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LIVRO DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO Maria Vitoria Queija Alvar

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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 
Maria Vitoria Queija Alvar 
 
I - TEORIA GERAL DO PROCESSO TRABALHISTA 
 
A teoria geral do processo que identifica os conceitos de jurisdição, ação, defesa, 
processo, procedimento e etc., como sistema, envolve três subsistemas, quais 
sejam: processo civil, processo penal e processo do trabalho a partir dos princípios 
e institutos gerais, sem desconsiderar as diferenças próprias de cada ramo do 
direito processual e somente assim é possível que os ditames da Constituição 
Federal de 1988, que revelam o Estado Democrático de Direito, sejam efetivados 
em prol da Justiça Social. 
Com o reconhecimento da constitucionalização do Direito a doutrina reconheceu a 
existência de um direito constitucional processual, o que significa que o Direito 
Processual do Trabalho também deve ser ordenado e interpretado a partir das 
normas, princípios e valores da Carta Magna, reconhecendo por obvio as suas 
especificidades preconizadas em institutos, princípios e normas próprios. 
1. FORMAS DE SOLUÇÃO DE CONFLITOS TRABALHISTAS. 
Os conflitos decorrentes da vida em sociedade podem ser solucionados através da 
autotutela, da autocomposição e da heterocomposição. 
A. AUTOTUTELA 
Autotutela significa fazer “Justiça com as próprias mãos”, “ dente por dente, olho por 
olho”, esta forma de solução de conflitos utilizada nos primórdios da civilização, 
onde uma das partes do conflito subjugava a outra, foi substituída pelo poder do 
Estado como solucionador dos conflitos, no entanto, o ordenamento jurídico pátrio 
a autoriza na via excepcional, como por exemplo, no código civil ( direito de 
retenção, desforço imediato e etc.) e na Constituição Federal ( exercício do Direito 
de Greve), a doutrina menciona o locaute ( paralisação de empregadores) como 
forma de autodefesa, no entanto, o ordenamento brasileiro proíbe seu exercício . 
A Greve é um direito fundamental exercido coletivamente e tem como antagonista 
o Direito de propriedade dos empregadores, na realidade do Estado Democrático 
de Direito, não podemos esquecer que a greve é um instrumento extremo de acesso 
as formas de autocomposição (convenção coletiva de trabalho ou acordo coletivo), 
ou heterocomposição (arbitragem ou jurisdição). 
AUTOCOMPOSIÇÃO 
Na autocomposição as partes conflitantes sem a interferência de terceiro chegam a 
solução de seu conflito através de concessões reciprocas (transação) ou por 
desistência ou renúncia de um dos sujeitos, modalidades bilateral e unilateral, 
respectivamente. 
A Constituição Federal de 1988 privilegia a negociação coletiva , ou seja a solução 
de conflitos trabalhistas através dos entes sindicais de representação das partes 
envolvidas nos conflitos, são instrumentos da negociação coletiva, a convecção 
coletiva de trabalho e o acordo coletivo de trabalho, disciplinados no artigo 611 da 
CLT. 
A convenção coletiva de trabalho é um acordo intersindical fruto de negociação 
coletiva havida entre sindicatos representativos das categorias econômicas e 
profissionais, obedecido o princípio da unicidade sindical, que obriga todos os 
membros das respectivas entidades, independentemente de filiação 
voluntária em razão de seu caráter normativo. 
Por exemplo o Sindicato dos Metalúrgicos de Porto Alegre objetivando estipular 
condições de trabalho de caráter econômico e social negocia coletivamente de 
forma frutífera com o Sindicato das Empresas Metalúrgicas de Porto Alegre a 
materialização jurídica da negociação coletiva é a Convenção Coletiva de Trabalho, 
que obriga empresas e trabalhadores. 
O acordo coletivo de trabalho é um acordo fruto da negociação coletiva entre 
sindicatos de categoria profissional de um lado e empresas de outro, sendo sua 
abrangência normativa restrita exclusivamente as empresas que participaram 
da negociação coletiva. 
Exemplo o Sindicato dos Metalúrgicos de Porto Alegre negocia melhores condições 
com a Empresa Metalúrgica Rio Grande do Sul do que as previstas em convenção 
coletiva de trabalho, como por exemplo um percentual de 70% de adicional de horas 
extras, somente farão jus as normas do acordo coletivo os trabalhadores da referida 
empresa. 
A transação é forma de autocomposição bilateral onde ambas as partes para a 
solução do conflito sacrificam interesses próprios de outro lado se observa a 
renúncia quando o sacrifício do interesse é unilateral. 
Note-se que no processo do trabalho a tentativa de conciliação é parte integrante 
da audiência trabalhista, sendo certo que o juiz do trabalho pode tem o poder de 
negar tratativa que viole o direito protetivo do trabalho. 
As COMISSÕES DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA estão positivadas nos 
artigos 625- A e seguintes da Consolidação das Leis do Trabalho e 
podem ser constituídas de forma facultativa, por empresas, grupos de 
empresas e entre sindicatos, devem ser paritariamente constituídas com 
representação dos empregados e dos empregadores (de 2 a 10 membros) e 
somente podem ser utilizadas para a solução de conflitos individuais. 
Os representantes dos trabalhadores serão eleitos pelos trabalhadores com a 
fiscalização do sindicato profissional, com mandato de um ano, permitida uma 
reeleição e os representantes dos empregadores são por estes indicados. 
Note-se que os representantes dos trabalhadores são detentores de estabilidade 
provisória do momento do registro da candidatura e se eleitos até um ano após o 
término do mandato. 
A CLT estabelece que existindo a CCP eventual conflito individual deve ser a ela 
submetido e somente se as partes não chegarem a conciliação é permitido o 
ajuizamento de ação trabalhista, desta forma a lei trata a submissão do conflito a 
CCP como pressuposto processual objetivo, ocorre que tal questão desde a edição 
da lei acarretou várias celeumas doutrinárias e jurisprudenciais, sendo certo, que o 
entendimento reiterado dos Tribunais Especializados caminha no sentido que a 
exigência contraria o dispositivo do artigo 5º XXXV da Constituição Federal que 
estabelece que a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou 
ameaça a direito. 
Na hipótese do conflito apresentado a CCP onde as partes atingem a conciliação, 
será lavrado termo de conciliação que tem natureza de título executivo extrajudicial, 
com eficácia liberatória geral, exceto em relação aos títulos não ressalvados, no 
entanto, a interpretação desse dispositivo deve ser feita teleologicamente, para se 
reconhecer que a eficácia liberatória somente com relação as parcelas que 
expressamente constem do termo de conciliação . 
 
B. HETEROCOMPOSIÇÃO 
A heterocomposição trata-se de forma onde a solução do conflito é determinada por 
um terceiro que detém força obrigatória sobre os litigantes, são modalidades: a 
arbitragem e a jurisdição, embora alguns autores indiquem também a mediação e a 
conciliação, no entanto, nessas duas últimas formas de solução dos conflitos o 
terceiro atua exclusivamente na aproximação das partes, sua decisão não vincula 
as partes . 
a. Arbitragem 
O artigo 114 §§ 1º e 2º da Constituição Federal prevê a arbitragem como forma 
de solução de conflitos trabalhistas de natureza coletiva, não restando assim 
qualquer dúvida acerca de sua utilização. Note-se que no processo do trabalho a 
sentença arbitral , diferentemente do que ocorre no civil não permite execução direta 
e sim ação de cumprimento prevista no artigo 872 da CLT. 
A lei 9307/96 com as alterações da lei 13.129/2015, dispõe sobre o 
procedimento da arbitragem de forma genérica e as leis 7783/88, 10101/00, 
12815/13 referem-se a situações de cunho trabalhista, greve, Participação em 
Lucros e Resultados e Portos e instalações Portuárias. 
A lei 9307/96estabelece que o procedimento da arbitragem somente pode ser 
utilizado para a solução de conflitos que envolvam direito patrimoniais disponíveis, 
desta forma resta afastada a sua aplicabilidade em dissídios individuais. 
b. Jurisdição 
A jurisdição é forma de solução de conflito através da atividade – função – poder 
estatal decorrente da própria soberania, que se traduz em linhas gerais no poder 
em dizer o direito. 
A jurisdição tem como características: a substitutividade, definitividade, 
exclusividade, imparcialidade, monopólio do Estado, unidade e inércia. 
2. AS FONTES DO DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO. 
A doutrina não é uniforme com relação a classificação das fontes do direito, por 
questões didáticas será adotada aqui a classificação de Bezerra Leite, que divide 
as fontes em materiais e formais, sendo a primeira o próprio direito material do 
trabalho e a última são as positivadas no ordenamento com caráter instrumental. 
São fontes do Direito Processual do trabalho: a Constituição Federal, a 
Consolidação das Leis do Trabalho, o Código de Processo Civil, o Código de Defesa 
do Consumidor e com relação a legislação esparsa: a lei 5584/70, lei 6830/80, 
7701/88, 7347/85, 8069/90 e 7853/89. 
Com a edição do Código de Processo Civil de 2015, foi editada a Instrução 
Normativa nº 39/16, que apresenta o entendimento do Tribunal Superior do 
Trabalho acerca da aplicabilidade de dispositivos desse novo código ao processo 
do trabalho, a partir da inteligência do artigo 769 da CLT. 
3. PRINCIPIOS 
Os princípios possuem função interpretativa, informativa e normativa e são de 
importância fundamental para a compreensão de todo o sistema, no direito 
processual do trabalho deve-se levar em conta os princípios constitucionais de 
processo e princípios gerais com sede no CPC, que juntos são denominados 
princípios fundamentais e os princípios próprios de processo do trabalho. 
A. PRINCIPIOS FUNDAMENTAIS 
Princípio do Devido Processo Legal: como garantia constitucionalmente 
assegurada no artigo 5º LIV CF esse princípio é regra base do direito processual 
onde ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo 
legal. Esse princípio é um dos pilares do regime democrático e de direito e dele 
derivam outros princípios, fundamentando a estrutura de um processo 
constitucionalmente legítimo, em outras palavras a CF/88 estabelecem a base de 
um modelo constitucional de processo que deve ser observado de forma obrigatória. 
Não é possível que se conceba nenhuma lei de caráter processual, ou a 
interpretação de seus dispositivos, sem que se tenha como fundamento de validade 
e legitimidade a Constituição Federal, o que significa dizer que só o processo será 
legítimo. 
Os princípios que garantem o due process, que garantem o modelo constitucional 
de processo, ou seja, que o processo levará a resultados legítimos, alguns deles 
são: 
Princípio da Igualdade e isonomia: consagrado no caput e inciso I do artigo 5º da 
CF, ou seja, segunda o qual todos são iguais perante a lei, ocorre considerando-se 
para a sua aplicabilidade o princípio da dignidade da pessoa humana e do valor 
social do trabalho e os demais fundamentos da Constituição Federal de forma que 
seja possível a sua mitigação especialmente nas searas do Direito do Trabalho e 
do Processo do Trabalho, em razão da hipossuficiência dos trabalhadores em 
relação ao tomador de serviço. 
A garantia a isonomia é uma garantia de igualdade substancial e não meramente 
formal, o que significa que todos são tratados igualmente observadas as suas 
desigualdades, assim é necessário que se compreenda esse princípio como forma 
de se garantir o equilíbrio entre as partes, desta forma o sistema cria formas de criar 
esse equilíbrio. Esse princípio permite que se compreenda uma série de regras no 
processo, inclusive no processo do trabalho, como por exemplo o jus postulandi, 
que faculta ao trabalhador demandar o seu tomador de serviços pessoais sem a 
presença de advogado. 
Princípios do Contraditório e da Ampla defesa: também consagrados no artigo 
5º da CF, o primeiro implica no reconhecimento da bilateralidade do processo (autor, 
réu e terceiros, partes que participam do processo) e o segundo que garante das 
partes o exercício através dos existentes no ordenamento jurídico de se defender. 
 
