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Aula 08 DA PESSOA JURIDICA

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É o ente que recebe da lei personalidade e capacidade para fazer o que é possível na sua condição de pessoa jurídica (fazer aquilo que é compatível com a pessoa jurídica).
É todo ente formado pela coletividade de pessoas ou de bens que adquire personalidade jurídica própria por força de disposição legal.
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Pessoa jurídica é, assim, a entidade ou instituição que, por força das normas jurídicas criadas, tem personalidade e capacidade jurídicas para adquirir direitos e contrair obrigações. Ela nasce do instrumento formal e escrito que a constitui (art. 45 CC), ou diretamente da lei que a institui.
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Universitates personarum ou universalidade de pessoas: agrupamento de pessoas com personalidade distinta de seus mebros e patrimônio próprio. Constituem as sociedades e associações.
Universitates rerum ou universalidade de bens: agrupamento de bens destinados a um fim específico, também com personalidade autônoma. São as chamadas fundações.
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Também chamadas de:
Pessoa jurídica intersubjetiva é aquela que se forma entre sujeitos (pessoas) ou coletividade de pessoas. Ex.: as sociedades simples ou empresárias, associações.
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Pessoa jurídica patrimonial é aquela formada pela coletividade de bens. Ex.: fundações privadas.
Pessoa coletiva, pessoa moral ou ente de existência ideal são expressões sinônimas de pessoa jurídica. Outras expressões utilizadas: pessoas sociais, compostas, universais, abstratas e fictícias.
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Vontade humana: criadora, intenção de criar.
Ato constitutivo: é necessariamente um documento escrito.
De uma sociedade, é o contrato social.
De uma associação, é o estatuto social. 
De uma autarquia, é a lei. 
De uma fundação, origina-se de um testamento ou escritura pública, posteriormente materializada em um estatuto social.
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Registro/arquivamento do ato constitutivo:
Sociedade de advogados: na OAB.
Sociedade empresária: na Junta Comercial.
Sociedade simples, fundação e associação: no Cartório de Registro Civil de Pessoa Jurídica.
Objeto lícito: é também um requisito de validade.
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A) TEORIAS AFIRMATIVAS DA PESSOA JURÍDICA:
Teoria da equiparação:
	Defende que as pessoas jurídicas adquirem personalidade jurídica em razão de a lei equiparar bens a pessoas.
	Crítica: não se pode equiparar pessoas a bens (coisificação da pessoa humana). Pessoas têm personalidade jurídica, podendo ser sujeitos de direito. Já os bens não têm personalidade jurídica, logo nunca podem ser sujeitos de direito, mas apenas objetos de direito. 
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Teoria da ficção legal:
	Defende que a pessoa jurídica é uma mera ficção legal, pois só existe por uma determinação legal que a considera um ser existente.
	A pessoa jurídica somente tem existência ideal. Nega-se sua existência real (material). 
	Principal defensor: Savigny.
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Teoria da realidade objetiva (realidade orgânica ou organicionista):
	Esta teoria se contrapõe a teoria da ficção legal.
	Defende que a personalidade das pessoas jurídicas é fruto de sua existência real (material). 
	Seriam organismos sociais vivos. Defende que toda pessoa jurídica tem a sua identidade organizacional própria. 
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Teoria da realidade técnica ou da realidade das instituições jurídicas:
	É a soma das teorias da ficção legal e da realidade objetiva. 
	A pessoa jurídica é uma realidade técnica, e não sociológica, para satisfação de interesses humanos.	
	Defende a existência real das pessoas jurídicas e que a sua personalidade jurídica é fruto de reconhecimento da lei.
	
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	A lei não tem força criadora das pessoas jurídicas, mas apenas força confirmativa da personalidade das pessoas jurídicas.
	É a teoria adotada pelo Código Civil.
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QUESTÃO: O conceito de pessoa jurídica pode ser entendido como o conjunto de pessoas ou de bens arrecadados que adquire personalidade jurídica própria por uma ficção legal. Entre as teorias que procuram justificar a existência da pessoa jurídica, a adotada no Código Civil de 2002 é a teoria
a) da ficção.
b) negativista.
c) da realidade objetiva ou orgânica.
d) da realidade técnica.
