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comp. empree. aula 2

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Prévia do material em texto

CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
1 
 
 
 
 
 
Comportamento Empreendedor 
 
 
 
 
 
 
Aula 2 
 
 
 
 
 
 
Prof. Elton Schneider 
Prof. Henrique Castelo Branco 
 
 
 
 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
2 
Conversa Inicial 
Olá! Seja bem-vindo a mais uma aula da disciplina Comportamento 
Empreendedor! Hoje vamos estudar sobre a importância da criatividade, seus 
conceitos, característica e as oportunidades que dela resultam no ambiente 
organizacional. Está pronto para começar? Então, vamos lá! 
 
“Pensamento criativo é a atividade mental que usa suas habilidades de 
pensamento para estabelecer relações novas e úteis ou soluções 
criativas a partir de informações que você já sabia. Aristóteles disse 
que todas as coisas provêm de alguma outra coisa, e esse é o 
propósito do pensamento criativo: tirar algo novo, único ou diferente de 
algo velho (WHELLER, 2002)”. 
 
Dessa observação de Wheller surgem as seguintes dúvidas: por que algo 
tão simples acaba se tornando tão complicado e muitas vezes difícil de ser 
praticado? O que nos faz resistir ou temer o pensamento criativo? Será que 
tememos por desconhecermos o que é ser criativo e pensar de modo criativo? 
Isso tem lógica! O ser humano tende a temer o desconhecido, mesmo que esse 
desconhecido possa lhe ser útil e importante. Para empreender, pensar de modo 
criativo é um insumo básico e indispensável. 
Portanto, nesta aula, vamos trabalhar o conceito de criatividade com o 
intuito de demonstrar que ser criativo “não dói”! Pelo contrário, quando 
exercitamos a criatividade acessamos elementos cerebrais ligados ao prazer. 
Então, vamos saber um pouco mais como esse exercício útil e prazeroso pode 
ser associado à ação empreendedora, dando a ela muito mais valor, 
originalidade e potencial de mercado. 
 
Para saber mais sobre o tema da aula, assista ao vídeo de 
introdução, disponível no material on-line. 
 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
3 
Contextualizando 
Barreto (1997) diz que a criatividade surge à medida que se tem um 
problema. Quando o problema aparece, a criatividade se aproxima para nos 
ajudar a resolver a questão. E quem não tem problemas? Por isso, conhecer 
mais sobre criatividade é algo importante, pois lidar com nossos problemas e 
encontrar as melhores soluções é um exercício pleno de criar. 
Somos capazes de fazer isso? Sim! Afinal, se chegamos onde chegamos 
é porque conseguimos lidar com uma infinidade de problemas, utilizando a 
criatividade para superá-los e evoluirmos. Sendo assim, não estamos falando de 
algo que não é de nosso domínio. Podemos inclusive dizer que a criatividade 
está dentro de todos nós. Só que não basta existir, é preciso saber onde ela está 
e como utilizá-la. 
Portanto, esta aula tem a seguinte missão: apontar o que é criatividade; 
qual sua utilidade; como pode ser acessada e desenvolvida; como associá-la a 
uma caminhada empreendedora; como torná-la preciosa em uma organização; 
a utilização da criatividade na percepção de oportunidades e como estas podem 
fazer diferença na vida dos empreendedores. A ideia é que, ao final de nossos 
estudos, você disponha de todos os conceitos e condições de aperfeiçoar ainda 
mais sua criatividade e estar com ela “afiada” para o passo seguinte, que é 
migrar de um momento criativo para um momento inovador. 
Problematização 
Entrar no mundo da criatividade implica em se ligar a um contexto 
complexo, sistêmico e altamente conectado. A criatividade é uma ação neural, 
porém, não é algo que acontece simplesmente. Pesquisando a respeito, foi 
possível encontrar a seguinte informação: 
A neuroimagem por ressonância magnética funcional mostrou que, 
enquanto a percepção sensorial é inconsciente, o processo de pensamento é 
uma função paralela e deliberada que envolve muitas áreas do lado superior do 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
4 
córtex pré-frontal do cérebro, em especial às áreas associadas com a lembrança, 
a imaginação, a atenção e a consciência (MOROSINI, 2010). 
Essas descobertas construíram um contexto no qual se pode perceber o 
exercício criativo como sendo algo de caráter holístico, envolvendo experiências 
mentais com experiências reais, interações neurais com sociais, enfim é possível 
perceber que não se trata de um elemento racional, fruto apenas do consciente 
presente em nosso corpo e mente. 
Diante do exposto podemos afirmar que: 
I. A capacidade criativa depende de uma atenção de qualidade. 
II. As experiências mentais são determinadas pela nossa consciência 
e por nossas experiências reais. 
III. As possibilidades criativas são tantas quantas forem as 
informações e conhecimentos que lhes possam alimentar. 
IV. As experiências sociais pouco contribuem para o processo criativo 
por acontecerem fora do ambiente neural que gera os resultados 
criativos. 
 
Quais alternativas estão corretas? 
a. I, II apenas 
b. I, III e IV apenas 
c. II e IV apenas 
d. I, III apenas 
 
Feedback 
a. Resposta incorreta 
Dizer que as experiências mentais são determinadas pela nossa 
consciência e por nossas experiências reais é observar o processo 
criativo apenas pelo lado racional e concreto. Nossa criatividade é 
muito mais ampla do que isso. Podemos criar de algo irreal, 
inexato, inexistente, enfim, essa afirmação não é correta por serem 
 
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5 
nossas experiências mentais bem mais amplas do que nos é 
fornecido pelo nosso contexto formal e racional. 
b. Resposta incorreta 
A ideia de que nossas experiências sociais pouco contribuem para 
o processo criativo por acontecerem fora do ambiente neural que 
gera os resultados criativos é uma inverdade, pois não é correto 
pensar que a criatividade só usa elementos internos em sua 
geração. Tudo que possa se tornar informação, conhecimento, 
experiência, tendo vindo de nosso ambiente interno ou externo, 
contribuem para nossa ação criativa. 
c. Resposta incorreta 
Ambas as alternativas estão incorretas. Dizer que as experiências 
mentais são determinadas pela nossa consciência e por nossas 
experiências reais é observar o processo criativo apenas pelo lado 
racional e concreto. Assim como a ideia de que nossas 
experiências sociais pouco contribuem para o processo criativo por 
acontecerem fora do ambiente neural que gera os resultados 
criativos é uma inverdade, pois não é correto pensar que a 
criatividade só usa elementos internos em sua geração. 
d. Resposta correta 
Somente as alternativas 1 e 3 estão corretas, pois não se pode 
afirmar que a atenção não é parte integrante do processo criativo 
e muito menos que o volume de informações e conhecimento não 
determinam o volume de criações que podemos fazer. Criar 
depende de atenção e ganha força em virtude da disponibilidade 
de informações e conhecimentos que ampliam o poder de sinapses 
e associações criativas. 
 
