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TRABALHO SOBRE A REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL NO BRASIL

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FACULDADE DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E SOCIAIS 
APLICADAS DO ARAGUAIA – FACISA
COORDENAÇÃO DO CURSO DE DIREITO
ANA PAULA ALMEIDA SILVA
DEBORAH THAYS ROSA DE SOUZA
FABIO PEREIRA DA SILVA
KLAYTON CARDOZO SILVA
A REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL NO BRASIL
Barra do Garças – MT
Outubro - 2017
ANA PAULA ALMEIDA SILVA
 DEBORAH THAYS ROSA DE SOUZA
FABIO PEREIRA DA SILVA
KLAYTON CARDOZO SILVA
A REDUÇÃO DA MAORIDADE PENAL NO BRASIL
Trabalho acadêmico elaborado sob orientação de conteúdo da Prof. Dr. Gisele Silva Lira de Resende para fins de avaliação na disciplina de Estudos Sócio - Antropológicos do Direito, do curso de Direito, da Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais Aplicadas do Araguaia – FACISA.
Barra do Garças – MT
Outubro – 2017
	
1 INTRODUÇÃO
Este trabalho tem o objetivo de apresentar informações e dados sobre a proposta de redução da maioridade penal no Brasil. Delineando um caminho que pretende levar a uma compreensão ainda maior dos aspectos que rodeiam essa proposta de mudança contemporânea e tão importante em nosso ordenamento jurídico. A referida proposta de mudança, poderá ocorrer mediante um Projeto de Emenda Constitucional (PEC), alterando a inimputabilidade de menores de dezoito anos. Essa tentativa de mudança conta com a PEC 171 que foi proposta em 1993 pelo então Deputado Benedito Domingos, após isto teve seu texto alterado, foi arquivada e desarquivada por diversas vez até 2015, onde o então o Presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha desengavetou a proposta e a mesma foi aprovada em primeiro turno nesta casa. Esta PEC visa alterar em específico a redação do art. 228 da Constituição Federal: “são penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às normas da legislação especial”. (BRASIL, 1988)
2 A REDUÇÃO DA MAORIDADE PENAL NO BRASIL
A PEC 171/93 foi aprovada na Câmara dos Deputados em 19/08/2015, com o pleito de 473 deputados, sendo que 320 votaram sim, 152 não e 1 abstenção. Após sua aprovação na Câmara a mesma foi encaminhada ao Senado no dia 21/08/2015 com 141 páginas. Como determina o rito de aprovação de uma Emenda Constitucional, depois de ser aprovada na Câmara dos Deputados por três quintos dos votos, será submetida de mesma forma a votação no Senado Federal.
A Comissão de Constituição e Justiça do Senado votou por 10 votos a 8 na manhã do dia 27/09/2017, pelo adiamento da análise de quatro PEC’s que tratam da redução da maioridade penal. A votação deve ocorrer em até 30 dias desta data. Tal decisão foi tomada devido a pressão feita pela ONU e Ministério dos Direitos Humanos, através de notas publicadas por estas instituições.
A PEC 171 é considerada inconstitucional por alguns pois fere o art. 60, $ 4, IV, pois ela tende a abolir os direitos e garantias constitucionais, que são as cláusulas pétreas. Além de contrapor o mandato constitucional previsto no caput do art. 227 da C.F., juntamente fere o tratado dos direitos humanos em especial a Convenção dos Direitos da Criança das Nações Unidas.
3 O ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE (ECA)
Os menores de 18 anos tem uma norma especial para lidar com suas infrações chamado Estatuto da criança e do adolescente. O ECA age em caráter protetivo e pedagógico, prezando pela educação do jovem e não por sua punição, até a linguagem do ECA é diferente do nosso código penal, pois, ele não fala de crimes e sim de infrações, não fala de penas mas sim de medidas socioeducativas.
3.1 MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS
Para muitos que são a favor da redução, entende-se que o estatuto impede a punição, sendo o contrário, o ECA prevê punições para os jovens de 12 a 18 anos, podendo estender-se até 21 anos incompletos, conforme o art.2 do ECA, que podem ser responsabilizados por suas infrações, podendo assim ser submetidos a 6 tipos de medidas socioeducativas previstas no art.112 do ECA, que são aplicadas pelo juiz da infância e juventude.
São elas:
Advertência (Art.115 do ECA) - Tem o objetivo de esclarecer ao adolescente sobre as consequências de uma reincidência infracional.
Prestação de serviços à comunidade (Art.117 do ECA) - Realização de tarefas gratuitas em uma comunidade por parte do adolescente, durante o período máximo de 6 meses e por até 8 horas semanais.
