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Res in Patrimonio e res extra patrimonium
Não, pois escravo é res mancipi e deve ser transferida através do modo solene que é a mancipação.
Coisas fungíveis são as coisas que fazem o papel de outras, que podem ser pesadas, medidas ou contadas. São as coisas que podem ser substituídas por outras de mesma categoria. Infungíveis são as coisas que não podem ser substituídas por outras de mesma espécie.
A rei vindicatio é a ação real (= de coisa, res) de que se vale o proprietário quiritário, de uma coisa, corpórea, determinada, contra o possuidor com a finalidade da restituição efetiva da coisa. 
Jus utendi é o direito de usar da coisa, como por exemplo, o de utilizar-se do trabalho de seu escravo. Jus fruendi é o direito de aproveitar os frutos e os produtos da coisa. Frutos se diferenciam dos produtos pela periodicidade com que ocorrem. Jus abutendi é o direito que tem o proprietário de abusar da coisa, dispondo dela como melhor lhe aprouver, inclusive destruindo-a.
Interditos possessórios são os meios que os particulares tem de proteger a posse, quando ameaçada ou violada. Utrubi são os interditos referentes a coisas móveis enquanto uti possidetis são os interditos referentes a imóveis.
Os interditos para conservar ou reter a posse são ordens baixadas pelo pretor para proteger a posse ameaçada por terceiros. São denominados conservatórios, proibitórios ou retentórios. 
Os interditos para restituir ou recuperar a posse são ordens baixadas pelo pretor para que se restitua ao possuidor a coisa que lhe foi arrebatada. São conhecidos como interditos recuperatórios ou restituitórios. Existem 3 tipos de interditos restituitórios: o de precario, o unde vi e o de clandestina possessione.
O interdito “de precario” é concedido a quem cedeu a coisa por um certo tempo e pretende que a mesma lhe seja devolvida.
O interdito “unde vi” é concedido a quem foi expulso do imóvel de modo violento. Para invocar com êxito este interdito é necessário que se preencham 2 condições: a posse não seja viciada e que o interdito seja invocado no ano do desapossamento. O interdito de vi armata é uma variante desse tipo de interdito, que supõe violência a mão armada e esta é considerada mais grave que violência ordinária. Por isso, o possuidor, expulso por violência a mão armada, pode invocar com êxito este interdito, mesmo que o invocante seja possuidor com violência.
O interdito de clandestina possesione é concedido ao possuidor desapossado clandestinamente da coisa.
Mancipação (“mancipatio”) é o modo convencional e solene de transferência da propriedade. Tem por efeito principal a transferência da propriedade quiritária do alienante ao adquirente.
“In jure cessio” é o abadono em juízo ou cessão em juízo. É o processo inverso da mancipação. É o modo solene de transferência da propriedade mediante o abandono da coisa pelo proprietário ao adquirente diante do magistrado, diferentemente do “mancipatio”, que é feita diante de testemunhas.
A “traditio”, ou tradição, é o modo convencional, mas não solene, de transferência da propriedade, que passa da mão do alienante para a mão do adquirente, sem formalidade alguma. Nem toda tradição, em si, transfere a propriedade.
Especificação é o modo não convencional de aquisição da propriedade mediante a transformação, por uma pessoa, da matéria-prima, pertencente a outra pessoa, em uma espécie nova, através da manufatura.
Usucapião é o modo de adquirir a propriedade, reservado aos cidadãos, mediante o preenchimento das seguintes condições: coisa suscetível de usucapião; posse contínua durante certo prazo; título jurídico que justifique a posse; boa fé do possuidor. O fundamento racional do usucapião é a certeza da propriedade.
Usufruto é o direito real que permite a uma pessoa, chamada usufrutário, a percepção dos frutos produzidos por coisa pertencente a outra pessoa, sem que se altere a substância da coisa. Características do usufruto: real (porque recai sobre uma coisa), temporário (porque não é perpétuo) e divisível (porque os atributos desse direito são repartidos entre o usufrutário e o proprietário). O usufrutário tem direito aos frutos, não aos produtos.