concessão de pausa alimentar, uma vez que laborava de 2ª a 6ª feira, das 15 horas às 19 horas, sem intervalo. A reclamante pleiteia a integração da participação nos lucros e resultados nas verbas salariais, FGTS e aquelas devidas pela ruptura, com o pagamento das diferenças correlatas. A reclamante postulou o pagamento do aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, já que ele foi fornecido pelo prazo de 30 dias; Por fim, alega de que a homologação da rescisão de seu contrato de trabalho ocorreu a destempo. Conforme se demonstrará a seguir, são improcedentes as alegações e pleitos formulados por parte do Reclamante. 2.1 DA ENTREGA DO RELÓGIO Não assiste razão à reclamante, pois os regulamentos internos vigentes ao longo do tempo (anexos), em que existia a previsão de concessão do relógio folheado a ouro, foram substituídos, em fevereiro de 2000, por um novo regulamento, que previu a entrega de uma foto do empregado com sua equipe e a reclamante foi contratada apenas após a alteração, em 18.11.2000. Nos termos da súmula 51, I, do TST, as cláusulas regulamentares, que revoguem ou alterem vantagens deferidas anteriormente, atingirão os trabalhadores admitidos após a revogação ou alteração do regulamento.Excelência, o teor da Súmula 51, I, do TST, é indevida obrigação de fazer, visto que a alteração da norma interna ocorreu antes da admissão da trabalhadora, que assim não tem o direito postulado. 2.2 DO INTERVALO INTRAJORNADA Não assiste razão à reclamante, pois conforme estabelece o artigo 71, § 1º, da CLT, não faz jus ao intervalo intrajornada o empregado cuja jornada de trabalho é de até 04 horas diárias. 2.3 DO PEDIDO DE INCORPORAÇÃO DA PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS Sem razão à reclamante, pois nos termos do artigo 7º, XI, da CF e do artigo 3º da Lei nº 10.101/00, a participação nos lucros não substitui ou complementa a remuneração devida a qualquer empregado, nem constitui base de incidência de qualquer encargo trabalhista, não se lhe aplicando o princípio da habitualidade. O Art. 3º da Lei 10.101/00, prevê que a participação nos lucros não reflete em qualquer outro direito. 2.4 DO AVISO PRÉVIO PROPORCIONAL AO TEMPO DE SERVIÇO Não assiste razão à reclamante, pois conforme estabelece a súmula 441 do TST, o direito ao aviso prévio proporcional ao tempo de serviço somente é assegurado nas rescisões de contrato de trabalho ocorridas a partir da publicação da Lei nº 12.506, em 13 de outubro de 2011, e a dispensa da reclamante ocorreu antes desta data, em 15.07.2011. 2.5 DA MULTA DO ARTIGO 477, § 8º, DA CLT Sem razão à reclamante, pois as verbas resilitórias foram pagas no prazo legal, uma vez que, nos termos do artigo 477, § 6º, da CLT, quando o aviso prévio for cumprido, as verbas decorrentes da ruptura devem ser pagas até o primeiro dia útil imediato ao término do contrato de trabalho, exatamente como ocorreu no caso em tela. A empregada foi dispensada, sem justa causa, em 15/07/13, mediante aviso prévio trabalhado, logo o término do contrato de trabalho correu em 14/08/13, data em que as verbas foram depositadas na conta da reclamante, conforme recibos anexos. 3. DOS PEDIDOS Pelo exposto, requer que Vossa Excelência receba a presente contestação para dar-lhe total procedência, bem como seja acolhida a prejudicial de mérito e, por consequência, seja extinto o processo com resolução de mérito nos termos do artigo 269, IV, do CPC, quando às parcelas anteriores a 12.02.07. No mérito, que os pedidos sejam julgados improcedentes, conforme as razões acima formuladas, com a condenação da reclamante nos ônus sucumbenciais e ainda o atendimento dos pleitos elencados a seguir, todos formulados com base no Princípio da Eventualidade. Assim se requer que este MM Juiz, julgue os pedidos improcedentes, com base nos fatos e fundamentos supracitados. 4. DAS PROVAS Pretende provar o alegado com os documentos que instruem a presente defesa, oitiva de testemunhas e documentos novos. Goiânia, ___ de ________ de ______ Advogado – OAB nº
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