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Aula 00 Português p/ TRE-SE (Analista e Técnico) Professor: Rafaela Freitas 00000000000 - DEMO Língua Portuguesa p/ TRE-SE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 79 AULA 00 INTELECÇÃO DE TEXTOS REDAÇÃO (CONFRONTO E RECONHECIMENTO DE FRASES CORRETAS E INCORRETAS) SUMÁRIO APRESENTAÇÃO......................................................................................1 CRONOGRAMA E OBJETIVO DO CURSO......................................................1 1. INTELECÇÃO (INTERPRETAÇÃO) TEXTUAL..............................................4 2. TEXTO LITERÁRIO E NÃO LITERÁRIO.....................................................7 QUESTÕES COMENTADAS BLOCO I..........................................................11 3. COERÊNCIA E COESÃO TEXTUAIS........................................................32 4. A REMISSÃO.....................................................................................33 5. AMBIGUIDADE..................................................................................34 QUESTÕES COMENTADAS BLOCO II........................................................36 LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA......................................52 GABARITOS..........................................................................................79 APRESENTAÇÃO Olá, caros alunos do Estratégia Concursos! É com muita satisfação que começaremos com esta aula o curso que irá prepará-lo para o concurso do Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe!! Já estamos com edital aberto, isso quer dizer que não podemos mais perder tempo! É hora de estudar pra valer! Minha função aqui é ajudá-lo da melhor maneira possível a alcançar o seu objetivo, pois o seu sucesso é também o meu! Para que me conheça, falarei brevemente sobre mim: meu nome é Rafaela Freitas, sou graduada em Letras pela Universidade Federal de Juiz de Fora, onde resido, e pós-graduada em Ensino de Língua 00000000000 00000000000 - DEMO Língua Portuguesa p/ TRE-SE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 79 Portuguesa, pela mesma instituição (UFJF). Desde que me formei, em 2008, tenho trabalhado com a preparação dos alunos para os mais diversos concursos públicos, em cursos presenciais, no que tenho colocado ênfase em minha carreira, embora também trabalhe com turmas preparatórias para vestibulares. Sou uma apaixonada pela nossa língua mãe e por ensiná-la! Tenham a certeza de que o português, já neste curso, não será um problema, mas sim a solução! Você sabe muito mais dessa língua do que imagina! Confie em mim e principalmente em seu potencial! OBJETIVO E CRONOGRAMA DO CURSO O presente curso será 100% focado no edital aberto para todos os cargos e áreas do TRE/SE. O certame será organizado pelo Fundação Carlos Chagas (FCC), banca tradicionalíssima em tribunais! A prova objetiva será dia 01/11/2015. Temos pouco tempo para estudar, mas garanto que este curso será de qualidade e completo. Vou abordar TODOS os tópicos do edital vigente e comentarei várias questões da banca FCC focando na maneira como os conteúdos são cobrados por ela em certames de tribunais principalmente. Alunos que estão começando a se preparar encontrarão aqui todos os ³PDFHWHV´�H�GLFDV�GH�TXH�SUHFLVDP�SDUD�XP�HVWXGR�REMHWLYR��2V�FRQFXUVHLURV� já experientes terão com o curso uma fonte de revisão para se aprimorarem e se atualizarem bastante na Língua Portuguesa. Todos sairão ganhando! Para que o curso seja completo e satisfatório, proponho que seja dividido em 8 (oito) aulas: CRONOGRAMA AULA MATÉRIA LIBERAÇÃO 00000000000 00000000000 - DEMO Língua Portuguesa p/ TRE-SE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 79 0 Redação (confronto e reconhecimento de frases corretas e incorretas). Intelecção de texto. 26/08/2015 1 Ortografia oficial. Acentuação gráfica. 01/09/2015 2 Flexão nominal e verbal. Emprego de tempos e modos verbais. Vozes do verbo. 08/09/2015 3 Pronomes: emprego, formas de tratamento e colocação. Advérbio 15/09/2015 4 Concordância nominal e verbal. 25/09/2015 5 Regência nominal e verbal. Crase. 02/10/2015 6 Sintaxe: Análise do período simples e do período composto. 09/10/2015 7 8 Pontuação. Revisão Geral FCC 21/10/2015 26/10/2015 Desde já, coloco-me à disposição para qualquer dúvida ou esclarecimento, pelo e-mail: professorararaelafreitas@gmail.com ou ainda pelo fórum de dúvidas. Confie em você e busque o melhor para a sua vida! Agora é rumo ao sucesso!!! Vamos iniciar a primeira aula do curso! Venha comigo!!! 00000000000 00000000000 - DEMO Língua Portuguesa p/ TRE-SE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 79 1. INTELECÇÃO (INTERPRETAÇÃO) TEXTUAL ³(YLGHQWHPHQWH�� WXGR� SRGH� VHU� YLVWR� QRV� WH[WRV�� Oi� p� TXH� WRGR� WLSR� GH� fenômeno acontece.´ (ANTUNES, 2007, p. 139) Ler o mundo através dos mais diversos textos com os quais nos deparamos em nosso cotidiano é uma tarefa no mínimo reveladora! Caros, alunos, o conteúdo desta aula é de suma importância para o desenvolvimento de toda a prova do certame do qual vocês irão participar. Digo toda a prova, pois a interpretação não está presente apenas na prova de Língua Portuguesa, é preciso interpretar em todas as outras disciplinas! São textos e enunciados que trazem informações implícitas e explícitas que precisam ser compreendidas para que você, concurseiro, atinja o seu objetivo maior que é a aprovação. Diante disso, devo dizer aquilo que talvez você já saiba: A leitura é o meio mais eficaz para chegarmos ao conhecimento, portanto, precisamos aprender a ler! A leitura precisa se tornar um hábito na vida de um concurseiro. Um candidato ³antenado´ com os acontecimentos atuais, conhecedor de textos literários, entendedor de charges e textos de humor chegará ao sucesso com mais facilidade (ou menos dificuldade, rsrs) do que aquele que lê pouco ou nada. E digo ler de verdade! Não passar os olhos! Ler é dar sentido à vida e ao mundo, é dominar a riqueza de qualquer texto, seja literário, narrativo, instrucional, jornalístico, persuasivo, possibilidades que se misturam e se tornam infinitas. A dificuldade na compreensão e interpretação de textos deve-se a falta do hábito da leitura. Sim! Então, desenvolva o hábito da leitura. Que tal 00000000000 00000000000 - DEMO Língua Portuguesa p/ TRE-SE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 79 estabelecer agora uma meta de ler, pelo menos, um livro por mês? Leia o que você mais gosta! Não importa o gênero. Crie o hábito da leitura e o gosto por ela. Quando passamos a gostar de algo, compreendemos melhor seu funcionamento. Nesse caso, as palavras tornam-sefamiliares a nós mesmos. Não se deixe levar pela falsa impressão de que ler não faz diferença. Estudar interpretação textual para fazer uma prova de concurso público é extremamente importante! Boa parte da prova de português, com certeza, será com questões de interpretação. Qual é a melhor maneira de estudar interpretação textual? Fazendo muitas questões da banca examinadora em TXHVWmR�� GH� SURYDV� DQWHULRUHV�� $VVLP� YRFr� LUi� FRQKHFHU� H� ILFDU� ³IHUD´� QD� maneira como ela cobra o conhecimento dos textos em questões. Vamos praticar bastante nesta aula! A maioria dos alunos acha interpretar muito difícil, então vou organizar esta parte da matéria em DICAS para organizar o seu estudo! Não quero que você perca pontinhos preciosos!! Algumas dicas para a interpretação: 1) Não se assuste com o tamanho do texto. JAMAIS! Você irá vencê- lo. 2) Ler todo o texto pelo menos DUAS vezes é o ideal, procurando ter uma visão geral do assunto principal. A primeira leitura será para você reconhecer o assunto. Podemos chamá-la de leitura informativa. Grife palavras chaves, a ideia principal de cada parágrafo. 3) Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a leitura, vá até o fim, ininterruptamente. 4) Leia o texto pelo menos duas vezes, pois a primeira impressão pode ser falsa. Já na segunda leitura, do tipo interpretativa, você deverá compreender, analisar e sintetizar as informações do texto. 00000000000 00000000000 - DEMO Língua Portuguesa p/ TRE-SE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 79 5) Antes de responder às questões, retorne ao texto para sanar as dúvidas. Na verdade, retorne ao texto SEMPRE que precisar. Isso pode parecer perda de tempo, mas não é, garante uma interpretação sem falhas! 