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CURSO DE LETRAS: PORTUGUÊS/ PORTUGUÊS-ESPANHOL/ PORTUGUÊS- INGLÊS PRÁTICA COMO COMPONENTE CURRICULAR (PCC) /2017/1 Turma 2017 (1/2) LEITURA CRÍTICA REFERENTE AO TÓPICO “A ORIGEM DA LINGUAGEM” CONVITE À FILOSOFIA MARILENA CHAUI Aluna: Jandiele Aparecida dos Santos Beleti RA: 1703480 Ribeirão Preto – UNIP PP 2017 SUMÁRIO 1 Introdução..........................................................................................................3 2 A origem da linguagem......................................................................................4 3 Resenha Crítica “A origem da linguagem”.........................................................5 4.1 Qual a relevância do tópico”...............................................................................6 4.2 A apresentação é clara?.....................................................................................6 4.3 Ela chama a atenção do aluno?.........................................................................6 4.4 Que tipos de exercícios didáticos são empregados?.........................................6 4.5 Que outros exercícios você proporia?................................................................6 5 Conclusão..........................................................................................................7 6 Bibliografia.........................................................................................................7 1 - INTRODUÇÃO O presente trabalho tem por objetivo fazer uma resenha crítica do tópico “A origem da linguagem” do livro Convite à Filosofia de Marilena Chaui. 2 - A origem da linguagem Durante muito tempo a Filosofia preocupou-se em definir a origem e as causas da linguagem. Uma primeira divergência sobre o assunto surgiu na Grécia: a linguagem é natural aos homens (existe por natureza) ou é uma convenção social? Se a linguagem for natural, as palavras possuem um sentido próprio e necessário; se for convencional, são decisões consensuais da sociedade e, nesse caso, são arbitrárias, isto é, a sociedade poderia ter escolhido outras palavras para designar as coisas. Essa discussão levou, séculos mais tarde, à seguinte conclusão: a linguagem como capacidade de expressão dos seres humanos é natural, isto é, os humanos nascem com uma aparelhagem física, anatômica, nervosa e cerebral que lhes permite expressarem-se pela palavra; mas as línguas são convencionais, isto é, surgem de condições históricas, geográficas, econômicas e políticas determinadas, ou, em outros termos, são fatos culturais. Uma vez constituída uma língua, ela se torna uma estrutura ou um sistema dotado de necessidade interna, passando a funcionar como se fosse algo natural, isto é, como algo que possui suas leis e princípios próprios, independentes dos sujeitos falantes que a empregam. Perguntar pela origem da linguagem levou a quatro tipos de respostas: 1. a linguagem nasce por imitação, isto é, os humanos imitam, pela voz, os sons da Natureza (dos animais, dos rios, das cascatas e dos mares, do trovão e do vulcão, dos ventos, etc.). A origem da linguagem seria, portanto, a onomatopeia ou imitação dos sons animais e naturais; 2. a linguagem nasce por imitação dos gestos, isto é, nasce como uma espécie de pantomima ou encenação, na qual o gesto indica um sentido. Pouco a pouco, o gesto passou a ser acompanhado de sons e estes se tornaram gradualmente palavras, substituindo os gestos; 3. a linguagem nasce da necessidade: a fome, a sede, a necessidade de abrigar-se e proteger-se, a necessidade de reunir-se em grupo para defender-se das intempéries, dos animais e de outros homens mais fortes levaram à criação de palavras, formando um vocabulário elementar e rudimentar, que, gradativamente, tornou-se mais complexo e transformou-se numa língua; 4. a linguagem nasce das emoções, particularmente do grito (medo, surpresa ou alegria), do choro (dor, medo, compaixão) e do riso (prazer, bem-estar, felicidade). Citando novamente Rousseau em seu Ensaio sobre a origem das línguas: Não é a fome ou a sede, mas o amor ou o ódio, a piedade, a cólera, que aos primeiros homens lhes