 
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6 
Os professores Elton e Henrique fazem comentários acerca da 
problematização apresentada. Acesse o material on-line e assista ao vídeo com 
bastante atenção! 
A importância da criatividade na ação empreendedora 
Vimos que o empreendedor deve procurar ser “aquele um”, ou seja, 
precisa se destacar dos demais, ter algo diferenciado, identificador e marcante 
para deixar de ser apenas mais um. Esse perfil, que o torna fora do comum, tem 
relação direta com sua capacidade criativa. Esse seu destaque vem de algo que 
ele percebeu ser novo, diferente,reforçador, ou seja, ele criou esse elemento 
diferenciador. Ele teve de ser criativo para se auto-inventar/diferenciar! 
Não dá para ser um empreendedor de destaque, de impacto e resultado 
sem o exercício da criatividade. Esta se faz presente e necessária em qualquer 
momento ou desafio da empreitada. É possível, inclusive, concluir que não há 
empreendedor que não seja criativo e, portanto, seria redundância se falar em 
empreendedor criativo! 
Essa simbiose de conceitos e características por vezes confunde o perfil 
do empreendedor com o do criativo. Apesar dessa proximidade excessiva, são 
questões que têm suas próprias definições, perfis e composições. Como já 
tratamos disso na aula anterior no tocante ao empreendedor, agora vamos mais 
fundo na questão da criatividade. 
Pense sobre as seguintes perguntas: 
■ ■ O que poderia descrever melhor uma pessoa criativa? 
■ ■ Pense em pessoas que você considera criativas e diga o que 
lhe fez identificar estas pessoas como sendo criativas? 
■ ■ Após a reflexão, pense: a que resultado chegou? 
Agora, vamos ver se esses elementos que elencou durante a sua reflexão 
estão realmente conectados com o perfil do ser criativo. 
Continue a leitura! 
 
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7 
Siqueira (2009) fez uma enquete na internet a respeito do perfil das 
pessoas criativas e o resultado apontou as seis características mais marcantes 
dos criativos. 
 
 
Fonte: Adaptado a partir de SIQUEIRA (2009) 
 
Desse material podemos entender que questões como flexibilidade, 
curiosidade, inconformismo, persistência, observação e conhecimento são 
elementos formadores da criatividade. Em uma abordagem mais lúdica, porem 
complementar a visão de Siqueira, foi montada as seguintes dicas em prol de 
uma formação mais criativa. 
 
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8 
 
Fonte: os autores 
 
Percebe-se que a questão de ser criativo está relacionada a crenças, 
conhecimentos e atitudes. Crenças porque não se torna criativo sem desejar ou 
crer que isso vale a pena e que somos capazes de sermos! Conhecimentos 
porque não dá para criar sem um acervo de informações e conhecimentos nos 
apoiando no processo criativo! Atitudes porque criatividade não é teoria, é 
prática! 
A caminhada entre o empreendedor e o seu sonho é composta por 
degraus que requerem um exercício constante da criatividade, dentro de seus 
requisitos cognitivos, de personalidade, de comportamento e de prática. Por isso 
não se pode dissociar a ação empreendedora da competência criativa. Ela é a 
energia que sempre será consumida pelo empreendedor em sua trajetória em 
busca do cumprimento de seus sonhos. 
 
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9 
 
 
Importante é ter em mente que, quando se fala em ação empreendedora, 
estamos encaixando tal ação à qualquer atividade humana que tenha como 
objetivo o alcance de uma situação diferente no futuro. Assim, pensar em 
criatividade significa vinculá-la a questões pessoais, sociais, econômicas, 
artísticas, enfim, onde existir ação humana em busca de mudanças e 
transformações, existirá a necessidade da criatividade. 
Organizações que buscam se perpetuar e manter presença no mercado 
precisam que a criatividade lhes dê a centelha da mudança e adaptação para 
que permaneçam competitivas e participativas. Em resumo, podemos dizer que 
exercitar a criatividade é elemento decisivo para a vida das pessoas, grupos, 
organizações, governos, sociedade, países e até mesmo para o planeta. 
 
Leitura obrigatória 
Leia, no capítulo 2 do livro A Caminhada Empreendedora (pág. 53 a 58), 
a parte que aborda a questão da criatividade integrada ao empreendedorismo e 
à liderança e como ela se desenvolve. Acesse a Biblioteca Virtual! 
Para complementar seus estudos, faça uma leitura do post “A rotina de 
famosos criativos” e reflita sobre a prática criativa de pessoas famosas e 
reconhecidas como verdadeiros criativos. 
http://www.updateordie.com/2014/08/28/rotina-de-famosos-criativos/ 
 
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10 
Também sugerimos que assista às seguintes palestras do canal TEDx 
Talks: 
https://www.youtube.com/watch?v=mz95o6L_hFK 
https://www.youtube.com/watch?v=OYVgmlv4Oo0 
 
Agora, acompanhe as explicações dos professores Elton e 
Henrique no vídeo que está disponível no material on-line. Aproveite para 
tirar suas dúvidas! 
Conceitos e características da Criatividade 
Há coisas que em termos de definição, não há consenso. Uma delas é a 
de criatividade. Talvez porque os autores das definições acabam sendo muito 
criativos, ou porque se trata de um tema com tantas conexões e usos, que uma 
definição única nunca satisfaz. Porém, estamos aqui para trabalhar esse tema 
dentro do contexto do empreender, inovar e ser feliz. Sendo assim, vamos 
começar a conceituação a contar da seguinte esquematização: 
 
Fonte: ME EDUQUE (2010) 
 
 
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11 
Essa é uma abordagem interessante, pois nos remete ao conceito de que 
criar é algo que tem de ter alguma utilidade. Se não for útil, não merece nosso 
esforço criativo. Em termos de empreender e inovar, tudo bem. No entanto, se 
considerarmos a arte, por exemplo, não podemos fazer essa conexão entre 
criatividade e utilidade de modo tão direto e claro. 
Não se trata de achar que arte não tem utilidade, mas sim de demonstrar 
que não se começa um processo criativo sem um fim ao qual essa criação será 
útil. Porém, além de útil, a criação precisa ser inusitada. Lógico! Se criarmos algo 
que já existe, é conhecido, está pronto, não estamos falando de criatividade, mas 
de cópia! Criar demanda impõe a inserção de algo novo, diferente, incremental 
ou até mesmo revolucionário! Mas do que precisamos para criar algo útil e 
inusitado? 
Existe uma séria de capacidades para que isso aconteça, todas elas 
bastante coerentes, já que para sair da mesmice e alcançar o diferente, teremos 
de exercitar ações em busca disso, sem nos apegar a conceitos, preconceitos, 
padrões, crenças arraigadas, pontos de vista viciados, sem nos mantermos 
presos ao contexto em que se está. Enfim, criar envolve uma prática alicerçada 
em diferentes comportamentos, e estes foram bem enunciados no esquema 
apresentado anteriormente. 
Há, contudo, outras definições que diferem muito dessa que foi 
apresentada. Osho (1993) nos remete a uma definição bem mais filosófica: “a 
criatividade é divina e está na essência do homem. Além de ser natural, é a 
própria saúde da pessoa. Sem ela a pessoa não está verdadeiramente viva”. 
Veja que nessa visão a criatividade não está relacionada a um conjunto 
de capacidades a serem desenvolvidas, mas sim a algo que está em nossa 
essência, mais do que isso, algo que representa nossa própria saúde. Sem 
criatividade estamos doentes! Se refletirmos um pouco, poderemos observar que 
realmente os momentos mais criativos nossos, quase sempre são momentos 
prazerosos, interessantes, que consomem nossa atenção, vontade e capacidade 
 
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de um modo intenso, pois é algo tão “gostoso” que deixando de perceber o tempo 
ou mesmo outras demandas. 
Entretanto, há autores que não acreditam que o prazer é o fator que nos 
remete à criatividade. Para Barreto (1997), o que nos faz ser criativos são os 
problemas. Segundo ele, criamos para resolver problemas e pode até ser que 
isso nos remeta a momentos prazerosos, mas, de modo geral, trata-se mais de 
uma necessidade do que um desejo. 
 