Princípio da imparcialidade do juiz: O juiz presta um serviço público e deve agir 
na direção do processo com imparcialidade e isso significa que o conflito levado a 
análise deve ser solucionado através do devido processo legal. 
Princípio do juiz natural: Ninguém será processado nem sentenciado, são por 
autoridade competente, o que impede a criação de juízos de exceção e não 
bastasse isso pela dicção do artigo 286 do CPC a distribuição de processos deve 
ser realizada considerando-se critérios aleatórios e objetivos. 
Princípio da fundamentação das decisões: garante aos jurisdicionados que as 
decisões não serão arbitrarias e sim fundamentadas, sob pena de nulidade, 
encontra-se consagrado nos artigos 93XI da CF, 832 da CLT e 489II, § 1º do CPC, 
vide também o artigo 15 da IN 39/16 do Tribunal Superior do Trabalho. 
Princípio da Razoável Duração do Processo: Estabelece que a todos no âmbito 
judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os 
meios que garantam a sua tramitação, ou seja esse princípio busca a real efetivação 
da tutela jurisdicional e está consagrado no artigo 5º LXXVIII da CF, sendo que 
alguns meios para sua efetivação estão inseridos no artigo 93 da CF. 
Princípio do Duplo Grau de Jurisdição: não é apresentado de forma explicita na 
Constituição Federal, o que causa divergência doutrinária e jurisprudencial em 
relação ao seu status constitucional, no entanto, sé cediço que se trata de princípio 
processual que indica a possibilidade de revisão das decisões proferidas por órgãos 
superiores do Poder Judiciário. 
 
IMPORTANTE para a nova teoria do processo a ampla defesa não é 
garantida apenas ao réu, mas também ao autor da demanda. 
 
 
 
B. PRINCIPIOS INFRACONSTITUCIONAIS 
Princípio dispositivo e Princípio do Impulso Oficial: também denominado de 
princípio da inércia ou da demanda segundo o princípio dispositivo o processo 
começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, (onde o juiz tem 
o dever de prestar a jurisdição), salvo nas exceções previstas em lei. No Direito 
Processual do Trabalho existem exceções ao princípio dispositivo expressas nos 
artigos 39 e 878 da CLT. 
Princípio da Instrumentalidade: O processo é instrumento de Justiça, e está a 
serviço do direito material e não vice e versa, está consagrado nos artigos 180 e 
277 da CPC. 
Princípio da Impugnação Especifica: Tem fundamento no princípio do 
contraditório, cabendo ao réu manifestar-se precisamente sobre as alegações de 
fato constantes na petição inicial, sob pena de presunção de veracidade dos fatos 
alegados pelo autor, encontra-se positivado no artigo 341 do CPC. 
Princípio da Estabilidade da Lide: estabelece que o autor após a citação do réu 
não pode mais modificar os termos do pedido sem a anuência do réu e após o 
oferecimento da defesa, não poderá o autor apresentar aditamento nem mesmo 
com consentimento, conforme preconizado pelos artigos 108 e 329 do CPC. Note-
se que no processo do trabalho não existe o momento de saneamento do processo 
e ainda que a defesa é apresentada em audiência, após infrutífera a tentativa de 
conciliação, desta forma a sua aplicabilidade na seara laboral deve considerar os 
eventos processuais estabelecidos na CLT, por razão de lógica e coerência, desta 
forma perfeitamente cabível a apresentação de aditamento apósa citação. 
Princípio da Preclusão: tem por fundamento que o processo é o desencadear 
lógico de eventos processuais que devem ser praticados nos momentos definidos 
em lei, encontra-se definido no artigo 278 do CPC, note-se que o parágrafo único 
apresenta como exceções que as nulidades que devam ser declaradas de oficio, 
não se aplica preclusão, assim como, para atos que não foram praticados desde 
que provado legítimo impedimento da parte. A doutrina adota a classificação da 
: No processo do trabalho as ações no rito sumário 
(valor da causa até dois salários mínimos, lei 
5584/70) somente admitem recurso extraordinário 
a teor da súmula 356 do TST, bem como não há de 
se falar em obrigatoriedade de remessa de ofício 
em sentenças desfavoráveis as pessoas jurídicas de 
direito público quando o valor da condenação não 
ultrapassa 60 salários mínimos, a teor da súmula 
303 do TST. 
 
preclusão em: Preclusão consumativa, preclusão lógica, preclusão ordinatória, 
preclusão pro judicato e preclusão máxima. 
Princípio da Oralidade: Não existe previsão expressa, no entanto, no processo do 
trabalho vários dispositivos conduzem a supremacia de atos processuais realizados 
através da oralidade, como por exemplo a reclamação verbal, o prazo de vinte 
minutos para apresentação da defesa e de dez minutos para as razões finais. 
 
 
Princípio da Concentração: encontra-se explicito nos artigos 849 e 852-C da CLT, 
que estabelecem a utilização da audiência una. 
Princípio da Irrecorribilidade de Decisões Interlocutórias: O CPC de 2015 
permite a recorribilidade das decisões interlocutórias expressamente previstas 
conforme dicção dos artigos 995 e 1015, assim não há de se falar em sua 
aplicabilidade em razão da previsão taxativa do artigo 893 § 1º da CLT. 
Princípios da boa-fé processual, da cooperação: Expressos no CPC nos artigos 
5º e 6º , respectivamente , decorrem do Estado Democrático de Direito e o princípio 
da dignidade da pessoa humana, vinculando todos não somente as partes. Mas 
também o juiz e terceiros. 
Princípio da Vedação da Decisão Surpresa: Extraído do artigo 10 do CPC, onde 
o juiz não pode decidir, em qualquer grau de jurisdição, com base em fundamento 
a respeito do qual não tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda 
que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício. A Instrução Normativa 
39/16 artigos 4º § 1º, estabelece que não se considera decisão surpresa a que à luz 
do ordenamento e dos princípios que informam o direito processual do trabalho, as 
partes tinham a obrigação de prever (condições da ação, pressupostos processuais, 
pressupostos de admissibilidade de recursos), salvo disposição legal expressa 
Princípio da Supremacia da Decisão de Mérito: Informa que somente em 
situações excepcionais e quando não for possível a correção de irregularidades ou 
vícios, poderá o processo ser extinto sem julgamento de mérito. 
Princípio da Conciliação: O artigo 764 da CLT estabelece a obrigatoriedade de 
sujeição dos dissídios trabalhistas à tentativa de conciliação, sob pena de nulidade 
absoluta. 
Note-se que em razão do predomínio do princípio da oralidade 
no processo do trabalho também se aplica o princípio da 
imediação, segundo o qual as partes e testemunhas são 
inquiridas pelo juiz a teor do artigo 820 da CLT. 
 
4. EFICACIA DAS NORMAS DE DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 
A eficácia das normas, refere-se a sua aplicação no tempo e espaço. 
Com relação as normas processuais trabalhistas no tempo a aplicação imediata, no 
entanto, não podem prejudicar o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa 
julgada, desta forma uma nova lei processual passa a a vigorar no prazo de 45 dias 
(vacatio legis), desde que não haja previsão em contrário. 
A norma processual trabalhista tem aplicação em todo o território nacional, havendo, 
no entanto, de se considerar a exceção a regra da territorialidade, consagrada no 
artigo 651 § 2º da CLT. 
 