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CERTO OU ERRADO? 
Em relação à natureza da pessoa jurídica, segundo os postulados da teoria da realidade das instituições jurídicas, somente o homem é capaz de ser sujeito de direito, donde se conclui que a pessoa jurídica é uma ficção legal, uma criação artificial da lei para exercer direitos patrimoniais e facilitar a função de certas entidades.
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	As pessoas jurídicas podem praticar todo e qualquer tipo de ato jurídico?
	Quanto aos atos patrimoniais, existe quase uma semelhança entre pessoa jurídica e pessoa natural. Pode contratar, ser processada, vender, comprar, etc. 
	Contudo, quanto aos atos existenciais, pessoas jurídicas não podem realizá-los. Pessoa jurídica não pode casar, adotar, reconhecer filhos, etc.
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a) Pessoas Jurídicas de Direito Público:
	São as reguladas pelo Direito Público.
Externo: países e organizações internacionais. (ONU, OIT, UNESCO, ALCA, MERCOSUL..).
Interno: entes políticos (União, Estados, DF, Territórios e Municípios), autarquias, fundações públicas e associações¹ públicas.
¹Formadas por entes políticos para a gestão de serviços públicos (consórcios públicos).
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TÍTULO II DAS PESSOAS JURÍDICAS
CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 40. As pessoas jurídicas são de direito público, interno ou externo, e de direito privado.
Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno:
I - a União;
II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;
III - os Municípios;
 
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IV - as autarquias, inclusive as associações públicas; (Redação dada pela Lei nº 11.107, de 2005)
V - as demais entidades de caráter público criadas por lei.
Parágrafo único. Salvo disposição em contrário, as pessoas jurídicas de direito público, a que se tenha dado estrutura de direito privado, regem-se, no que couber, quanto ao seu funcionamento, pelas normas deste Código.
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Art. 42. São pessoas jurídicas de direito público externo os Estados estrangeiros e todas as pessoas que forem regidas pelo direito internacional público.
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	De acordo com o art. 41 do CC, são pessoas jurídicas de direito público interno: União, Estados-membros, DF, Territórios e Municípios; autarquias, inclusive as associações públicas; e demais entidades de caráter público criadas por lei.
Sociedades de economia mista e empresas públicas são pessoas jurídicas de direito privado, embora componham a Administração Pública Indireta!!!
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b) Pessoa Jurídica de Direito Privado:
	São as reguladas pelo Direito Privado.
Sociedades: são aquelas com o objetivo de lucro (sociedades empresárias, sociedades simples, empresas públicas, sociedades de economia mista).
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Associações: são aquelas constituídas de pessoas que se reúnem para a realização de fins não econômicos.
A Constituição Federal assegura a liberdade de associação para fins lícitos e a liberdade de se associar e dissociar. O Código Civil admite a exclusão de um associado por justa causa, sendo-lhe, entretanto, assegurado o direito de defesa e recurso.
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Fundação: são acervos de bens que recebem personalidade jurídica para a realização de fins não econômicos, de duração permanente e estável. Alguém faz uma dotação de bens por meio de escritura ou testamento, sendo elaborado um estatuto, sendo a fundação supervisionada pelo Ministério Público. 
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Organizações religiosas: de acordo com o art. 44, § 1o do CC “São livres a criação, a organização, a estruturação interna e o funcionamento das organizações religiosas, sendo vedado ao poder público negar-lhes reconhecimento ou registro dos atos constitutivos e necessários ao seu funcionamento”. 
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Partidos políticos: possuem uma lei específica que os regem (quanto ao funcionamentoe organização). Na falta de regra na lei especial, deve-se utilizar o regime jurídico das associações.
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Enunciado n°142, III Jornada de Direito Civil: Os partidos políticos, os sindicatos e as associações religiosas possuem natureza associativa, aplicando-se-lhes o Código Civil.
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Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado:
I - as associações;
II - as sociedades;
III - as fundações.
