Buscar

AULA 00 (10)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 81 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 81 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 81 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Aula 00
Português p/ TRE-SE (Analista e Técnico)
Professor: Rafaela Freitas
00000000000 - DEMO
Língua Portuguesa p/ TRE-SE 
 Analista e Técnico Judiciário 
 Teoria e Questões Comentadas 
Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 
 
Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 79 
AULA 00 
INTELECÇÃO DE TEXTOS 
REDAÇÃO (CONFRONTO E RECONHECIMENTO DE FRASES 
CORRETAS E INCORRETAS) 
 
 
SUMÁRIO 
APRESENTAÇÃO......................................................................................1
CRONOGRAMA E OBJETIVO DO CURSO......................................................1 
1. INTELECÇÃO (INTERPRETAÇÃO) TEXTUAL..............................................4 
2. TEXTO LITERÁRIO E NÃO LITERÁRIO.....................................................7 
QUESTÕES COMENTADAS BLOCO I..........................................................11 
3. COERÊNCIA E COESÃO TEXTUAIS........................................................32 
4. A REMISSÃO.....................................................................................33 
5. AMBIGUIDADE..................................................................................34 
QUESTÕES COMENTADAS BLOCO II........................................................36 
LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA......................................52 
GABARITOS..........................................................................................79 
 
APRESENTAÇÃO 
 
Olá, caros alunos do Estratégia Concursos! É com muita satisfação que 
começaremos com esta aula o curso que irá prepará-lo para o concurso do 
Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe!! Já estamos com edital aberto, isso 
quer dizer que não podemos mais perder tempo! É hora de estudar pra valer! 
Minha função aqui é ajudá-lo da melhor maneira possível a alcançar o seu 
objetivo, pois o seu sucesso é também o meu! 
Para que me conheça, falarei brevemente sobre mim: meu nome é 
Rafaela Freitas, sou graduada em Letras pela Universidade Federal de 
Juiz de Fora, onde resido, e pós-graduada em Ensino de Língua 
00000000000
00000000000 - DEMO
Língua Portuguesa p/ TRE-SE 
 Analista e Técnico Judiciário 
 Teoria e Questões Comentadas 
Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 
 
Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 79 
Portuguesa, pela mesma instituição (UFJF). Desde que me formei, em 2008, 
tenho trabalhado com a preparação dos alunos para os mais diversos 
concursos públicos, em cursos presenciais, no que tenho colocado ênfase em 
minha carreira, embora também trabalhe com turmas preparatórias para 
vestibulares. Sou uma apaixonada pela nossa língua mãe e por ensiná-la! 
Tenham a certeza de que o português, já neste curso, não será um problema, 
mas sim a solução! Você sabe muito mais dessa língua do que imagina! Confie 
em mim e principalmente em seu potencial! 
 
OBJETIVO E CRONOGRAMA DO CURSO 
 
O presente curso será 100% focado no edital aberto para todos os 
cargos e áreas do TRE/SE. O certame será organizado pelo Fundação 
Carlos Chagas (FCC), banca tradicionalíssima em tribunais! A prova 
objetiva será dia 01/11/2015. Temos pouco tempo para estudar, mas 
garanto que este curso será de qualidade e completo. 
Vou abordar TODOS os tópicos do edital vigente e comentarei várias 
questões da banca FCC focando na maneira como os conteúdos são cobrados 
por ela em certames de tribunais principalmente. 
Alunos que estão começando a se preparar encontrarão aqui todos os 
³PDFHWHV´�H�GLFDV�GH�TXH�SUHFLVDP�SDUD�XP�HVWXGR�REMHWLYR��2V�FRQFXUVHLURV�
já experientes terão com o curso uma fonte de revisão para se aprimorarem e 
se atualizarem bastante na Língua Portuguesa. Todos sairão ganhando! 
Para que o curso seja completo e satisfatório, proponho que seja dividido 
em 8 (oito) aulas: 
 
CRONOGRAMA 
AULA MATÉRIA LIBERAÇÃO 
00000000000
00000000000 - DEMO
Língua Portuguesa p/ TRE-SE 
 Analista e Técnico Judiciário 
 Teoria e Questões Comentadas 
Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 
 
Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 79 
0 
Redação (confronto e reconhecimento de frases 
corretas e incorretas). Intelecção de texto. 26/08/2015 
1 
Ortografia oficial. Acentuação gráfica. 
 
01/09/2015 
2 
Flexão nominal e verbal. Emprego de tempos e 
modos verbais. Vozes do verbo. 08/09/2015 
3 
Pronomes: emprego, formas de tratamento e 
colocação. Advérbio 
15/09/2015 
4 Concordância nominal e verbal. 25/09/2015 
5 Regência nominal e verbal. Crase. 02/10/2015 
6 
Sintaxe: Análise do período simples e do período 
composto. 09/10/2015 
7 
 
 
 
8 
Pontuação. 
 
Revisão Geral FCC 
21/10/2015 
 
 
 
 
26/10/2015 
 
 
 
 
Desde já, coloco-me à disposição para qualquer dúvida ou esclarecimento, 
pelo e-mail: professorararaelafreitas@gmail.com ou ainda pelo fórum de 
dúvidas. 
 
Confie em você e busque o melhor para a sua vida! Agora é rumo 
ao sucesso!!! 
Vamos iniciar a primeira aula do curso! Venha comigo!!! 
 
 
 
00000000000
00000000000 - DEMO
Língua Portuguesa p/ TRE-SE 
 Analista e Técnico Judiciário 
 Teoria e Questões Comentadas 
Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 
 
Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 79 
 
1. INTELECÇÃO (INTERPRETAÇÃO) TEXTUAL 
 
³(YLGHQWHPHQWH�� WXGR� SRGH� VHU� YLVWR� QRV� WH[WRV�� Oi� p� TXH� WRGR� WLSR� GH�
fenômeno acontece.´ (ANTUNES, 2007, p. 139) 
Ler o mundo através dos mais diversos textos com os quais nos 
deparamos em nosso cotidiano é uma tarefa no mínimo reveladora! 
 
Caros, alunos, o conteúdo desta aula é de suma importância para o 
desenvolvimento de toda a prova do certame do qual vocês irão participar. 
Digo toda a prova, pois a interpretação não está presente apenas na prova de 
Língua Portuguesa, é preciso interpretar em todas as outras disciplinas! São 
textos e enunciados que trazem informações implícitas e explícitas que 
precisam ser compreendidas para que você, concurseiro, atinja o seu objetivo 
maior que é a aprovação. 
Diante disso, devo dizer aquilo que talvez você já saiba: A leitura é o 
meio mais eficaz para chegarmos ao conhecimento, portanto, precisamos 
aprender a ler! A leitura precisa se tornar um hábito na vida de um 
concurseiro. Um candidato ³antenado´ com os acontecimentos atuais, 
conhecedor de textos literários, entendedor de charges e textos de humor 
chegará ao sucesso com mais facilidade (ou menos dificuldade, rsrs) do que 
aquele que lê pouco ou nada. E digo ler de verdade! Não passar os olhos! Ler é 
dar sentido à vida e ao mundo, é dominar a riqueza de qualquer texto, seja 
literário, narrativo, instrucional, jornalístico, persuasivo, possibilidades que se 
misturam e se tornam infinitas. 
 
 
A dificuldade na compreensão e interpretação de textos deve-se a 
falta do hábito da leitura. Sim! Então, desenvolva o hábito da leitura. Que tal 
00000000000
00000000000 - DEMO
Língua Portuguesa p/ TRE-SE 
 Analista e Técnico Judiciário 
 Teoria e Questões Comentadas 
Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 
 
Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 79 
estabelecer agora uma meta de ler, pelo menos, um livro por mês? Leia o que 
você mais gosta! Não importa o gênero. Crie o hábito da leitura e o gosto por 
ela. Quando passamos a gostar de algo, compreendemos melhor seu 
funcionamento. Nesse caso, as palavras tornam-sefamiliares a nós mesmos. 
Não se deixe levar pela falsa impressão de que ler não faz diferença. 
 
Estudar interpretação textual para fazer uma prova de concurso público é 
extremamente importante! Boa parte da prova de português, com certeza, 
será com questões de interpretação. Qual é a melhor maneira de estudar 
interpretação textual? Fazendo muitas questões da banca examinadora em 
TXHVWmR�� GH� SURYDV� DQWHULRUHV�� $VVLP� YRFr� LUi� FRQKHFHU� H� ILFDU� ³IHUD´� QD�
maneira como ela cobra o conhecimento dos textos em questões. Vamos 
praticar bastante nesta aula! 
A maioria dos alunos acha interpretar muito difícil, então vou organizar 
esta parte da matéria em DICAS para organizar o seu estudo! Não quero que 
você perca pontinhos preciosos!! 
 