Obrigação de reparar os danos causados (Art.116 do ECA) - Ressarcimento por parte do adolescente, pelo dano econômico que causou a vítima.
Liberdade assistida (Art.118 e 119 do ECA) - Acompanhamento ao adolescente por equipes multidisciplinares que irão ajudá-lo em áreas como, educação, saúde, esporte, lazer, entre outros.
Semi-liberdade (Art.120 do Eca) - O jovem passa a semana em unidades especializadas, com sua liberdade restrita e aos fins de semana passa com a família, com devida autorização de autoridade competente.
Internação (Art.121 a 125 do ECA) - Está medida socioeducativa priva a liberdade do jovem, e tem o prazo máximo de até 3 anos.
3.2 FALHAS NOS ESTATUTO 
Este ano o ECA completou 27 anos com graves problemas, ineficiência e em grande parte ineficaz na pratica de aplicar suas normas ,um estatuto que na pratica funciona muito pouco ,ao ler o Eca é lindo, um texto sensacional com todas as soluções para a reinserção dessas crianças e adolescentes na sociedade, deixando bem claro todos os direitos desses Jovens, só que a realidade é bem diferente e triste, a falta de estrutura e profissionais preparados para dar amparo, estrutura físicas em deterioração, os centros socioeducativos se assemelham a prisões com superlotações, maus tratos, e condições sub-humanas, sendo que o correto seria, ao invés de punição os poderes públicos deveriam investir mais em saúde, educação, cursos de capacitação, programas de oportunidade, e inclusão social com profissionais capacitados para atender às necessidades desses jovens, seria mais fácil para o Estado prevenir através de políticas públicas, com o qual teria um custo bem menor do que a repressão ,dando suporte às famílias, erradicando o trabalho escravo, a violência sexual, maus tratos entre outros.
3.3-VISÃO DE ESPECIALISTAS
Na visão de alguns especialistas reduzir a maioridade penal seria um duro golpe contra o Eca, revogando assim a proteção dos adolescentes de 16 e 17 anos e não seria uma solução para os problemas, para eles o segredo é a prevenção, pois sem o suporte necessário eles acabando indo de encontro com o crime, na visão deles o crime só inclui quando o estado exclui.
Nas palavras do consultor Edson: “A lei manda controlar, mas não controlam. Manda fiscalizar, mas não fiscalizam. O menino que deveria estar em liberdade assistida, anda com uma faca, comete um crime, mas a culpa não é do estatuto e sim de quem não observou as regras.” (SÊDA, 2015, p. 28).
4 PRÓS E CONTRAS
4.1 PRÓS
Os que argumentam a favor da maioridade penal de 18 anos para 16 anos, defendem que se esses adolescentes já têm o discernimento suficiente para distinguir o certo do errado, e podendo assim exercer o seu papel de cidadão elegendo seus governantes, trabalhar e casar por qual motivo não seria capaz de responder por seus delitos perante a sociedade.
As punições previstas pelo ECA são falhas e trata os menores com certos privilégios, não condiz com aquilo que é posto, deixando a sociedade com o pensamento de impunidade, referentes aos menores infratores.
Devido a falha que há no sistema menores infratores deixam de ser considerados reincidentes aos dezoito anos, pelo fato dos mesmos não responderem penalmente como adultos, ao chegar a maioridade são vistos como se não houvesse nenhum ato infracional cometido anteriormente. 	
Com a redução da maioridade diminuiria o aliciamento dos traficantes aos menores, pois dessa forma não seriam utilizados como ferramentas ao ato ilícito impune, assim sendo, teria menos menoresno tráfico.
Nos dias atuais a restrição à liberdade e de no máximo por três anos, o que estimula esses Jovens a pratica criminosa.
Colocando esses menores infratores na prisão com penas equivalentes aos crimes por eles cometidos cessaria a sensação de impunidade que paira sobre eles, os inibindo de cometer mais atos infracionais.
A maior parte da população e a favor da redução da maioridade penal, pois acreditam que os menores não sofrem as punições cabíveis.
4.2 CONTRAS
 No Brasil a violência está profundamente ligada a questões como desigualdade social, falha na educação e desestrutura familiar, a redução da maioridade não solucionará os problemas em que a sociedade se encontra, pois a redução punirá jovens afetados por uma realidade social no qual eles não têm culpa de serem inseridos.
Sendo o índice de reincidência prisional relativamente alto, os presídios sofrem com uma superlotação, onde reduzindo a maioridade penal causaria danos quase que irreparáveis, pois se para os adultos já não é oferecido um suporte para que seja reinserido na sociedade, imagina para esses jovens, o que agravaria ainda mais a crise no sistema prisional.
