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Resumo Diabetes Mellitus tipo 1 e tipo 2

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- Doença renal terminal (DRT)
- amputações de MMII
- cegueira (retinopatia diabética)
- doenças cardiovasculares
- cetoacidose metabólica
CARACTERIZAÇÃO DM1 E DM2
DM 1 - Resulta de interações de fatores genéticos, ambientais e imunes que acabam acarretando a destruição auto-imune das cél. beta e asssim como um deficiência de insulina. 
possui como características principais a necessidade diárias de insulina no trabamento, controle metabólico lábil, grande oscilação da glicemia e grance tendência a desenvolver cetoacidose (devido ao uso de AC como fonte de energia) e coma. 
Na clínica, DM1 possui duas divisões quanto à origem: tipo 1 imunomediado e tipo 1 idiopático. O tipo 1 imunomediado se apresenta no início da doença onde infiltrado de linfócitos T nas ilhotas pancreáticas. Na transcrição do complexo MHC (complexo transcrito por genes do cromossomo 6 humano, capaz de transcrever moléculas que reconhecem peptídeos antígenos e apresentar para linfócitos T auxiliares e participar da resposta imune), ocorre alterações nele e eles acabam alterando a afinidade que possuem se tornando do tipo MHC self (autoimune), produzindo, então, anticorpos antiilhotas, antiinsulina e de outros componentes importantes para a produção e atividade da insulina no sistema. O tipo 1 idiotápático tem etiologia desconhecida.
O processo autoimune pode ser desencadeado por processos infecciosos ou ambiental e ser sustentado por uma única molécula, então a massa cél. beta começa a diminuir variando de ritmo de indivíduo para indivíduo, diminuindo a secreção de insulina e levando ao quadro clínico. FISIOPATOLOGIA DA DM1: com exceção das cél. beta, outras cél. das ilhotas pancreáticas como a alfa, a delta e a PP (produtoras de polipeptídeo pancreático) não são atingidas na destruição autoimune. Primeiro ocorre um filtrado de linfócitos gerando uma inflamação chamada insulinite, aí depois a insulinite enfraquece, a cél. beta se tornam atrofiadas e os marcadores imunológicos somem da região como autoanticorpos para cél. insulinar, linfócitos ativados nas ilhotas e nas regiões adijacentes, liberação de citocinas da insulite como TNF-a, interferon gama e interleucina 1. A apoptose das cél. beta é feita por mecanismos não mt esclarecidos mas acredita-se que seja por metab. do NO e citoxicidade direta da cél. T CD8. Existe um grupo de autoanticorpos contra as cél. das ilhotas com a sigla ICA, funciona como marcador do processo autoimune da DM 1 e em indivíduos que podem vir a desenvolver a DM 1 
DM2 - grupo heterogênio de distúrbios caracterizados por graus variáveis de resistência à insulina, menor secreção de insulina. É precedido por por período de homeostasia anormal da glicose conhecido como glicose em jejum alterada (GJA) ou tolerância diminuida à glicose (TDG). forte associação com pré-disposição familiar, estilo de vida e fatores ambientais. Carcteriza-se pela resistência à ação da insulina e depois se desenvolve uma deficiência na produção da insulina ao longo do tempo, resultando no aumento da produção hepática da glicose. Sua etiologia pode variar desde a resistência à insulina com deficiência relativa de insulina até um defeito secretório da insulina com resistência à insulina. 
A resistência a insulina nos tecidos musculares que predispõe à DM2 pode ser de influência genética mas o loci gênico específico para prevenção da diabetes não é conhecido, mas alguns genes q estão relacionados à tolerância à glicose, função e desenvolvimento das ilhotas e secreção de insulina. FISIOPATOLOGIA DA DM2: no início da doença, a tolerância a glicose se mantém equilibrada pq as ilhotas acabam produzindo mais insulina para compensar esse início de intolerância. Quando aumenta a resistência a insulina e a produção da insulina pelas ilhotas aumenta demais, as próprias ilhotas não conseguem manter esse estado de alta produção de insulina e instala-se o estados de TDG (tolerância diminuída à glicose), caracterizada por elevações da glicose no sangue pós-prandial. A resistência à insulina prejudica a utilização da glicose por tecidos que usam a insulina para usar a glicose e isso acaba levando a produção hepática de glicose e ambos os efeitos levam a hiperglicemia, a hiperglicemia pós prandial vem da glicose que o a insulina não consegue atuar pra levar pra dentro das células e a glicose de jejum vem da produção hepática de glicose. A hiperinsulinemia da DM2 causa diminui nos niveis de receptor de insulina e atividade da tirosinoquinase (que faz a autofosforilação desse receptor e ativa a cascata de sinalização pra atuação da insulina na célula) no m. esquelético. GLUT 4 é o transportador da glicose NOS TECIDOS DO CORPO e não no pâncreas, no pâncreas, é GLUT 1. A obesidade faz parte do processo patogênico, pq os adipócitos liberam adipocinas que aumentam a resistência à insulina no músculo esquelético e no fígado, como AC livres não esterificados, leptina, TNF-alfa, adiponectina (diminuída) etc. Por ex, AC diminui absorção de glicose pelo m. esquelético, consequentemente, aumentam a produção hepática de glicose e afetam a função das cel. beta pancreáticas. A adiponectina é um peptídeo sensibilizado da insulina e em obesos, a produção dela é diminuína e isso aumenta a resistência à insulina no fígado. Além disso, adipócitos frequentemente promovem inflamações além do normal nos obesos. 