Algumas dicas para a interpretação: 
 
1) Não se assuste com o tamanho do texto. JAMAIS! Você irá vencê-
lo. 
2) Ler todo o texto pelo menos DUAS vezes é o ideal, procurando ter 
uma visão geral do assunto principal. A primeira leitura será para você 
reconhecer o assunto. Podemos chamá-la de leitura informativa. Grife 
palavras chaves, a ideia principal de cada parágrafo. 
3) Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a leitura, 
vá até o fim, ininterruptamente. 
4) Leia o texto pelo menos duas vezes, pois a primeira impressão 
pode ser falsa. Já na segunda leitura, do tipo interpretativa, você deverá 
compreender, analisar e sintetizar as informações do texto. 
00000000000
00000000000 - DEMO
Língua Portuguesa p/ TRE-SE 
 Analista e Técnico Judiciário 
 Teoria e Questões Comentadas 
Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 
 
Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 79 
5) Antes de responder às questões, retorne ao texto para sanar as 
dúvidas. Na verdade, retorne ao texto SEMPRE que precisar. Isso pode 
parecer perda de tempo, mas não é, garante uma interpretação sem falhas! 
6) Leia o texto com perspicácia (observando os detalhes), sutileza, 
malícia nas entrelinhas, para evitar pegadinhas. Atenção ao que se pede. 
7) Às vezes, a interpretação está voltada para 
uma linha do texto e por isso você deve voltar ao parágrafo para localizar 
o trecho, pois uma frase fora do contexto pode mudar completamente de 
sentido! 
8) Quando for resolver as questões que estarão aqui no material, no 
momento de estudo, seja curioso, utilize um dicionário e encontre o significado 
das palavras que você não conhece. 
9) Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do autor. 
10) Partir o texto em parágrafos ou partes pode melhorar 
compreensão. 
11) Sinalizar cada questão no parágrafo ou parte do texto 
correspondente facilita muito visualmente. 
12) Cuidado com os vocábulos: destoa, não, 
correta, incorreta, certa, errada, falsa, verdadeira, exceto, e outras; palavras 
que aparecem nos enunciados e que, às vezes, dificultam a entender o que 
está sendo solicitado. Elas te induzem ao erro! 
13) Quando duas alternativas lhe parecem corretas 
(isso SEMPRE acontece, não é mesmo?!?!), as duas realmente estarão 
adequadas para a resposta! Então, procure a mais exata ou a mais completa. É 
comum acontecer isso! Não se deve procurar a verdade exata dentro daquela 
resposta, mas a opção que melhor se enquadre no sentido do texto e que 
responda ao enunciado. 
00000000000
00000000000 - DEMO
Língua Portuguesa p/ TRE-SE 
 Analista e Técnico Judiciário 
 Teoria e Questões Comentadas 
Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 
 
Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 79 
 
14) Procure estabelecer quais foram as opiniões expostas pelo autor, 
definindo o tema e a mensagem. O autor defende ideias e você deve percebê-
las. 
15) Aumente seu vocabulário e sua cultura. Além da leitura de textos, 
um bom exercício para ampliar seu conhecimento léxico é fazer palavras 
cruzadas. Faça também exercícios de palavras sinônimas e antônimas. 
16) Seja leitor assíduo de jornais e revistas! Seja um concurseiro bem 
informado! 
17) Antes de começar a leitura, procure a fonte daquele texto. Então 
você já terá uma dica para saber se é um texto literário ou não literário, um 
texto jornalístico ou não. Assim, poderá saber o que esperar daquele dele. 
18) Após a leitura, pense a que Gênero textual o texto pertence 
(veremos isso mais adiante, ainda nesta aula). Se for uma notícia, por 
exemplo, vai saber que o texto deve conter um fato a ser narrado, onde 
aconteceu, quando e com quem, mas não deverá ter opinião do autor, por se 
tratar de uma fonte jornalística imparcial (pelo menos deveria ser, rs). 
 
2. Texto literário e não literário 
 
Para que você desenvolva em sua prova uma interpretação satisfatória, é 
muito importante que saiba diferenciar um texto literário de um texto não 
literário e suas características. 
 
O que é um texto? 
 
$� SDODYUD� WH[WR� YHP� GR� ODWLP� ³WH[WXP´�� TXH� VLJQLILFD� WHFLGR�� 3RGHPRV�
dizer que ele é uma unidade básica de organização e transmissão de ideias, 
conceitos e informações de modo geral. Pensando assim e mais amplamente, 
uma pintura, uma escultura, um símbolo, um sinal de trânsito, uma foto, uma 
propaganda, um filme, uma novela de televisão também são formas textuais. 
00000000000
00000000000 - DEMO
Língua Portuguesa p/ TRE-SE 
 Analista e Técnico Judiciário 
 Teoria e Questões Comentadas 
Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 
 
Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 79 
 
Para facilitar, analisamos os textos em dois grandes grupos: 
TEXTOS LITERÁRIOS E NÃO LITERÁRIOS. 
Vamos ver a diferença? 
 
TEXTO LITERÁRIO: é aquele que apresenta uma linguagem 
conotativa, subjetiva ou figurada, e explora os sentimentos. 
 
TEXTO NÃO LITERÁRIO: é aquele que possui uma linguagem 
denotativa, objetiva e real, e visa à informação. 
 
 
Os textos literários são aqueles que possuem função estética, destinam-
se ao entretenimento, ao belo, à arte, à ficção. Mesmo que o assunto seja 
sério, será tratado com leveza em um texto deste tipo. No texto literário, o 
mais importante é a expressividade das palavras. O conteúdo, nesse caso, fica 
em segundo plano. O vocabulário bem selecionado transmite sensibilidade ao 
leitor. O texto é rico de simbologia e de beleza artística. Podemos citar como 
exemplo o conto, o poema, o romance, peças de teatro, novelas e crônicas. 
 
Os textos não literários possuem função utilitária, pois servem para 
informar, convencer, explicar, ordenar. São textos objetivos que não têm o 
interesse em despertar sentimentos. Quanto à linguagem, o texto não 
literário é objetivo, claro, conciso, e pretende informar o leitor de 
determinado assunto. Para isso, quanto mais simples for o vocabulário e mais 
objetiva for a informação, mais fácil se dará a compreensão do conteúdo. 
Como exemplo temos as notícias, os artigos jornalísticos, os textos didáticos, 
os verbetes de dicionários e enciclopédias, as propagandas publicitárias, os 
textos científicos, as receitas culinárias, os manuais, etc. 
00000000000
00000000000 - DEMO
Língua Portuguesa p/ TRE-SE 
 Analista e Técnico Judiciário 
 Teoria e Questões Comentadas 
Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 
 
Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 79 
 
Veja os dois textos a seguir: 
 
TEXTO I 
 
Descuidar do lixo é sujeira 
 
Diariamente, duas horas antes da chegada do caminhão da prefeitura, a 
JHUrQFLD� GH� XPD� GDV� ILOLDLV� GR� 0F'RQDOG¶V� GHSRVLWD� QD� FDOoDGD�GH]HQDV� GH�
sacos plásticos recheados de papelão, isopor, restos de sanduíches. Isso acaba 
propiciando um lamentável banquete de mendigos. Dezenas deles vão ali 
revirar o material e acabam deixando os restos espalhados pelo calçadão. 
(Veja São Paulo, 23-29/12/92) 
 
O TEXTO I, "Descuidar do lixo é sujeira´��WUD] uma informação sobre o lixo 
despejado nas calçadas, o que acontece com ele antes de o caminhão do lixo 
passar para recolhê-lo. É um texto informativo e, portanto, não literário. 
 
TEXTO II 
O bicho 
Vi ontem um bicho 
Na imundície do pátio 
Catando comida entre os detritos. 
Quando achava alguma coisa, 
Não examinava nem cheirava: 
Engolia com voracidade. 
O bicho não era um cão, 
Não era um gato, 
Não era um rato. 
O bicho, meu Deus, era um homem. 
00000000000
00000000000 - DEMO
Língua Portuguesa p/ TRE-SE 
 Analista e Técnico Judiciário 
 Teoria e Questões Comentadas 
Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 
 
Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 79 
(Manuel Bandeira. Em Seleta em prosa e verso. Rio de Janeiro: J. Olympio/MEC, 1971, 
p.145) 
 
2�7(;72�,,��³2�ELFKR´��p�XP�SRHPD��basta observarmos a sua forma para 
sabermos disso, pois é construído em versos e estrofes e apresenta uma 
linguagem cheia de significados, o que chamamos de plurissignificação. 
Cada palavra pode apresentar um sentido diferente daquele que lhe é comum. 
Trata-se, por tanto, de um texto literário. 
 
O esquema a seguir irá ajudá-lo a ter uma visão melhor do que foi 
explanado até aqui sobre texto literário e não literário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
00000000000
00000000000 - DEMO
Língua Portuguesa p/ TRE-SE 
 Analista e Técnico Judiciário 
 Teoria e Questões Comentadas 
Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 
 
Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 79 
 
Questões comentadas BLOCO I 
 
Diante do futuro 
 
Que me importa o presente? No futuro é que está a existência dos 
verdadeiros homens. Guyau*, a quem não me canso de citar, disse em uma de 
suas obras estas palavras: ³3RUYHQWXUD� VHL� HX� VH� viverei amanhã, se viverei 
mais uma hora, se a minha mão poderá terminar esta linha que começo? A 
vida está por todos os lados cercada pelo Desconhecido. Todavia executo, 
trabalho, empreendo; e em todos os meus atos, em todos os meus 
pensamentos, eu pressuponho esse futuro com o qual nada me autoriza a 
contar. A minha atividade excede em cada minuto o instante presente, 
estende-se ao futuro. Eu consumo a minha energia sem recear que esse 
consumo seja uma perda estéril, imponho-me privações, contando que o 
futuro as resgatará í�e sigo o meu caminho. Essa incerteza que me comprime 
de todos os lados equivale para mim a uma certeza e torna possível a minha 
liberdade í�é o fundamento da moral especulativa com todos os riscos. O meu 
pensamento vai adiante dela, com a minha atividade; ele prepara o mundo, 
dispõe do futuro. Parece-me que sou senhor do infinito, porque o meu poder 
não é equivalente a nenhuma quantidade determinada; quanto mais trabalho, 
PDLV�HVSHUR�´ 
* Jean-Marie Guyau (1854-1888), filósofo e poeta francês. (PRADO, Antonio Arnoni 
(org.). Lima Barreto: uma autobiografia literária. São Paulo: Editora 34, 2012. p. 164) 
 
01. (TRT-2ª ± 2014 - ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA 
ADMINISTRATIVA ± FCC) Lima Barreto vale-se do texto de Guyau para 
defender a tese de que 
00000000000
00000000000 - DEMO
Língua Portuguesa p/ TRE-SE 
 Analista e Técnico Judiciário 
 Teoria e Questões Comentadas 
Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 
 
Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 79 
(A) as projeções do futuro só importam quando estiverem visceralmente 
ligadas às experiências do presente. 
(B) o futuro ganha plena importância quando temos a convicção de que 
todas as nossas ações são duradouras. 
(C) as ações do presente têm sua importância determinada pelo valor 
intrínseco de que se revestem. 
(D) as ações do presente ganham sentido quando projetadas e 
executadas com vistas ao futuro. 
(E) o futuro só é do nosso domínio quando nossas ações no tempo 
presente logram antevê-lo e iluminá-lo. 
 