arrancaram as primeiras vozes… Eis por que as primeiras línguas foram cantantes e apaixonadas antes de serem simples e metódicas. Assim, a linguagem, nascendo das paixões, foi primeiro linguagem figurada e por isso surgiu como poesia e canto, tornando-se prosa muito depois; e as vogais nasceram antes das consoantes. Assim como a pintura nasceu antes da escrita, assim também os homens primeiro cantaram seus sentimentos e só muito depois exprimiram seus pensamentos. Essas teorias não são excludentes. É muito possível que a linguagem tenha nascido de todas essas fontes ou modos de expressão, e os estudos de Psicologia Genética (isto é, da gênese da percepção, imaginação, memória, linguagem e inteligência nas crianças) mostra que uma criança se vale de todos esses meios para começar a exprimir-se. Uma linguagem se constitui quando passa dos meios de expressão aos de significação, ou quando passa do expressivo ao significativo. Um gesto ou um grito exprimem, por exemplo, medo; palavras, frases e enunciados significam o que é sentir medo, dão conteúdo ao medo. 3 - RESENHA CRÍTICA DO TEXTO Ao analisarmos o texto “A Origem da Linguagem”, logo percebemos que o texto foi elaborado pela ótica filosófica, ou seja, por se tratar de um livro didático de filosofia a investigação do tema foi elaborado do ponto de vista da preocupação dos filósofos em dar resposta a esta questão, porém o texto de desdobra e chega a considerar conclusões da psicologia genética. O texto tenta elucidar a origem e a forma pelo qual a linguagem se desenvolveu nos seus aspectos mais primitivos. A autora descreve no início do texto a primeira divergência dos gregos, se a linguagem é inata ou social, questão muito interessante, é certo dizer que a principal característica que difere o ser humano dos demais seres é a linguagem, e fica bem claro no texto que nosso aparato fisiológico foi desenvolvido para nos comunicarmos, a linguagem é inata e as palavras que são aspectos culturais que diferenciam mediante a cultura dos povos. Logo após esta introdução, Marilena oferece 4 visões diferentes em resposta a origem da Linguagem, e depois diz que as teorias não são excludentes, que podem ter surgido de todas as 4 fontes intercaladamente, analisando as 4 fontes em questão é possível chegar à conclusão que realmente isto é possível, a linguagem se vale de várias formas de expressão ao mesmo tempo, a fim de comunicar e ser entendido. 4.1 - Qual a relevância do tópico? O tópico é de extrema relevância, a linguagem é o principal recurso do homem para viver em sociedade, através dela o homem se comunica e retém conhecimento, é a base da cultura e das civilizações. Este assunto é muito pertinente para ser discutido em sala de aula no curso de filosofia. 4.2 - A apresentação é clara? Sim, a apresentação é muito clara, a importância dos livros didáticos de filosofia são trazer clareza a temas que muitas vezes são extremamente complexos quando lidos diretamente nos clássicos. Esta introdução didática pode despertar interesse nos alunos a se aprofundar no estudo da filosofia mais tarde. 4.3 - Ela chama a atenção do aluno? O assunto em si é muito interessante, o texto possui clareza e é de certa forma resumido, a linguagem é de fácil entendimento,acredito que chame a atenção do aluno. 4.4 - Que tipos de exercícios didáticos são empregados? Não foram propostos exercícios didáticos para este tópico. 4.5 - Que outros exercícios você proporia? 4.5.1 - Filmes relacionados ao tema: Nell – Michael Apted – 1994 A Chegada – Denis Villeneuve – 2016 4.5.2 – Propor a sala que tente criar uma linguagem corporal própria e rudimentar e tentar se comunicar. 5 - Conclusões: Apesar do tópico não oferecer exercícios práticos ou sugestão de filmes sobre o tema, ele foi elaborado de forma clara, coesa e com muita consistência. Marilena Chaui consegue discutir temas complexos de forma simplificada, estimulando os alunos a entrarem no mundo da filosofia, este tão importante para formação de cidadãos críticos e pensantes. 6 - Bibliografia: CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática 2001 – Pag 139 e 140
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