6) Leia o texto com perspicácia (observando os detalhes), sutileza, malícia nas entrelinhas, para evitar pegadinhas. Atenção ao que se pede. 7) Às vezes, a interpretação está voltada para uma linha do texto e por isso você deve voltar ao parágrafo para localizar o trecho, pois uma frase fora do contexto pode mudar completamente de sentido! 8) Quando for resolver as questões que estarão aqui no material, no momento de estudo, seja curioso, utilize um dicionário e encontre o significado das palavras que você não conhece. 9) Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do autor. 10) Partir o texto em parágrafos ou partes pode melhorar compreensão. 11) Sinalizar cada questão no parágrafo ou parte do texto correspondente facilita muito visualmente. 12) Cuidado com os vocábulos: destoa, não, correta, incorreta, certa, errada, falsa, verdadeira, exceto, e outras; palavras que aparecem nos enunciados e que, às vezes, dificultam a entender o que está sendo solicitado. Elas te induzem ao erro! 13) Quando duas alternativas lhe parecem corretas (isso SEMPRE acontece, não é mesmo?!?!), as duas realmente estarão adequadas para a resposta! Então, procure a mais exata ou a mais completa. É comum acontecer isso! Não se deve procurar a verdade exata dentro daquela resposta, mas a opção que melhor se enquadre no sentido do texto e que responda ao enunciado. 00000000000 00000000000 - DEMO Língua Portuguesa p/ TRE-SE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 79 14) Procure estabelecer quais foram as opiniões expostas pelo autor, definindo o tema e a mensagem. O autor defende ideias e você deve percebê- las. 15) Aumente seu vocabulário e sua cultura. Além da leitura de textos, um bom exercício para ampliar seu conhecimento léxico é fazer palavras cruzadas. Faça também exercícios de palavras sinônimas e antônimas. 16) Seja leitor assíduo de jornais e revistas! Seja um concurseiro bem informado! 17) Antes de começar a leitura, procure a fonte daquele texto. Então você já terá uma dica para saber se é um texto literário ou não literário, um texto jornalístico ou não. Assim, poderá saber o que esperar daquele dele. 18) Após a leitura, pense a que Gênero textual o texto pertence (veremos isso mais adiante, ainda nesta aula). Se for uma notícia, por exemplo, vai saber que o texto deve conter um fato a ser narrado, onde aconteceu, quando e com quem, mas não deverá ter opinião do autor, por se tratar de uma fonte jornalística imparcial (pelo menos deveria ser, rs). 2. Texto literário e não literário Para que você desenvolva em sua prova uma interpretação satisfatória, é muito importante que saiba diferenciar um texto literário de um texto não literário e suas características. O que é um texto? $� SDODYUD� WH[WR� YHP� GR� ODWLP� ³WH[WXP´�� TXH� VLJQLILFD� WHFLGR�� 3RGHPRV� dizer que ele é uma unidade básica de organização e transmissão de ideias, conceitos e informações de modo geral. Pensando assim e mais amplamente, uma pintura, uma escultura, um símbolo, um sinal de trânsito, uma foto, uma propaganda, um filme, uma novela de televisão também são formas textuais. 00000000000 00000000000 - DEMO Língua Portuguesa p/ TRE-SE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 79 Para facilitar, analisamos os textos em dois grandes grupos: TEXTOS LITERÁRIOS E NÃO LITERÁRIOS. Vamos ver a diferença? TEXTO LITERÁRIO: é aquele que apresenta uma linguagem conotativa, subjetiva ou figurada, e explora os sentimentos. TEXTO NÃO LITERÁRIO: é aquele que possui uma linguagem denotativa, objetiva e real, e visa à informação. Os textos literários são aqueles que possuem função estética, destinam- se ao entretenimento, ao belo, à arte, à ficção. Mesmo que o assunto seja sério, será tratado com leveza em um texto deste tipo. No texto literário, o mais importante é a expressividade das palavras. O conteúdo, nesse caso, fica em segundo plano. O vocabulário bem selecionado transmite sensibilidade ao leitor. O texto é rico de simbologia e de beleza artística. Podemos citar como exemplo o conto, o poema, o romance, peças de teatro, novelas e crônicas. Os textos não literários possuem função utilitária, pois servem para informar, convencer, explicar, ordenar. São textos objetivos que não têm o interesse em despertar sentimentos. Quanto à linguagem, o texto não literário é objetivo, claro, conciso, e pretende informar o leitor de determinado assunto. Para isso, quanto mais simples for o vocabulário e mais objetiva for a informação, mais fácil se dará a compreensão do conteúdo. Como exemplo temos as notícias, os artigos jornalísticos, os textos didáticos, os verbetes de dicionários e enciclopédias, as propagandas publicitárias, os textos científicos, as receitas culinárias, os manuais, etc. 00000000000 00000000000 - DEMO Língua Portuguesa p/ TRE-SE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 79 Veja os dois textos a seguir: TEXTO I Descuidar do lixo é sujeira Diariamente, duas horas antes da chegada do caminhão da prefeitura, a JHUrQFLD� GH� XPD� GDV� ILOLDLV� GR� 0F'RQDOG¶V� GHSRVLWD� QD� FDOoDGD�GH]HQDV� GH� sacos plásticos recheados de papelão, isopor, restos de sanduíches. Isso acaba propiciando um lamentável banquete de mendigos. Dezenas deles vão ali revirar o material e acabam deixando os restos espalhados pelo calçadão. (Veja São Paulo, 23-29/12/92) O TEXTO I, "Descuidar do lixo é sujeira´��WUD] uma informação sobre o lixo despejado nas calçadas, o que acontece com ele antes de o caminhão do lixo passar para recolhê-lo. É um texto informativo e, portanto, não literário. TEXTO II O bicho Vi ontem um bicho Na imundície do pátio Catando comida entre os detritos. Quando achava alguma coisa, Não examinava nem cheirava: Engolia com voracidade. O bicho não era um cão, Não era um gato, Não era um rato. O bicho, meu Deus, era um homem. 00000000000 00000000000 - DEMO Língua Portuguesa p/ TRE-SE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 79 (Manuel Bandeira. Em Seleta em prosa e verso. Rio de Janeiro: J. Olympio/MEC, 1971, p.145) 2�7(;72�,,��³2�ELFKR´��p�XP�SRHPD��basta observarmos a sua forma para sabermos disso, pois é construído em versos e estrofes e apresenta uma linguagem cheia de significados, o que chamamos de plurissignificação. Cada palavra pode apresentar um sentido diferente daquele que lhe é comum. Trata-se, por tanto, de um texto literário. O esquema a seguir irá ajudá-lo a ter uma visão melhor do que foi explanado até aqui sobre texto literário e não literário. 00000000000 00000000000 - DEMO Língua Portuguesa p/ TRE-SE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 79 Questões comentadas BLOCO I Diante do futuro Que me importa o presente? No futuro é que está a existência dos verdadeiros homens. Guyau*, a quem não me canso de citar, disse em uma de suas obras estas palavras: ³3RUYHQWXUD� VHL� HX� VH� viverei amanhã, se viverei mais uma hora, se a minha mão poderá terminar esta linha que começo? A vida está por todos os lados cercada pelo Desconhecido. Todavia executo, trabalho, empreendo; e em todos os meus atos, em todos os meus pensamentos, eu pressuponho esse futuro com o qual nada me autoriza a contar. A minha atividade excede em cada minuto o instante presente, estende-se ao futuro. Eu consumo a minha energia sem recear que esse consumo seja uma perda estéril, imponho-me privações, contando que o futuro as resgatará í�e sigo o meu caminho. Essa incerteza que me comprime de todos os lados equivale para mim a uma certeza e torna possível a minha liberdade í�é o fundamento da moral especulativa com todos os riscos. O meu pensamento vai adiante dela, com a minha atividade; ele prepara o mundo, dispõe do futuro. Parece-me que sou senhor do infinito, porque o meu poder não é equivalente a nenhuma quantidade determinada; quanto mais trabalho, PDLV�HVSHUR�´ * Jean-Marie Guyau (1854-1888), filósofo e poeta francês. (PRADO, Antonio Arnoni (org.). Lima Barreto: uma autobiografia literária. São Paulo: Editora 34, 2012. p. 164) 01. (TRT-2ª ± 2014 - ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA ± FCC) Lima Barreto vale-se do texto de Guyau para defender a tese de que 00000000000 00000000000 - DEMO Língua Portuguesa p/ TRE-SE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 79 (A) as projeções do futuro só importam quando estiverem visceralmente ligadas às experiências do presente. (B) o futuro ganha plena importância quando temos a convicção de que todas as nossas ações são duradouras. (C) as ações do presente têm sua importância determinada pelo valor intrínseco de que se revestem. (D) as ações do presente ganham sentido quando projetadas e executadas com vistas ao futuro. (E) o futuro só é do nosso domínio quando nossas ações no tempo presente logram antevê-lo e iluminá-lo. Comentário: esta questão quer saber a tese do autor. Em um texto argumentativa, a tese é a opinião de quem o escreve sobre determinado assunto. No texto em questão o autor usa a citação de Guyau sobre o futuro concordando com ele. Esta é a tese: viver o presente projetando e executando ações para o futuro. GABARITO: D 02. (TRT-2ª ± 2014 - ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA ± FCC) O fato de nossa vida estar cercada pelo Desconhecido não deve implicar uma restrição aos empreendimentos humanos, já que, para Guyau, (A) a incerteza do futuro não elimina a possibilidade de tomá-lo como parâmetro dos nossos empreendimentos. (B) os nossos atos tendem a se tornar estéreis quando pautados por uma visão otimista do futuro. (C) a brevidade do tempo que temos para viver autoriza-nos a viver o presente com o máximo de intensidade. (D) o fundamento da moral especulativa está em planejar o futuro sem atentar para as circunstâncias presentes. 