NA DM2 inicialmente ocorre a resistência a insulina e ocorre depois o aumento da produção dessa insulina, ai afeta o efeito secretório da insulina estimulada pela glicose pq outros secretagogos diferentes de glicose como aginina não são afetados. Aumenta-se a secreção da proinsulina na DM2 que é justamente o estágio após o comprometimento da secreção da insulina normal, é com se o pâncreas desesperasse e liberasse insulina imatura então.
Como a insulina é capaz de suprimir a gliconeogênese pq é um hormônio anabolizante de ARMAZENAMENTO de energia, e a gliconeogênese é coisa do glucagon, como na DM2 vc tem resistência à insulina, a gliconeogênese fica impedida de ser suprimida e aí a glicose vai sendo produzida no fígado promovendo uma hiperglicemia de jejum. Além disso, a resistência à insulina pelos adipócitos aumenta a quantidade de AC livres liberados por ele, esses AC vão pro fígado e são metabolizados para se produzirem lipoprotepinas VLDL de maneira exagerada, provocando esteatose hepática.
A resistência a insulina pode ser elucidada por fatores desconhecidos ou por alteração no receptor da insulina provocada por auto-anti-corpos, podem causam hiperandrogenismo em mulheres e SOPC.
Existem evidências adicionais para uma base genética que apareceram recentemente, foram identificados +12 locs de suscetibilidade chamados genes "diabetogênicos". 
CRITÉRIOS PARA DIAGNÓSTICO DA DIABETES MELLITUS:
1 - TOTG (teste oral de tolerância à glicose) feito e após duas horas, a glicose plasmática em jejum deve ser menor do que 7mmol\L
2 - sintomas de diabete com [ ] de glicose saguínea maior que 11,1 mmol\L
FATORES DE RISCO PARA DM2 (pesquisar):
- história familiar
- obesidade
- sedentarismo
- previamente identificado como tolerância diminuída à glicose (TDG) ou glicose de jejum alterado (GJA)
- história de diabetes gestacional
- HA
- níveis de HDL diminuídos
- SOP (síndrome do ovário policístico)
- doença cardiovascular
BIOSSÍNTESE\SECREÇÃO E AÇÃO DA INSULINA:
a insulina, produzida nas cel. beta pancreáticas, inicialmente vira pré-proinsulina, depois passa por um processo proteolítico e perde um peptídeo dando origem à proinsulina que se unem fracamente com reeceptores de insulina, depois quebram-se mais fragmentos internos dando origem à insulina madura e ao peptídeo C, ambos são vesiculados e secretados juntos por grânulos. O peptídeo C ajuda a identificar as origens endógena e exógena da insulina na avaliação da hipoglicemia. Sua secreção é controlada principalmente pela glicose mas NT, aminoácidos, cetonas, peptídeos gastrintestinais como GIP. Na secreção controlada pela glicose, ela entra nas cél. beta
por um transportador GLUT1 que facilita a entrada dela e a liberação de insulina acontece até ser limitada por uma proteína glicoquinase que fosforila a glicose, virando glicose-6-fosfato que entra para a via glicolítica e gerará ATP necessário para inibir um canal de K+, promovendo uma despolarização na cél. beta capaz de abrir canais de ca+2 e promover a entrada de ca+2 e consequentemente a liberação de insulina que vai pra circulação venosa portal, 50% é removida e degrada pelo fígado e o resto vai pra circulação sistêmica. A insulina na sua célula alvo se liga ao receptor que vai atrair uma tirosina quinase capaz de fazer o receptor se autofosforilar e ativar várias cascatas de sinalização celular que promovem as alterações metabólicas e mitogênicas nas células promovidas pela ação da insulina como a síntese de glicogênio, a captação de glicose pelo m. esquelético e pela gordura, síntese de proteína, lipogênese etc.. A insulina é um hormônio anábolico por promever esse armazenamento de energia. Junto com glucagon, estimulos neurais, sinais metabólicos e outros hormônios, é feito um equilíbrio na produção hepática da glicose (por meio da ação do glucagon produzindo glicogenólise e gliconeogênese) e a captação e a utilização periférica da glicose. No período pós-prandial a carga de insulina aumenta e essas vias de produção hepática de glicose são encerradas, e a insulina pode atuar principalmente entregando glicose nos músculos. O cérebro utiliza glicose que independe da insulina.

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