 
Fonte: Barreto (1993)Interessante observar que o autor nos diz que criatividade de verdade, 
aquela que efetivamente obedece a todos os critérios de um exercício criativo, 
só é útil em 1% dos casos em que se está buscando soluções para problemas. 
Em quase todas as situações, uma análise mais lógica e racional será 
suficiente para superar a questão. Mas, o que o mercado quer de verdade é ter 
disponível aquele profissional que é capaz de resolver esse 1% de problemas. 
São esses que valem ouro, pois acabam trazendo ao mundo algo diferente, 
inusitado, útil e inovador. E para ser o profissional 1% é preciso uma capacidade 
criativa não somente real, mas também bem desenvolvida. 
Hargrove (2006) complementa o que já comentamos, lembrando que criar 
é fazer conexões e isso, muitas vezes, vem de ligações estranhas, fora do 
esperado, desconexas e sem lógica. 
 
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Quando Gandhi uniu o pacifismo com o exercício do protesto, parecia algo 
antagônico, porém, se mostrou uma grande estratégia que resultou na 
independência da Índia. Quando fizeram a frigideira com teflon que não deixava 
a comida grudar, foi um grande sucesso! No entanto, pensar em um ferro de 
passar roupa usando esse mesmo princípio parecia ser “loucura”, mas não era. 
Quando a marca Zara disse que faria mais de 100 lançamentos por ano 
em um ramo no qual se fazia apenas um lançamento por estação (quatro por 
ano), foi dito que ela deveria “estar de brincadeira”, pois isso não só era 
impossível como também sem sentido em um mercado acostumado a quatro 
lançamentos anuais. Mas assim foi feito e tornou-se uma das marcas que mais 
cresceram nas últimas décadas, graças em parte a essa ousadia. 
Aqui surge um ponto inquietante: se criar é tão bom, prazeroso, 
necessário, útil, lucrativo, etc., por que então as pessoas não são super 
criativas? 
É fato que, se perguntar a um grupo de pessoas se elas são criativas, uma 
boa parte dirá que é pouco criativa e outra, que não é criativa. Talvez um ou dois 
se digam medianamente criativos ou mesmo criativos acima da média. Por que 
isso acontece? É um grande paradoxo, não é mesmo? Clique no botão a seguir 
para saber mais! 
Um autor clássico no estudo da criatividade, Oech (1988), nos traz um 
pouco de luz a esse respeito ao dizer que todos nós somos vítimas de um 
processo de afastamento de nossa essência criativa. Ele argumenta que 
nascemos muito criativos e à medida que desenvolvemos nossa educação 
familiar, estudantil e social, vamos criando bloqueios, barreiras, obstáculos e 
justificativas para que não sejamos mais tão criativos quanto éramos quando 
criança. 
 
 
 
 
 
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14 
 
Fonte: Barreto (1993) 
 
A nossa prática perante a realidade que vivemos acaba nos remetendo à 
busca de soluções para os problemas que utilize pouco ou quase nada de nossa 
base e essência criativa, pois para nós são áreas difíceis de serem acessadas. 
Entre nossa prática do dia a dia e essa fonte criativa, foram criadas várias 
camadas isolantes nas quais temos dificuldade de transpor. Uma delas é o 
conformismo, na qual alegamos não ser criativos e “o que fazer a respeito? Não 
somos e pronto, acabou!”. 
Temos também a rotina de atitudes não criativas: praticamos tanto o não 
ser criativo que passamos até a acreditar que não existe uma prática contrária. 
Há ainda o desinteresse: deixamos de nos interessar pelo assunto criatividade, 
pois ele se torna tão distante de nós que até esquecemos que ele existe. Outra 
camada importante é a da racionalização. Como resolvemos muitos problemas 
apenas com o uso da razão, deixamos de ir em busca de soluções mais 
interessantes e criativas, ficando satisfeitos com o que aparecer em nossa lógica 
usual. 
Uma barreira de ordem emocional – a insegurança - também surge na 
medida em que a prática criativa é expositiva. Em outras palavras, quando 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
15 
estamos exercitando a criatividade ficamos mais sujeitos a críticas, chamadas 
de atenção ou mesmo comentários do tipo “você está ficando maluco?”. Por fim, 
surge a mistificação, ou seja, criamos o mito de que não somos criativos e que 
em relação a isso não há o que fazer. 
Mas Oech (1988), além de nos apontar o problema, também indica a 
solução! Ele descreve dez bloqueios mentais mais comuns e como podemos 
lidar com eles: 
 
 
 
 
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16 
Toda vez que um bloqueio desses aparecer em nosso cotidiano, nossas 
barreiras criativas tendem a aumentar. Cabe a nós conhecê-las e toda vez que 
surgirem circunstâncias em que elas desejem se fazer presentes, entramos em 
combate com elas, resistimos e fazemos o contrário do que elas querem! Veja a 
seguir: 
■ Achamos a resposta certa? Que ótimo! Anote-as e vá em busca de 
outras respostas certas! Quem disse que a primeira resposta certa 
que aparece é a melhor? O que alguém falou não tem lógica? Tudo 
bem! Pensar que o homem um dia iria voar também não tinha 
lógica até o surgimento do avião! 
■ Há normas a seguir? OK! Mas há pontos nelas a serem 
melhorados, então vamos questioná-las! Precisamos ser práticos? 
Não! Precisamos ser criativos e isso não significa que não estamos 
sendo práticos. São inúmeros os casos de soluções criativas que 
vieram de inspirações nada práticas! 
■ Evitar ambiguidades? Por quê? Algo pode ser uma coisa e ao 
mesmo tempo ser outra coisa. Qual o problema? Nosso celular é 
telefone, agenda, câmera fotográfica, filmadora, computador 
pessoal, enfim, viva a ambiguidade! 
■ Não podemos errar? O que é um erro se não um passo em direção 
ao acerto? Há empresas que dão tanto valor ao acerto quanto ao 
erro, pois sabem que colaboradores que já erraram e não foram 
punidos se tornaram excelentes profissionais, mais produtivos, 
audazes e indutores da criatividade. 
■ Brincar é falta de seriedade? Equívoco! A pessoa que brinca é 
flexível, relaxada e aberta ao seu entorno. Está bem-disposta, 
alegre e deseja que isso contagie a todos. Sabendo que a 
criatividade pede esse estado de espírito para se manifestar, 
vamos brincar sim! Afinal, brincar é coisa séria! 
 