00000000000 00000000000 - DEMO Língua Portuguesa p/ TRE-SE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 79 (E) o trabalho estéril executado no presente acumula energias que serão desfrutadas no futuro. Comentário: O autor citado tem um otimismo latente no que se refere ao futuro. Ainda que não seja certo, o autor vive pensando nele. Vive o presente voltado para o futuro, sem pensar que a energia perdida hoje seja estéril. O fundamento especulativo é viver com a certeza do futuro, mesmo que, na verdade, seja incerto. GABARITO: A Questão de gosto A expressão parece ter sido criada para encerrar uma discussão. Quando alguém DSHOD�SDUD�D�WDO�GD�³TXHVWmR�GH�JRVWR´��p�FRPR�VH�GLVVHVVH��³FKHJD�GH� conversa, inútil GLVFXWLU´� A partir daí nenhuma polêmica parece necessária, ou mesmo possível. ³9RFr�JRVWD�GH�%HHWKoven? Eu prefiro ouvir fanfarra GH�FROpJLR�´�4XHVWmR�GH� gosto. /HYDGD� D� VpULR�� UDGLFDOL]DGD�� D� ³TXHVWmR� GH� JRVWR´� GLVSHQVD razões e argumentos, estanca o discurso crítico, desiste da reflexão, afirmando despoticamente a instância definitiva da mais rasa subjetividade. Gosto disso, e pronto, estamos conversados. Ao interlocutor, para sempre desarmado, resta engolir em seco o gosto próprio, impedido de argumentar. Afinal, gosto não se discute. Mas se tudo é questão de gosto, a vida vale a morte, o silêncio vale a palavra, a ausência vale a presença í� tudo se relativiza ao infinito. Num mundo sem valores a definir, em que tudo dependa do gosto, não há lugar para uma razão ética, uma definição de princípios, uma preocupação moral, um empenho numa análise estética. O autoritarismo do gosto, tomado em sentido absoluto, apaga as diferenças reais e proclama a servidão ao capricho. Mas há quem goste das 00000000000 00000000000 - DEMO Língua Portuguesa p/ TRE-SE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 79 fórmulas ditatoriais, em vez de enfrentar o desafio de ponderar as nossas contradições. (Emiliano Barreira, inédito)03. (TRT-2ª ± 2014 - ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA ± FCC) Definida como instância definitiva da mais rasa subjetividade, a questão de gosto opõe-se, terminantemente, (A) à atribuição de mérito à naturalidade de uma primeira impressão. (B) ao primado do capricho pessoal, ao qual tantas vezes se apela. (C) à dinâmica de argumentos criteriosos na condução de uma polêmica. (D) ao subterfúgio de que nos valemos para evitar um princípio de discussão. (E) ao princípio da recusa a qualquer fundamentação racional numa discussão. Comentário: A instância definitiva da mais rasa subjetividade é a tal questão de gosto, citada no texto, é quando as discussões deixam de acontecer, porque gosto não se discute. Dessa forma, não adianta argumentar, discutir, gosto é gosto. Isso se opõe então à dinâmica de argumentação e polêmica. GABARITO: C 04. (TRT-2ª ± 2014 - ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA ± FCC) Atente para as seguintes afirmações: I. No 1º parágrafo, a menção a Beethoven e a fanfarra de colégio ilustra bem a disposição do autor em colocar lado a lado manifestações artísticas de valor equivalente. II. No 2º parágrafo, o termo despoticamente qualifica o modo pelo qual alguns interlocutores dispõem-se a desenvolver uma polêmica. 00000000000 00000000000 - DEMO Língua Portuguesa p/ TRE-SE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 79 III. No 3º parágrafo, a expressão servidão ao capricho realça a acomodação de quem não se dispõe a enfrentar a argumentação crítica. Em relação ao texto está correto o que se afirma APENAS em (A) I. (B) I e II. (C) II. (D) II e III. (E) III. Comentário: a única alternativa correta é a III, pois, para aqueles que estão acomodados nas suas próprias opiniões, a argumentação não faz sentido. Vamos ver o que há de errado nas outras: I. No 1º parágrafo, a menção a Beethoven e a fanfarra de colégio ilustra bem a disposição do autor em colocar lado a lado manifestações artísticas de valor equivalente. ± tais manifestações artísticas são de valor opostos. II. No 2º parágrafo, o termo despoticamente qualifica o modo pelo qual alguns interlocutores dispõem-se a desenvolver uma polêmica. ± Não se desenvolve polêmica despoticamente, pois, dessa maneira, as opiniões não seriam levadas em conta. GABARITO: E 05. (TRT-2ª ± 2014 - ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA ± FCC) Ao longo do texto o autor se vale de expressões de sentido antagônico, para bem marcar a oposição entre uma razão crítica e uma mera manifestação do gosto. É o que se constata quando emprega (A) encerrar uma discussão e nenhuma polêmica. (B) engolir em seco e impedido de argumentar. (C) desafio de ponderar e estanca o discurso crítico. (D) tudo é questão de gosto e tudo se relativiza. (E) servidão ao capricho e fórmulas ditatoriais. 00000000000 00000000000 - DEMO Língua Portuguesa p/ TRE-SE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 79 Comentário: esta questão busca uma alternativa que tenha antagonismo entre as partes, ou seja, uma oposição. É o que temos na alternativa C. Nas outras, uma expressão está em conformidade com a outra. (A) encerrar uma discussão e nenhuma polêmica. Podemos dizer que encerrar, finalizar uma discussão é não dar espaço para polêmica. (B) engolir em seco e impedido de argumentar. Engolia a seco é uma expressão que significa não poder argumentar, ter que ficar calado. (C) desafio de ponderar e estanca o discurso crítico. ³(VWDQFD´� YHP� GR� YHUER� ³HVWDQFDU´� que é o mesmo que fazer cessar, extinguir, impedir ou esgotar. Dessa forma, estancar o discurso crítico é o mesmo que cessar ou impedir que as opiniões sejam expostas, ou seja, não deixar que se pondere um fato por opiniões diferentes. (D) tudo é questão de gosto e tudo se relativiza. ³4XHVWmR� GH� JRVWR´ é uma expressão que significa que tudo é relativo, depende do gosto de cada um. (E) servidão ao capricho e fórmulas ditatoriais. ³6HUYLGmR�DR�FDSULFKR´�p�ID]HU�VHUYLU�VRE�³IyUPXODV�GLWDWRULDLV´ GABARITO: C Sobre a publicação de livros Muito se tem discutido, recentemente, sobre direitos e restrições na publicação de livros. Veja-se o que dizia o filósofo Voltaire, em 1777: ³1mR�YRV� parece, senhores, que em se tratando de livros, só se deve recorrer aos tribunais e soberanos do Estado quando o Estado estiver sendo comprometido nesses livros? Quem quiser falar com todos os seus compatriotas só poderá fazê-lo por meio de livros: que os imprima, então, mas que responda por sua obra. Se ela for ruim, será desprezada; se for provocadora, terá sua réplica; se 00000000000 00000000000 - DEMO Língua Portuguesa p/ TRE-SE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 79 for criminosa, o autor será punido; se for boa, será aproveitada, mais cedo ou PDLV�WDUGH�´ (Voltaire, O preço da justiça. Trad. Ivone Castilho Benedetti. São Paulo: Martins Fontes, 2001. p. 56) 06. (TRT-2ª ± 2014 - ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA ± FCC) A posição de Voltaire está corretamente resumida na seguinte frase: (A) A publicação de livros é uma questão de Estado e somente na instância do Estado deve ser administrada. (B) Os autores de livros, soberanos para emitir suas opiniões, devem permanecer à margem das sanções dos tribunais. (C) A única consequência