5. INTERPRETAÇÃO DAS NORMAS DE DIREITO PROCESSUAL DO 
TRABALHO 
As normas processuais trabalhistas são interpretadas buscando a determinação do 
seu conteúdo, através dos métodos: gramatical, lógico-sistemático, histórico, 
teleológico e o método conforme a Constituição 
 
6. ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA DO TRABALHO 
 A estrutura do Poder Judiciário está prevista no artigo 92 da Constituição Federal , 
que inclui: Supremo Tribunal Federal, o Superior Tribunal de Justiça, Os Tribunais 
Regionais Federais e os Juízes Federais, os Tribunais e Juízes do Trabalho, os 
Tribunais Eleitorais , os Tribunais e Juízes Militares e os Tribunais e Juízes dos 
Estados, Distrito Federal e Territórios, que exercem jurisdição e ainda o Conselho 
Nacional de Justiça que não exerce atos de jurisdição , com atribuições 
administrativas, financeiras e disciplinar, nos termos do artigo 103-B da CF. 
A Emenda Constitucional 24/99 estabeleceu que a Justiça do Trabalho é integrada 
pelos seguintes órgãos: Tribunal Superior do Trabalho, Tribunais Regionais do 
Trabalho, Juízes do Trabalho. 
O Tribunal Superior do Trabalho – TST é composto por 27 Ministros, escolhidos 
entre os brasileiros com mais de 35 anos e menos de sessenta e cinco , nomeados 
pelo Presidente da República, respeitado o quinto constitucional , nos termos do 
artigo 94 da CF. 
Junto ao TST funcionam o Conselho Superior da Justiça do Trabalho e a Escola 
Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho. 
São órgãos do TST: Tribunal Pleno, Órgão Especial, Seção Especializada em 
Dissídio Coletivo, Seção Especializada em Dissídio Individual (dividida em duas 
subseções) e Turmas. 
O Tribunal Pleno é constituído por todos os Ministros e para o seu funcionamento 
é necessária a presença de no mínimo 14 Ministros, para indicação de nomes que 
comporão lista para vaga de Ministro; aprovação de Emenda Regimental, eleição 
de cargos de direção do Tribunal e aprovação ou cancelamento de Súmula, 
Precedente , ou declaração de lei ou ato normativo do poder público . 
O Órgão Especial é constituído pelo Presidente, Vice Presidente, Corregedor, os 
sete Ministros mais antigos e mais sete Ministros eleitos pelo Pleno e para o seu 
funcionamento exige quórum mínimo de 08 Ministros, no entanto, se o tema a ser 
deliberado for disponibilidade ou aposentadoria de Magistrado é exigida a maioria 
absoluta. 
A Seção Especializada em Dissídios Coletivos é constituída pelo Presidente, 
Vice Presidente, Corregedor e mais seis Ministros , sendo o quórum mínimo de 
funcionamento cinco Ministros. 
A Seção Especializada em Dissídios Individuais é constituída pelo Presidente, 
Vice Presidente Corregedor e mais 18 Ministros , pode funcionar na forma (plena 
com quórum de 11 Ministros, mas as deliberações somente com maioria absoluta) 
ou dividida em duas subseções. A Subseção I Especializada em Dissídios 
Individuais – SDI-1 é integrada por quatorze Ministros incluindo o Presidente, Vice 
Presidente e Corregedor e preferencialmente os Presidentes das Turmas, note-se 
que cada Turma somente poderá ter representação da SDI-1 de até dois Ministros. 
A Subseção II Especializada em Dissídios Individuais é composta pelo Presidente, 
Vice Presidente , Corregedor e mais sete Ministros e para funcionamento exige 
quórum de seis Ministros. 
As Turmas são constituídas por três Ministros, para os julgamentos é necessária a 
presença dos três Ministros que a compõe ou Ministro de outra Turma. 
 
Os Tribunais Regionais do Trabalho, são organizados por Região, atualmente 
existem 24 TRTs, embora a redação original da CF determinasse a existência de 
pelo menos um TRT por Estado e no Distrito Federal a Emenda Constitucional 
45/04,supriu a obrigatoriedade, mas nada impede que lei federal determine a 
criação de Tribunais Regionais do Trabalho, nos Estados do Acre, Amapá , Roraima 
e Tocantins e são compostos por no mínimo sete Desembargadores do Trabalho . 
Os Desembargadores do Trabalho são nomeados pelo Presidente da República, 
respeitado o quinto constitucional. 
As Varas do Trabalho são juízos monocráticos compostos (por um Juiz do 
Trabalho Titular fixo e um Juiz do Trabalho substituto) e sua competência é 
estabelecida territorialmente por lei . Nas comarcas onde não existir Vara do 
Trabalho, o artigo 668 estabelece competência para os Juízes de direito, que deverá 
observar o procedimento previsto na CLT para o processamento e julgamento das 
demandas. 
A CF estabelece que compete aos tribunais a organização das secretarias e 
serviços auxiliares expressos nos artigo 710 a 721 da CLT . 
MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO: incumbência de defender a ordem pública, o 
regime democrático e os interesses indisponíveis da sociedade e dos indivíduos …” (art. 
129 da CF).O MPT tem como “chefe” o Procurador Geral do Trabalho. É um dos ramos 
do Ministério Público da União. O Procurador Geral do Trabalho é nomeado pelo 
Procurado Geral da República entre os integrantes da Procuradoria com mais de 35 
anos de idade e cinco anos de carreira. A Procuradoria Geral do Trabalho atua perante 
o TST, através do Procurador Geral e dos subprocuradores-gerais. Junto aos Tribunais 
Regionais funcionam as procuradorias Regionais do Trabalho, compostas por 
procuradores regionais, nomeados por concurso público de títulos e provas. Todas as 
Procuradorias contam com os serviços de uma Secretaria. 
 
7. COMPETÊNCIA MATERIAL DA JUSTIÇA DO TRABALHO 
 
Conferiu o inciso I, do artigo 114 da Constituição Federal, que "as ações 
oriundas da relação de trabalho", e o inciso IX" outras controvérsias decorrentes da 
relação de trabalho" são competência da Justiça do Trabalho. 
Diferente da relação de emprego, por força do dispositivo constitucional, consta a 
expressão relação de trabalho, o que é mais ampla e genérica, não se restringindo, 
apenas, aos julgamentos dos conflitos empregado/ empregador. 
Relação de trabalho é conceito mais amplo que relação de emprego e abrange todas 
as relações jurídicas em que há prestação de trabalho por pessoa natural, tanto no 
âmbito de contrato de trabalho (artigo 442 da Consolidação das Leis do Trabalho), como 
de prestação de serviços (arts. 593 e seguintes do Código Civil), e, também, outros tipos 
de contratos de trabalho como a empreitada, mandato, transporte e demais. 
Assim um dos critérios determinantes para a delimitação da expressão relação de 
trabalho é a pessoalidade na prestação de serviços, a compreensão desse critério é 
fundamental, inclusive para a compreensão de todas as demais hipóteses expressas no 
artigo 114 da CF.. 
 
 
O artigo 114 da CF , também apresenta os demais critérios determinantes da 
competência Material da Justiça do Trabalho, tais como as ações que envolvam o 
exercício do direito de greve, representação sindical, mandado de segurança, habeas 
corpus, habeas data quando o ato questionado envolver matéria trabalhista, conflitos de 
competência entre os órgãos de jurisdição trabalhista, ações de indenização por dano 
moral e patrimonial decorrentes da relação trabalho , ações decorrentes das 
penalidades impostas pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho, execução 
de ofício das contribuições da previdência social ( vide Súmula Vinculante 53 STF), além 
de outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho da forma da lei. 
 
8. COMPETÊNCIA TERRITORIAL 
 
A competência das VARAS DO TRABALHO é definida pelo local onde o 
empregado prestar serviços ao empregador( ou tomador do serviço), 
ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro (CLT, art. 
651), como regra geral. 
Se tratar de empregado agente ou viajante será competente a Vara do Trabalho ou Juiz 
da localidade onde o empregador tiver seu domicílio, salvo se o empregado estiver 
subordinado à agência ou filial, quando será competente a Vara em cuja jurisdição 
estiver situada a mesma agência ou filial (CLT, art. 651, § 1º); 
É competente a Justiça do Trabalho do Brasil para decidir dissídio trabalhista entre 
empregado brasileiro e agência ou filial de empresa, no estrangeiro, se não houver 
convenção internacional dispondo em contrário. ( CLT, art., 651 § 2º) 
Qualquer que seja a regra em contrário, constante do direito estrangeiro, será 
competente a autoridade judiciária brasileira, em razão do lugar, quando: 
a) o réu for domiciliado no Brasil. 
b) aqui tiver de ser cumprida a obrigação. 
c) a empresa estrangeira não-domiciliada no Brasil aqui possuir agência ou filial 
(porque a obrigação deverá ser cumprida aqui). 
d) a ação se originar de ato ou fato ocorrido ou praticado no Brasil. 
Se o empregador prestar serviços fora do lugar da contratação o empregado pode 
reclamar no foro da celebração do contrato ou no da prestação do serviço (CLT, art. 
651, § 3º). 
 
 
II - AÇÃO TRABALHISTA 
 
O Estado não admite a justiça privada (tutela dos direitos subjetivos pelos próprios 
sujeitos interessados), chamando a si o monopólio da solução dos conflitos. A essa 
função estatal de dizer o direito chama-se jurisdição. 
 
O exercício da jurisdição é feito por meio do processo. A função jurisdicional é inerte 
(sem iniciativa própria) e só atua por meio de provocação, que se dá pela instauração 
do processo. Não há jurisdição sem processo nem processo sem ação. A lide provoca 
a ação; a ação provoca o processo; o processo provoca a jurisdição; e a jurisdição 
compõe ou elimina a lide". 
 
 
Ação é direito abstrato de agir. Pretensão é o direito de exigir; ação é a pretensão e 
mais a atividade; direito subjetivo é o poder jurídico de ter a faculdade de agir. Exercer 
a pretensão é exigir a prestação; propor ação é pedir a tutela do Estado, deduzindo o 
que se pede. 
 