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17 
■ Isso não é da minha área? Por que temos de ficar presos a uma 
área? Vamos aceitar diferentes olhares, opiniões, conceitos, 
referências etc. A diversidade é que enriquece as possibilidades 
criativas. 
■ Não seja bobo? Bobo é quem guarda para si algo que deveria estar 
sendo compartilhado! Afinal, uma brincadeira aparentemente sem 
sentido pode ser a semente de uma solução inusitada. Um 
carrapicho que incomodou centenas de pessoas foi uma fonte 
inspiradora para uma delas, a ponto de ter inspirado a criação do 
velcro. 
■ Por fim, dizer que não é criativo é reforçar o maior de todos os 
bloqueios mentais. Afinal, quando falamos algo, nosso cérebro 
recebe essa mensagem como uma ordem e passa a segui-la. É o 
que nos ensina a neurolinguística, então devemos respeitar isso e 
parar de afirmar que não somos o que somos, que não temos o 
que temos e que não conseguimos o que temos condições plenas 
de conseguir. Reveja sua fala e estará revendo seu cérebro, suas 
crenças, padrões e competências! 
Então está na hora de quebrar os bloqueios! Rever suas práticas, suas 
falas, seus comportamentos, enfim, está na hora de começar a libertar aquela 
pessoa criativa, feliz e dinâmica que foi aprisionada dentro de você e começar a 
brincar de ser criativo. Em casa, na família, no trabalho, no lazer, na vida! 
Incorpore a seuespírito empreendedor todo esse potencial criativo que está 
dentro de você pedindo passagem para trazer ao mundo ideias interessante, 
úteis e diferenciadas! 
 
Leitura obrigatória 
A seguir, leia, reflita e exercite os ensinamentos repassados por Oech 
(1988), entre as páginas 75 e 85 de seu livro, no capítulo que ele designa como 
sendo “Intervalo”. 
 
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18 
Acesse o site Guia do Estudante e faça o teste: Qual é o seu nível de 
criatividade? 
http://guiadoestudante.abril.com.br/testes-vocacional/qual-e-o-seu-nivel-
de-criatividade-519911.shtml 
Para complementar seus estudos, leia o texto a seguir sobre algumas 
coisas que as pessoas criativas fazem diferente: 
http://www.brasilpost.com.br/2014/03/12/caracteristicas-pessoas-
criativas_n_4948909.html 
Muito interessante, não é mesmo? Aproveite para se aprofundar um 
pouco mais nesses conhecimentos, assistindo ao vídeo que os 
professores Elton e Henrique prepararam para você! Acesse o material 
on-line! 
O elo entre a criatividade, o empreendedor e a organização 
Depois de falarmos sobre o empreendedor e a criatividade, é importante 
fazer uma relação mais clara sobre o elo de cada um deles para com as 
organizações. Lembrando que organizações são todos os tipos de instituições 
que atuam visando o cumprimento de seus objetivos mediante a ação de 
pessoas. 
Ao se vincular a uma organização, qualquer pessoa, em especial o 
intraempreendedor, passa a ser um agente em prol dos resultados desejados 
por essa organização. Espera-se que a ação humana seja sinérgica, sistêmica 
e qualificada, contribuindo para que se chegue o mais próximo possível das 
metas, ou mesmo que as supere. Porém, na realidade nem sempre é o que se 
vê na prática. É comum encontrarmos ambientes organizacionais em que impera 
a competição entre pessoas, equipes e setores, nem sempre contribuindo para 
os objetivos gerais. Contextos de verdadeira guerrilha, desinformação, 
sabotagens e atitudes egoístas ou setorizadas acabam comprometendo a 
produtividade, lucratividade e, em alguns casos, a própria sobrevivência das 
organizações. 
 
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19 
Isso ocorre no ambiente interno, pois no entorno das organizações 
observam-se contextos semelhantes na disputa entre concorrentes, 
fornecedores e outros elementos. Há a interferência do sistema financeiro, das 
instituições governamentais, das leis e dos competidores de outros países que 
também causam tumulto à evolução das organizações, dificultando o 
cumprimento de suas metas. Também nesse ambiente, há pessoas nem sempre 
éticas, concorrentes imorais, regras que são pouco justas e procedimentos 
ilegais. 
 
 
As organizações precisam aprender a atuar tanto no contexto interno 
quanto externo e buscar caminhos para evoluir e crescer, considerando que, em 
muitos casos, as variáveis não são controláveis. 
O grande aliado das organizações no enfrentamento de tantos fatores 
desestabilizadores são as práticas de seus colaboradores. As organizações 
precisam criar condições, estruturas, culturas e climas que possibilitem a ação 
correta e efetiva de seus funcionários para obter melhores resultados. Aí entra a 
Altos impostos 
Legislações 
Concorrentes 
Fornecedores 
Importações 
Novas Tecnologias 
Falta de ética 
Monopólios 
Dumping 
Corrupção 
Egoísmo 
Etc. 
METAS 
 
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20 
questão da liderança e do empreendedorismo, pois uma boa brigada de 
intraempreendedores, bem articulada e respaldada, tende a ser suficiente para 
lidar contra um exército de inimigos, sejam eles econômicos, sociais, culturais, 
comerciais, éticos ou educacionais. 
É interessante observar que uma organização, em sua fase inicial, recebe 
energia empreendedora de seu fundador, sendo este capaz de energizá-la, 
direcioná-la e fazer sua gestão sem precisar de muita ajuda externa a si mesmo. 
Porém, com o crescimento da empresa, aumenta-se também sua complexidade, 
demandas, relações, desafios, e continuar contando apenas com a energia do 
fundador passa a ser um risco. A energia empreendedora precisa crescer junto 
com a empresa e isso significa que “empreender” não pode mais ser uma ação 
advinda de apenas uma pessoa, mas sim de várias, se possível, de todas. 
Segundo Montenegro, em artigo disponibilizado no site do SEBRAE, o 
intraempreendedorismo é indispensável para as empresas já estabelecidas e 
com certo grau de crescimento, pois recria a cultura empreendedora interna. 
Nesse contexto, segundo ele, o ambiente intraempreendedor deve possuir as 
seguintes características: 
■ A empresa opera nas fronteiras da tecnologia; 
■ Novas ideias são encorajadas; 
■ Não há parâmetro para a oportunidade; 
■ Abordagem de equipes multidisciplinar; 
■ Patrocinadores e defensores do modelo; 
■ Apoio da alta administração. 
Observando essas seis características, fica bem claro o quanto 
colaboradores empreendedores e criativos são necessários às organizações. 
Vamos analisar essas características para entender melhor essa questão, 
observe a tabela a seguir: 
 
 
 