admissível da publicação de um livro é a reação do público leitor, a quem cabe o juízo definitivo. (D) Afora alguma razão de Estado, não se deve incriminar um autor pela divulgação de suas ideias. (E) O Estado só deve ser invocado para julgar um livro quando isso constituir manifesta exigência do público. Comentário: a opinião de Valtaire está resumida na alternativa D. Vejamos as outras: (A) A publicação de livros é uma questão de Estado e somente na instância do Estado deve ser administrada. ± A publicação de livros NÃO é uma questão de Estado. (B) Os autores de livros, soberanos para emitir suas opiniões, devem permanecer à margem das sanções dos tribunais. ± Voltaire descorda disso, ele acha que, se os autores são soberanos para emitir suas opiniões, devem responder por elas, não ficarem às margens dos tribunais. (C) A única consequência admissível da publicação de um livro é a reação do público leitor, a quem cabe o juízo definitivo. ± Voltaire não afirmou isso. 00000000000 00000000000 - DEMO Língua Portuguesa p/ TRE-SE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 79 (E) O Estado só deve ser invocado para julgar um livro quando isso constituir manifesta exigência do público. ± Voltaire não falou sobre isso. GABARITO: D Atenção: Para responder à questão a seguir, considere o texto: O MAQUINISTA empurra a manopla do acelerador. O trem cargueiro começa a avançar pelos vastos e desertos prados do Cazaquistão, deixando para trás a fronteira com a China. O trem segue mais ou menos o mesmo percurso da lendária Rota da Seda, antigo caminhoque ligava a China à Europa e era usado para o transporte de especiarias, pedras preciosas e, evidentemente, seda, até cair em desuso, seis séculos atrás. Hoje, a rota está sendo retomada para transportar uma carga igualmente preciosa: laptops e acessórios de informática fabricados na China e enviados por trem expresso para Londres, Paris, Berlim e Roma. A Rota da Seda nunca foi uma rota única, mas sim uma teia de caminhos trilhados por caravanas de camelos e cavalos a partir de 120 a.C., quando ;L DQ�í cidade do centro-oeste chinês, mais conhecida por seus guerreiros de WHUUDFRWD�í era a capital da China. As caravanas começavam cruzando os desertos do oeste da China, viajavam por cordilheiras que acompanham as fronteiras ocidentais chinesas e então percorriam as pouco povoadas estepes da Ásia Central até o mar Cáspio e além. Esses caminhos floresceram durante os primórdios da Idade Média. Mas, à medida que a navegação marítima se expandiu e que o centro político da China se deslocou para Pequim, a atividade econômica do país migrou na direção da costa. Hoje, a geografia econômica está mudando outra vez. Os custos trabalhistas nas cidades do leste da China dispararam na última década. Por isso as indústrias estão transferindo sua produção para o interior do país. 00000000000 00000000000 - DEMO Língua Portuguesa p/ TRE-SE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 79 O envio de produtos por caminhão das fábricas do interior para os portos GH�6KHQ]KHQ�RX�;DQJDL�í e de lá por navios que contornam a Índia e cruzam o FDQDO�GH�6XH]�í é algo que leva cinco semanas. O trem da Rota da Seda reduz esse tempo para três semanas. A rota marítima ainda é mais barata do que o trem, mas o custo do tempo agregado por mar é considerável. Inicialmente, a experiência foi realizada nos meses de verão, mas agora algumas empresas planejam usar o frete ferroviário no próximo inverno boreal. Para isso adotam complexas providências para proteger a carga das temperaturas que podem atingir 40°C negativos. (Adaptado de: www1.folhauol.com.br/FSP/newyorktimes/122473) 07. (TRT-19 ± 2014 - ANALISTA JUDICIÁRIO ± FCC) Depreende-se corretamente do texto: (A) A lendária Rota da Seda foi abandonada porque as caravanas de camelos e cavalos tinham dificuldade de enfrentar o frio extremo da região. (B) A expansão da navegação marítima colaborou para que, no passado, a atividade comercial da China migrasse na direção da costa. (C) O frete ferroviário deve ser substituído pelo transporte marítimo no inverno, já que a carga a ser transportada pode ser danificada pelas baixas temperaturas. (D) A partir da retomada da Rota da Seda, as fábricas chinesas voltaram a exportar quantidades significativas de especiarias. (E) A navegação chinesa se expandiu e o transporte marítimo atingiu o seu auge durante a época em que ;L¶DQ�HUD�D�FDSLWDO�GD�&KLQD� Comentário: Depreender do texto é poder afirmar algo a partir da leitura dele, por raciocínio lógico. Vamos analisar as alternativas: (A) A lendária Rota da Seda foi abandonada porque as caravanas de camelos e cavalos tinham dificuldade de enfrentar o frio extremo da região. - ERRADA. A lendário Rota da Seda foi abandonada quando a atividade 00000000000 00000000000 - DEMO Língua Portuguesa p/ TRE-SE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 79 econômica do país mudou para a costa devido às grandes navegações e ao deslocamento do centro político da China para Pequim. (C) O frete ferroviário deve ser substituído pelo transporte marítimo no inverno, já que a carga a ser transportada pode ser danificada pelas baixas temperaturas. ERRADA. Os cuidados para que as cargas não sejam danificadas pelas baixas temperaturas deverão ser tomados, mas a ideia é que, mesmo durante o inverno boreal, o transporte seja ferroviário. (D) A partir da retomada da Rota da Seda, as fábricas chinesas voltaram a exportar quantidades significativas de especiarias. ERRADA. O texto não fala nada sobre as empresas voltarem a vender especiarias. (E) A navegação chinesa se expandiu e o transporte marítimo atingiu o VHX�DXJH�GXUDQWH�D�pSRFD�HP�TXH�;L¶DQ�HUD�D�FDSLWDO�GD�&KLQD� ERRADA. O desenvolvimento e o auge do transporte marítimo levaram a capital da China para Pequim. GABARITO: B Leia o texto a seguir. Falo somente do que falo: do seco e de suas paisagens, Nordestes, debaixo de um sol ali do mais quente vinagre: que reduz tudo ao espinhaço, cresta o simplesmente folhagem, folha prolixa, folharada, onde possa esconder-se a fraude. Falo somente por quem falo: por quem existe nesses climas condicionados pelo sol, 00000000000 00000000000 - DEMO Língua Portuguesa p/ TRE-SE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 79 pelo gavião e outras rapinas: e onde estão os solos inertes de tantas condições caatinga em que só cabe cultivar o que é sinônimo da míngua Falo somente para quem falo: quem padece sono de morto e precisa um despertador acre, como o sol sobre o olho: que é quando o sol é estridente, a contrapelo, imperioso, e bate nas pálpebras como se bate numa porta a socos. �7UHFKR�GH�³*UDFLOLDQR�5DPRV´��-RmR�&DEUDO�GH�0HOR�1HWR� Melhores poemas de João Cabral de Melo Neto. SECCHIN, Antonio Carlos (Sel.), São Paulo: Global, 2013, formato ebook) 08. (TRT-19 ± 2014 - ANALISTA JUDICIÁRIO ± FCC) Considere as afirmações abaixo. I. Ao lançar mão da imagem de um despertador (terceira estrofe), o poeta visa a chamar para uma situação de miséria a atenção de um leitor indiferente. II. É expressa no poema a intenção de dar voz a pessoas submetidas a um contexto de privação. III. Depreende-se do poema que a miséria provocada pela seca se esconde nas folhas prolixas da paisagem. Está correto o que se afirma APENAS em (A) I e III. (B) II e III. (C) II. 00000000000 00000000000 - DEMO Língua Portuguesa p/ TRE-SE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 79 (D) III. (E) I e II. Comentário: trata-se de um texto literário, de um poema dividido em três estrofes. Na primeira, o eu-lírico fala de DOJR�³Falo somente do que falR´��QD� segunda ele fala por DOJXpP�³)DOR�VRPHQWH�por TXHP�IDOR´�H�QD�WHUFHLUD�HOH� fala para DOJXpP� ³)DOR� VRPHQWH� SDUD� TXHP� IDOR´�� 2� WHPD� p� D� VHFD�� D� YLGD� difícil e miserável do sertão, tema recorrente de João Cabral de Melo Neto. Depois dessa breve análise, vamos ver as assertivas: I. Ao lançar mão da imagem de um despertador (terceira estrofe), o poeta visa a chamar para uma situação de miséria a atenção de um leitor indiferente. ± CORRETO. O eu-lírico (voz do poeta) chama a atenção do leitor desatento como se ele precisasse de um despertador para acordar e ver o que se passa! II. É expressa no poema a intenção de dar voz a pessoas submetidas a um contexto de privação. - CORRETA. O eu-lírico fala pelos miseráveis, dá a voz paraaqueles que não podem se expressar III. Depreende-se do poema que a miséria provocada pela seca se esconde nas