IV - as organizações religiosas; (Incluído pela Lei nº 10.825, de 22.12.2003)
V - os partidos políticos. (Incluído pela Lei nº 10.825, de 22.12.2003)
VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada. (Incluído pela Lei nº 12.441, de 2011) (Vigência)
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Associação
	São pessoas jurídicas intersubjetivas sem finalidade lucrativa. Pode ter qualquer finalidade lícita, desde que não lucrativa. Exemplos: recreativas, filantrópicas, educacionais, religiosas, políticas, etc.
	A associação pode desenvolver uma atividade que gere lucro. Contudo, não pode ter uma finalidade lucrativa!!! Exemplo de atividade que gere lucro: associação filantrópica realizando quermesse para angariar lucros. A atividade que gere lucro apenas pode ser meio para o sustento de sua finalidade diversa de lucro (nunca será o lucro). 
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CAPÍTULO II DAS ASSOCIAÇÕES
Art. 53. Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para fins não econômicos.
Parágrafo único. Não há, entre os associados, direitos e obrigações recíprocos.
Art. 54. Sob pena de nulidade, o estatuto das associações conterá:
I - a denominação, os fins e a sede da associação;
II - os requisitos para a admissão, demissão e exclusão dos associados;
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III - os direitos e deveres dos associados;
IV - as fontes de recursos para sua manutenção;
V – o modo de constituição e de funcionamento dos órgãos deliberativos; (Redação dada pela Lei nº 11.127, de 2005)
VI - as condições para a alteração das disposições estatutárias e para a dissolução.
VII – a forma de gestão administrativa e de aprovação das respectivas contas. (Incluído pela Lei nº 11.127, de 2005)
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Art. 55. Os associados devem ter iguais direitos, mas o estatuto poderá instituir categorias com vantagens especiais.
Art. 56. A qualidade de associado é intransmissível, se o estatuto não dispuser o contrário.
Parágrafo único. Se o associado for titular de quota ou fração ideal do patrimônio da associação, a transferência daquela não importará, de per si, na atribuição da qualidade de associado ao adquirente ou ao herdeiro, salvo disposição diversa do estatuto.
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Art. 57. A exclusão do associado só é admissível havendo justa causa, assim reconhecida em procedimento que assegure direito de defesa e de recurso, nos termos previstos no estatuto. (Redação dada pela Lei nº 11.127, de 2005)
Art. 58. Nenhum associado poderá ser impedido de exercer direito ou função que lhe tenha sido legitimamente conferido, a não ser nos casos e pela forma previstos na lei ou no estatuto.
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Fundações
	São pessoas jurídicas patrimoniais (grupo de bens) sem finalidade lucrativa. São parecidas com as associações, sendo que nesta tem-se um grupo de pessoas.
	* Ato de instituição: ato inter vivos (através de escritura pública) ou mortis causa (instituída no ato da morte por testamento).
	* Requisitos para a instituição: indicação da finalidade e dotação de bens (indicar os bens que irão compor a fundação). Os bens devem ser livres e suficientes para a finalidade da fundação ser alcançada.
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	* Finalidade: art. 62, parágrafo único, do CC. Trata-se de um rol exemplificativo ou taxativo? Embora o art. 62, parágrafo único, do CC utilize a palavra “somente”, o entendimento doutrinário é de que se trata de um rol exemplificativo. Ver o Enunciado nº 09 do CJF. Portanto, pode ser qualquer atividade lícita, desde que não seja a obtenção de lucro.
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CAPÍTULO III DAS FUNDAÇÕES
Art. 62. Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e declarando, se quiser, a maneira de administrá-la.
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Parágrafo único. A fundação somente poderá constituir-se para fins de:        (Redação dada pela Lei nº 13.151, de 2015)
I – assistência social;       
II – cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico;       
III – educação;       
IV – saúde;        
V – segurança alimentar e nutricional;       
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VI – defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do desenvolvimento sustentável;       
VII – pesquisa científica, desenvolvimento de tecnologias alternativas, modernização de sistemas de gestão, produção e divulgação de informações e conhecimentos técnicos e científicos;       
VIII – promoção da ética, da cidadania, da democracia e dos direitos humanos;     
IX – atividades religiosas; e      
X – (VETADO).       