Comentário: esta questão quer saber a tese do autor. Em um texto 
argumentativa, a tese é a opinião de quem o escreve sobre determinado 
assunto. No texto em questão o autor usa a citação de Guyau sobre o futuro 
concordando com ele. Esta é a tese: viver o presente projetando e executando 
ações para o futuro. 
GABARITO: D 
 
02. (TRT-2ª ± 2014 - ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA 
ADMINISTRATIVA ± FCC) O fato de nossa vida estar cercada pelo 
Desconhecido não deve implicar uma restrição aos empreendimentos 
humanos, já que, para Guyau, 
(A) a incerteza do futuro não elimina a possibilidade de tomá-lo como 
parâmetro dos nossos empreendimentos. 
(B) os nossos atos tendem a se tornar estéreis quando pautados por uma 
visão otimista do futuro. 
(C) a brevidade do tempo que temos para viver autoriza-nos a viver o 
presente com o máximo de intensidade. 
(D) o fundamento da moral especulativa está em planejar o futuro sem 
atentar para as circunstâncias presentes. 
00000000000
00000000000 - DEMO
Língua Portuguesa p/ TRE-SE 
 Analista e Técnico Judiciário 
 Teoria e Questões Comentadas 
Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 
 
Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 79 
(E) o trabalho estéril executado no presente acumula energias que serão 
desfrutadas no futuro. 
 
Comentário: O autor citado tem um otimismo latente no que se refere ao 
futuro. Ainda que não seja certo, o autor vive pensando nele. Vive o presente 
voltado para o futuro, sem pensar que a energia perdida hoje seja estéril. O 
fundamento especulativo é viver com a certeza do futuro, mesmo que, na 
verdade, seja incerto. 
GABARITO: A 
 
Questão de gosto 
 
A expressão parece ter sido criada para encerrar uma discussão. Quando 
alguém DSHOD�SDUD�D�WDO�GD�³TXHVWmR�GH�JRVWR´��p�FRPR�VH�GLVVHVVH��³FKHJD�GH�
conversa, inútil GLVFXWLU´� 
A partir daí nenhuma polêmica parece necessária, ou mesmo possível. 
³9RFr�JRVWD�GH�%HHWKoven? Eu prefiro ouvir fanfarra GH�FROpJLR�´�4XHVWmR�GH�
gosto. 
/HYDGD� D� VpULR�� UDGLFDOL]DGD�� D� ³TXHVWmR� GH� JRVWR´� GLVSHQVD razões e 
argumentos, estanca o discurso crítico, desiste da reflexão, afirmando 
despoticamente a instância definitiva da mais rasa subjetividade. Gosto disso, 
e pronto, estamos conversados. 
Ao interlocutor, para sempre desarmado, resta engolir em seco o gosto 
próprio, impedido de argumentar. Afinal, gosto não se discute. Mas se tudo é 
questão de gosto, a vida vale a morte, o silêncio vale a palavra, a ausência 
vale a presença í� tudo se relativiza ao infinito. Num mundo sem valores a 
definir, em que tudo dependa do gosto, não há lugar para uma razão ética, 
uma definição de princípios, uma preocupação moral, um empenho numa 
análise estética. O autoritarismo do gosto, tomado em sentido absoluto, apaga 
as diferenças reais e proclama a servidão ao capricho. Mas há quem goste das 
00000000000
00000000000 - DEMO
Língua Portuguesa p/ TRE-SE 
 Analista e Técnico Judiciário 
 Teoria e Questões Comentadas 
Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 
 
Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 79 
fórmulas ditatoriais, em vez de enfrentar o desafio de ponderar as nossas 
contradições. 
(Emiliano Barreira, inédito)03. (TRT-2ª ± 2014 - ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA 
ADMINISTRATIVA ± FCC) Definida como instância definitiva da mais rasa 
subjetividade, a questão de gosto opõe-se, terminantemente, 
(A) à atribuição de mérito à naturalidade de uma primeira impressão. 
(B) ao primado do capricho pessoal, ao qual tantas vezes se apela. 
(C) à dinâmica de argumentos criteriosos na condução de uma polêmica. 
(D) ao subterfúgio de que nos valemos para evitar um princípio de 
discussão. 
(E) ao princípio da recusa a qualquer fundamentação racional numa 
discussão. 
 
Comentário: A instância definitiva da mais rasa subjetividade é a tal 
questão de gosto, citada no texto, é quando as discussões deixam de 
acontecer, porque gosto não se discute. Dessa forma, não adianta argumentar, 
discutir, gosto é gosto. Isso se opõe então à dinâmica de argumentação e 
polêmica. 
GABARITO: C 
 
04. (TRT-2ª ± 2014 - ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA 
ADMINISTRATIVA ± FCC) Atente para as seguintes afirmações: 
 
I. No 1º parágrafo, a menção a Beethoven e a fanfarra de colégio ilustra 
bem a disposição do autor em colocar lado a lado manifestações artísticas de 
valor equivalente. 
II. No 2º parágrafo, o termo despoticamente qualifica o modo pelo qual 
alguns interlocutores dispõem-se a desenvolver uma polêmica. 
00000000000
00000000000 - DEMO
Língua Portuguesa p/ TRE-SE 
 Analista e Técnico Judiciário 
 Teoria e Questões Comentadas 
Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 
 
Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 79 
III. No 3º parágrafo, a expressão servidão ao capricho realça a 
acomodação de quem não se dispõe a enfrentar a argumentação crítica. 
 
Em relação ao texto está correto o que se afirma APENAS em 
(A) I. 
(B) I e II. 
(C) II. 
(D) II e III. 
(E) III. 
 
Comentário: a única alternativa correta é a III, pois, para aqueles que 
estão acomodados nas suas próprias opiniões, a argumentação não faz 
sentido. Vamos ver o que há de errado nas outras: 
I. No 1º parágrafo, a menção a Beethoven e a fanfarra de colégio ilustra 
bem a disposição do autor em colocar lado a lado manifestações artísticas de 
valor equivalente. ± tais manifestações artísticas são de valor opostos. 
II. No 2º parágrafo, o termo despoticamente qualifica o modo pelo qual 
alguns interlocutores dispõem-se a desenvolver uma polêmica. ± Não se 
desenvolve polêmica despoticamente, pois, dessa maneira, as opiniões não 
seriam levadas em conta. 
GABARITO: E 
 
05. (TRT-2ª ± 2014 - ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA 
ADMINISTRATIVA ± FCC) Ao longo do texto o autor se vale de expressões 
de sentido antagônico, para bem marcar a oposição entre uma razão crítica e 
uma mera manifestação do gosto. É o que se constata quando emprega 
(A) encerrar uma discussão e nenhuma polêmica. 
(B) engolir em seco e impedido de argumentar. 
(C) desafio de ponderar e estanca o discurso crítico. 
(D) tudo é questão de gosto e tudo se relativiza. 
(E) servidão ao capricho e fórmulas ditatoriais. 
00000000000
00000000000 - DEMO
Língua Portuguesa p/ TRE-SE 
 Analista e Técnico Judiciário 
 Teoria e Questões Comentadas 
Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 
 
Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 79 
 
Comentário: esta questão busca uma alternativa que tenha antagonismo 
entre as partes, ou seja, uma oposição. É o que temos na alternativa C. Nas 
outras, uma expressão está em conformidade com a outra. 
(A) encerrar uma discussão e nenhuma polêmica. 
Podemos dizer que encerrar, finalizar uma discussão é não dar espaço 
para polêmica. 
(B) engolir em seco e impedido de argumentar. 
Engolia a seco é uma expressão que significa não poder argumentar, ter 
que ficar calado. 
(C) desafio de ponderar e estanca o discurso crítico. 
³(VWDQFD´� YHP� GR� YHUER� ³HVWDQFDU´� que é o mesmo que fazer cessar, 
extinguir, impedir ou esgotar. Dessa forma, estancar o discurso crítico é o 
mesmo que cessar ou impedir que as opiniões sejam expostas, ou seja, não 
deixar que se pondere um fato por opiniões diferentes. 
(D) tudo é questão de gosto e tudo se relativiza. 
³4XHVWmR� GH� JRVWR´ é uma expressão que significa que tudo é relativo, 
depende do gosto de cada um. 
(E) servidão ao capricho e fórmulas ditatoriais. 
³6HUYLGmR�DR�FDSULFKR´�p�ID]HU�VHUYLU�VRE�³IyUPXODV�GLWDWRULDLV´ 
GABARITO: C 
 
Sobre a publicação de livros 
 
Muito se tem discutido, recentemente, sobre direitos e restrições na 
publicação de livros. Veja-se o que dizia o filósofo Voltaire, em 1777: ³1mR�YRV�
parece, senhores, que em se tratando de livros, só se deve recorrer aos 
tribunais e soberanos do Estado quando o Estado estiver sendo comprometido 
nesses livros? Quem quiser falar com todos os seus compatriotas só poderá 
fazê-lo por meio de livros: que os imprima, então, mas que responda por sua 
obra. Se ela for ruim, será desprezada; se for provocadora, terá sua réplica; se 
00000000000
00000000000 - DEMO
Língua Portuguesa p/ TRE-SE 
 Analista e Técnico Judiciário 
 Teoria e Questões Comentadas 
Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 
 
Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 79 
for criminosa, o autor será punido; se for boa, será aproveitada, mais cedo ou 
PDLV�WDUGH�´ 
(Voltaire, O preço da justiça. Trad. Ivone Castilho Benedetti. São Paulo: Martins 
Fontes, 2001. p. 56) 
 
06. (TRT-2ª ± 2014 - ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA 
ADMINISTRATIVA ± FCC) A posição de Voltaire está corretamente 
resumida na seguinte frase: 
(A) A publicação de livros é uma questão de Estado e somente na 
instância do Estado deve ser administrada. (B) Os autores de livros, soberanos 
para emitir suas opiniões, devem permanecer à margem das sanções dos 
tribunais. 
(C) A única consequência admissível da publicação de um livro é a reação 
do público leitor, a quem cabe o juízo definitivo. 
(D) Afora alguma razão de Estado, não se deve incriminar um autor pela 
divulgação de suas ideias. 
(E) O Estado só deve ser invocado para julgar um livro quando isso 
constituir manifesta exigência do público. 
 