folhas prolixas da paisagem. ERRADA. A miséria provocada pela seca não se esconde, se mostra na folhagem seca, cresta e abundante. GABARITO: E As 4 questões a seguir baseiam-se no texto apresentado abaixo. Sobre a efemeridade das mídias Um congresso recente, em Veneza, dedicou-se à questão da efemeridade dos suportes de informação, desde a tábua de argila, o papiro e o pergaminho até o livro impresso e os atuais meios eletrônicos. O livro impresso, até agora, demonstrou que sobrevive bem por 500 anos, mas só quando se trata de livros 00000000000 00000000000 - DEMO Língua Portuguesa p/ TRE-SE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 79 feitos de papel de trapos. A partir de meados do século XIX, passou-se ao papel de polpa de madeira, e parece que este tem uma vida máxima de 70 anos (com efeito, basta consultar jornais ou livros dos anos de 1940 para ver como muitos se desfazem ao ser folheados). Há muito tempo se realizam estudos para salvar todos os livros que abarrotam nossas bibliotecas; uma das soluções mais adotadas é escanear todas as páginas e passá-las para um suporte eletrônico. Mas aqui surge outro problema: todos os suportes para a transmissão e a conservação de informações, da foto ao filme, do disco à memória do computador, são mais perecíveis que o livro. As velhas fitas cassetes, com pouco tempo de uso se enrolavam todas, e saíam mascadas; as fitas de vídeo perdem as cores e a definição com facilidade. Tivemos tempo suficiente para ver quanto podia durar um disco de vinil sem ficar riscado demais, mas não para verificar quanto dura um CD-ROM, que, saudado como a invenção que substituiria o livro, ameaça sair rapidamente do mercado, porque podemos acessar on-line os mesmos conteúdos por um custo menor. Sabemos que todos os suportes mecânicos, elétricos ou eletrônicos são rapidamente perecíveis, ou não sabemos quanto duram e provavelmente nunca chegaremos a saber. Basta um pico de tensão, um raio no jardim para desmagnetizar uma memória. Se houvesse um apagão bastante longo, não poderíamos usar nenhuma memória eletrônica. Os suportes modernos parecem criados mais para a difusão do que para a conservação das informações. É possível que, dentro de alguns séculos, a única forma de ler notícias sobre o passado continue sendo a consulta a um velho e bom livro. Não, não sou um conservador reacionário. Gravei em disco rígido portátil de 250 gigabytes as maiores obras primas da literatura universal. Mas estou feliz porque os livros continuam em minha biblioteca ± uma garantia para quando os instrumentos eletrônicos entrarem em pane. (Adaptado de Umberto Eco ± UOL ± Notícias ± NYT/ 26/04/2009) 00000000000 00000000000 - DEMO Língua Portuguesa p/ TRE-SE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 79 09. (TRT/16 ± 2009 - ENGENHARIA ± FCC) Analisando diferentes mídias, o autor tem sua atenção voltada, sobretudo, para (A) o grau de obsolescência dos livros antigos, mormente os centenários. (B) a conservação dos livros, que se vem revelando cada vez mais precária. (C) o conservadorismo de quem rejeita os suportes modernos de informação. (D) a preservação das informações, quaisquer que sejam seus suportes. (E) a fidedignidade das informações que circulam em suportes eletrônicos. Comentário: o autor do texto tem o objetivo de falar sobre a conservação das informações. Ele analisa a efemeridade dos meios, ou seja, o quanto eles duram pouco. O autor gosta de livros impressos, mas não dispensou guardar as maiores obras primas da literatura em um disco rígido, pois não importa o suporte, mas que as informações sejam preservadas. GABARITO: D 10. (TRT/16 ± 2009 - ENGENHARIA ± FCC) Atente para as seguintes afirmações: I. No primeiro parágrafo, afirma-se que vem sendo processada a cópia eletrônica de livros para preservar a massa de informações dos volumes que lotam nossas bibliotecas. II. No segundo parágrafo, considera-se não apenas a efemeridade dos últimos suportes de mídia, mas também aspectos éticos envolvidos na transmissão de informações on-line. III. No terceiro parágrafo, o autor sugere que informações impressas em livro estão mais seguras do que as que se veem processando em suportes mais avançados. 00000000000 00000000000 - DEMO Língua Portuguesa p/ TRE-SE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 79 Está correto o que se afirma em (A) III, apenas. (B) II e III, apenas. (C) I, II e III. (D) I e II, apenas. (E) I e III, apenas. Comentário: vejamos cada assertiva: I. No primeiro parágrafo, afirma-se que vem sendo processada a cópia eletrônica de livros para preservar a massa de informações dos volumes que lotam nossas bibliotecas. ± CORRETA. Os livros têm sido escaneados e preservados em cópia eletrônica. II. No segundo parágrafo, considera-se não apenas a efemeridade dos últimos suportes de mídia, mas também aspectos éticos envolvidos na transmissão de informações on-line. - ERRADA. Nada foi falado sobre aspectos éticos. III. No terceiro parágrafo, o autor sugere que informações impressas em livro estão mais seguras do que as que se veem processando em suportes mais avançados. - CORRETO. Segundo o autor, os livros duram mais. GABARITO: E 11. (TRT/16 ± 2009 - ENGENHARIA ± FCC) O autor nega que seja um conservador reacionário ± negativa que pode ser justificada atentando-se para o segmento (A) consulta a um velho e bom livro. (B) Gravei em disco rígido portátil. (C) mais para a difusão do que para a conservação das informações. (D) única forma de ler notícias sobre o passado. (E) os livros continuam em minha biblioteca. 00000000000 00000000000 - DEMO Língua Portuguesa p/ TRE-SE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 79 Comentário: a alternativa correta é a B. O autor justifica o fato de não ser um conservador reacionário, pois não se opõe às mudanças tecnológicas, fez inclusive cópias em disco rígido, como fica claro no segmento ³Não, não sou um conservador reacionário. Gravei em disco rígido portátil de 250 gigabytes as maiores obras primDV�GD�OLWHUDWXUD�XQLYHUVDO´. GABARITO: B 12. (TRT/16 ± 2009 - ENGENHARIA ± FCC) É correto deduzir das afirmações do texto que (A) a confiabilidade de suportes simples pode superar a dos mais complexos. (B) a limitação da mídia eletrônica revela-se na transmissão de informações. (C) já houve tempo suficiente para se precisar a durabilidade do disco rígido. (D) a obsolescência de todos os suportes de informação tem a mesma causa. (E) os livros feitos de papel de trapo não resistem mais que cinco séculos. Comentário: a questão pede que você faça uma inferência do texto, que deduza algo segundo as informações dadas. A alternativa A está correta, pois os suportes simples comoo papel podem ser mais confiáveis. Analisando o que há de errado nas outras: B ± a limitação da mídia está na conservação das informações, não na transmissão. C ± O autor não fala nada sobre o que está alternativa afirma. D ± A generalização do TODOS está equivocada. E ± Os livros feitos de papel de trapo resistem pelo menos 500 anos, ou seja, pode durar mais do que cinco séculos. GABARITO: A 00000000000 00000000000 - DEMO Língua Portuguesa p/ TRE-SE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 79 As 5 questões a seguir baseiam-se no texto apresentado abaixo. Caipiradas A gente que vive na cidade procurou sempre adotar modos de ser, pensar e agir que lhe pareciam os mais civilizados, os que permitem ver logo que uma pessoa está acostumada com o que é prescrito de maneira tirânica pelas modas ± moda na roupa, na etiqueta, na escolha dos objetos, na comida, na dança, nos espetáculos, na gíria. A moda logo passa; por isso, a gente da cidade deve e pode mudar, trocar de objetos e costumes, estar em dia. Como consequência, se entra em contato com um grupo ou uma pessoa que não mudaram tanto assim; que usam roupa como a de dez anos atrás e respondem a um cumprimento com certa fórmula desusada; que não sabem qual é o cantor da moda nem o novo jeito de namorar; quando entra em contato com gente assim, o citadino diz que ela é caipira, querendo dizer que é atrasada e portanto meio ridícula. Diz, ou dizia; porque hoje a mudança é tão rápida que o termo está saindo das expressões de todo dia e serve mais para designar certas sobrevivências teimosas ou alteradas do passado: músicas caipiras, festas caipiras, danças caipiras, por exemplo. Que, aliás, na maioria das vezes, conhecemos não praticadas por caipiras, mas por gente que finge de caipira e usa a realidade do seu mundo como um produto comercial pitoresco. Nem podia ser de outro modo, porque o mundo em geral está mudando depressa demais, e nada pode ficar parado. Hoje, creio que não se pode falar mais de criatividade cultural no universo do caipira, porque ele quase acabou. O que há é impulso adquirido, resto, repetição ± ou paródia e imitação deformada, mais ou menos parecida. Há, registre-se, iniciativas culturais com o fito de fixar o que sobra de autêntico no mundo caipira. É o caso do disco Caipira. Raízes e frutos, do selo Eldorado, gravado em 1980, que será altamente apreciado por quantos se interessem por essa cultura tão especial, e já quase extinta. 