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ENUNCIADO Nº 08 DO CJF– Art. 62, parágrafo único: a constituição de fundação para fins científicos, educacionais ou de promoção do meio ambiente está compreendida no CC, art. 62, parágrafo único.
ENUNCIADO Nº 09 DO CJF– Art. 62, parágrafo único: o art. 62, parágrafo único, deve ser interpretado de modo a excluir apenas as fundações com fins lucrativos.
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Art. 63. Quando insuficientes para constituir a fundação, os bens a ela destinados serão, se de outro modo não dispuser o instituidor, incorporados em outra fundação que se proponha a fim igual ou semelhante.
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Art. 69. Tornando-se ilícita, impossível ou inútil a finalidade a que visa a fundação, ou vencido o prazo de sua existência, o órgão do Ministério Público, ou qualquer interessado, lhe promoverá a extinção, incorporando-se o seu patrimônio, salvo disposição em contrário no ato constitutivo, ou no estatuto, em outra fundação, designada pelo juiz, que se proponha a fim igual ou semelhante.
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QUESTÃO: Acerca das pessoas naturais e das pessoas jurídicas, assinale a opção correta.
a) Termina a personalidade da pessoa natural com a morte e, assim, cessam definitivamente todos os seus direitos da personalidade.
b) A distinção entre fundações públicas e privadas decorre da forma como elas foram criadas, da opção legal pelo regime jurídico a que elas se submetem, da titularidade de poderes e também da natureza dos serviços por elas prestados.
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c) As associações, as sociedades e as fundações são classificadas pelo Código Civil como pessoas jurídicas de direito público interno.
d) O ato de disposição do próprio corpo, quando importar diminuição permanente da integridade física, ou contrariar os bons costumes, somente é permitido sob estrita orientação e supervisão médica.
e) A regra de que a pessoa jurídica não se confunde com os sócios que a compõem nem se confundem os respectivos patrimônios tem previsão expressa no novo Código Civil.
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QUESTÃ0: Um cidadão brasileiro, inconformado com a falta de organização dos seus vizinhos, decide convocar uma reunião para convencê-los a formar uma associação. Realizado o ato, por unanimidade dos presentes, foi fundada a Associação de Moradores, ocorrendo a sua formalização jurídica com a assistência de advogado, inclusive com o registro próprio do estatuto. A entidade criada refere-se a
a) associação com estatuto equiparado ao de partido político
b) fundação instituída por particulares
c) fundação privada com fins de utilidade pública
d) pessoa jurídica de direito público interno
e) pessoa jurídica de direito privado
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QUESTÃO: Com relação às Pessoas Jurídicas de Direito Público Interno e de Direito Privado é certo que
a) a criação, a estruturação interna e o funcionamento das organizações religiosas são livres, mas o poder público pode negar-lhes registro dos atos constitutivos e necessários ao seu funcionamento.
b) as fundações e as organizações religiosas são pessoas jurídicas de direitopúblico interno.
c) os partidos políticos e as associações são pessoas jurídicas de direito público interno.
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d) o direito de anular a constituição das pessoas jurídicas de direito privado, decai em três anos por defeito do ato respectivo, contado o prazo da publicação de sua inscrição no registro competente.
e) a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado começa com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, em qualquer hipótese, de autorização ou aprovação do Poder Executivo.
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Questão: Considerando as disposições do código civil brasileiro sobre as pessoas jurídicas, assinale a alternativa que indique apenas pessoas jurídicas de direito privado.
a) Autarquias municipais, partidos políticos e sociedades. 
b) Empresa individual de responsabilidade limitada, União e entidades religiosas. 
c) União, Distrito Federal e Municípios. 
d) União, partidos políticos e empresa individual de responsabilidade limitada. 
e) Fundações, organizações religiosas e partidos políticos. 