 
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21 
 
Saber lidar com o real contexto, considerando suas ameaças e 
oportunidades, questões corretas e incorretas, potencialidades e limitações, faz 
parte do perfil ideal de colaboradores que, atuando com o apoio de seu espírito 
empreendedor e criativo, são capazes de fazer a diferença e alcançar as metas 
desejadas. 
Tal aproveitamento de potencial é responsabilidade constante da alta 
direção que deve organizar os elementos sob sua tutela de modo coerente, 
integrando pessoas, processos, tecnologias, recursos, parcerias e estratégias. 
Além disso, é necessário criar uma “personalidade” empresarial que considera 
como desejáveis fatores como atitude, curiosidade, aderência ao risco, aceitação 
do erro, exercício da criatividade e, ao mesmo tempo, limita ou elimina questões 
como ilegalidade, imoralidade, falta de ética, egoísmo, falta de senso de equipe, 
enfim, será a formação de uma organização sadia e voltada para a ação criativa 
e empreendedora que irá fazer com que floresça as características comentadas 
no quadro anterior. 
Deriva dessa constatação a mudança de perfil do líder personalista para 
o de uma liderança profissional. Nesse trânsito, a figura do líder fundador tende 
 
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22 
a ser alterada para a de líderes curadores. Curador no sentido de cuidador, de 
incentivador, de orientador e motivador. Veja a imagem a seguir: 
 
O líder curador se dedica a seu papel estratégico, observando mais o 
entorno e contexto de negócios que o ambiente interno, mas se cerca de bons 
gerentes para que estes façam o devido papel tático de realização de metas, 
sem se afastarem do ambiente interno e de sua função de inspirar, ouvir, motivar 
e orientar a organização e sua força de trabalho. 
Essa ação do líder é que ajudará na construção de um clima adequado 
para o exercício do espírito criativo & empreendedor, elemento-chave para a 
sobrevivência e sucesso das organizações. Portanto, não basta querer 
colaboradores criativos e empreendedores. As organizações precisam se 
estruturar para poder não somente ter esse precioso colaborador como também 
criar uma cultura adequada à ação deste elemento humano, respaldado por 
condições materiais, tecnológicas, operacionais e gerenciais. Esse é o desafio 
lançado a todas as organizações! 
 
 
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23Leitura obrigatória 
Leia as páginas 96 a 103 do livro Empreendedorismo, de Paulo Sertek, 
disponível na Biblioteca Virtual. 
E para complementar seus estudos sobre este tema, sugerimos que 
assista aos seguintes vídeos: 
https://www.youtube.com/watch?v=xY6Og5wQdF0 
https://www.youtube.com/watch?v=NWFIXfe8ii0 
 
Para aprofundar seus conhecimentos ainda mais, acompanhe ao 
vídeo a seguir com as explicações dos professores Elton e Henrique. 
Acesse o material on-line! 
A identificação de oportunidades 
 
“A palavra oportunidade vem de um nome de um vento. Os romanos 
tinham hábitos de nomear os ventos. Um dos ventos que apreciavam era 
chamado de Ob Portus, vento oportuno. Estes ventos levavam as embarcações 
para os portos.” 
Cortella (2007) 
 
É sempre aconselhável iniciar uma abordagem sobre um tema analisando 
a etimologia do mesmo, ou seja, a origem da palavra que dá nome ao tema. No 
caso de oportunidade, é interessante notar que a mesma está relacionada às 
forças que impulsionam uma situação (um empreendimento, por exemplo) para 
frente. Isso é algo muito relevante quando remetemos esse sentido para o 
contexto dos empreendedores e organizações. 
Na imagem a seguir, podemos entender melhor essa analogia. O barco 
representa os recursos, ou seja, tudo aquilo que a organização precisa para 
“navegar”. As pessoas são os condutores do barco “organização”. O destino é o 
porto seguro onde a organização quer atracar e que foi definido graças aos 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
24 
ventos que lhe possibilitaram escolher esse destino, ou seja, a oportunidade 
vislumbrada. 
As estratégias são os meios definidos pelas pessoas do barco para chegar 
ao porto e o mar é o mercado, com suas flutuações, tempestades e momentos 
de paz, que também recebe a navegação dos outros barcos, o dos concorrentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aqui vale aquela antiga afirmação de Sêneca: “Nenhum vento sopra a 
favor de quem não sabe para onde ir”. A oportunidade é que ajuda as 
organizações a dar o norte de suas ações, alimenta a bússola dos negócios para 
que se direcionem os recursos e estratégias em busca do ponto de chegada 
desejado. 
Oportunidade não é só a escolha de um destino. Também tem a ver com 
a manutenção de energia para a direção certa, pois de nada adianta um vento 
“certo” por pouco tempo. O vento da oportunidade precisa aparecer e ser 
mantido até que se chegue ao destino desejado. Isso, em termos de negócios, 
não é algo trivial. Identificar uma oportunidade é identificar o “vento” que melhor 
pode guiar a “nave” organização em direção ao “porto” ideal. 
 
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25 
Portanto, estamos falando de uma seleção de ideias. Nem toda ideia é 
uma oportunidade. O grande desafio do empreendedor nesse momento criativo 
é saber perceber se a ideia tem potencial inovador suficiente para se tornar uma 
oportunidade. Isso é algo que depende de alguns fatores. 
Uma ideia de negócio está inserida em um segmento de mercado que tem 
hoje uma clientela, um rol de competidores e o mercado em si, com suas 
características. É preciso observar isso previamente para a primeira seleção de 
ideias. 
 
Podemos avaliar uma ideia que tem uma clientela muito pequena. Isso 
não é impeditivo para que se torne uma oportunidade, mas é extremamente 
restritivo. A marca Ferrari, por exemplo, tem um mercado altamente restrito, mas 
é um segmento de clientes altamente ricos, ou seja, são poucos e estão 
dispostos a pagar caro por um carro dessa marca. Porém, para fazer esse 
público se interessar, a missão é altamente desafiante, onerosa e tecnológica. 
A ideia avaliada pode estar inserida em um mercado muito competitivo, 
com um número elevado de competidores. Nesse caso, o entrante terá uma 
dificuldade muito grande já que terá que lidar com um público acostumado com 
a facilidade de acesso e talvez já fiel a alguns dos competidores. Também 
precisará avaliar que se for um produto ou serviço com características de 
commodity, ou seja, a oferta existente é muito semelhante com difícil inserção 
de diferenciais, a disputa se daria essencialmente por preço. Nesses mercados, 
a “canibalização” é exagerada tornando a disputa muito intensa e agressiva, 
levando a uma séria e profunda reflexão do empreendedor antes de decidir 
entrar para essa disputa. 
A terceira questão diz respeito ao mercado de atuação. Há mercados em 
nascimento, em amadurecimento, maduros e em descendência. Essa curva de 
vida é fator de identificação do potencial de oportunidade da ideia. Não é 
interessante entrar em mercados em processo de diminuição de demanda, pois 
isso significa a extinção ou redução a um grau muito baixo de consumidores, 
 