00000000000 00000000000 - DEMO Língua Portuguesa p/ TRE-SE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 79 (Adaptado de Antonio Candido, Recortes) 13. (TRT/16 ± 2012 - TECNICO JUDICIÁRO ± FCC) No primeiro parágrafo, estabelece-se uma contraposição entre as expressões �$��³ORJR�SDVVD´�H�³HVWDU�HP�GLD´, destacando parâmetros adotados pelos caipiras. �%��³GH�PDQHLUD�WLUkQLFD´�e ³HVWi�DFRVWXPDGD´��enfatizando as críticas dos citadinos aos modos caipiras. �&��³GHYH´�H�³SRGH�PXGDU´, sublinhando os impulsos a que os caipiras têm que se render. �'��³p�DWUDVDGD´�H�³PHLR�ULGtFXOD´, acentuando a variabilidade que ocorre com as modas. �(��³PDLV�FLYLOL]DGRV´�H�³fórmula GHVXVDGD´, identificando pontos de vista adotados pelos citadinos. Comentário: a única oposição apresentada é a que existe entre ³mais FLYLOL]DGRV´�H�³IyUPXOD�GHVXVDGD´, pois indica o modo bom e o modo ruim de ser, segundo um citadino. GABARITO: E 14. (TRT/16 ± 2012 - TECNICO JUDICIÁRO ± FCC) Atente para as seguintes afirmações sobre o primeiro parágrafo: ,��&RP�D�H[SUHVVmR�³R�TXH�p�SUHVFULWR�GH�PDQHLUD�WLUkQLFD´, o autor está qualificando modos de ser, pensar e agir, com cuja imposição os citadinos estão acostumados. II. A submissão dos citadinos aos valores da moda é a causa de uma alternância de valores que reflete uma clara hesitação entre o que é velho e o que é novo. III. No último e longo período, a sequência de pontos e vírgulas destaca uma enumeração de traços que identificam um caipira aos olhos do citadino. 00000000000 00000000000 - DEMO Língua Portuguesa p/ TRE-SE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 79 Em relação ao texto, está correto o que se afirma em: (A) II e III, apenas. (B) I e II, apenas. (C) I, II e III. (D) III, apenas. (E) I e III, apenas. Comentário: Vamos analisar as afirmações: I. CORRETA II. A submissão dos citadinos aos valores da moda é a causa de uma alternância de valores que reflete uma clara hesitação entre o que é velho e o que é novo. ± ERRADA. Os citadinos buscam sempre o que é novo, pois o que é velho é dado como caipira. III. CORRETA GABARITO: E 15. (TRT/16 ± 2012 - TECNICO JUDICIÁRO ± FCC) Atentando-se para o 2º parágrafo, é correto afirmar que o segmento �$�� ³'L]�� RX� GL]LD´� sugere a velocidade com que um novo elemento da moda aprimora um anterior. �%�� ³certas VREUHYLYrQFLDV� WHLPRVDV� RX� DOWHUDGDV´� designa a precária permanência de costumes caipiras. �&�� ³R� WHUPR�HVWi� VDLQGR�GDV�H[SUHVV}HV�GH� WRGR�GLD´� refere-se à moda que deixa de ser seguida. �'�� ³XP� SURGXWR� FRPHUFLDO� SLWRUHVFR´� traduz a maneira pela qual o citadino reconhece a moda que ele mesmo promove. �(��³D�UHDOLGDGH�GR�VHX�PXQGR´�está-se referindo ao universo do citadino. Comentário: vamos reler o 2º parágrafo. 00000000000 00000000000 - DEMO Língua Portuguesa p/ TRE-SE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 79 ³'L]�� RX� GL]LD�� SRUTXH� KRMH� D� PXGDQoD� p� WmR� UiSLGD� TXH� R� WHUPR� HVWi� saindo das expressões de todo dia e serve mais para designar certas sobrevivências teimosas ou alteradas do passado: músicas caipiras, festas caipiras, danças caipiras, por exemplo. Que, aliás, na maioria das vezes, conhecemos não praticadas por caipiras, mas por gente que finge de caipira e XVD�D�UHDOLGDGH�GR�VHX�PXQGR�FRPR�XP�SURGXWR�FRPHUFLDO�SLWRUHVFR´� A ± Não..�� ³'L]�� RX�GL]LD´� LQGLFD�TXH� WXGR�PXGD��DWp�D� IRUPD�GH� IDODU� H� designar algo. B ± Sim... sobrevivência teimosa é a dos hábitos caipiras. C ± Não... a moda continua a ser seguida, o que muda é o nome que se dá àqueles que não a seguem. D ± Não... o produto comercial pitoresco não é a moda, mas o que foge dela. E ± Não... refere-se àquele que finge ser caipira. GABARITO: B 16. (TRT/16 ± 2012 - TECNICO JUDICIÁRO ± FCC) Ao afirmar que o universo do caipira (...) quase acabou, o autor emprega o termo quase em função (A) de remanescerem repetições e paródias que aludem ao mundo caipira. (B) de as mudanças do nosso tempo ocorrerem em alta velocidade. (C) de iniciativas culturais que reavivam e fortalecem os costumes caipiras. (D) da fermentação cultural que se propaga criativamente nesse universo. (E) da autenticidade que o citadino ainda reconhece nos costumes caipiras. Comentário: vamos contextualizar o trecho retirado do te[WR��³porque o mundo em geral está mudando depressa demais, e nada pode ficar parado. Hoje,creio que não se pode falar mais de criatividade cultural no universo do 00000000000 00000000000 - DEMO Língua Portuguesa p/ TRE-SE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 79 caipira, porque ele quase acabou. O que há é impulso adquirido, resto, repetição ± ou paródia e imitação GHIRUPDGD��PDLV�RX�PHQRV�SDUHFLGD�´ Ao ler o trecho dado dentro do contexto, fica claro que a alternativa correta é a A, pois o universo caipira ainda é lembrado pelas paródias e imitações. GABARITO: A 3. COERÊNCIA E COESÃO TEXTUAIS De maneira bem simples, podemos dizer que coerência e coesão é o que faz a diferença entre um texto e um amontoado de palavras sem nexo. Coerência é a ligação dos elementos que formam um texto. Coesão é a associação consistente desses elementos. A coesão diz respeito ao modo como ligamos os elementos textuais numa sequência; a coerência não é apenas uma marca textual, mas diz respeito aos conceitos e às relações semânticas que permitem a união dos elementos textuais. É fácil perceber que um texto não é coerente, isso ocorre quando ele não faz sentido! Ou quando começa falando sobre um assunto ou aspecto e muda completamente sem aviso prévio. Já a falta de coesão nem sempre é percebida pelo falante, pode ser um problema de regência ou de concordância, por exemplo. Vejam: Os menino chegou, vamo começar! 00000000000 00000000000 - DEMO Língua Portuguesa p/ TRE-SE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 79 Esta é uma fala comum na variante social da língua. Tenho certeza de que em algum momento você já ouviu algo parecido. O fato é que esta fala está cheia de problemas de coesão (concordância, formação de palavra), mas está gramatical, está coerente, mesmo fora do padrão normativo da Língua Portuguesa. Agora veja outro exemplo: A Joana não estuda nesta Escola. Ela não sabe qual é a Escola mais antiga da cidade. Esta Escola tem um jardim. A Escola não tem laboratório de línguas. 2�WHUPR�³(VFROD´�p�FRPXP�D�WRGDV�DV�IUDVHV�H�R�QRPH�³-RDQD´�substituído por pronome, contudo, tal não é suficiente para formar um texto, uma vez que não possuímos as relações de sentido que unificam a sequência, apesar da coesão individual das frases encadeadas (mas divorciadas semanticamente). A coerência não é independente do contexto no qual o texto está inscrito, isto é, não podemos ignorar fatores como o autor, o leitor, o espaço, a história, o tempo, etc. O exemplo seguinte: O velho abutre alisa as suas penas. É um verso de Sophia de Mello Breyner Andresen que só pode ser FRPSUHHQGLGR�XPD�YH]�FRQWH[WXDOL]DGR��SHUWHQFH�DR�FRQMXQWR�³$V�*UDGHV´��LQ� /LYUR� 6H[WR�� ������� R� ³YHOKR� DEXWUH´� p� XPD� PHWiIRUD� VXWLO� SDUD� GHVLgnar o ditador fascista Salazar. Não é o conhecimento da língua que nos permite saber isto, mas o conhecimento da cultura portuguesa. 