Para se prevenir novos crimes, a educação seria mais eficiente que a punição, levando esses jovens a ter mais acesso a escolas, cursos profissionalizantes e inserção ao mercado de trabalho.
Crianças e adolescentes têm um patamar de desenvolvimento menor que o dos adultos, inserir esses jovens em um sistema prisional decadente, convivendo com bandidos, traficantes, estupradores entre outros, só piora a situação.
A constituição protege os menores de 18 anos, o que não pode ser mudado, pois, segundo o Art.228 da Constituição Federal (Cláusula Pétrea), protege os jovens menores de 18 anos, que são penalmente inimputáveis, sendo assim, não podendo ser condenados à prisão de adultos.
A grande maioria dos países do mundo, cerca de 61%, adotam a maioridade aos 18 anos. Reduzindo a maioridade penal os mais afetados seriam jovens em condições vulneráveis, ou seja, negros, pobres e moradores de bairros periféricos.
5 ESTATISTICAS
5.1 OPINIÃO DOS BRASILEIROS SOBRE A MAIORIDADE PENAL
Uma pesquisa de opinião em âmbito nacional, sobre a redução da maioridade penal, mostrou que 83,9% dos brasileiros são a favor da redução. Somente 16,1%dos entrevistados se declararam contra.
A região Centro Oeste do País é o que tem maior índice de aprovação a redução, com 84,83% da população a favor. E a região Nordeste, o índice de reprovação da população foi de 16,89%.
Entre os Estados brasileiros o que teve o índice maior de apoio a redução foi o estado de Mato Grosso com 87,84% da população a favor. O de menor foi o de Sergipe com 80,15%.
5.2 ADOLESCENTES NO CRIME
No Brasil, até junho de 2011, cerca de 90mil adolescentes cometeram atos infracionais, destes 30% cumprem medidas socioeducativas. Esse número, embora alarmante, considera apenas 0,5% da população jovem do Brasil, onde tem-se 21 milhões de jovens entre 12 e 18 anos.
Em 2006 o sistema prisional tinha cerca de 401.236 pessoas adultas e havia 15.426 jovens internados. Isso representa que dos crimes praticados, 96,3% são cometidos por adultos e 3,7% são cometidos por adolescentes, onde menos de 1% desses crimes cometidos por adolescentes, são contra a vida. Destes a estimativa de adultos reincidentes é de 70%, e no sistema sócio educativo é de 20%. Só na Fundação Casa em São Paulo a reincidência é de 14%. 
Em uma pesquisa da ONU nos países que fazem parte da organização, em média os jovens infratores representam 11,6%, enquanto no Brasil o índice é de 10%. Sendo assim o Brasil está dentro dos padrões internacionais, e até mesmo abaixo do índice. No Japão o índice é de 42,6%, ou seja, altíssimo e mesmo assim a idade penal de lá é de 20 anos.
6 OPINIÃO DAS INSTITUIÇÕES
Existem diversas instituições brasileiras que se posicionam sobre a redução da maior idade penal, no qual algumas delas são:
OAB (Ordem dos Advogados Brasileiros) - Para a OAB não podem estar eivadas por comoção, sob pena de agravar o problema ao invés de resolve-lo. Para entidade o estado brasileiro deve primeiro cumprir suas funções sociais antes de remeter a culpa pela falta de segurança ao sistema de maioridade penal.
ANADEP (Associação Nacional dos Defensores Públicos) - Sustentam que a imputabilidade penal aos dezoito anos assegura a responsabilidade infracional. 
CONANP (Associação Nacional dos Membros do Ministério Público) - Manifesta que a inimputabilidade não significa irresponsabilidade ou impunidade, sendo que os adolescentes são submetidos às medidas socioeducativas. Faz-se então necessário a imediata implantação de programas a elas relacionados, universalizando-se a todas as crianças e adolescentes o acesso aos seus direitos fundamentais. 
AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros) – Considera a redução da maioridade penal como um ato inconstitucional, pois viola clausula pétrea. E que essa redução iria agravar o quadro de violência e criminalidade no país, uma vez que o sistema carcerário brasileiro não ressocializar, e sim há necessidade de políticas públicas para reduzir os crimes e garantir a segurança da população também por meio da ressocialização. 
CONANDA (Conselho Nacional dos Direitos da Crianças e do Adolescente) – Com o mesmo entendimento de inconstitucionalidade, reforça que o Estado, a comunidade, a sociedade e a família devem assumir responsabilidade pela promoção e proteção das crianças e dos adolescentes, como forma de prevenir o incremento dos problemas sociais existentes. 