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26 
tornando o segmento pouco interessante. Não queremos dizer que não exista 
oportunidade. Apenas é preciso avaliar se haverá demanda e se essa sustenta 
a ideia. 
Por exemplo, há os fornecedores de peças para carros antigos cujo nicho 
de clientes são colecionadores de carros fabricados no século XX. É uma parcela 
muito pequena de clientes e que precisam ser “buscados” em diferentes 
localidades do país e, por serem aficionados pelo tema, estão dispostos a se 
deslocar ou mesmo pagar bons preços pelas peças. Nesse caso, há um mercado 
relativamente estabilizado em termos de volume de clientes e pode ser 
interessante desde que se tenha como montar um acervo de peças que deem 
rentabilidade ao negócio. Porém, normalmente mercados muito restritos em 
termos de demanda não se mostram interessantes. 
Ainda é preciso avaliar questões como acesso à cadeia de suprimentos. 
Há mercados com uma concentração de mercado na mão de poucos e 
poderosos concorrentes que possuem um poder de barganha muito elevado a 
ponto de colocar barreiras de acesso aos fornecedores desses mercados ou 
então a questões de distribuição ou mesmo às tecnologias exigidas por esse 
mercado. 
Desse modo o entrante sofrerá muito para se estabilizar em termos 
operacionais e a tendência é de que tenha custos mais elevados, impactando 
seu preço e margem de lucro. Também é importante a percepção de qual tende 
a ser o montante inicial de investimento para avaliar se está dentro do 
“orçamento” do empreendedor e de seu poder de endividamento. 
Portanto, não se trata de um processo desconectado da realidade. É 
preciso uma avaliação criteriosa da ideia para identificar se ela é efetivamente 
boa, ou melhor, se ela é mesmo uma oportunidade. Para complicar ainda mais 
esse momento, além de olhar para os fatores externos comentados, o 
empreendedor precisa, ainda, avaliar a ideia em termos de si mesmo, ou seja, 
avaliar o quanto se sentiria feliz e motivado atuando naquele segmento de 
 
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27 
negócio. De nada adianta se aventurar em um negócio que não é prazeroso e 
motivador no dia a dia. 
Uma pessoa que abre uma padaria, por exemplo, deve saber que está 
entrando em um ramo de atividade que exige de seu proprietário uma dedicação 
muito grande, acordando muitíssimo cedo, despendendo atenção constante, 
atuação aos sábados, domingos e feriados etc. Se isso não faz parte do 
imaginário de trabalho do empreendedor, mesmo sendo uma ideia interessante 
e com alto potencial inovador, é melhor ser descartada. 
Isso significa que a avaliação de ideias precisa “casar” com o mercado e 
com o empreendedor. Sem esse “matrimônio”, a tendência é o “divórcio”. A 
oportunidade não irá muito longe e não deixará “filhos”. Portanto, antes que se 
tenha uma ideia,é necessário pensar sobre onde encontrar aquelas que tenham 
potencial para se tornarem oportunidades. Para onde olhar? Como observar? O 
que buscar? Enfim, como é que se adquire um olhar identificador de 
oportunidades? 
 
 
 
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28 
Todo bom pescador sabe da importância de se ouvir os pescadores da 
região quando está em busca de bons locais para pescar. Basta uma conversa 
rápida com eles e uma observação de suas atitudes e escolhas para saber onde 
devem estar os bons peixes da região. No caso de ideias para negócios a fonte 
de informação são as necessidades, sejam de pessoas ou organizações. 
Observar o que as pessoas ou organizações querem, precisam, desejam 
ou venham a necessitar é uma grande fonte de oportunidades. E, quando se fala 
em oportunidades, imediatamente vem à mente a teoria apresentada por Maslow 
sobre as necessidades humanas. Observe a figura: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A esse respeito, Schneider (2011) afirma que: 
 
Os níveis da pirâmide, de baixo para cima, indicam que quanto maior 
for o nível, maior a especialização, a complexidade e menor a 
competição, porém com necessidade de maior investimento. 
Normalmente, quanto mais baixo estiver na escala de necessidades, 
mais concorrido de menor complexidade e custo é o empreendimento. 
De qualquer modo, independentemente da altura em que a 
 
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29 
necessidade se encontre na pirâmide, o importante é satisfazê-la, seja 
inovando, seja criando valor para as pessoas ou organizações nos 
produtos e/ou serviços que lhes serão oferecidos. 
 
A percepção do nível em que se enquadra a oportunidade é um fator 
importante para entendê-la e avaliá-la. Isso faz parte da análise que comentamos 
anteriormente quando abordamos a questão de análise de público-alvo, 
concorrência e situação do mercado pretendido. Portanto, identificar 
oportunidades é um exercício de pesquisa, estudo, análise, avaliação e tomada 
de decisão. 
Nesse momento, é exigido do empreendedor competências relacionadas 
a: saber captar, organizar, analisar e avaliar informações; lidar com outras 
pessoas que possam passar informações importantes; e, ainda, dominar 
tecnologias da informação e criatividade, já que as informações precisam ser 
cruzadas, confrontadas, relacionadas, integradas. Enfim, é preciso “construir” 
uma oportunidade a contar das informações coletadas e que seja efetivamente 
uma ideia com potencial de inovação e possibilidades de sucesso no mercado. 
 
Leitura obrigatória 
 
Para complementar seus estudos, faça a leitura do artigo a seguir: 
http://www.sebrae.com.br/Estados/Estudo%20de%20Tend%C3%AAncia
s%20e%20Oportunidades%20de%20Neg%C3%B3cios%20em%20Goi%C3%A
1s.pdf 
O vídeo a seguir é muito interessante e valioso para entendermos melhor 
a questão de identificação de oportunidades oferecido pela Endeaver. Não 
perca! 
https://endeavor.org.br/o-modelo-de-timmons-para-o-plano-de-negocio/# 
A seguir, você encontrará a Cartilha do Empreendedor, que, mesmo 
sendo bastante básica e com linguagem mais voltada para empreendedores de 
menor formação acadêmica, é interessante observar as recomendações e dicas 
apresentadas pelo SEBRAE. 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
30 
http://www.bibliotecas.sebrae.com.br/chronus/ARQUIVOS_CHRONUS/b
ds/bds.nsf/F896176A3D895B71832575510075D2DB/$File/NT0003DCB6.pdf 
 
Nossos estudos não param por aqui! Assista ao vídeo que está disponível 
no material on-line e continue se aprofundando no tema! 
O empreendedor como gerador de oportunidades 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As oportunidades estão por todo lado. Percebê-las é parte importante do 
processo de empreender, mas é preciso ir além. Perceber, entender, relacionar, 
diferenciar, potencializar, avaliar, enfim, são atividades de um trabalho que exige 
bastante do empreendedor. Precisamos ser pessoas que buscaram e buscam 
certo perfil para que a ação empreendedora aconteça com maior grau de 
efetividade. Portanto, há pontos-chave que apontam nessa direção. 
A primeira questão, ao se avaliar uma oportunidade, é conhecer mais 
sobre ela e isso implica uma visão mais clara possível sobre quem é o público-
alvo, qual é a situação do mercado e, ainda, como se vai oferecer algo que tenha 
valor (diferenciado do que existe hoje) e de modo coerente em termos de como 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
31 
o cliente terá acesso a esse valor, como se relacionar com esse cliente e como 
cobrar por esse valor ofertado. 
Mas tudo isso não é suficiente. Afinal, são apenas os elementos que estão 
no ambiente externo. É preciso considerar que o sucesso está em fazer o que é 
preciso com o que se tem (elementos internos), de forma a se obter os resultados 
(externos desejados). Portanto, há também pontos-chave de ordem interna ao 
negócio. Vamos conhecer esses pontos. 
 