Comentário: a opinião de Valtaire está resumida na alternativa D. 
Vejamos as outras: 
(A) A publicação de livros é uma questão de Estado e somente na 
instância do Estado deve ser administrada. ± A publicação de livros NÃO é 
uma questão de Estado. 
(B) Os autores de livros, soberanos para emitir suas opiniões, devem 
permanecer à margem das sanções dos tribunais. ± Voltaire descorda disso, 
ele acha que, se os autores são soberanos para emitir suas opiniões, 
devem responder por elas, não ficarem às margens dos tribunais. 
(C) A única consequência admissível da publicação de um livro é a reação 
do público leitor, a quem cabe o juízo definitivo. ± Voltaire não afirmou isso. 
00000000000
00000000000 - DEMO
Língua Portuguesa p/ TRE-SE 
 Analista e Técnico Judiciário 
 Teoria e Questões Comentadas 
Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 
 
Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 79 
 (E) O Estado só deve ser invocado para julgar um livro quando isso 
constituir manifesta exigência do público. ± Voltaire não falou sobre isso. 
GABARITO: D 
 
Atenção: Para responder à questão a seguir, considere o texto: 
 
O MAQUINISTA empurra a manopla do acelerador. O trem cargueiro 
começa a avançar pelos vastos e desertos prados do Cazaquistão, deixando 
para trás a fronteira com a China. 
O trem segue mais ou menos o mesmo percurso da lendária Rota da 
Seda, antigo caminhoque ligava a China à Europa e era usado para o 
transporte de especiarias, pedras preciosas e, evidentemente, seda, até cair 
em desuso, seis séculos atrás. 
Hoje, a rota está sendo retomada para transportar uma carga igualmente 
preciosa: laptops e acessórios de informática fabricados na China e enviados 
por trem expresso para Londres, Paris, Berlim e Roma. 
A Rota da Seda nunca foi uma rota única, mas sim uma teia de caminhos 
trilhados por caravanas de camelos e cavalos a partir de 120 a.C., quando 
;L
DQ�í cidade do centro-oeste chinês, mais conhecida por seus guerreiros de 
WHUUDFRWD�í era a capital da China. 
As caravanas começavam cruzando os desertos do oeste da China, 
viajavam por cordilheiras que acompanham as fronteiras ocidentais chinesas e 
então percorriam as pouco povoadas estepes da Ásia Central até o mar Cáspio 
e além. 
Esses caminhos floresceram durante os primórdios da Idade Média. Mas, à 
medida que a navegação marítima se expandiu e que o centro político da 
China se deslocou para Pequim, a atividade econômica do país migrou na 
direção da costa. 
Hoje, a geografia econômica está mudando outra vez. Os custos 
trabalhistas nas cidades do leste da China dispararam na última década. Por 
isso as indústrias estão transferindo sua produção para o interior do país. 
00000000000
00000000000 - DEMO
Língua Portuguesa p/ TRE-SE 
 Analista e Técnico Judiciário 
 Teoria e Questões Comentadas 
Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 
 
Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 79 
O envio de produtos por caminhão das fábricas do interior para os portos 
GH�6KHQ]KHQ�RX�;DQJDL�í e de lá por navios que contornam a Índia e cruzam o 
FDQDO�GH�6XH]�í é algo que leva cinco semanas. O trem da Rota da Seda reduz 
esse tempo para três semanas. A rota marítima ainda é mais barata do que o 
trem, mas o custo do tempo agregado por mar é considerável. 
Inicialmente, a experiência foi realizada nos meses de verão, mas agora 
algumas empresas planejam usar o frete ferroviário no próximo inverno 
boreal. Para isso adotam complexas providências para proteger a carga das 
temperaturas que podem atingir 40°C negativos. 
(Adaptado de: www1.folhauol.com.br/FSP/newyorktimes/122473) 
 
07. (TRT-19 ± 2014 - ANALISTA JUDICIÁRIO ± FCC) Depreende-se 
corretamente do texto: 
(A) A lendária Rota da Seda foi abandonada porque as caravanas de 
camelos e cavalos tinham dificuldade de enfrentar o frio extremo da região. 
(B) A expansão da navegação marítima colaborou para que, no passado, a 
atividade comercial da China migrasse na direção da costa. 
(C) O frete ferroviário deve ser substituído pelo transporte marítimo no 
inverno, já que a carga a ser transportada pode ser danificada pelas baixas 
temperaturas. 
(D) A partir da retomada da Rota da Seda, as fábricas chinesas voltaram a 
exportar quantidades significativas de especiarias. 
(E) A navegação chinesa se expandiu e o transporte marítimo atingiu o 
seu auge durante a época em que ;L¶DQ�HUD�D�FDSLWDO�GD�&KLQD� 
 
Comentário: Depreender do texto é poder afirmar algo a partir da leitura 
dele, por raciocínio lógico. Vamos analisar as alternativas: 
(A) A lendária Rota da Seda foi abandonada porque as caravanas de 
camelos e cavalos tinham dificuldade de enfrentar o frio extremo da região. - 
ERRADA. A lendário Rota da Seda foi abandonada quando a atividade 
00000000000
00000000000 - DEMO
Língua Portuguesa p/ TRE-SE 
 Analista e Técnico Judiciário 
 Teoria e Questões Comentadas 
Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 
 
Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 79 
econômica do país mudou para a costa devido às grandes navegações 
e ao deslocamento do centro político da China para Pequim. 
 (C) O frete ferroviário deve ser substituído pelo transporte marítimo no 
inverno, já que a carga a ser transportada pode ser danificada pelas baixas 
temperaturas. ERRADA. Os cuidados para que as cargas não sejam 
danificadas pelas baixas temperaturas deverão ser tomados, mas a 
ideia é que, mesmo durante o inverno boreal, o transporte seja 
ferroviário. 
(D) A partir da retomada da Rota da Seda, as fábricas chinesas voltaram a 
exportar quantidades significativas de especiarias. ERRADA. O texto não fala 
nada sobre as empresas voltarem a vender especiarias. 
(E) A navegação chinesa se expandiu e o transporte marítimo atingiu o 
VHX�DXJH�GXUDQWH�D�pSRFD�HP�TXH�;L¶DQ�HUD�D�FDSLWDO�GD�&KLQD� ERRADA. O 
desenvolvimento e o auge do transporte marítimo levaram a capital da 
China para Pequim. 
GABARITO: B 
 
Leia o texto a seguir. 
 
Falo somente do que falo: 
do seco e de suas paisagens, 
Nordestes, debaixo de um sol 
ali do mais quente vinagre: 
que reduz tudo ao espinhaço, 
cresta o simplesmente folhagem, 
folha prolixa, folharada, 
onde possa esconder-se a fraude. 
 
Falo somente por quem falo: 
por quem existe nesses climas 
condicionados pelo sol, 
00000000000
00000000000 - DEMO
Língua Portuguesa p/ TRE-SE 
 Analista e Técnico Judiciário 
 Teoria e Questões Comentadas 
Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 
 
Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 79 
pelo gavião e outras rapinas: 
e onde estão os solos inertes 
de tantas condições caatinga 
em que só cabe cultivar 
o que é sinônimo da míngua 
 
Falo somente para quem falo: 
quem padece sono de morto 
e precisa um despertador 
acre, como o sol sobre o olho: 
que é quando o sol é estridente, 
a contrapelo, imperioso, 
e bate nas pálpebras como 
se bate numa porta a socos. 
�7UHFKR�GH�³*UDFLOLDQR�5DPRV´��-RmR�&DEUDO�GH�0HOR�1HWR� Melhores poemas de João 
Cabral de Melo Neto. SECCHIN, Antonio Carlos (Sel.), São Paulo: Global, 2013, formato 
ebook) 
 
08. (TRT-19 ± 2014 - ANALISTA JUDICIÁRIO ± FCC) Considere as 
afirmações abaixo. 
 
I. Ao lançar mão da imagem de um despertador (terceira estrofe), o poeta 
visa a chamar para uma situação de miséria a atenção de um leitor indiferente. 
II. É expressa no poema a intenção de dar voz a pessoas submetidas a 
um contexto de privação. 
III. Depreende-se do poema que a miséria provocada pela seca se 
esconde nas folhas prolixas da paisagem. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
(A) I e III. 
(B) II e III. 
(C) II. 
00000000000
00000000000 - DEMO
Língua Portuguesa p/ TRE-SE 
 Analista e Técnico Judiciário 
 Teoria e Questões Comentadas 
Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 
 
Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 79 
(D) III. 
(E) I e II. 
 
Comentário: trata-se de um texto literário, de um poema dividido em três 
estrofes. Na primeira, o eu-lírico fala de DOJR�³Falo somente do que falR´��QD�
segunda ele fala por DOJXpP�³)DOR�VRPHQWH�por TXHP�IDOR´�H�QD�WHUFHLUD�HOH�
fala para DOJXpP� ³)DOR� VRPHQWH� SDUD� TXHP� IDOR´�� 2� WHPD� p� D� VHFD�� D� YLGD�
difícil e miserável do sertão, tema recorrente de João Cabral de Melo Neto. 
Depois dessa breve análise, vamos ver as assertivas: 
I. Ao lançar mão da imagem de um despertador (terceira estrofe), o poeta 
visa a chamar para uma situação de miséria a atenção de um leitor indiferente. 
± CORRETO. O eu-lírico (voz do poeta) chama a atenção do leitor 
desatento como se ele precisasse de um despertador para acordar e 
ver o que se passa! 
II. É expressa no poema a intenção de dar voz a pessoas submetidas a 
um contexto de privação. - CORRETA. O eu-lírico fala pelos miseráveis, dá 
a voz paraaqueles que não podem se expressar 
III. Depreende-se do poema que a miséria provocada pela seca se 
esconde nas folhas prolixas da paisagem. ERRADA. A miséria provocada 
pela seca não se esconde, se mostra na folhagem seca, cresta e 
abundante. 
GABARITO: E 
 
As 4 questões a seguir baseiam-se no texto apresentado abaixo. 
 