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QUESTÃO: Rosa Vermelha, menor município do Estado das Flores, possui uma Igreja na praça central, duas autarquias municipais, dois partidos políticos e uma associação privada beneficente que protege as crianças carentes da cidade. De acordo com o Código Civil brasileiro, são pessoas jurídicas de direito público interno APENAS
a) o município Rosa Vermelha e as autarquias municipais.
b) o município Rosa Vermelha, as autarquias municipais e os partidos políticos.
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c) o município Rosa Vermelha, as autarquias municipais e a Igreja.
d) o município Rosa Vermelha, as autarquias municipais, a Igreja e a associação beneficente.
e) os partidos políticos, a Igreja e a associação beneficente.
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a) Das pessoas jurídicas de Direito Público:
	Em regra, o início da sua personalidade jurídica se dá a partir da vigência da lei que as instituiu.
	Entretanto, pode ocorrer por fatos históricos (revoluções, guerras), promulgação de uma nova Constituição, de decretos (em regra, a própria lei é quem cria, mas também pode apenas autorizar a sua criação, e o decreto é quem cria posteriormente).
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b) Das pessoas jurídicas de Direito Privado:
	O início da sua personalidade se dá a partir da inscrição dos seus atos constitutivos no respectivo registro.
	Esta foi a opção do legislador do CC/2002, como se vê no art. 45 do CC.
	
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A pessoa jurídica adquire personalidade e capacidade plena ao mesmo tempo, a partir da inscrição de seus atos constitutivos no registro respectivo. Antes de registrada, a pessoa jurídica tem existência latente ou potencial.
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Em alguns casos, é necessária autorização do Poder Público (ex. Sociedades estrangeiras; companhias de seguro).
Em caso de defeito formal ou substancial do ato constitutivo, os interessados devem manifestar-se pela invalidade em 3 anos. Este prazo é decadencial (art. 45, parágrafo único, CC).
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Art. 45 do CC. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo.
Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular a constituição das pessoas jurídicas de direito privado, por defeito do ato respectivo, contado o prazo da publicação de sua inscrição no registro.
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Art. 46 do CC. O registro declarará: (requisitos do ato constitutivo)
I - a denominação, os fins, a sede, o tempo de duração e o fundo social, quando houver;
II - o nome e a individualização dos fundadores ou instituidores, e dos diretores;
III - o modo por que se administra e representa, ativa e passivamente, judicial e extrajudicialmente;
IV - se o ato constitutivo é reformável no tocante à administração, e de que modo;
V - se os membros respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações sociais;
VI - as condições de extinção da pessoa jurídica e o destino do seu patrimônio, nesse caso.
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	Qual é a natureza jurídica do registro das pessoas jurídicas?
	Quando o ato produz efeitos somente para o futuro, trata-se de natureza constitutiva. A eficácia é ex nunc. Logo, a natureza jurídica deste registro é constitutiva. 
	A inscrição da pessoa jurídica convalida atos pretéritos? 
	O registro da pessoa jurídica não convalida atos pretéritos, já que a sua natureza é constitutiva.
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	Importante! O registro de uma pessoa natural é de natureza declaratória, visto que o ato produz efeitos retroativos. Sua eficácia é ex tunc.
	Se não for feito o registro ou não existir um ato constitutivo? 
	Teremos uma sociedade de fato ou sociedade irregular. 	
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	Quais os problemas enfrentados por uma sociedade despersonificadas?
	* Não consegue obter CNPJ. Logo, não emitirá nota fiscal.
	* Os sócios têm responsabilidade ilimitada, pessoal e solidária.
	* Não consegue participar de licitações.
	* Não consegue obter empréstimos/financiamentos.
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Entes despersonalizados
		São entidades que não tem personalidade jurídica própria. Exemplos: família, espólio, herança, massa falida, sociedade de fato e a sociedade irregular.
# Sociedade de fato versus sociedade irregular:
	Semelhança → ambas são consideradas formas de entes despersonalizados. 