O juiz, ao julgar a lide, enfrenta três ordens de matérias: matéria de processo, matéria 
de ação e matéria de mérito. Embora a ação seja um direito subjetivo público 
processual, um direito abstrato de provocar a jurisdição, há condições legalmente 
exigíveis para que ela nasça; há, também, requisitos para que o processo se desenvolva 
validamente de modo a permitir uma decisão sobre o mérito. 
 
Os requisitos necessários para o nascimento de uma ação são chamados condições da 
ação; os requisitos necessários ao desenvolvimento regular do processo, de modo a 
permitir uma decisão sobre o mérito, são chamados pressupostos processuais. 
Leia com atenção o artigo 17 do CPC de 2015 , que estabelece que para postular em 
juízo é necessário interesse e legitimidade, a possibilidade jurídica do pedido não é 
considerada condição da ação. 
 
1- RECLAMAÇÃO TRABALHISTA/ AÇÃO TRABALHISTA/ DISSÍDIO 
 
Chama-se reclamação trabalhista a ação do empregado em face do empregador ou do 
trabalhador em face do tomador dos serviços (a ação nunca é movida contra o réu, mas 
contra o Estado, que detém o monopólio da jurisdição, em face do réu). 
 
 
Os dissídios trabalhistas são de três ordens:de conhecimento;de execução;cautelares. 
 
O dissídio de conhecimento classifica-se segundo os sujeitos e a natureza da tutela 
jurisdicional pretendida. Subdivide-se em: 
a) individuais (o objeto da investigação cognitiva é um interesse individual de um ou 
mais de um empregado (litisconsórcio ativo) e de um ou mais de um empregador 
(litisconsórcio passivo); 
b) coletivos (o objeto da cognição será o interesse de natureza jurídica ou econômica 
deum grupo, ideal e abstratamente considerado (categoria econômica e categoria 
profissional). 
 
Segundo a natureza da tutela jurisdicional pretendida, classifica-se em: 
a) declaratórios (reclamam sentença de mérito que declare a existência ou a 
inexistência de uma relação jurídica ou de uma situação jurídica). 
b) constitutivos (reclamam sentença que crie, modifique ou extinga relação jurídica). 
c) condenatórios (reclamam sentença que imponha condenação na obrigação de dar, 
fazer ou de não-fazer). 
 
Por dissídio de execução deve entender-se toda controvérsia trazida ao processo após 
a prolação da sentença de mérito, na fase de acertamento do título executivo judicial 
oriundo da sentença (cálculos ou artigos de liquidação, perícia, arbitramento etc.) ou na 
de expropriação forçada de bens integrantes do patrimônio do devedor (execução, 
avaliação, penhora, praças e leilões, arrematação, remição, adjudicação, embargos do 
devedor, agravo de petição etc.), bem assim às referentes à intervenção de terceiros 
(embargos do arrematante, embargos de terceiro etc.) não abrangidos pela sentença 
condenatória. 
Note-se que após a edição do novo CPC, muito se discute sobre a fim da execução de 
título judicial também na Justiça do Trabalho, por uma questão legal adotaremos a 
posição legalista da CLT, ou seja como existe definição expressa não há de se falar em 
aplicabilidade subsidiária das novas disposições do CPC 
 
Por dissídios cautelares deve entender-se toda controvérsia trazida ao processo 
cautelar, isto é, "àquela nova face da jurisdição e como um tertium genus, contendo, a 
um só tempo as funções do processo de conhecimento e de execução, e tendo por 
elemento específico a prevenção". No processo cautelar não há, propriamente, 
composição da lide, "mas outorga de uma situação provisória de segurança para os 
interesses dos litigantes". O processo cautelar visa salvaguardar a utilidade do processo 
ou a eficácia da decisão de mérito. 
 
2- JUS POSTULANDI. 
 
Jus postulandi (direito de postular) é a faculdade outorgada pela lei (CLT, arts. 791 e 
843, § 1º) à parte (reclamante ou reclamado) de exercer a sua capacidade postulatória. 
Ou seja: para propor ação na Justiça do Trabalho, ou para defender-se, a parte não 
precisa estar, necessariamente, assistida por advogado. 
 
Por conta disso, honorários de advogado só são cabíveis na Justiça do Trabalho se a 
parte estiver assistida por sindicato da categoria e se o autor (reclamante) receber, na 
data do ajuizamento da ação, menos de dois salários mínimos por mês, ou, se auferir 
mais do que isso, provar que não pode litigar sem prejuízo de seu sustento, ou de sua 
família. 
É esse o entendimento dominante no C. TST. O E. 219/TST 51. 
 
3- PARTES. 
 
Parte é todo aquele que pede ou contra quem se pede no processo. Podem ser partes 
as pessoas físicas, ou naturais, as jurídicas e as formais (espólio, massa falida, herança 
jacente e herança vacante), o condomínio, as sociedades de benemerência e todos os 
que contratarem empregados sob subordinação e onerosidade, para trabalho de 
natureza não-eventual e intuiti personae. 
 
Exceto se na condição de aprendiz, o menor de 16 anos não pode trabalhar (CF/88, art. 
7º, XXXIII). O maior de 16 anos e menor de 18 é relativamente capaz e pode celebrar 
contrato de trabalho com assistência do pai, tutor, curador ou responsável legal, pode 
assinar recibos de pagamento de salário sem qualquer assistência, mas não pode firmar 
o recibo de rescisão final. O menor entre 14 e 18 anos é, pois, assistido na Justiça do 
Trabalho. 
 
O assistente do menor não o substitui e não pode, pois, fazer acordo em nome do 
assistido. Se não houver pai, mãe ou tutor cabe à Procuradoria do Trabalho oficiar como 
assistente do menor. 
 
Os incapazes serão representados em juízo por seus representantes (CPC 2015, art. 
71). 
 
 O empregador pode ser representado por gerente ou qualquer outro preposto. Não há 
na lei exigência para que o preposto seja empregado. MAS A JURISPRUDÊNCIA 
SUMULADA DO TST EXIGE A CONDIÇÃO DE EMPREGADO. 
 
 
 
O empregado pode ser representado pelo sindicato (CLT, art. 791, § 1º). 
 
A massa falida é representada pelo síndico; o condomínio, pelo síndico ou preposto 
credenciado por ele; o espólio, por seu representante, independentemente de 
inventário. 
 
4- SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL 
 
O sindicato pode atuar na Justiça do Trabalho na condição de assistente (representante) 
ou de substituto processual. Na condição de assistente ou representante será 
necessária à juntada de mandato. 
Substituto processual, para que seja aceito no processo, nessa condição (de substituto 
processual), tem de ser, tanto quanto o substituído, titular do mesmo direito material em 
SUMULA DO TST 377. Preposto. Exigência da condição de empregado. Exceto quanto à reclamação 
de empregado doméstico, ou contra micro ou pequeno empresário, o preposto deve ser 
necessariamente empregado do reclamado. Inteligência do art. 843, § 1°, da CLT e do art. 54 da Lei 
Complementar n° 123, de 14 de dezembro de 2006. (ex-OJ n° 99 - Inserida em 30.05.1997) 
discussão, e tem de provar, no processo, que está agindo em seu nome, mas no lugar 
do substituído, para evitar que a inércia do substituído prejudique o seu (do substituído) 
direito, que é o mesmo direito dele, substituto. 
 
5- AUDIÊNCIA 
A audiência é um ato processual. Na audiência produzem-se quase todas as provas (é 
claro que a inspeção, a vistoria, a perícia grafotécnica, de insalubridade ou 
periculosidade e a contábil, entre outras, realizam-se fora das audiências, mas 
repercutem nelas, e ali são apreciadas). 
 
É na audiência que o juiz entra em contato com as partes, advogados, testemunhas,. 
Nela se materializa o princípio da imediação ou imediatidade. 
 
 As audiências realizam-se, em princípio, na sede do órgão da Justiça do Trabalho; se 
houver necessidade ou conveniência, poderá ser fixado outro local, desde que 
previamente comunicado às partes, por edital (CLT, art. 814, § 1º). As audiências são 
unas e indivisíveis, mas fraciona-se se não for possível concluir num só momento a 
instrução e o julgamento. 
 
Às audiências deverão comparecer as partes e suas testemunhas, independentemente 
de seus advogados (CLT, art. 843 e 845); não há tolerância legal para atrasos, a não 
ser o de 15 minutos para o juiz (CLT, art. 815, parágrafo único). 
 
O empregador poderá se fazer substituir por gerente ou qualquer outro preposto que 
tenha conhecimento sobre os fatos (relevantes) da lide e obrigatoriamente por 
entendimento do TST repita-se deve ser empregado, em caso de doença ou de 
qualquer outro motivo relevante, devidamente comprovado, o empregado poderá se 
fazer representar por outro empregado que pertença à mesma profissão, ou pelo seu 
sindicato (a representação é apenas para impedir o arquivamento do processo e 
provocar o adiamento da sessão). 
Para a audiência as partes são intimadas por registrado postal (SEED);; se o reclamado, 
intimado, não for encontrado ou criar embaraços, será intimado por oficial de justiça ou 
por edital (mão no rito sumaríssimo). 
 
O juiz do trabalho poderá, contudo, tratando-se de comarcas contíguas (CPC, art. 230), 
fazê-la; por fim, como não há nulidade se o ato, praticado de outra forma, atingir sua 
finalidade, nada obsta a que o juiz, dentro do seu poder de diretor do processo, 
determine a citação por hora certa. 
 
O não comparecimento injustificado do reclamante à audiência impõe o arquivamento 
do processo; o não comparecimento do reclamado implica revelia e confissão quanto à 
matéria de fato. 
 
Se houver motivorelevante, o juiz poderá suspender o julgamento, designando nova 
audiência, e deixando de aplicar qualquer penalidade. 
 