Sobre a efemeridade das mídias 
 
Um congresso recente, em Veneza, dedicou-se à questão da efemeridade 
dos suportes de informação, desde a tábua de argila, o papiro e o pergaminho 
até o livro impresso e os atuais meios eletrônicos. O livro impresso, até agora, 
demonstrou que sobrevive bem por 500 anos, mas só quando se trata de livros 
00000000000
00000000000 - DEMO
Língua Portuguesa p/ TRE-SE 
 Analista e Técnico Judiciário 
 Teoria e Questões Comentadas 
Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 
 
Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 79 
feitos de papel de trapos. A partir de meados do século XIX, passou-se ao 
papel de polpa de madeira, e parece que este tem uma vida máxima de 70 
anos (com efeito, basta consultar jornais ou livros dos anos de 1940 para ver 
como muitos se desfazem ao ser folheados). Há muito tempo se realizam 
estudos para salvar todos os livros que abarrotam nossas bibliotecas; uma das 
soluções mais adotadas é escanear todas as páginas e passá-las para um 
suporte eletrônico. 
Mas aqui surge outro problema: todos os suportes para a transmissão e a 
conservação de informações, da foto ao filme, do disco à memória do 
computador, são mais perecíveis que o livro. As velhas fitas cassetes, com 
pouco tempo de uso se enrolavam todas, e saíam mascadas; as fitas de vídeo 
perdem as cores e a definição com facilidade. Tivemos tempo suficiente para 
ver quanto podia durar um disco de vinil sem ficar riscado demais, mas não 
para verificar quanto dura um CD-ROM, que, saudado como a invenção que 
substituiria o livro, ameaça sair rapidamente do mercado, porque podemos 
acessar on-line os mesmos conteúdos por um custo menor. Sabemos que 
todos os suportes mecânicos, elétricos ou eletrônicos são rapidamente 
perecíveis, ou não sabemos quanto duram e provavelmente nunca chegaremos 
a saber. Basta um pico de tensão, um raio no jardim para desmagnetizar uma 
memória. Se houvesse um apagão bastante longo, não poderíamos usar 
nenhuma memória eletrônica. 
Os suportes modernos parecem criados mais para a difusão do que para a 
conservação das informações. É possível que, dentro de alguns séculos, a 
única forma de ler notícias sobre o passado continue sendo a consulta a um 
velho e bom livro. Não, não sou um conservador reacionário. Gravei em disco 
rígido portátil de 250 gigabytes as maiores obras primas da literatura 
universal. Mas estou feliz porque os livros continuam em minha biblioteca ± 
uma garantia para quando os instrumentos eletrônicos entrarem em pane. 
(Adaptado de Umberto Eco ± UOL ± Notícias ± NYT/ 26/04/2009) 
 
00000000000
00000000000 - DEMO
Língua Portuguesa p/ TRE-SE 
 Analista e Técnico Judiciário 
 Teoria e Questões Comentadas 
Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 
 
Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 79 
09. (TRT/16 ± 2009 - ENGENHARIA ± FCC) Analisando diferentes 
mídias, o autor tem sua atenção voltada, sobretudo, para 
 
(A) o grau de obsolescência dos livros antigos, mormente os centenários. 
(B) a conservação dos livros, que se vem revelando cada vez mais 
precária. 
(C) o conservadorismo de quem rejeita os suportes modernos de 
informação. 
(D) a preservação das informações, quaisquer que sejam seus suportes. 
(E) a fidedignidade das informações que circulam em suportes eletrônicos. 
 
Comentário: o autor do texto tem o objetivo de falar sobre a conservação 
das informações. Ele analisa a efemeridade dos meios, ou seja, o quanto eles 
duram pouco. O autor gosta de livros impressos, mas não dispensou guardar 
as maiores obras primas da literatura em um disco rígido, pois não importa o 
suporte, mas que as informações sejam preservadas. 
GABARITO: D 
 
10. (TRT/16 ± 2009 - ENGENHARIA ± FCC) Atente para as seguintes 
afirmações: 
 
I. No primeiro parágrafo, afirma-se que vem sendo processada a cópia 
eletrônica de livros para preservar a massa de informações dos volumes que 
lotam nossas bibliotecas. 
II. No segundo parágrafo, considera-se não apenas a efemeridade dos 
últimos suportes de mídia, mas também aspectos éticos envolvidos na 
transmissão de informações on-line. 
III. No terceiro parágrafo, o autor sugere que informações impressas em 
livro estão mais seguras do que as que se veem processando em suportes 
mais avançados. 
 
00000000000
00000000000 - DEMO
Língua Portuguesa p/ TRE-SE 
 Analista e Técnico Judiciário 
 Teoria e Questões Comentadas 
Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 
 
Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 79 
Está correto o que se afirma em 
(A) III, apenas. 
(B) II e III, apenas. 
(C) I, II e III. 
(D) I e II, apenas. 
(E) I e III, apenas. 
 
Comentário: vejamos cada assertiva: 
I. No primeiro parágrafo, afirma-se que vem sendo processada a cópia 
eletrônica de livros para preservar a massa de informações dos volumes que 
lotam nossas bibliotecas. ± CORRETA. Os livros têm sido escaneados e 
preservados em cópia eletrônica. 
II. No segundo parágrafo, considera-se não apenas a efemeridade dos 
últimos suportes de mídia, mas também aspectos éticos envolvidos na 
transmissão de informações on-line. - ERRADA. Nada foi falado sobre 
aspectos éticos. 
III. No terceiro parágrafo, o autor sugere que informações impressas em 
livro estão mais seguras do que as que se veem processando em suportes 
mais avançados. - CORRETO. Segundo o autor, os livros duram mais. 
GABARITO: E 
 
11. (TRT/16 ± 2009 - ENGENHARIA ± FCC) O autor nega que seja um 
conservador reacionário ± negativa que pode ser justificada atentando-se para 
o segmento 
(A) consulta a um velho e bom livro. 
(B) Gravei em disco rígido portátil. 
(C) mais para a difusão do que para a conservação das informações. 
(D) única forma de ler notícias sobre o passado. 
(E) os livros continuam em minha biblioteca. 
 
00000000000
00000000000 - DEMO
Língua Portuguesa p/ TRE-SE 
 Analista e Técnico Judiciário 
 Teoria e Questões Comentadas 
Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 
 
Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 79 
Comentário: a alternativa correta é a B. O autor justifica o fato de não ser 
um conservador reacionário, pois não se opõe às mudanças tecnológicas, fez 
inclusive cópias em disco rígido, como fica claro no segmento ³Não, não sou 
um conservador reacionário. Gravei em disco rígido portátil de 250 gigabytes 
as maiores obras primDV�GD�OLWHUDWXUD�XQLYHUVDO´. 
GABARITO: B 
 
12. (TRT/16 ± 2009 - ENGENHARIA ± FCC) É correto deduzir das 
afirmações do texto que 
(A) a confiabilidade de suportes simples pode superar a dos mais 
complexos. 
(B) a limitação da mídia eletrônica revela-se na transmissão de 
informações. 
(C) já houve tempo suficiente para se precisar a durabilidade do disco 
rígido. 
(D) a obsolescência de todos os suportes de informação tem a mesma 
causa. 
(E) os livros feitos de papel de trapo não resistem mais que cinco séculos. 
 
Comentário: a questão pede que você faça uma inferência do texto, que 
deduza algo segundo as informações dadas. A alternativa A está correta, pois 
os suportes simples comoo papel podem ser mais confiáveis. Analisando o que 
há de errado nas outras: 
B ± a limitação da mídia está na conservação das informações, não na 
transmissão. 
C ± O autor não fala nada sobre o que está alternativa afirma. 
D ± A generalização do TODOS está equivocada. 
E ± Os livros feitos de papel de trapo resistem pelo menos 500 anos, ou 
seja, pode durar mais do que cinco séculos. 
GABARITO: A 
 
00000000000
00000000000 - DEMO
Língua Portuguesa p/ TRE-SE 
 Analista e Técnico Judiciário 
 Teoria e Questões Comentadas 
Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 
 
Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 79 
As 5 questões a seguir baseiam-se no texto apresentado abaixo. 
 
Caipiradas 
 
A gente que vive na cidade procurou sempre adotar modos de ser, pensar 
e agir que lhe pareciam os mais civilizados, os que permitem ver logo que uma 
pessoa está acostumada com o que é prescrito de maneira tirânica pelas 
modas ± moda na roupa, na etiqueta, na escolha dos objetos, na comida, na 
dança, nos espetáculos, na gíria. A moda logo passa; por isso, a gente da 
cidade deve e pode mudar, trocar de objetos e costumes, estar em dia. Como 
consequência, se entra em contato com um grupo ou uma pessoa que não 
mudaram tanto assim; que usam roupa como a de dez anos atrás e 
respondem a um cumprimento com certa fórmula desusada; que não sabem 
qual é o cantor da moda nem o novo jeito de namorar; quando entra em 
contato com gente assim, o citadino diz que ela é caipira, querendo dizer que é 
atrasada e portanto meio ridícula. 
Diz, ou dizia; porque hoje a mudança é tão rápida que o termo está 
saindo das expressões de todo dia e serve mais para designar certas 
sobrevivências teimosas ou alteradas do passado: músicas caipiras, festas 
caipiras, danças caipiras, por exemplo. Que, aliás, na maioria das vezes, 
conhecemos não praticadas por caipiras, mas por gente que finge de caipira e 
usa a realidade do seu mundo como um produto comercial pitoresco. 
Nem podia ser de outro modo, porque o mundo em geral está mudando 
depressa demais, e nada pode ficar parado. Hoje, creio que não se pode falar 
mais de criatividade cultural no universo do caipira, porque ele quase acabou. 
O que há é impulso adquirido, resto, repetição ± ou paródia e imitação 
deformada, mais ou menos parecida. Há, registre-se, iniciativas culturais com 
o fito de fixar o que sobra de autêntico no mundo caipira. É o caso do disco 
Caipira. Raízes e frutos, do selo Eldorado, gravado em 1980, que será 
altamente apreciado por quantos se interessem por essa cultura tão especial, e 
já quase extinta. 
00000000000
00000000000 - DEMO
Língua Portuguesa p/ TRE-SE 
 Analista e Técnico Judiciário 
 Teoria e Questões Comentadas 
Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 
 
Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 79 
(Adaptado de Antonio Candido, Recortes) 
 
13. (TRT/16 ± 2012 - TECNICO JUDICIÁRO ± FCC) No primeiro 
parágrafo, estabelece-se uma contraposição entre as expressões 
�$��³ORJR�SDVVD´�H�³HVWDU�HP�GLD´, destacando parâmetros adotados pelos 
caipiras. 
�%��³GH�PDQHLUD�WLUkQLFD´�e ³HVWi�DFRVWXPDGD´��enfatizando as críticas dos 
citadinos aos modos caipiras. 
�&��³GHYH´�H�³SRGH�PXGDU´, sublinhando os impulsos a que os caipiras têm 
que se render. 
�'��³p�DWUDVDGD´�H�³PHLR�ULGtFXOD´, acentuando a variabilidade que ocorre 
com as modas. 
�(��³PDLV�FLYLOL]DGRV´�H�³fórmula GHVXVDGD´, identificando pontos de vista 
adotados pelos citadinos. 
 