00000000000 00000000000 - DEMO Língua Portuguesa p/ TRE-SE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 79 4. A REMISSÃO Uma das modalidades de coesão, e a mais importante para desenvolver uma prova de múltipla escolha, é a remissão. Ela se dá de duas maneiras: referenciação anafórica ou catafórica, formando-se cadeias coesivas mais ou menos longas. A remissão anafórica (para trás) realiza-se por meio de pronomes pessoais de 3ª pessoa (retos e oblíquos) e os demais pronomes; também por numerais, advérbios e artigos. Exemplo: André e Pedro são fanáticos torcedores de futebol. Apesar disso, são diferentes. Este não briga com quem torce para outro time; aquele o faz. Explicação: O termo isso retoma o predicado são fanáticos torcedores de futebol; este recupera a palavra Pedro; aquele, o termo André; o faz, o predicado briga com quem torce para o outro time - são anafóricos. A remissão catafórica (para a frente) realiza-se normalmente através de pronomes demonstrativos ou indefinidos neutros, ou de nomes genéricos, mas pode ocorrer também com os outros pronomes, advérbios e numerais. Exemplo: Qualquer que tivesse sido seu trabalho anterior, ele o abandonara, mudara de profissão e passara pesadamente a ensinar no curso primário: era tudo o que sabíamos dele, o professor, gordo e silencioso, de ombros contraídos. Explicação: O pronome possessivo seu e o pronome pessoal reto ele antecipam a expressão o professor - são catafóricos. 00000000000 00000000000 - DEMO Língua Portuguesa p/ TRE-SE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 34 de 79 De que trata a coerência textual? Da relação que se estabelece entre as diversas partes do texto, criando uma unidade de sentido. Está, portanto, ligada ao entendimento, à possibilidade de interpretação daquilo que se ouve ou lê. 5. QUANDO NÃO HÁ COERÊNCIA TEXTUAL: AMBIGUIDADE Quando falamos de linguagem escrita ou falada, a primeira coisa sobre a qual se pensa é a clareza textual. Toda e qualquer interlocução, seja no plano da fala, seja no da escrita, somente se torna materializada se estiver clara, objetiva e precisa. E quanto tal clareza não ocorre? Caso ela não ocorra, podemos dizer que alguns entraves desempenharam sua cota de participação na hora da comunicação, e acredite: são vários os que se manifestam nesse sentido. Um deles, representando literalmente tal aspecto, é expresso pela ambiguidade ocasionada pelo emprego inadequado de alguns pronomes, mais especificamente os possessivos. Assim sendo, como fator resultante dessa (a ambiguidade) temos tão somente uma dupla interpretação daquilo que ora é proferido, dificultando, pois, o entendimento da mensagem. Ambiguidade: dupla interpretação daquilo que foi falado ou escrito, dificultando o entendimento da mensagem Para ilustrar, um exemplo: 00000000000 00000000000 - DEMO Língua Portuguesa p/ TRE-SE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 35 de 79 Tão logo se encontrou com Marcela, Paulo fez comentários acerca de seus excelentes resultados nas provas finais. A falta de clareza na mensagem tem origem no uso do pronome SRVVHVVLYR� ³VHXV´�� pois os comentários feitos por Paulo podem estar se referindo aos resultados de Marcela, aos resultados dele ou até mesmo aos resultados de ambos. De quem foram os excelentes resultados? Como então decifrar do que se trata? Parece um pouco confuso, não? Nesse sentido, para evitarmos manifestações como essa, a língua portuguesa oferece-nos vários recursos para que possamos construir nosso discurso com eficácia e precisão, permitindo assim que a interlocução seja materializada de forma plausível. Para tanto, em vez de empregarmos o referido pronome, podemos utilizar outros, que também são possessivos, representados por dele(s) e dela(s). Dessaforma, só nos resta fazer as devidas alterações nos enunciados que nos serviram de exemplos, uma vez manifestadas por: Tão logo se encontrou com Marcela, Paulo fez comentários acerca dos excelentes resultados dele nas provas finais. Tão logo se encontrou com Marcela, Paulo fez comentários acerca dos excelentes resultados dela nas provas finais. Tão logo se encontrou com Marcela, Paulo fez comentários acerca dos excelentes resultados deles nas provas finais. 00000000000 00000000000 - DEMO Língua Portuguesa p/ TRE-SE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 36 de 79 Questões comentadas BLOCO II Da utilidade dos prefácios Li outro dia em algum lugar que os prefácios são textos inúteis, já que em 100% dos casos o prefaciador é convocado com o compromisso exclusivo de falar bem do autor e da obra em questão. Garantido o tom elogioso, o prefácio ainda aponta características evidentes do texto que virá, que o leitor poderia ter muito prazer em descobrir sozinho. Nos casos mais graves, o prefácio adianta elementos da história a ser narrada (quando se trata de ficção), ou antecipa estrofes inteiras (quando poesia), ou elenca os argumentos de base a serem desenvolvidos (quando estudos ou ensaios). Quer dizer: mais do que inútil, o prefácio seria um estraga-prazeres. Pois vou na contramão dessa crítica mal-humorada aos prefácios e prefaciadores, embora concorde que muitas vezes ela proceda í� o que não justifica a generalização devastadora. Meu argumento é simples e pessoal: em muitos livros que li, a melhor coisa era o prefácio í� fosse pelo estilo do prefaciador, muito melhor do que o do autor da obra, fosse pela consistência das ideias defendidas, muito mais sólidas do que as expostas no texto principal. Há casos célebres de bibliografias que indicam apenas o prefácio de uma obra, ficando claro que o restante é desnecessário. E ninguém controla a possibilidade, por exemplo, de o prefaciador ser muito mais espirituoso e inteligente do que o amigo cujo texto ele apresenta. Mas como argumento final vou glosar uma observação de Machado de Assis: quando o prefácio e o texto principal são ruins, o primeiro sempre terá sobre o segundo a vantagem de ser bem mais curto. 00000000000 00000000000 - DEMO Língua Portuguesa p/ TRE-SE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 37 de 79 Há muito tempo me deparei com o prefácio que um grande poeta, dos maiores do Brasil, escreveu para um livrinho de poemas bem fraquinhos de uma jovem, linda e famosa modelo. Pois o velho poeta tratava a moça como se fosse uma Cecília Meireles (que, aliás, além de grande escritora era também linda). Não havia dúvida: o poeta, embevecido, estava mesmo era prefaciando o poder de sedução da jovem, linda e nada talentosa poetisa. Mas ele conseguiu inventar tantas qualidades para os poemas da moça que o prefácio acabou sendo, sozinho, mais uma prova da imaginação de um grande gênio poético. (Aderbal Siqueira Justo, inédito) 01. (TRT-16ª ± 2014 - ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA ± FCC) O primeiro e o segundo parágrafos estabelecem entre si uma relação de (A) causa e efeito, uma vez que das convicções expressas no primeiro resultam, como consequência natural, as expostas no segundo. (B) de complementaridade, pois o que se afirma no segundo ajuda a compreender a mesma tese defendida e desenvolvida no primeiro. (C) inteira independência, pois o tema do primeiro não se espelha no segundo, já que o autor do texto quer apenas enumerar diferentes estilos. (D) contraposição, pois a perspectiva de valor adotada no primeiro é confrontada com outra que a relativiza e nega no segundo. (E) similitude, pois são ligeiras as variações do argumento central que ambos sustentam em relação à utilidade e à necessidade dos prefácios. Comentário: O primeiro parágrafo apresenta a perspectiva de que os prefácios são inúteis. Tal perspectiva é refutada, ou seja, confrontada pela opinião contrária do autor. Segundo ele, os prefácios são importantíssimos, podendo chegar até a sobressair com relação à obra em si. GABARITO: D 00000000000 00000000000 - DEMO Língua Portuguesa p/ TRE-SE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 38 de 79 02. (TRT-16ª ± 2014 - ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA ± FCC) Considere as afirmações abaixo. I. No primeiro parágrafo, a assertiva o prefácio seria um estraga-prazeres traduz o efeito imediato da causa indicada na assertiva os prefácios são textos inúteis. II. No segundo parágrafo, o autor afirma que vai de encontro à tese defendida no primeiro porque pode ocorrer que um prefácio represente a parte melhor de um livro. III. No terceiro parágrafo, o autor se vale de uma ocorrência real para demonstrar que o gênio inventivo de escritores iniciantes propicia prefácios igualmente criativos. Em relação ao texto, está correto o que se afirma APENAS em (A) I. (B) II. (C) III. (D) I e II. (E) II e III. Comentário: vamos analisar cada afirmação: I. No primeiro parágrafo, a assertiva o prefácio seria um estraga-prazeres traduz o efeito imediato da causa indicada na assertiva os prefácios são textos inúteis. ± ERRADA. No primeiro parágrafo temos duas perspectivas para os prefácios: são inúteis e estraga-prazeres. As duas coexistem, se adicionam. II. No segundo parágrafo, o autor