Verificadas essas questões de caráter mercadológico, presentes no 
entorno do negócio, é preciso passar o olhar para dentro do mesmo, buscando 
entender o que precisa ser feito na organização para que ela tenha condições 
de efetivar o que seu entorno está exigindo. Em outras palavras, quais são os 
itens de ordem interna que precisam ser trabalhados para que se tenha sucesso 
no ambiente competitivo? Veja a seguir: 
■ Eu conheço esse mercado. Sei o que é oferecido nele, de que modo, 
onde, como, com que jeito e formas de pagamento! 
■ Eu sei quem é o cliente e/ou consumidor desse mercado. Tenho ideia 
quantitativa e de perfil de consumo e preferências. 
■ Consciente da importância de manter uma boa relação com meus 
clientes e/ou consumidores já defini como irei estruturar meios de 
viabilizar esse contato da maneira mais adequada e econômica. 
■ Tenho uma boa noção de onde posso oferecer meu produto/serviço 
visando facilitar, incrementar e efetivar o consumo do mesmo. 
■ Já identifiquei a forma como irei captar dinheiro em meu negócio. 
Avaliei como o mercado hoje está captando recursos financeiro e 
mapeei a melhor forma de atuar nessa questão. 
O empreendedor precisa ter a competência de, a partir de uma pesquisa 
e leitura do mercado, definir os elementos importantes do negócio que pretende 
criar ou reformular: 
■ O que vai diferenciar meu negócio? 
 
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32 
■ Quem será meu cliente? 
■ Como vou atender esse cliente? 
■ Como vou me relacionar com esse cliente? 
■ Como vou cobrar por meu produto/serviço? 
Se há valor no que se pretende oferecer, a pergunta é: quais são as 
atividades necessárias para que esse valor seja real e efetivo? Há ações da 
empresa que não podem falhar e identificar que atividades são essas é essencial 
para se avaliar o atendimento da oportunidade. 
Como empreendedor, é necessário ter claro quais atividades precisarei 
desenvolver em meu negócio que não poderei falhar de jeito nenhum! Devo 
saber, também, em que vou precisar investir para que minhas atividades 
funcionem bem e para que eu possa cumprir o que prometi ao mercado. Além 
disso, preciso definir com quais elementos externos precisarei contar para que 
minhas atividades funcionem a contento. 
É essencial ter uma consciência clara de quais serão meus custos fixos e 
variáveis para que possa dimensionar bem minha produção, estrutura e volume 
de vendas ideal. 
O empreendedor precisa ter a competência de olhar para dentro do 
negócio e estruturá-lo adequadamente. Essa forma de organizar o negócio, 
garante que suas promessase premissas externas possam ser suportadas e 
atendidas com qualidade, efetividade e economicidade. 
As atividades acabam ocasionando a necessidade de investimentos para 
que os recursos estejam disponíveis para sua operacionalização e também se 
torna importante decidir sobre o que será realizado pela própria empresa e o que 
será terceirizado ou cumprido por parceiros. 
Essas escolhas vão impactar nas atividades e grau de imobilização e 
qualidade do valor oferecido. Isso nos remete à avaliação de quais serão os 
principais custos do negócio proposto. É importante se ter uma ideia de quais 
serão os principais elementos de custos, seja direto ou indireto. 
 
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33 
Percebe-se que esse trabalho de avaliação de uma oportunidade no qual 
se busca dar um padrão, um perfil ou mesmo uma modelagem para o negócio 
proposto é algo que exige do empreendedor certo traquejo, uma facilidade em 
lidar com essas questões e isso nos remete ao CHA Empreendedor, só que aqui 
voltado para esse momento de formatação da oportunidade. 
 
O CHA EMPREENDEDOR 
CAPACIDADES HABILIDADES ATITUDES 
Lidar bem com informação Pesquisar, tabular, 
analisar e organizar dados 
e informações. 
Perguntar, trocar 
ideias, solicitar apoio, 
identificar e acessar 
fontes confiáveis e 
adequadas. 
Fazer análises e sínteses Matemáticas, lógicas e de 
uso da tecnologia da 
informação. 
Ler, refletir, associar, 
relacionar, sintetizar, 
criar, reorganizar. 
Tirar conclusões Avaliação, medição de 
risco e complexidade, 
hierarquizar e categorizar. 
Conversar com 
pessoas que podem 
ajudar a orientar. 
Tomar decisões Resolver problemas, 
escolher alternativas, 
avaliar consequências. 
Pedir opiniões, 
delegar, quantificar 
risco e consequências. 
Negociação Comunicar bem, 
argumentar, gerenciar 
conflitos, superar 
obstáculos. 
Pró-atividade, empatia, 
paciência, 
convencimentos, 
argumentação. 
 
 
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34 
O empreendedor precisa ser capaz de lidar de forma eficaz com a 
informação e isso lhe exige uma boa habilidade para achar dados relevantes, 
saber organizá-los de forma correta, trabalhar uma tabulação deles e depois 
analisá-los de modo a serem capazes de efetivar informações que lhes darão a 
melhor montagem possível do negócio a ser estruturado para aproveitamento da 
oportunidade. 
Isso acontece quando o empreendedor é capaz de se comunicar bem, 
desenvolver conversas que lhe apontem os melhores caminhos para localizar 
informações, achar meios de acesso às fontes mais adequadas, enfim, um 
conjunto de atitudes que ele precisa exercitar para que essa capacidade seja 
efetivada com competência. 
É importante que ele também seja capaz de efetuar análises e sínteses, 
pois a amplitude de informações é muito grande e a relação entre elas nem 
sempre é trivial. 
Lembramos que um bom domínio de informática é essencial, pois o uso 
de ferramentas eletrônicas como planilhas, gerenciadores de bancos de dados 
e softwares de estatística são fatores-chave para que se trabalhe bem os dados 
em seu processo de transformação em informação, para daí se analisar essa 
informação, convertendo-a em conhecimento a ser aplicado na oportunidade. 
Esse trabalho de conversão de informações em conhecimentos preciosos 
é algo determinante para a elevação do grau de inovação do negócio proposto. 
As informações trabalhadas e analisadas precisam ser também discutidas com 
pessoas com outros pontos de vista, que dominem outros conhecimentos e que 
possam ajudar a ampliar o poder de avaliação e efetivação de conclusões por 
parte do empreendedor. A contar disso, será possível o exercício das tomadas 
de decisão que serão decisivas para o desenho do mapa que dará visão ao 
contexto, forma e características da oportunidade a ser aproveitada. 
Aprendemos que identificar uma oportunidade de negócio – fruto de um 
exercício pleno de criatividade e inovação – é apenas parte do processo. Além 
de identificar, é preciso saber estruturar uma oportunidade de negócio e isso 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
35 
demanda a consideração de elementos internos e externos do negócio proposto. 
É que esses elementos requerem competências humanas bem definidas, 
compostas de capacidade, habilidades e atitudes bem específicas. 
Esse formato de aproveitamento da oportunidade, uma vez pronto, deve 
então passar por um período de discussão, aprimoramento, avaliação, enfim, 
deve passar por diferentes perfis até chegar ao formato final. Isso se dá a contar 
de uma ampla discussão dele junto a todos os envolvidos de modo que cada um 
opine e critique o modelo até que ele chegue ao perfil mais evoluído e acabado 
possível. Com a modelagem concluída, a oportunidade estará mapeada e pronta 
para ser trabalhada em termos de sua efetivação. 
A constatação no presente tema é que a ação empreendedora necessita 
transitar entre o querer, o ser criativo e ainda, entre a criatividade e a inovação. 
Ou seja, para que se possa fazer uma caminhada com resultados acima da 
média, trazendo diferenciações expressivas e efetivamente conectadas com o 
mercado e público-alvo, o empreendedor precisa passar por diferentes 
momentos, exercitando um perfil adequado a cada passo e culminando com a 
construção de um modelo de negócio que seja realmente capaz de aproveitar de 
modo pleno uma oportunidade identificada. 
 