Comentário: a única oposição apresentada é a que existe entre ³mais 
FLYLOL]DGRV´�H�³IyUPXOD�GHVXVDGD´, pois indica o modo bom e o modo ruim de 
ser, segundo um citadino. 
GABARITO: E 
 
14. (TRT/16 ± 2012 - TECNICO JUDICIÁRO ± FCC) Atente para as 
seguintes afirmações sobre o primeiro parágrafo: 
 
,��&RP�D�H[SUHVVmR�³R�TXH�p�SUHVFULWR�GH�PDQHLUD�WLUkQLFD´, o autor está 
qualificando modos de ser, pensar e agir, com cuja imposição os citadinos 
estão acostumados. 
II. A submissão dos citadinos aos valores da moda é a causa de uma 
alternância de valores que reflete uma clara hesitação entre o que é velho e o 
que é novo. 
III. No último e longo período, a sequência de pontos e vírgulas destaca 
uma enumeração de traços que identificam um caipira aos olhos do citadino. 
00000000000
00000000000 - DEMO
Língua Portuguesa p/ TRE-SE 
 Analista e Técnico Judiciário 
 Teoria e Questões Comentadas 
Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 
 
Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 79 
 
Em relação ao texto, está correto o que se afirma em: 
 
(A) II e III, apenas. 
(B) I e II, apenas. 
(C) I, II e III. 
(D) III, apenas. 
(E) I e III, apenas. 
 
Comentário: Vamos analisar as afirmações: 
I. CORRETA 
II. A submissão dos citadinos aos valores da moda é a causa de uma 
alternância de valores que reflete uma clara hesitação entre o que é 
velho e o que é novo. ± ERRADA. Os citadinos buscam sempre o que é 
novo, pois o que é velho é dado como caipira. 
III. CORRETA 
GABARITO: E 
 
15. (TRT/16 ± 2012 - TECNICO JUDICIÁRO ± FCC) Atentando-se para 
o 2º parágrafo, é correto afirmar que o segmento 
�$�� ³'L]�� RX� GL]LD´� sugere a velocidade com que um novo elemento da 
moda aprimora um anterior. 
�%�� ³certas VREUHYLYrQFLDV� WHLPRVDV� RX� DOWHUDGDV´� designa a precária 
permanência de costumes caipiras. 
�&�� ³R� WHUPR�HVWi� VDLQGR�GDV�H[SUHVV}HV�GH� WRGR�GLD´� refere-se à moda 
que deixa de ser seguida. 
�'�� ³XP� SURGXWR� FRPHUFLDO� SLWRUHVFR´� traduz a maneira pela qual o 
citadino reconhece a moda que ele mesmo promove. 
�(��³D�UHDOLGDGH�GR�VHX�PXQGR´�está-se referindo ao universo do citadino. 
 
Comentário: vamos reler o 2º parágrafo. 
00000000000
00000000000 - DEMO
Língua Portuguesa p/ TRE-SE 
 Analista e Técnico Judiciário 
 Teoria e Questões Comentadas 
Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 
 
Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 79 
³'L]�� RX� GL]LD�� SRUTXH� KRMH� D� PXGDQoD� p� WmR� UiSLGD� TXH� R� WHUPR� HVWi�
saindo das expressões de todo dia e serve mais para designar certas 
sobrevivências teimosas ou alteradas do passado: músicas caipiras, festas 
caipiras, danças caipiras, por exemplo. Que, aliás, na maioria das vezes, 
conhecemos não praticadas por caipiras, mas por gente que finge de caipira e 
XVD�D�UHDOLGDGH�GR�VHX�PXQGR�FRPR�XP�SURGXWR�FRPHUFLDO�SLWRUHVFR´� 
A ± Não..�� ³'L]�� RX�GL]LD´� LQGLFD�TXH� WXGR�PXGD��DWp�D� IRUPD�GH� IDODU� H�
designar algo. 
B ± Sim... sobrevivência teimosa é a dos hábitos caipiras. 
C ± Não... a moda continua a ser seguida, o que muda é o nome que se 
dá àqueles que não a seguem. 
D ± Não... o produto comercial pitoresco não é a moda, mas o que foge 
dela. 
E ± Não... refere-se àquele que finge ser caipira. 
GABARITO: B 
 
16. (TRT/16 ± 2012 - TECNICO JUDICIÁRO ± FCC) Ao afirmar que o 
universo do caipira (...) quase acabou, o autor emprega o termo quase em 
função 
(A) de remanescerem repetições e paródias que aludem ao mundo caipira. 
(B) de as mudanças do nosso tempo ocorrerem em alta velocidade. 
(C) de iniciativas culturais que reavivam e fortalecem os costumes 
caipiras. 
(D) da fermentação cultural que se propaga criativamente nesse universo. 
(E) da autenticidade que o citadino ainda reconhece nos costumes 
caipiras. 
 
Comentário: vamos contextualizar o trecho retirado do te[WR��³porque o 
mundo em geral está mudando depressa demais, e nada pode ficar parado. 
Hoje,creio que não se pode falar mais de criatividade cultural no universo do 
00000000000
00000000000 - DEMO
Língua Portuguesa p/ TRE-SE 
 Analista e Técnico Judiciário 
 Teoria e Questões Comentadas 
Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 
 
Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 79 
caipira, porque ele quase acabou. O que há é impulso adquirido, resto, 
repetição ± ou paródia e imitação GHIRUPDGD��PDLV�RX�PHQRV�SDUHFLGD�´ 
Ao ler o trecho dado dentro do contexto, fica claro que a alternativa 
correta é a A, pois o universo caipira ainda é lembrado pelas paródias e 
imitações. 
GABARITO: A 
 
3. COERÊNCIA E COESÃO TEXTUAIS 
 
De maneira bem simples, podemos dizer que coerência e coesão é o que 
faz a diferença entre um texto e um amontoado de palavras sem nexo. 
 
 
Coerência é a ligação dos elementos que formam um texto. 
Coesão é a associação consistente desses elementos. 
 
A coesão diz respeito ao modo como ligamos os elementos textuais numa 
sequência; a coerência não é apenas uma marca textual, mas diz respeito aos 
conceitos e às relações semânticas que permitem a união dos elementos 
textuais. É fácil perceber que um texto não é coerente, isso ocorre quando ele 
não faz sentido! Ou quando começa falando sobre um assunto ou aspecto e 
muda completamente sem aviso prévio. Já a falta de coesão nem sempre é 
percebida pelo falante, pode ser um problema de regência ou de concordância, 
por exemplo. 
 
 Vejam: 
Os menino chegou, vamo começar! 
 
00000000000
00000000000 - DEMO
Língua Portuguesa p/ TRE-SE 
 Analista e Técnico Judiciário 
 Teoria e Questões Comentadas 
Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 
 
Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 79 
Esta é uma fala comum na variante social da língua. Tenho certeza de que 
em algum momento você já ouviu algo parecido. O fato é que esta fala está 
cheia de problemas de coesão (concordância, formação de palavra), mas está 
gramatical, está coerente, mesmo fora do padrão normativo da Língua 
Portuguesa. 
 
Agora veja outro exemplo: 
 
A Joana não estuda nesta Escola. 
Ela não sabe qual é a Escola mais antiga da cidade. 
Esta Escola tem um jardim. 
A Escola não tem laboratório de línguas. 
 
2�WHUPR�³(VFROD´�p�FRPXP�D�WRGDV�DV�IUDVHV�H�R�QRPH�³-RDQD´�substituído 
por pronome, contudo, tal não é suficiente para formar um texto, uma vez que 
não possuímos as relações de sentido que unificam a sequência, apesar da 
coesão individual das frases encadeadas (mas divorciadas semanticamente). 
A coerência não é independente do contexto no qual o texto está inscrito, 
isto é, não podemos ignorar fatores como o autor, o leitor, o espaço, a 
história, o tempo, etc. O exemplo seguinte: 
 
O velho abutre alisa as suas penas. 
 
É um verso de Sophia de Mello Breyner Andresen que só pode ser 
FRPSUHHQGLGR�XPD�YH]�FRQWH[WXDOL]DGR��SHUWHQFH�DR�FRQMXQWR�³$V�*UDGHV´��LQ�
/LYUR� 6H[WR�� ������� R� ³YHOKR� DEXWUH´� p� XPD� PHWiIRUD� VXWLO� SDUD� GHVLgnar o 
ditador fascista Salazar. Não é o conhecimento da língua que nos permite 
saber isto, mas o conhecimento da cultura portuguesa. 
 