	
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	A sociedade de fato não tem sequer ato constitutivo, existindo apenas no plano dos fatos, e não no plano do direito. Em caso de dissolução, os bens remanescentes serão divididos de acordo com a participação de cada um. Exemplo: concubinato (relação paralela ao casamento, onde não se tem um regime de bens).
	
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A sociedade irregular tem ato constitutivo, mas este não foi levado a registro. O contrato social não foi devidamente inscrito (registrado).
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Com relação às pessoas jurídicas de direito privado, assinale a opção correta. 
a) Se for coletiva a administração das referidas pessoas jurídicas, as decisões devem ser tomadas pela maioria de votos dos presentes, ainda que o ato constitutivo disponha de modo diverso. 
b) O direito de anular a constituição da pessoa jurídica de direito privado por defeito do ato constitutivo decai no prazo de cinco anos, contado da publicação do ato de inscrição no órgão competente. 
c) De acordo com a doutrina, os partidos políticos, por funcionarem e por serem organizados conforme o disposto em lei específica, não são considerados pessoas jurídicas de direito privado. 
d) As pessoas jurídicas podem ser titulares de direitos da personalidade. 
e) A existência legal dessas pessoas jurídicas inicia-se com a inscrição do seu ato constitutivo na junta comercial, vedada a exigência de registro, autorização ou aprovação do poder público. 
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O Código Civil de 2002, em seu art. 52, inovou ao conferir às pessoas jurídicas, no que couber, proteção aos direitos de personalidade.
Súmula 227 do STJ reconhece a possibilidade de a pessoa jurídica sofrer dano moral.
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Contudo, ainda encontramos na doutrina discussão sobre o assunto:
Enunciado n. 286, IV Jornada de Direito Civil: Os direitos da personalidade são direitos inerentes e essenciais à pessoa humana, decorrentes de sua dignidade, não sendo as pessoas jurídicas titulares de tais direitos.
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CERTO OU ERRADO?
De acordo com a sistemática adotada pelo Código Civil, a personalidade da pessoa natural tem início com o nascimento com vida. Por outro lado, no que tange às pessoas jurídicas de direito privado, em especial as sociedades, a personalidade tem início com a formalização de seus atos constitutivos, mediante a assinatura do contrato social pelos seus sócios ou fundadores. 
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	A representação da pessoa jurídica é feita por quem?
	Diretor, presidente, vice-presidente são cargos internos. A terminologia correta é o administrador. Logo,a representação é exercida pelos administradores.
	Os administradores exercem os poderes definidos no próprio contrato ou estatuto.
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A pessoa jurídica é representada pelos administradores, na forma e limites do ato constitutivo (art. 47, CC). A administração coletiva importa em decisão tomada por maioria de votos (art. 48, CC).
Nos casos em que a administração da pessoa jurídica faltar, o juiz nomeará administrador (art. 49, CC).
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Art. 47. Obrigam a pessoa jurídica os atos dos administradores, exercidos nos limites de seus poderes definidos no ato constitutivo.
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As pessoas jurídicas respondem, com seu próprio patrimônio, pelos atos que os seus agentes, nesta qualidade, pratiquem (art. 43, CC).
Pessoas jurídicas de direito privado: teoria subjetiva da responsabilidade.
Pessoas jurídicas de direito público e de direito privado prestadoras de serviço público: teoria objetiva da responsabilidade (teoria do risco administrativo).
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A) TEORIA DOS ATOS ULTRA VIRES (DOCTRINE ULTRA VIRES SOCIETATIS):
 As pessoas jurídicas não responderiam pelos atos de seus administradores que extrapolassem os poderes definidos no contrato ou estatuto. 
Prega a irresponsabilidade da pessoa jurídica.
O credor deveria ir pleitear seus direitos contra o administrador que praticou o ato.
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B) TEORIA DA APARÊNCIA 
A pessoa jurídica tem personalidade jurídica distinta da dos seus membros. Esta distinção de personalidade gera uma distinção patrimonial. 
A isto se atribui o nome princípio da separação (é a regra implícita no CC/2002).
Afasta a teoria dos atos ultra vires.