Leitura obrigatória 
Leia, no capítulo 3 do livro: A Caminhada Empreendedora (páginas 62 
a 68), a parte em que o autor aborda a questão da transformação de 
necessidades em oportunidades. Acesse a Biblioteca Virtual. 
Para se aprofundar ainda mais, leia o artigo que está disponível a seguir: 
http://www.portalunisaude.com.br/downloads/rae/empreendedorismo.pdf 
No vídeo a seguir, João Bonomo, do Ibmec, e Enio Borges, da Endeavor, 
conversam sobre empreendedorismo e atitudes inovadoras, e explicam como 
negócios e oportunidades surgem durante o período de crise. Além disso, eles 
explicam quais características são fundamentais para se lançar no mercado 
como empreendedor. Não perca! 
 
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36 
https://www.youtube.com/watch?v=GFsTRthlPNI 
No próximo vídeo, o SEBRAE Papo de Negócio fala das dúvidas mais 
básicas sobre ideias e oportunidades com Prof. Marcelo Nakagawa: 
https://www.youtube.com/watch?v=UPX43X1AX6o 
 
Para concluir os estudos deste tema, acompanhe as considerações dos 
professores Elton e Henrique no vídeo que está disponível no material on-
line. 
Na prática 
 
Inovar para sair da crise mediante criatividade 
 
Uma indústria de móveis vem passando por uma crise mais intensa que 
a de seus concorrentes. Seus custos têm subido, a receita caído, as reclamações 
e devoluções são constantes e sua participação no mercado vem se reduzindo. 
A direção muito preocupada com esse contexto informou, mediante um 
cartaz nos quadros de aviso, que gostaria e também recompensaria ideias 
criativas que fossem úteis à organização. Mas o fato é que surgiram dos 
colaboradores apenas algumas poucas ideias pouco criativas e aplicáveis. A 
direção percebeu que soluções realmente úteis demandariam maior criatividade 
e isso não parecia estar muito disponível em seu ambiente interno. 
O gerente de RH foi então chamado para que desenvolvesse um projeto 
que levantasse o potencial criativo dos colaboradores e fosse capaz de fazer 
surgir um rol de ideias que fizesse evoluir e melhorar o contexto da organização. 
Avaliando a questão, o Gerente de RH discutiu a demandacom sua equipe e os 
incumbiu de determinar que características criativas deveriam ser reforçadas e, 
ainda, que meios poderiam ser usados para esse reforço. Considerando ser esse 
o contexto da demanda e as características desse ramo de negócio, pense nas 
seguintes perguntas: 
 
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37 
a. Quais seriam as cinco características que você proporia como sendo 
importantes para serem reforçadas? 
b. Quais seriam os cinco meios mais adequados para desenvolvimento 
desses reforços? 
Importante que tudo seja apresentado com justificativas que demonstrem 
ser realmente boas escolhas e que as características e meios apontados são 
coerentes entre si. 
Acesse o material on-line e assista ao vídeo para saber como o professor 
Elton resolveria o caso! 
Síntese 
Na aula de hoje, estudamos os desafios que sucedem a decisão do 
empreendedor de buscar a realização de seu sonho. A contar de seu efetivo 
querer, ele passa para a definição do alvo de sua ação empreendedora e, nesse 
momento, ele precisa lançar mão de seu potencial criativo, o que muitas vezes 
se torna um problema já que ele não está acostumado a ser criativo ou mesmo 
nem se considera detentor de criatividade. 
Foi trabalhada a importância da criatividade, seus conceitos, 
características, desafios e caminhos para que seja algo presente e constante na 
vida do empreendedor, inclusive colaborando de diferentes maneiras na sua 
caminhada empreendedora. Daí surgem as relações entre o empreendedor, sua 
criatividade e as organizações, as formas como esses três elementos de 
integram, se interdependem e precisam de um agir sistêmico e convergente. 
Porém, criatividade por si só não é suficiente para que se defina o destino 
da ação empreendedora. Ela precisa colaborar com o processo de identificação 
de oportunidades de negócios que sejam realmente interessantes, necessários 
e diferenciados, e também que possam se tornar boas opções no mercado. 
Essa atividade de identificação de oportunidades demanda certas 
competências do empreendedor e, quando detectadas, demandam outras 
competências para que ele seja capaz de transformá-la em um bom modelo de 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
38 
negócios. Portanto, o caminho da criatividade à inovação é composto de muitos 
desafios, competências, percepções, análises e conexões. Tal realidade vem 
provar que o empreendedor precisa ser efetivamente alguém com bom nível de 
conhecimento, detentor de boas competências e, ao mesmo tempo, 
determinado, pois encontrar uma boa ideia de negócio com alto poder de 
inovação é um desafio a ser vencido nessa etapa da ação empreendedora. 
 
Até a próxima aula! 
 
Acesse o material on-line e assista ao vídeo com as considerações 
finais dos professores Elton e Rodrigo. Aproveite e reveja os principais 
conteúdos abordados nesta aula. 
Referências 
ABRIL - Guia do Estudante: Qual é o seu nível de criatividade? - 
http://guiadoestudante.abril.com.br/testes-vocacional/qual-e-o-seu-nivel-de-
criatividade-519911.shtml 
BARRETO, Roberto Menna. Criatividade no trabalho e na vida. São Paulo: 
Summus, 1997. 
 Cartilha do SEBRAE: Cartilha do Empreendedor - 
http://www.bibliotecas.sebrae.com.br/chronus/ARQUIVOS_CHRONUS/bds/bds.
nsf/F896176A3D895B71832575510075D2DB/$File/NT0003DCB6.pdf 
CORTELLA, Mario - Qual é a tua obra? - Inquietações Propositivas Sobre Ética 
, Liderança e Gestão. São Paulo: Vozes, 2007. 
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