afirma que vai de encontro à tese defendida no primeiro porque pode ocorrer que um prefácio represente a parte melhor de um livro. CORRETA III. No terceiro parágrafo, o autor se vale de uma ocorrência real para demonstrar que o gênio inventivo de escritores iniciantes propicia prefácios 00000000000 00000000000 - DEMO Língua Portuguesa p/ TRE-SE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 39 de 79 igualmente criativos. ± ERRADA. O caso demonstra que quem faz o prefácio pode estar melhor preparado do que autores iniciantes das obras prefaciadas. GABARITO: B 03. (TRT-16ª ± 2014 - ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA ± FCC) Ao lado de razões mais pessoais, marcadas por alguma subjetividade, o autor indica, como prova objetiva da utilidade de certos prefácios, o fato de que (A) Machado de Assis os julgava obras-primas pelo poder de alta concisão de que seriam capazes. (B) eles antecipam, para o leitor mais desavisado, alguns fragmentos essenciais à compreensão do texto principal. (C) algumas bibliografias valorizam-nos de modo especial, em detrimento do texto principal do livro. (D) as apresentações da poesia de Cecília Meireles faziam ver tanto a beleza dos poemas como a da escritora. (E) os prefaciadores são escolhidos a partir de um critério inteiramente idôneo, o que impede favoritismos. Comentário: o autor prova a utilidade dos prefácios ao citar que, em algumas bibliografias, são citados apenas os prefácios das obras, sendo o UHVWDQWH� FODUDPHQWH� GHVQHFHVViULR�� ³Há casos célebres de bibliografias queindicam apenas o prefácio de uma obra, ficando claro que o restante é GHVQHFHVViULR´� GABARITO: C 4. (TRT-16ª ± 2014 - ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA ± FCC) Considerando-se o contexto, traduz-se adequadamente o sentido de um segmento em: 00000000000 00000000000 - DEMO Língua Portuguesa p/ TRE-SE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 40 de 79 (A) Garantido o tom elogioso (1º parágrafo) = assumido o teor argumentativo. (B) generalização devastadora (2º parágrafo) = interação improdutiva. (C) glosar uma observação (2º parágrafo) = variar uma consideração. (D) ninguém controla a possibilidade (2o parágrafo) = não se pode esboçar a hipótese. (E) consistência das ideias defendidas (2º parágrafo) = subserviência às teses propaladas. Comentário: vejamos cada alternativa: (A) Garantido o tom elogioso (1º parágrafo) = assumido o teor argumentativo ± ERRADA: elogiar não é argumentar! (B) generalização devastadora (2º parágrafo) = interação improdutiva ± ERRADA: devastador é o mesmo que ter capacidade para devastar, destruir, exterminar. Improdutivo significa não ser vantajoso. Conceitos diferentes. (C) glosar uma observação (2º parágrafo) = variar uma consideração ± CORRETA: glosar = variar (D) ninguém controla a possibilidade (2º parágrafo) = não se pode esboçar a hipótese. ± ERRADA: controlar é manter algo dentro do esperado, do previsto, diferente de esboçar, que significa planejar, delimitar. (E) consistência das ideias defendidas (2º parágrafo) = subserviência às teses propaladas ± ERRADA: consistência (coerência) é diferente de subserviência (bajulação). GABARITO: C Considere o texto abaixo í�um fragmento de O espírito das leis, obra clássica do filósofo francês Montesquieu, publicada em 1748. [Do espírito das leis] 00000000000 00000000000 - DEMO Língua Portuguesa p/ TRE-SE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 41 de 79 Falta muito para que o mundo inteligente seja tão bem governado quanto o mundo físico, pois ainda que o mundo inteligente possua também leis que por sua natureza são invariáveis, não as segue constantemente como o mundo físico segue as suas. A razão disso reside no fato de estarem os seres particulares inteligentes limitados por sua natureza e, consequentemente, sujeitos a erro; e, por outro lado, é próprio de sua natureza agirem por si mesmos. (...) O homem, como ser físico, tal como os outros corpos da natureza, é governado por leis invariáveis. Como ser inteligente, viola incessantemente as leis que Deus estabeleceu e modifica as que ele próprio estabeleceu. Tal ser poderia, a todo instante, esquecer seu criador í�Deus, pelas leis da religião, chamou-o a si; um tal ser poderia, a todo instante, esquecer-se de si mesmo í�os filósofos advertiram-no pelas leis da moral. (Montesquieu Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1973, p. 33 e 34) 05. (TRT-16ª ± 2014 - ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA ± FCC) A razão invocada por Montesquieu para afirmar que Falta muito para que o mundo inteligente seja tão bem governado quanto o mundo físico deve-se ao fato de que (A) as leis que regem o mundo físico acabam por ser menos previsíveis do que aquelas elaboradas pelos homens. (B) os limites da natureza humana acabam levando os homens a criar leis que eles próprios modificam ou transgridem. (C) o governo do mundo físico é a aspiração que têm os homens de controlarem tudo o que está ao seu alcance. (D) mundo inteligente, governado por Deus, cumpre as leis que escapam completamente à jurisdição humana. (E) o mundo inteligente, ao contrário do mundo físico, tem leis mais flexíveis e mais justas que as da natureza. 00000000000 00000000000 - DEMO Língua Portuguesa p/ TRE-SE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 42 de 79 Comentário: vamos vROWDU� DR� WH[WR�� ³Falta muito para que o mundo inteligente seja tão bem governado quanto o mundo físico, pois ainda que o mundo inteligente possua também leis que por sua natureza são invariáveis, não as segue constantemente como o mundo físico segue as suas. (...)Como ser inteligente, viola incessantemente as leis que Deus estabeleceu e modifica as que ele próprio estabeleceu´ O homem viola e modifica as leis que ele mesmo estabeleceu. GABARITO: B 06. (TRT-16ª ± 2014 - ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA ± FCC) Considere as seguintes afirmações: I. No primeiro parágrafo, afirma-se que é da natureza humana buscar agir em estrita conformidade com as leis divinas, materializadas no mundo físico. II. No primeiro parágrafo, depreende-se que Montesquieu considera que as leis que governam o mundo físico são exemplos de uma eficiência que os homens deveriam perseguir no governo do mundo inteligente. III. No segundo parágrafo, a religião e a filosofia surgem, cada uma em sua esfera, como possíveis corretivos para as negligências e os desvios da conduta humana. Em relação ao texto, está correto o que se afirma em (A) I, II e III. (B) I e II, apenas. (C) I e III, apenas. (D) II e III, apenas. (E) III, apenas. Comentário: a única errada é a afirmativa I, pois, ao contrário do que está nela, o homem vive burlando as leis. GABARITO: D 00000000000 00000000000 - DEMO Língua Portuguesa p/ TRE-SE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 43 de 79 07. (TRT-16ª ± 2014 - ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA ± FCC) De acordo com a lógica do texto, as afirmações O homem esquece seu criador e Deus chama-o para si estão clara e corretamente articuladas na seguinte frase: (A) Ainda quando se esqueça de seu criador, o homem busca seu chamado. (B) Embora Deus o chame para si, o homem esquece seu criador. (C) Não obstante o homem possa esquecer seu criador, este o chama para si. (D) Deus chama o homem para si, conquanto ele não deixe de esquecê-lo. (E) Mesmo que viesse a esquecê-lo, o chamado de Deus seria ouvido pelo homem. Comentário: a ideia é que, mesmo que o homem se esqueça de Deus, Deus não se esquece do homem e o que sempre perto. GABARITO: C Leia o texto a seguir: Fotografias Toda fotografia é um portal aberto para outra dimensão: o passado. A câmara fotográfica é uma verdadeira máquina do tempo, transformando o que é naquilo que já não é mais, porque o que temos diante dos olhos é transmudado imediatamente em passado no momento do clique. Costumamos dizer que a fotografia congela o tempo, preservando um momento passageiro para toda a eternidade, e isso não deixa de ser verdade. Todavia, existe algo que descongela essa imagem: nosso olhar. Em francês, imagem e magia contêm as mesmas cinco letras: image e magie. Toda imagem é magia, e nosso olhar é a varinha de condão que descongela o instante aprisionado nas geleiras eternas do tempo fotográfico. 00000000000 00000000000 - DEMO Língua Portuguesa p/ TRE-SE Analista e Técnico Judiciário Teoria e Questões
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