Se o reclamante der causa a dois arquivamentos seguidos ficará proibido de demandar 
na Justiça do Trabalho por seis meses (CLT, art. 732). A esse hiato de suspensão 
chama-se perempção de instância. 
 
 Se a ausência do reclamante se der após a audiência inaugural, haverá confissão ficta, 
e não mais arquivamento. A confissão ficta do empregado permite ao juiz presumir a 
veracidade das alegações da defesa, da mesma forma que a confissão ficta do 
empregador permite ao juiz presumir a veracidade das alegações da inicial. A presunção 
é juris tantum (admite prova em contrário). 
 
O reclamante e seu advogado sentam-se à esquerda do juiz; o reclamado e seu 
advogado, à direita. Antes da contestação, o juiz proporá a conciliação é a primeira 
proposta obrigatória de conciliação; a 2ª, ocorrerá após as razões finais, depois de 
terminada a instrução (CLT, art. 850); não havendo acordo, será apresentada a defesa 
trabalhista é oral, feita em 20 minutos (CLT, art. 846), pelo que consta da CLT; 
inobstante, a praxe consagrou a defesa escrita iniciar-se-á a instrução, ouvindo-se o 
reclamante e o reclamado, de ofício ou a requerimento das partes, depois as 
testemunhas do autor e em seguida as do réu, o perito e os técnicos, se houver; 
dependendo da matéria alegada, e do ônus de cada parte na produção da prova, essa 
ordem poderá ser invertida pelo juiz, sem qualquer nulidade. Após o interrogatório, 
qualquer das partes poderá retirar-se, prosseguindo a instrução com seus 
representantes. 
 
Art. 844 - O não comparecimento do reclamante à audiência importa o arquivamento da 
reclamação e o não comparecimento do reclamado importa revelia, além de confissão quanto à 
matéria de fato”. Parágrafo único - Ocorrendo, entretanto, motivo relevante, poderá o presidente 
suspender o julgamento, designando nova audiência". 
A falta de proposta de conciliação torna nula a sentença; parte da jurisprudência 
entende que apenas a falta da 2ª proposta de conciliação NÃO nulifica a sentença; a 
da 1ª, SIM. 
 
 
6- HOMOLOGAÇÃO DE ACORDO 
 
Se houver acordo, lavrar-se-á termo, assinado pelo Juiz e pelos litigantes (CLT, art. 847, 
§ 1º); as partes podem conciliar-se a qualquer tempo, antes e depois do julgamento, 
tendo ou não interposto recurso. O juiz não está obrigado a homologar qualquer acordo. 
Se entender que o acordo é prejudicial a uma das partes pode deixar de homologá-lo. 
 
 
7- DEFESA TRABALHISTA 
 
Ninguém é obrigado a se defender. A defesa não é um ônus, mas uma oportunidade 
que se dá ao reclamado ou réu de contrapor-se às alegações do autor ou reclamante. 
Logo, revelia não é pena, mas uma forma de procedimento em que se presume que o 
réu ou reclamado abdicou da oportunidade de defesa que o Estado lhe outorgou. Diante 
da revelia, prossegue-se na marcha processual ignorando os atos processuais que 
deveriam ter sido praticados pelo revel e presumindo, por ficção jurídica, a veracidade 
das alegações da inicial. 
 
A confissão ficta (ficta confessio) do empregado ou do patrão, consequência da revelia 
é simples meio de prova e não impede a colheita do depoimento pessoal ou a realização 
do interrogatório da parte presente nem elimina a possibilidade de oitiva de testemunhas 
de qualquer das partes, mesmo da ausente. Mesmo diante da revelia de uma das partes 
o juiz não pode deixar de considerar os demais elementos de prova constantes dos 
autos (cartões, recibos etc.). A confissão ficta gera presunção juris tantum (admite prova 
em contrário) das alegações da parte presente à audiência. 
 
Embora na prática trabalhista geralmente o Juiz não permite a juntada da defesa pelo 
advogado da empresa presente ou a oitiva de testemunhas, nessa hipótese deverá o 
Há casos na Justiça do Trabalho em que a simples revelia não atrai confissão ficta. Quando 
se pede, por exemplo, adicionais de insalubridade ou de periculosidade, a revelia e a 
confissão do reclamado são irrelevantes, porque o art. 195, § 2º da CLT determina que a 
apuração desses adicionais se faça, exclusivamente, por meio de prova pericial, a cargo de 
médico do trabalho ou de engenheiro do trabalho. 
advogado protestar e consignar o seu protesto em ata para posterior alegação de 
cerceamento de defesa. 
 
Revelia não é pena, pois a defesa não é obrigação, mas simples consequência da falta 
de impugnação das pretensões da inicial no momento próprio. O Estado não pode 
obrigar ninguém a se defender. 
 
Deve isso sim, assegurar em pé de igualdade a qualquer um a possibilidade de defesa, 
com os mesmos prazos e o acesso às mesmas provas. 
 
 
Ao defender-se, o réu pode apenas contestar e reconvir. 
 
Contestação é a defesa direta sobre o mérito; reconvenção é uma ação do réu em face 
do autor, dentro do mesmo processo e exceção é a defesa processual, isto é, todo tipo 
de defesa que, embora não contrariando diretamente o fato afirmado na exordial, opõe-
lhe outro, ou outros, que possa(m) eliminar ou impedir o efeito normal e desejado 
daquele fato afirmado na inicial. 
Em razão do CPC de 2015 as exceções são apresentadas na forma de preliminares ao 
mérito, não mais de forma em separado, nos termos do artigo 64 que estabelece: 
 
No direito processual do trabalho só se consideram exceções às alegações de 
suspeição ou impedimento e de incompetência (CLT, art. 799). 
 
Todas as demais serão preliminares, devem ser alegadas na resposta, examinadas com 
o mérito e decididas na sentença final Ex.: coisa julgada (salvo se abranger todo o objeto 
da lide, litispendência, prescrição (exceto a actio nata), compensação e retenção (CLT, 
arts. 767 e 799, § 1º). 
 
A exceção de suspeição ou de impedimento de juiz ou classista, se não for declarada 
de ofício, deve sê-lo pela parte. Recebida, será julgada pela própria Vara em 48 horas 
contadas da arguição. Rejeitada, reabre-se à ré o prazo de resposta. Da decisão da 
vara sobre o impedimento ou suspeição não cabe recurso; é meramente interlocutória. 
 
Se a arguição de suspeição ou impedimento envolver juiz de direito investido da 
jurisdição trabalhista substituindo-se o juiz segundo a lei de organização judiciária local 
(CLT, art. 802, § 2º). 
Artigo 64 CPC A incompetência absoluta ou relativa será alegada como questão preliminar de 
contestação 
 
 
RITOS 
 
1. RITO ORDINÁRIO 
 
Estão submetidas a esse rito as ações cujo valor da causa exceda a 40 salário mínimos. 
A reclamação pode ser verbal ou escrita, admite-se a citação por edital e na fase 
instrutória pode cada parte apresentar até três testemunhas. 
 
2. RITO SUMÁRIO 
Também denominado de rito de alçada. Esse rito é regulado pela lei 5584/70 
abrangendo as causas de pequeno valor que não excedam a dois salários mínimos. 
Tem como caraterística principal : as sentenças não permitem recursos, salvo se houve 
violação a constituição federal, portanto, fica limitado as questões constitucionais. O 
número de testemunhas por parte é de três. 
 
 
3. RITO SUMARÍSSIMO 
 
O procedimento sumaríssimo foi estabelecido e incluído na CLT (arts. 852-A/852-I) pela 
Lei 9.957/00, sendo aplicável exclusivamente aos dissídios individuais com o objetivo 
de tornar o processo trabalhista mais célere. 
 