 
 
00000000000
00000000000 - DEMO
Língua Portuguesa p/ TRE-SE 
 Analista e Técnico Judiciário 
 Teoria e Questões Comentadas 
Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 
 
Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 79 
4. A REMISSÃO 
 
Uma das modalidades de coesão, e a mais importante para desenvolver 
uma prova de múltipla escolha, é a remissão. Ela se dá de duas maneiras: 
referenciação anafórica ou catafórica, formando-se cadeias coesivas mais ou 
menos longas. 
 
A remissão anafórica (para trás) realiza-se por meio de pronomes 
pessoais de 3ª pessoa (retos e oblíquos) e os demais pronomes; também por 
numerais, advérbios e artigos. 
Exemplo: André e Pedro são fanáticos torcedores de futebol. Apesar 
disso, são diferentes. Este não briga com quem torce para outro time; aquele 
o faz. 
 
Explicação: O termo isso retoma o predicado são fanáticos torcedores 
de futebol; este recupera a palavra Pedro; aquele, o termo André; o faz, o 
predicado briga com quem torce para o outro time - são anafóricos. 
 
A remissão catafórica (para a frente) realiza-se normalmente através 
de pronomes demonstrativos ou indefinidos neutros, ou de nomes genéricos, 
mas pode ocorrer também com os outros pronomes, advérbios e numerais. 
 
Exemplo: Qualquer que tivesse sido seu trabalho anterior, ele o 
abandonara, mudara de profissão e passara pesadamente a ensinar no curso 
primário: era tudo o que sabíamos dele, o professor, gordo e silencioso, de 
ombros contraídos. 
Explicação: O pronome possessivo seu e o pronome pessoal reto ele 
antecipam a expressão o professor - são catafóricos. 
 
00000000000
00000000000 - DEMO
Língua Portuguesa p/ TRE-SE 
 Analista e Técnico Judiciário 
 Teoria e Questões Comentadas 
Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 
 
Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 34 de 79 
 
De que trata a coerência textual? Da relação que se estabelece entre as 
diversas partes do texto, criando uma unidade de sentido. Está, portanto, 
ligada ao entendimento, à possibilidade de interpretação daquilo que se ouve 
ou lê. 
 
5. QUANDO NÃO HÁ COERÊNCIA TEXTUAL: AMBIGUIDADE 
 
Quando falamos de linguagem escrita ou falada, a primeira coisa sobre a 
qual se pensa é a clareza textual. Toda e qualquer interlocução, seja no plano 
da fala, seja no da escrita, somente se torna materializada se estiver clara, 
objetiva e precisa. 
E quanto tal clareza não ocorre? Caso ela não ocorra, podemos dizer que 
alguns entraves desempenharam sua cota de participação na hora da 
comunicação, e acredite: são vários os que se manifestam nesse sentido. Um 
deles, representando literalmente tal aspecto, é expresso pela ambiguidade 
ocasionada pelo emprego inadequado de alguns pronomes, mais 
especificamente os possessivos. Assim sendo, como fator resultante dessa (a 
ambiguidade) temos tão somente uma dupla interpretação daquilo que ora é 
proferido, dificultando, pois, o entendimento da mensagem. 
 
 
Ambiguidade: dupla interpretação daquilo que foi falado ou 
escrito, dificultando o entendimento da mensagem 
 
Para ilustrar, um exemplo: 
 
00000000000
00000000000 - DEMO
Língua Portuguesa p/ TRE-SE 
 Analista e Técnico Judiciário 
 Teoria e Questões Comentadas 
Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 
 
Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 35 de 79 
Tão logo se encontrou com Marcela, Paulo fez comentários acerca de 
seus excelentes resultados nas provas finais. 
 
A falta de clareza na mensagem tem origem no uso do pronome 
SRVVHVVLYR� ³VHXV´�� pois os comentários feitos por Paulo podem estar se 
referindo aos resultados de Marcela, aos resultados dele ou até mesmo aos 
resultados de ambos. De quem foram os excelentes resultados? Como então 
decifrar do que se trata? Parece um pouco confuso, não? 
Nesse sentido, para evitarmos manifestações como essa, a língua 
portuguesa oferece-nos vários recursos para que possamos construir nosso 
discurso com eficácia e precisão, permitindo assim que a interlocução seja 
materializada de forma plausível. Para tanto, em vez de empregarmos o 
referido pronome, podemos utilizar outros, que também são possessivos, 
representados por dele(s) e dela(s). Dessaforma, só nos resta fazer as 
devidas alterações nos enunciados que nos serviram de exemplos, uma vez 
manifestadas por: 
 
Tão logo se encontrou com Marcela, Paulo fez comentários acerca 
dos excelentes resultados dele nas provas finais. 
Tão logo se encontrou com Marcela, Paulo fez comentários acerca 
dos excelentes resultados dela nas provas finais. 
Tão logo se encontrou com Marcela, Paulo fez comentários acerca 
dos excelentes resultados deles nas provas finais. 
 
 
 
 
 
00000000000
00000000000 - DEMO
Língua Portuguesa p/ TRE-SE 
 Analista e Técnico Judiciário 
 Teoria e Questões Comentadas 
Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 
 
Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 36 de 79 
 
Questões comentadas BLOCO II 
 
Da utilidade dos prefácios 
 
Li outro dia em algum lugar que os prefácios são textos inúteis, já que em 
100% dos casos o prefaciador é convocado com o compromisso exclusivo de 
falar bem do autor e da obra em questão. Garantido o tom elogioso, o prefácio 
ainda aponta características evidentes do texto que virá, que o leitor poderia 
ter muito prazer em descobrir sozinho. Nos casos mais graves, o prefácio 
adianta elementos da história a ser narrada (quando se trata de ficção), ou 
antecipa estrofes inteiras (quando poesia), ou elenca os argumentos de base a 
serem desenvolvidos (quando estudos ou ensaios). Quer dizer: mais do que 
inútil, o prefácio seria um estraga-prazeres. 
Pois vou na contramão dessa crítica mal-humorada aos prefácios e 
prefaciadores, embora concorde que muitas vezes ela proceda í� o que não 
justifica a generalização devastadora. Meu argumento é simples e pessoal: em 
muitos livros que li, a melhor coisa era o prefácio í� fosse pelo estilo do 
prefaciador, muito melhor do que o do autor da obra, fosse pela consistência 
das ideias defendidas, muito mais sólidas do que as expostas no texto 
principal. Há casos célebres de bibliografias que indicam apenas o prefácio de 
uma obra, ficando claro que o restante é desnecessário. E ninguém controla a 
possibilidade, por exemplo, de o prefaciador ser muito mais espirituoso e 
inteligente do que o amigo cujo texto ele apresenta. Mas como argumento final 
vou glosar uma observação de Machado de Assis: quando o prefácio e o texto 
principal são ruins, o primeiro sempre terá sobre o segundo a vantagem de ser 
bem mais curto. 
00000000000
00000000000 - DEMO
Língua Portuguesa p/ TRE-SE 
 Analista e Técnico Judiciário 
 Teoria e Questões Comentadas 
Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 
 
Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 37 de 79 
Há muito tempo me deparei com o prefácio que um grande poeta, dos 
maiores do Brasil, escreveu para um livrinho de poemas bem fraquinhos de 
uma jovem, linda e famosa modelo. Pois o velho poeta tratava a moça como 
se fosse uma Cecília Meireles (que, aliás, além de grande escritora era também 
linda). Não havia dúvida: o poeta, embevecido, estava mesmo era prefaciando 
o poder de sedução da jovem, linda e nada talentosa poetisa. Mas ele 
conseguiu inventar tantas qualidades para os poemas da moça que o prefácio 
acabou sendo, sozinho, mais uma prova da imaginação de um grande gênio 
poético. 
(Aderbal Siqueira Justo, inédito) 
 
01. (TRT-16ª ± 2014 - ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA 
ADMINISTRATIVA ± FCC) O primeiro e o segundo parágrafos estabelecem 
entre si uma relação de 
(A) causa e efeito, uma vez que das convicções expressas no primeiro 
resultam, como consequência natural, as expostas no segundo. 
(B) de complementaridade, pois o que se afirma no segundo ajuda a 
compreender a mesma tese defendida e desenvolvida no primeiro. 
(C) inteira independência, pois o tema do primeiro não se espelha no 
segundo, já que o autor do texto quer apenas enumerar diferentes estilos. 
(D) contraposição, pois a perspectiva de valor adotada no primeiro é 
confrontada com outra que a relativiza e nega no segundo. 
(E) similitude, pois são ligeiras as variações do argumento central que 
ambos sustentam em relação à utilidade e à necessidade dos prefácios. 
 
Comentário: O primeiro parágrafo apresenta a perspectiva de que os 
prefácios são inúteis. Tal perspectiva é refutada, ou seja, confrontada pela 
opinião contrária do autor. Segundo ele, os prefácios são importantíssimos, 
podendo chegar até a sobressair com relação à obra em si. 
GABARITO: D 
 
00000000000
00000000000 - DEMO
Língua Portuguesa p/ TRE-SE 
 Analista e Técnico Judiciário 
 Teoria e Questões Comentadas 
Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 
 
Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 38 de 79 
02. (TRT-16ª ± 2014 - ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA 
ADMINISTRATIVA ± FCC) Considere as afirmações abaixo. 
 
I. No primeiro parágrafo, a assertiva o prefácio seria um estraga-prazeres 
traduz o efeito imediato da causa indicada na assertiva os prefácios são textos 
inúteis. 
II. No segundo parágrafo, o autor afirma que vai de encontro à tese 
defendida no primeiro porque pode ocorrer que um prefácio represente a parte 
melhor de um livro. 
III. No terceiro parágrafo, o autor se vale de uma ocorrência real para 
demonstrar que o gênio inventivo de escritores iniciantes propicia prefácios 
igualmente criativos. 
 
Em relação ao texto, está correto o que se afirma APENAS em 
(A) I. 
(B) II. 
(C) III. 
(D) I e II. 
(E) II e III. 
 