ONU (Organização das Nações Unidas) – Afirma que a redução da maioridade penal vai em sentido contrário a normativa internacional, representando um retrocesso aos direitos humanos. Entende que a questão de infrações cometidas por adolescentes e jovens, não devem ser tratadas exclusivamente como uma questão de segurança pública e sim também como um indicador de uma restrição ao acesso de seus direitos fundamentais.
Portanto, vê-se como estas entidades opõem-se a redução da maioridade penal, seja pela inconstitucionalidade, seja pelos maléficos efeitos causados na sociedade.
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
No contexto atual, existem inúmeras divergências sobre a questão da redução da maioridade penal, não havendo possibilidade de consenso pelo menos em curto prazo. Deste modo o estudo de medidas que visam sanar as questões de segurança pública aliados aos estudos de medidas que visam assegurar e integridade do menor são essenciais.
Entretanto, o aumento da criminalidade infanto-juvenil que, cada vez mais, recruta número superior de jovens, faz com que a maioridade penal seja o foco de grandes polêmicas e discussões na sociedade, sobretudo no meio jurídico. Contudo, não coube, no presente artigo, exaurir a matéria e a polêmica em questão. Em vez disso, tratou-se de priorizar a discussão e análise da PEC 171/1993.
Todavia, uma tese é certa: o fato de reduzir pura e simplesmente a idade penal não resolveria o problema da criminalidade em si, pois o adolescente é uma pessoa em desenvolvimento, não podendo ser atribuída a ele exclusivamente a responsabilidade pela prática de um ato infracional. Ao contrário, em se reduzindo a idade penal, de uma forma geral, seriam recrutadas crianças e adolescentes ainda mais novos para o mundo do crime. 
Os menores infratores, por outro lado, não devem continuar com a atual sensação de impunidade, que paira sobre eles. Dessa forma novas medidas socioeducativas equivalentes aos “crimes” cometidos por eles, contribuiriam para a inibição de novos atos infracionais. 
É necessário ressaltar que, para que se resolva o problema dos “crimes” praticados por menores, não basta necessariamente ameaçá-los com a imputabilidade, é preciso também toda uma mudança social criando oportunidades de preparação para o ingressodo menor na sociedade e de ressocialização do menor infrator. 
Desta maneira, sugere-se a continuação e aprofundamento desta pesquisa no sentido da descoberta de medidas socioeducativas capazes de ao mesmo tempo inibir a sensação de impunidade e criem oportunidades de preparação e ressocialização do menor infrator.
8 REFERÊNCIAS
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal, 1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituição.htm>. Acesso em: 26 out. 2017.
ADORNO, Luís. Após pressão da ONU e Direitos Humanos, votação sobre redução da maioridade penal é adiada. Uol Notícias Cotidiano. São Paulo, 27 set. 2017. Disponível em <https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2017/09/27/apos-pressao-da-onu-e-direitos-humanos-votacao-sobre-reducao-da-maioridade-penal-e-adiada.htm>. Acesso em: 26 out. 2017.
BRASIL. Comissão especial destinada a proferir parecer à proposta de emenda à Constituição PEC Nº 171-A, de 1993. Brasília, DF: Câmara Dos Deputados, 2015. Disponível em: <http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1349513>. Acesso em: 26 out. 2017.
BRASIL. Direito e Justiça: Pesquisa: 83,9% dos brasileiros são favoráveis à redução da maioridade penal. Brasília, DF: Câmara Dos Deputados, 2015. Disponível em: <http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/DIREITO-E-JUSTICA/494131-PESQUISA-83,9-DOS-BRASILEIROS-SAO-FAVORAVEIS-A-REDUCAO-DA-MAIORIDADE-PENAL.html>. Acesso em: 26 out. 2017.
BRASIL. 18 Razões Contra a Redução da Maioridade Penal. 2015. Disponível em: <https://www.geledes.org.br/18-razoes-contra-a-reducao-da-maioridade-penal/>. Acesso em: 26 out. 2017.
BRASIL. Redução da maioridade penal e o Estatuto da Criança e do Adolescente. 2016. Disponível em: < http://fundacaotelefonica.org.br/promenino/trabalhoinfantil/colunistas/ reducao-da- maioridade-penal-e-o-estatuto-da-crianca-e-do-adolescente/>. Acesso em: 26 out. 2017.
CASAL, Marcello. Redução da maioridade abre precedente para revogar parte do ECA, diz advogado. Brasília, 12 jul. 2015. Disponível em < http://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2015-07/reducao-da-maioridade-abre-precedente-para-reinterpretacao-do-eca>. Acesso em: 26 out. 2017.

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