O procedimento sumaríssimo será aplicável às causas cujo valor seja superior a dois 
salário mínimos até quarenta vezes o salário mínimo vigente no momento do 
ajuizamento da demanda, conforme estabelece o art. 852-A da CLT, incluído pela 
referida lei: 
. 
São suas características principais: 
✓ Estão excluídas do procedimentosumaríssimo as demandas 
em que é parte a Administração Pública direta, autárquica e 
fundacional 
✓ O pedido deverá ser certo ou determinado e indicará o valor correspondente, sob 
pena de arquivamento 
✓ - Não se fará citação por edital,incumbindo ao autor a correta indicação do nome 
e endereço do reclamado, sob pena de arquivamento; 
✓ a apreciação da reclamação deverá ocorrer no prazo máximo de quinze 
dias do seu ajuizamento, podendo constar de pauta especial. 
✓ As demandas sujeitas a rito sumaríssimo serão instruídas e julgadas em 
audiência única, sob a direção de juiz presidente ou substituto, que poderá ser 
convocado para atuar simultaneamente com o titular. 
✓ Todas as provas serão produzidas na audiência de instrução e julgamento, ainda 
que não requeridas previamente.Interrompida a audiência, o seu 
prosseguimento e a solução do processo dar-se-ão no prazo máximo de 
trinta dias, salvo motivo relevante justificado nos autos pelo juiz da causa. 
✓ O juiz dirigirá o processo com liberdade para determinar as provas a serem 
produzidas, considerado o ônus probatório de cada litigante, podendo limitar ou 
excluir as que considerar excessivas, impertinentes ou protelatórias, bem como 
para apreciá-las e dar especial valor às regras de experiência comum ou técnica. 
✓ Na ata de audiência serão resumidamente registrados apenas os atos 
essenciais, as afirmações fundamentais das partes e as informações úteis à 
solução da causa trazidas pela prova testemunhal. 
✓ Serão decididos, de plano, todos os incidentes e exceções que possam interferir 
no prosseguimento da audiência e do processo. As demais questões serão 
decididas na sentença. 
✓ De acordo com a Consolidação, todas as provas serão produzidas na audiência 
de instrução e julgamento, ainda que não requeridas previamente. Também aqui 
prevalece o princípio da concentração dos atos processuais, em consonância 
com o objetivo de atender a celeridade processual. Sobre os documentos 
apresentados por uma das partes, manifestar-se-á imediatamente a parte 
contrária, sem interrupção da audiência, ressalvados os casos de absoluta 
impossibilidade, a critério do juiz diante do caso concreto. 
✓ No procedimento sumaríssimo, o adiamento da audiência para que a parte se 
pronuncie sobre documentos somente deve ser deferido quando for 
absolutamente impossível a sua manifestação imediata (na mesma sessão) de 
acordo com o juízo da autoridade judicial. 
✓ a prova pericial somente será produzida quando houver necessidade, por força 
das circunstâncias fáticas ou por imposição legal. Neste caso, o juiz deve, desde 
logo, nomear o perito, fixar o prazo para a realização do exame técnico e entrega 
do laudo e, ainda, estabelecer o objeto da perícia. Podem as partes formular 
quesitos e indicar assistentes técnicos, para assegurar-lhes o direito de ampla 
defesa, no prazo assinado pelo juiz. 
✓ As testemunhas, até o máximo de duas para cada parte, comparecerão à 
audiência de instrução e julgamento independentemente de intimação. Só será 
deferida intimação de testemunha que, comprovadamente convidada, deixar de 
comparecer. Não comparecendo a testemunha intimada, o juiz poderá 
determinar sua imediata condução coercitiva. 
✓ Interrompida a audiência, o seu prosseguimento e a solução do processo dar-se-
ão no prazo máximo de trinta dias, salvo motivo relevante justificado nos autos 
pelo juiz da causa. 
✓ A sentença mencionará os elementos de convicção do juízo, com resumo 
dos fatos relevantes ocorridos em audiência, dispensado o relatório. 
✓ As partes serão intimadas da sentença na própria audiência em que 
prolatada. Contudo, as partes serão intimadas da sentença através de nova 
intimação nos seguintes casos: revelia da parte reclamada (parte final do art. 852, 
da CLT); se a ata de audiência de julgamento não for juntada no prazo de 48 
horas (art. 851, § 2º, da CLT); ou se a parte não estiver presente na data de 
encerramento da instrução, quando for designada a publicação da sentença.No 
tocante a esta matéria, o art. 895, §1º, da Consolidação, cuida da interposição 
de recurso ordinário no rito sumaríssimo e assim dispõe: 
✓ Nas reclamações sujeitas ao procedimento sumaríssimo, o recurso 
ordinário: será imediatamente distribuído, uma vez recebido no Tribunal, 
devendo o relator liberá-lo no prazo máximo de dez dias, e a Secretaria do 
Tribunal ou Turma colocá-lo imediatamente em pauta para julgamento, sem 
revisor;terá parecer oral do representante do Ministério Público presente à 
sessão de julgamento, se este entender necessário o parecer, com registro na 
certidão; terá acórdão consistente unicamente na certidão de julgamento, com a 
indicação suficiente do processo e parte dispositiva, e das razões de decidir do 
voto prevalente. Se a sentença for confirmada pelos próprios fundamentos, a 
certidão de julgamento, registrando tal circunstância, servirá de acórdão. Os 
Tribunais Regionais, divididos em Turmas, poderão designar Turma para o 
julgamento dos recursos ordinários interpostos das sentenças prolatadas nas 
demandas sujeitas ao procedimento sumaríssimo. 
✓ Quanto ao cabimento do recurso de revista no procedimento sumaríssimo, é 
certo que o referido recurso somente será admitido quando a decisão recorrida 
for contrária à súmula de jurisprudência uniforme do Tribunal Superior do 
Trabalho e violação direta da Constituição Federal, conforme estabelece o 
art. 896, § 9º consolidado: somente será admitido recurso de revista por 
contrariedade a súmula de jurisprudência uniforme do Tribunal Superior do 
Trabalho, Súmula Vinculante do STF e violação direta da Constituição da 
República. 
 
 
SISTEMA DE PROVAS . 
 
1- CONCEITO : Para Manoel Antonio Teixeira Filho, a prova no sentido 
amplo, ou seja, o vocábulo prova (originário do latim proba, de probare = 
demonstrar), significa tudo que demonstra a veracidade de uma proposição ou a 
realidade de um fato, sem, no entanto, esquecermos, ainda, dos sentidos de 
indício, sinal, ensaio, experiência, que ele também sugere. 
 
“Art. 5º, CF/88. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, 
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do 
direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos 
seguintes: (...) LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido 
processo legal; LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos 
acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e 
recursos a ela inerentes;” “ Todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, 
ainda que não especificados neste Código, são hábeis para provar a verdade dos fatos, 
em que se funda a ação ou a defesa.” 
 
OBJETO DA PROVA 
 
O objeto da prova são os fatos narrados pelo autor, pelo réu ou por terceiros, que na 
técnica processual se referem aos acontecimentos jurídicos (fatos jurídicos naturais), 
ou atos jurídicos ou ilícitos (fatos jurídicos voluntários), originadores do conflito 
intersubjetivo de interesses. 
 
SISTEMA DE APRECIAÇÃO DAS PROVAS 
 
 Livre convencimento: O juiz não precisa fundamentar suas decisões. 3. Livre 
convencimento motivado (ou persuasão racional) Liberdade para formação do 
convencimento, mas deve ser fundamentado nas provas dos autos 
 
ÔNUS DA PROVA 
 
 
 “Art. 818, CLT. A prova das alegações incumbe à parte que as fizer.” 
 
Por aplicação subsidiária do CPC em razão da singeleza do artigo 818 da CLT O ônus 
da prova incumbe: I - ao autor, quanto ao fato constitutivo do seu direito; II - ao réu, 
quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ouextintivo do direito do autor. 
Parágrafo único. É nula a convenção que distribui de maneira diversa o ônus da prova 
quando: I - recair sobre direito indisponível da parte; II - tornar excessivamente difícil a 
uma parte o exercício do direito.” 
 
 Negar o fato constitutivo não inverte o ônus. Para tanto, o réu deve aceitar (ainda que 
parcialmente) os fatos do autor e suscitar outro subsequente que anule ou altere as 
consequências jurídicas. 
 
MEIOS DE PROVAS 
 
1. Depoimento pessoal 
2. Exibição de documento ou coisa 
3. Prova documental 
4. Prova testemunhal IMPORTANTE Contradita – ex-empregados podem ser 
testemunhas? Súmula 357 do TST. Informante. Valoração menor, mas subjetiva. 
5. Prova pericial – IMPORTANTE . Custo. Art. 790-B da CLT. 
6. Inspeção judicial – Arts. 440-443 do CPC 
 
PRINCÍPIOS 
 
Contraditório e ampla defesa : As partes podem se manifestar reciprocamente sobre 
as provas produzidas e utilizar os meios admitidos por lei. 
Necessidade da prova: Os fatos, em regra, precisam ser provados. 
Unicidade da prova: Análise dentro do conjunto probatório, não isoladamente. 
Proibição da prova ilícita: Somente provas obtidas por meios lícitos. 
Livre convencimento motivado: Livre apreciação, mas o convencimento tem que ser 
fundamentado. 6. Imediação: A prova é do Juízo (produzida perante o juiz). In dubio 
pro misero : muito relativo, não pode ser confundido com distribuição do ônus da 
prova 
 
PRESUNÇÕES 
 
Processo racional dedutivo por meio do qual um fato infere-se com razoável 
probabilidade da existência de outro. 
 
o Presunções relativas (iuris tantum). Dispensa da prova do fato relevante 
para julgamento, mas admite prova em contrário. Exemplos: (i) Duração 
indeterminada do contrato de trabalho, (ii) jornada ordinária de trabalho, 
(iii) existência de vínculo diante da prestação de serviços, etc. 
 
✓ Presunções absolutas. Consequências jurídicas determinadas por lei a certos 
fatos. Não inverte o ônus da prova, pois não admite prova em contrário. 
Exemplos: (i) gerente da filial tem pode receber citação, (ii) validade do pedido 
de demissão de empregado estável, etc. 
 
 
III - SISTEMA RECURSAL TRABALHISTA 
 
1. Princípios 
 Diversos princípios norteiam o regime recursal no processo do trabalho. Entre eles, 
podemos destacar o princípio da unirrecorribilidade/singularidade/unidade recursal 
que determina a possibilidade de interposição de apenas um recurso contra a mesma 
decisão. 
 
 Isto é, não é possível utilizar simultaneamente diversos recursos contra a mesma 
decisão, mas apenas sucessivamente. Contudo, esse princípio não é aplicável nos 
casos de sucumbência recíproca, especificamente quando o reclamante interpõe contra 
a decisão recurso ordinário e o reclamado interpõe embargos de declaração com pedido 
de efeito modificativo. 
 
Nesse caso, se os embargos modificativos forem procedentes modificando o julgado, 
ao reclamante é facultado interpor novo recurso ordinário ou apenas aditar o recurso 
ordinário já interposto, compondo uma exceção ao princípio em tela, tendo em vista a 
apresentação de dois recursos (recursos ordinários) contra uma mesma decisão. 
 
 Outro princípio que podemos elencar é o princípio da fungibilidade que permite ao 
juiz receber um recurso equivocadamente interposto como se o correto fosse, atentando 
para o princípio da finalidade e da simplicidade que orientam o processo do trabalho. 
 
 A doutrina estabelece três condições para que esse princípio seja plenamente 
aplicável: a) deve inexistir erro grosseiro; b) deve haver dúvida aceitável quanto ao 
recurso cabível no caso concreto; c) o recurso equivocadamente interposto deve 
respeitar o prazo recursal do recurso cabível. 
 