Comentário: vamos analisar cada afirmação: 
I. No primeiro parágrafo, a assertiva o prefácio seria um estraga-prazeres 
traduz o efeito imediato da causa indicada na assertiva os prefácios são textos 
inúteis. ± ERRADA. No primeiro parágrafo temos duas perspectivas para 
os prefácios: são inúteis e estraga-prazeres. As duas coexistem, se 
adicionam. 
II. No segundo parágrafo, o autor afirma que vai de encontro à tese 
defendida no primeiro porque pode ocorrer que um prefácio represente a parte 
melhor de um livro. CORRETA 
III. No terceiro parágrafo, o autor se vale de uma ocorrência real para 
demonstrar que o gênio inventivo de escritores iniciantes propicia prefácios 
00000000000
00000000000 - DEMO
Língua Portuguesa p/ TRE-SE 
 Analista e Técnico Judiciário 
 Teoria e Questões Comentadas 
Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 
 
Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 39 de 79 
igualmente criativos. ± ERRADA. O caso demonstra que quem faz o 
prefácio pode estar melhor preparado do que autores iniciantes das 
obras prefaciadas. 
GABARITO: B 
 
03. (TRT-16ª ± 2014 - ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA 
ADMINISTRATIVA ± FCC) Ao lado de razões mais pessoais, marcadas por 
alguma subjetividade, o autor indica, como prova objetiva da utilidade de 
certos prefácios, o fato de que 
(A) Machado de Assis os julgava obras-primas pelo poder de alta concisão 
de que seriam capazes. 
(B) eles antecipam, para o leitor mais desavisado, alguns fragmentos 
essenciais à compreensão do texto principal. 
(C) algumas bibliografias valorizam-nos de modo especial, em detrimento 
do texto principal do livro. 
(D) as apresentações da poesia de Cecília Meireles faziam ver tanto a 
beleza dos poemas como a da escritora. 
(E) os prefaciadores são escolhidos a partir de um critério inteiramente 
idôneo, o que impede favoritismos. 
 
Comentário: o autor prova a utilidade dos prefácios ao citar que, em 
algumas bibliografias, são citados apenas os prefácios das obras, sendo o 
UHVWDQWH� FODUDPHQWH� GHVQHFHVViULR�� ³Há casos célebres de bibliografias queindicam apenas o prefácio de uma obra, ficando claro que o restante é 
GHVQHFHVViULR´� 
GABARITO: C 
 
4. (TRT-16ª ± 2014 - ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA 
ADMINISTRATIVA ± FCC) Considerando-se o contexto, traduz-se 
adequadamente o sentido de um segmento em: 
00000000000
00000000000 - DEMO
Língua Portuguesa p/ TRE-SE 
 Analista e Técnico Judiciário 
 Teoria e Questões Comentadas 
Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 
 
Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 40 de 79 
(A) Garantido o tom elogioso (1º parágrafo) = assumido o teor 
argumentativo. 
(B) generalização devastadora (2º parágrafo) = interação improdutiva. 
(C) glosar uma observação (2º parágrafo) = variar uma consideração. 
(D) ninguém controla a possibilidade (2o parágrafo) = não se pode 
esboçar a hipótese. 
(E) consistência das ideias defendidas (2º parágrafo) = subserviência às 
teses propaladas. 
 
Comentário: vejamos cada alternativa: 
(A) Garantido o tom elogioso (1º parágrafo) = assumido o teor 
argumentativo ± ERRADA: elogiar não é argumentar! 
(B) generalização devastadora (2º parágrafo) = interação improdutiva ± 
ERRADA: devastador é o mesmo que ter capacidade para devastar, 
destruir, exterminar. Improdutivo significa não ser vantajoso. 
Conceitos diferentes. 
(C) glosar uma observação (2º parágrafo) = variar uma consideração ± 
CORRETA: glosar = variar 
(D) ninguém controla a possibilidade (2º parágrafo) = não se pode 
esboçar a hipótese. ± ERRADA: controlar é manter algo dentro do 
esperado, do previsto, diferente de esboçar, que significa planejar, 
delimitar. 
(E) consistência das ideias defendidas (2º parágrafo) = subserviência às 
teses propaladas ± ERRADA: consistência (coerência) é diferente de 
subserviência (bajulação). 
GABARITO: C 
 
Considere o texto abaixo í�um fragmento de O espírito das leis, obra 
clássica do filósofo francês Montesquieu, publicada em 1748. 
 
[Do espírito das leis] 
00000000000
00000000000 - DEMO
Língua Portuguesa p/ TRE-SE 
 Analista e Técnico Judiciário 
 Teoria e Questões Comentadas 
Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 
 
Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 41 de 79 
 
Falta muito para que o mundo inteligente seja tão bem governado quanto 
o mundo físico, pois ainda que o mundo inteligente possua também leis que 
por sua natureza são invariáveis, não as segue constantemente como o mundo 
físico segue as suas. A razão disso reside no fato de estarem os seres 
particulares inteligentes limitados por sua natureza e, consequentemente, 
sujeitos a erro; e, por outro lado, é próprio de sua natureza agirem por si 
mesmos. (...) 
O homem, como ser físico, tal como os outros corpos da natureza, é 
governado por leis invariáveis. Como ser inteligente, viola incessantemente as 
leis que Deus estabeleceu e modifica as que ele próprio estabeleceu. Tal ser 
poderia, a todo instante, esquecer seu criador í�Deus, pelas leis da religião, 
chamou-o a si; um tal ser poderia, a todo instante, esquecer-se de si mesmo 
í�os filósofos advertiram-no pelas leis da moral. 
(Montesquieu Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1973, p. 33 e 34) 
 
05. (TRT-16ª ± 2014 - ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA 
ADMINISTRATIVA ± FCC) A razão invocada por Montesquieu para afirmar 
que Falta muito para que o mundo inteligente seja tão bem governado quanto 
o mundo físico deve-se ao fato de que 
(A) as leis que regem o mundo físico acabam por ser menos previsíveis do 
que aquelas elaboradas pelos homens. 
(B) os limites da natureza humana acabam levando os homens a criar leis 
que eles próprios modificam ou transgridem. 
(C) o governo do mundo físico é a aspiração que têm os homens de 
controlarem tudo o que está ao seu alcance. 
(D) mundo inteligente, governado por Deus, cumpre as leis que escapam 
completamente à jurisdição humana. 
(E) o mundo inteligente, ao contrário do mundo físico, tem leis mais 
flexíveis e mais justas que as da natureza. 
 
00000000000
00000000000 - DEMO
Língua Portuguesa p/ TRE-SE 
 Analista e Técnico Judiciário 
 Teoria e Questões Comentadas 
Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 
 
Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 42 de 79 
Comentário: vamos vROWDU� DR� WH[WR�� ³Falta muito para que o mundo 
inteligente seja tão bem governado quanto o mundo físico, pois ainda que o 
mundo inteligente possua também leis que por sua natureza são invariáveis, 
não as segue constantemente como o mundo físico segue as suas. 
(...)Como ser inteligente, viola incessantemente as leis que Deus estabeleceu e 
modifica as que ele próprio estabeleceu´ 
O homem viola e modifica as leis que ele mesmo estabeleceu. 
GABARITO: B 
 
06. (TRT-16ª ± 2014 - ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA 
ADMINISTRATIVA ± FCC) Considere as seguintes afirmações: 
 
I. No primeiro parágrafo, afirma-se que é da natureza humana buscar agir 
em estrita conformidade com as leis divinas, materializadas no mundo físico. 
II. No primeiro parágrafo, depreende-se que Montesquieu considera que 
as leis que governam o mundo físico são exemplos de uma eficiência que os 
homens deveriam perseguir no governo do mundo inteligente. 
III. No segundo parágrafo, a religião e a filosofia surgem, cada uma em 
sua esfera, como possíveis corretivos para as negligências e os desvios da 
conduta humana. 
Em relação ao texto, está correto o que se afirma em 
(A) I, II e III. 
(B) I e II, apenas. 
(C) I e III, apenas. 
(D) II e III, apenas. 
(E) III, apenas. 
 
Comentário: a única errada é a afirmativa I, pois, ao contrário do que está 
nela, o homem vive burlando as leis. 
GABARITO: D 
 
00000000000
00000000000 - DEMO
Língua Portuguesa p/ TRE-SE 
 Analista e Técnico Judiciário 
 Teoria e Questões Comentadas 
Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 00 
 
Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 43 de 79 
07. (TRT-16ª ± 2014 - ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA 
ADMINISTRATIVA ± FCC) De acordo com a lógica do texto, as afirmações O 
homem esquece seu criador e Deus chama-o para si estão clara e 
corretamente articuladas na seguinte frase: 
(A) Ainda quando se esqueça de seu criador, o homem busca seu 
chamado. 
(B) Embora Deus o chame para si, o homem esquece seu criador. 
(C) Não obstante o homem possa esquecer seu criador, este o chama 
para si. 
(D) Deus chama o homem para si, conquanto ele não deixe de esquecê-lo. 
(E) Mesmo que viesse a esquecê-lo, o chamado de Deus seria ouvido pelo 
homem. 
 
Comentário: a ideia é que, mesmo que o homem se esqueça de Deus, 
Deus não se esquece do homem e o que sempre perto. 
GABARITO: C 
 
Leia o texto a seguir: 
 
Fotografias 
 
Toda fotografia é um portal aberto para outra dimensão: o passado. A 
câmara fotográfica é uma verdadeira máquina do tempo, transformando o que 
é naquilo que já não é mais, porque o que temos diante dos olhos é 
transmudado imediatamente em passado no momento do clique. Costumamos 
dizer que a fotografia congela o tempo, preservando um momento passageiro 
para toda a eternidade, e isso não deixa de ser verdade. Todavia, existe algo 
que descongela essa imagem: nosso olhar. Em francês, imagem e magia 
contêm as mesmas cinco letras: image e magie. Toda imagem é magia, e 
nosso olhar é a varinha de condão que descongela o instante aprisionado nas 
geleiras eternas do tempo fotográfico. 
00000000000
00000000000 - DEMO
Língua Portuguesa p/ TRE-SE 
 Analista e Técnico Judiciário 
 Teoria e Questões

Continue navegando