 A Constituição Federal não determina o duplo grau de jurisdição obrigatório, mas 
garante aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral 
o contraditório e a ampla defesa, com meios e recursos a ela inerentes, conforme 
estabelece o art. 5º, LV: Art. 5º. (...) LV - aos litigantes, em processo judicial ou 
administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla 
defesa, com os meios e recursos a ela inerentes; Vale dizer, embora o sistema não 
estabeleça a obrigatoriedade, é assegurado às partes a utilização de todos os recursos 
previstos na legislação vigente. Impende destacar que das decisões proferidas nos 
dissídios de alçada ou procedimento sumário (que não ultrapassam o valor de 2 salários 
mínimos) não é cabível recurso, ressalvados os casos em que verse sobre matéria 
constitucional. Em prosseguimento, o princípio da voluntariedade determina que o 
recurso é voluntário. Diante disso, é possível afirmar que a autoridade judiciária não 
poderá conhecer de ofício matérias não alegadas em sede recursal, ressalvadas as de 
ordem pública. 
 
Outro princípio de grande relevância dentro do processo do trabalho é o da proibição da 
reformatio in pejus, que proíbe o Tribunal de proferir decisão menos favorável ao 
recorrente do que a decisão anteriormente proferida e recorrida. 
 
 O julgamento proferido pelo tribunal substituirá a sentença ou a decisão recorrida no 
que tiver sido objeto de recurso. 
 
 Os recursos trabalhistas possuem algumas peculiaridades em relação aos recursos 
dos demais ramos processuais. Vejamos: 
 
 a) Irrecorribilidade imediata das decisões interlocutórias: o art. 893, § 1º , da CLT 
determina que: Art. 893 - Das decisões são admissíveis os seguintes recursos: (...) § 1º 
- Os incidentes do processo são resolvidos pelo próprio Juízo ou Tribunal, admitindo-se 
a apreciação do merecimento das decisões interlocutórias somente em recursos da 
decisão definitiva. Em outras palavras, determina o dispositivo que as decisões 
interlocutórias não são recorríveis de imediato, sendo possível a sua apreciação apenas 
em recurso da decisão definitiva. Sobre o tema, o TST estabeleceu e revisou a matéria 
através da Súmula 214, que determina: Súmula nº. 214. Decisão interlocutória. 
Irrecorribilidade. Na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 893, § 1º, da CLT, as 
decisões interlocutórias não ensejam recurso imediato, salvo nas hipóteses de decisão: 
a) de Tribunal Regional do Trabalho contrária à Súmula ou Orientação Jurisprudencial 
do Tribunal Superior do Trabalho;b) suscetível de impugnação mediante recurso para o 
mesmo Tribunal; c) que acolhe exceção de incompetência territorial, com a remessa 
dos autos para Tribunal Regional distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, 
consoante o disposto no art. 799, § 2º, da CLT. 
 
 b)Inexigibilidade de fundamentação: também chamado de princípio da discursividade, 
a inexigibilidade de fundamentação toma como base o art. 899 da CLT que estabelece 
que os recursos deverão ser interpostos por meio de simples petição somente 
para o jus postulandi 
 
Art. 899 - Os recursos serão interpostos por simples petição e terão efeito meramente 
devolutivo, salvo as exceções previstas neste Título, permitida a execução provisória 
até a penhora. A afirmação feita acima permite a interpretação de que os recursos 
podem ser interpostos sem qualquer fundamentação ou razões recursais. No entanto, 
a fundamentação é necessária, pois assim assegura-se a ampla defesa e o 
contraditório, além de permitir que o Tribunal conheça o motivo que gerou o 
inconformismo da parte com a decisão proferida. 
 
 No âmbito trabalhista, a maioria dos recursos exige fundamentação, como, por 
exemplo, o recurso de revista e o agravo de petição. O TST estabeleceu em sua Súmula 
422 a obrigatoriedade de fundamentação dos recursos. Súmula nº. 422. Recurso. Apeloque não ataca os fundamentos da decisão recorrida. Não conhecimento. Art. 514, II, do 
CPC. Não se conhece de recurso para o TST, pela ausência do requisito de 
admissibilidade inscrito no art. 514, II, do CPC, quando as razões do recorrente não 
impugnam os fundamentos da decisão recorrida, nos termos em que fora proposta. 
 
 c)Efeito devolutivo dos recursos: o art. 899 da CLT também estabelece que os 
recursos trabalhistas serão dotados, via de regra, de efeito meramente devolutivo, 
sendo possível a execução provisória até a penhora: Art. 899 - Os recursos serão 
interpostos por simples petição e terão efeito meramente devolutivo, salvo as exceções 
previstas neste Título, permitida a execução provisória até a penhora. Obs.: as Leis 
7.701/88 (art. 9º) e 10.192/01 (art.14) admitem que o presidente do TST conceda efeito 
suspensivo ao recurso ordinário interposto em face de sentença normativa prolatada 
pelo TRT, pelo prazo improrrogável de 120 dias, contados da publicação, salvo se o 
recurso for julgado antes do término do prazo. 
 
d)Uniformidade dos prazos recursais: o art. 6º da Lei 5.584/70 determina que o prazo 
para arrazoar e contra arrazoar qualquer recurso trabalhista é de oito dias. Contudo, 
alguns recursos podem ter prazos diferenciados, como os embargos de declaração que 
serão interpostos no prazo de cinco dias, conforme determina o art. 897-A, CLT: Art. 
897-A Caberão embargos de declaração da sentença ou acórdão, no prazo de cinco 
dias, devendo seu julgamento ocorrer na primeira audiência ou sessão subseqüente a 
sua apresentação, registrado na certidão, admitido efeito modificativo da decisão nos 
casos de omissão e contradição no julgado e manifesto equívoco no exame dos 
pressupostos extrínsecos do recurso. Já para interpor e contestar recurso extraordinário 
o prazo legal é de 15 dias. O prazo para interpor agravo regimental varia de acordo com 
o regimento interno de cada Tribunal, sendo possível afirmar que os Tribunais Regionais 
do Trabalho fixaram, em regra, o prazo de cinco dias para a interposição do agravo 
regimental, enquanto que o TST fixou o prazo de 8 dias para a interposição do recurso. 
 
 e)Instância única nos dissídios de alçada: conforme já supramencionado, não será 
cabível recurso contra decisões proferidas nos dissídios de alçada ou procedimento 
sumário (aquelas que não ultrapassem o valor de dois salários mínimos), ressalvados 
os recursos que versem sobre matéria constitucional, conforme determina o art. 2º, § 4º 
da Lei 5.584/70. 
 
Os efeitos do recurso são classificados em: efeito devolutivo, suspensivo, translativo, 
substitutivo, extensivo ou regressivo. 
 
 No processo laboral, em regra, os recursos são dotados apenas de efeito devolutivo, 
que consiste na possibilidade de reexame da decisão pela autoridade superior (Tribunal, 
por exemplo). 
Com isso, torna-se possível a execução provisória, conforme determina o art. 899, 
caput, da CLT: 
Art. 899 - Os recursos serão interpostos por simples petição e terão efeito meramente 
devolutivo, salvo as exceções previstas neste Título, permitida a execução provisória 
até a penhora. 
 
Quanto ao efeito suspensivo, é possível afirmar que os processos trabalhistas em geral 
não o possuem, tendo em vista que seu objetivo consiste em impedir a execução 
provisória da sentença recorrida. 
 
 
Para ser conhecido, o recurso deve preencher alguns requisitos mínimos, compondo o 
juízo de admissibilidade.A análise do juízo de admissibilidade consiste em verificar a 
presença dos pressupostos recursais, também conhecidos como requisitos de 
admissibilidade recursal. 
 
 Em regra, com a interposição do recurso ocorre a análise de dois juízos de 
admissibilidade: juízo a quo (aquele que prolatou a sentença recorrida) e o juízo ad 
quem (aquele competente para julgar o recurso interposto). 
 
 Uma vez presentes todos os pressupostos recursais, o recurso será conhecido. 
Contudo, na ausência de apenas um requisito de admissibilidade o resultado é o não 
conhecimento do recurso interposto. Obs.: o despacho proferido pelo juízo de 
admissibilidade a quo não vincula o juízo ad quem, não havendo como se falar em coisa 
julgada ou preclusão. 
 
 Ou seja, um juízo ad quem pode conhecer de recurso não conhecido pelo juízo a quo, 
assim como o inverso é permitido. Igualmente, o despacho de admissibilidade proferido 
pelo juízo a quo não tem o condão de delimitar o campo de conhecimento do recurso 
pelo juízo ad quem, razão pela qual a autoridade julgadora do recurso poderá conhecer 
do apelo por fundamento diverso daquele admitido pela instância inferior. 
 
 Nessa esteira, é possível destacar a Súmula 285 do TST, que assim estabelece: 
Súmula nº. 285. Recurso de revista. Admissibilidade parcial pelo juiz presidente do 
Tribunal Regional do Trabalho. Efeito. O fato de o juízo primeiro de admissibilidade do 
recurso de revista entendê-lo cabível apenas quanto a parte das matérias veiculadas 
não impede a apreciação integral pela Turma do Tribunal Superior do Trabalho, sendo 
imprópria a interposição de agravo de instrumento. 
 
Interessante observar que os embargos de declaração possuem apenas um juízo de 
admissibilidade, tendo em vista que o recurso é julgado pela mesma autoridade judicial 
que proferiu a decisão objeto do apelo. 
 
Será denegado seguimento ao Recurso nas hipóteses de intempestividade, deserção, 
falta de alçada e ilegitimidade de representação, cabendo a interposição de Agravo de 
Instrumento. 
 
 
➢ Pressupostos recursais objetivos e subjetivos 
 
 Os pressupostos recursais ou requisitos de admissibilidade recursal dividem-se em 
extrínsecos (objetivos) e intrínsecos (subjetivos). 
 
Vejamos a classificação: 
➢ Pressupostos recursais objetivos 
 
 Os pressupostos objetivos podem ser classificados em: possibilidade de recorribilidade 
do ato, adequação, tempestividade, preparo e regularidade de representação.A 
admissibilidade do recurso depende do fato de ser ou não o ato recorrível. Se a decisão 
proferida não for impugnável via recurso, o recurso interposto não será conhecido em 
razão do pressuposto em tela. A adequação determina que a parte utilize o recurso 
estabelecido em lei como correto para determinada situação. 
 
Quanto ao preparo, o processo do trabalho exige que o recorrente recolha as custas e 
realize o depósito recursal ( se empresa ou empregador) , sob pena de não 
conhecimento. 
 
As custas sempre serão pagas pelo vencido após o trânsito em julgado da 
decisão. Em caso de recurso, as custas devem ser pagas, devendo ser comprovado 
seu recolhimento dentro do prazo recursal, sob pena de não conhecimento do apelo por 
deserção. Assim determina o art. 789, §1º da CLT: 
 
 O reclamante empregado que ajuizar demanda trabalhista somente será 
responsável pelo pagamento das custas judiciais se o processo for extinto sem 
resolução de mérito ou se o pedido for julgado totalmente improcedente, na 
hipótese de não ser o obreiro beneficiário da justiça gratuita. 
 
 Se, eventualmente, for firmado acordo judicial e de outra forma não tiver sido 
convencionado, o pagamento das custas será feito pelos litigantes em partes iguais (art. 
789, §3º). 
 
 Por sua vez, o art. 789 da CLT estabelece que o valor das custas incidirá à base de 2% 
do valor estabelecido na condenação. 
 
 Por sua vez, o art. 790-A da CLT determina que são isentos de custas a União, os 
Estados, o DF, os Municípios e suas respectivas autarquias e fundações públicas que 
não explorem atividade econômica, possuindo a mesma prerrogativa o Ministério 
Público do Trabalho. Contudo, a referida isenção não se aplica às entidades 
fiscalizadorasdo exercício profissional, nem exime as pessoas jurídicas acima referidas 
da obrigação de reembolsar as despesas judiciais realizadas pela parte vencedora. 
 
 Obs.: O Tribunal Superior do Trabalho estabeleceu na Instrução Normativa 27/2005 
que as ações ajuizadas perante a Justiça do Trabalho, sejam derivadas da relação de 
emprego ou da relação de trabalho em sentido amplo, obedecerão quanto às custas, os 
dispositivos legais previstos na CLT. 
 
Estabelece ainda a Instrução Normativa 27/2005 que, salvo nas lides decorrentes da 
relação de emprego, é aplicável o princípio da sucumbência recíproca, relativamente às 
custas. Portanto, às lides que envolvam relação de trabalho distintas da relação de 
emprego, aplica-se o art. 21 do CPC que assim estabelece: Art. 21. Se cada litigante for 
em parte vencedor e vencido, serão recíproca e proporcionalmente distribuídos e 
compensados entre eles os honorários e as despesas. Parágrafo único. Se um litigante 
decair de parte mínima do pedido, o outro responderá, por inteiro, pelas despesas e 
honorários. Por fim, o art. 789-A da CLT dispõe que no processo de execução são 
devidas custas, que sempre serão de responsabilidade do executado e pagas ao final, 
em conformidade com a tabela exposta no decorrer dos incisos do artigo: Art. 789-A. 
 
No processo de execução são devidas custas, sempre de responsabilidade do 
executado e pagas ao final. 
 
O depósito recursal tem por objetivo garantir o juízo para o 
pagamento de futura execução a ser movida pelo reclamante. 
 
 Diante disso, ainda que parcialmente vencida a empresa, por exemplo, 
é necessário que ela efetue o depósito recursal, garantindo dessa maneira o juízo. 
 
O empregado, contudo, é dispensado do depósito recursal. Com isso, é possível afirmar 
que o recolhimento do depósito recursal somente será obrigatório em relação ao 
empregador que, vencido em sede de reclamação trabalhista, opte por recorrer da 
decisão proferida. Por meio da já referida Instrução Normativa 27/2005, que dispõe 
sobre normas procedimentais aplicáveis ao processo do trabalho em decorrência da 
ampliação da competência da Justiça do Trabalho, determina o TST que o depósito 
recursal estabelecido no art. 899 da CLT é sempre exigível como requisito extrínseco 
do recurso, quando houver condenação em dinheiro. 
 
Nas ações que envolvam relação de trabalho distinta da relação de emprego, 
portanto, em caso de eventual condenação em dinheiro, será necessário que o 
recorrente (empregador somente ) realize o depósito recursal, sob pena de não 
conhecimento do recurso. Nessa esteira, o art. 899, §1º da CLT determina que: 
 
 
 Obs.: as pessoas jurídicas de direito público e o Ministério Público não são obrigados 
a efetuar depósito recursal. Contudo, as empresas públicas e sociedades de economia 
mista são obrigadas a recolher o respectivo depósito. De acordo com a Lei, a 
comprovação do depósito recursal deve ser feita dentro do prazo para a interposição do 
recurso, sob pena deste ser considerado deserto, conforme estabelece o art. 7º, Lei 
5.584/70: Art. 7º. A comprovação do depósito da condenação (CLT, art. 899, §§ 1º a 5º) 
terá que ser feita dentro do prazo para a interposição do recurso, sob pena de ser este 
considerado deserto. Nessa esteira, a Súmula 245 do TST determina que: Súmula nº. 
245. Depósito recursal. Prazo. O depósito recursal deve ser feito e comprovado no prazo 
alusivo ao recurso. A interposição antecipada deste não prejudica a dilação legal. 
 
 A Súmula 128, III, do TST, estabelece que em caso de condenação solidária de duas 
ou mais empresas, o depósito recursal realizado por uma delas aproveita as demais, 
desde que a empresa que o realizou não pleiteie exclusão da lide: 
 
 Como já estabelecido na Súmula 86 do TST, a massa falida não está sujeita ao 
pagamento de custas nem ao depósito recursal, o que é obrigatório para as empresas 
em fase de liquidação extrajudicial, de acordo com a mesma Súmula: Súmula nº. 86. 
 
 
 Outro pressuposto recursal objetivo consiste na regularidade da representação, o 
qual estabelece que o recurso deva ser subscrito pela própria parte (em razão do jus 
postulandi) ou por advogado com procuração nos autos ou detentor de mandato tácito 
(aquele que mesmo sem procuração realizou diversos atos processuais, representando 
a parte judicialmente), sob pena de não conhecimento do recurso por conta da 
irregularidade de representação. Sobre o tema, destaca-se a Orientação Jurisprudencial 
nº. 120 da SDI-I/TST, que determina: OJ nº. 120. Recurso. Assinatura da petição ou das 
razoes recursais. Validade. O recurso sem assinatura será tido por inexistente. Será 
considerado válido o apelo assinado, ao menos, na petição de apresentação ou nas 
razões recursais. • Pressupostos recursais subjetivos 
 
 Os requisitos subjetivos dos recursos são: legitimidade das partes, capacidade e 
interesse. 
 Quanto à capacidade, é necessário que a parte interessada demonstre que é 
plenamente capaz de praticar o ato processual. 
 
Quanto ao interesse, a parte recorrente deve demonstrar que seu recurso é útil e 
necessário, sob pena de não conhecimento. Dessa maneira, a parte que recorre de uma 
decisão que lhe foi plenamente favorável não possui interesse no recurso, pois em nada 
lhe será útil. 
 
 
 MODALIDADES RECURSAIS TRABALHISTAS 
 
 1- Recurso Ordinário: é o recurso contra sentença definitiva da instância a quo para 
a instância ad quem e tem previsão legal no art. 895 da CLT, que assim dispõe: 
 
Art. 895 - Cabe recurso ordinário para a instância superior:a) das decisões 
definitivas das Juntas e Juízos, no prazo de 08 ( oito; b) das decisões definitivas 
dos Tribunais Regionais, em processos de sua competência originária, no prazo 
de 08 ( oito dias) , quer nos dissídios individuais, quer nos dissídios coletivos. 
 
 O recurso ordinário, portanto, pode ser interposto contra sentenças definitivas ou 
terminativas proferidas pela Vara Trabalhista ou pelo juiz de direito que atue no exercício 
da função trabalhista. Também será cabível contra as decisões definitivas proferidas 
pelos TRT’s em processo de sua competência originária, como mandado de segurança 
e ação rescisória, independentemente de ser proferida em dissídios individuais ou 
coletivos. 
 
 O prazo para interposição será de oito dias da intimação da 
sentença, As pessoas jurídicas de direito público têm prazo em 
dobro para recorrer, mas não para apresentar contrarrazões. 
 
 
 Com isso, indeferida a petição inicial e, consequentemente, extinto o processo sem 
resolução de mérito por faltar alguma das condições da ação ou dos pressupostos de 
constituição e desenvolvimento do processo, somente resta ao prejudicado a 
possibilidade de interpor recurso ordinário, por conta da sentença terminativa proferida. 
 
 O mesmo efeito ocorre quando a demanda trabalhista é arquivada em razão da 
ausência do reclamante à audiência. Outra situação se configura quando o magistrado 
acolhe a exceção de incompetência territorial e determina a remessa imediata dos autos 
à Vara Trabalhista submetida à jurisdição de outro Tribunal Regional do Trabalho, 
conforme bem esclarece a Súmula 214 do TST: 
 
Sumula nº. 214. Decisão interlocutória. Irrecorribilidade. Na Justiça do 
Trabalho, nos termos do art. 893, § 1º, da CLT, as decisões 
interlocutórias não ensejam recurso imediato, salvo nas hipóteses de 
decisão: a) de Tribunal Regional do Trabalho contrária à Súmula ou 
Orientação Jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho;b) 
suscetível de impugnação mediante recurso para o mesmo Tribunal; c) que acolhe 
exceção de incompetência territorial, com a remessa dos

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