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Enunciado n. 145, III Jornada de Direito Civil: O art. 47 não afasta a aplicação da teoria da aparência.
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A desconsideração da personalidade jurídica (é a exceção) é o oposto do princípio da separação. 
Prevista na Lei 8.078/90 (CDC), Lei nº 8.884/94 (lei antitruste – crimes contra a ordem econômica), lei nº 9.605/98 (lei de crimes ambientais), CTN, CC/2002 e CPC. 
É o ato pelo qual os sócios ou administradores da pessoa jurídica são chamados a responder pelas obrigações assumidas pela empresa. 
A desconsideração é simples medida processual. 
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A) CONCEITO:
Consiste na declaração de ineficácia da personalidade jurídica para determinados efeitos, atingindo o patrimônio dos sócios ou administradores da pessoa jurídica.
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B) HIPÓTESES ENSEJADORAS DA DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA NO CÓDIGO CIVIL DE 2002:
Em caso de desvio de finalidade → utilização da pessoa jurídica para fim diverso daquele de sua criação.
Em caso de confusão patrimonial → é a situação em que os bens dos sócios ou membros da pessoa jurídica se confundem com os bens dela. 
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CERTO OU ERRADO?
No caso de desvio de finalidade ou pela confusão patrimonial da pessoa jurídica de direito privado, o juiz, a requerimento do Ministério Público ou da parte, poderá determinar que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigação sejam estendidos aos bens particulares dos administradores. 
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QUESTÃO: Se o sócio se utilizar da sociedade como escudo protetivo e passar a ocultar seus bens pessoais no patrimônio da sociedade, configurar-se-á hipótese de
a) desconsideração inversa.
b) conflito de interesses entre partes relacionadas.
c) desconsideração da personalidade jurídica da sociedade.
d) responsabilidade subsidiária da sociedade.
e) confusão patrimonial fraudulenta.
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C) TEORIAS SOBRE A DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA:
C.1) Teoria menor: amparada em nosso ordenamento jurídico, exclusivamente, pelas normas do Direito do Consumidor e do Direito Ambiental, que consideram como requisito a mera prova de insolvência da pessoa jurídica para o pagamento de suas obrigações, independentemente da existência de desvio de finalidade ou de confusão patrimonial.
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# Teoria menor da desconsideração:
	É aquela que dispensa motivo, bastando provar a inexistência ou insuficiência patrimonial da pessoa jurídica.
Esta teoria foi adotada no art. 28, §5º, do CDC.
Art. 28, §5º do CDC. Também poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que sua personalidade for, de alguma forma, obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados aos consumidores.
	
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C.2) Teoria maior: faz-se necessária a comprovação inequívoca da fraude ou do abuso de direito para que ocorra a desconsideração. Essa teoria distingue como elementos subjetivo e objetivo as espécies intrínsecas no abuso de direito, respectivamente, o ato que configurar o desvio de finalidade ou a confusão patrimonial. É a teoria adotada pelo Código Civil.
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# Teoria maior da desconsideração:
	É aquela em que não basta a inexistência ou insuficiência de patrimônio da pessoa jurídica, sendo necessária a demonstração de um motivo previsto em lei.
	Subdivide-se em duas espécies:
Teoria maior subjetiva: é aquela em que se analisa o comportamento em si dos administradores/sócios, e não da empresa. 
Está calcada na ideia de ato culposo dos sócios. 
Exemplo: existência de fraude. 
Grande defensor: Rubens Requião (é considerado o pai desta teoria no Brasil).
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Teoria maior objetiva: é aquela em que, para que ocorra a desconsideração, basta o desvio de função.
Disfunção - caracterizado quando ocorre confusão patrimonial entre controlador (administrador) e o controlado (pessoa jurídica). 
Exemplo: promiscuidade de fundos (comingling of funds) – quando os administradores não respeitam a separação existente entre o fundo da empresa e o seu próprio patrimônio. 
Grande defensor: Fábio Conder Comparato – atribui-se a atual redação do art. 50 do CC a este defensor. 
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Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica.
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Art. 50 do CC → desconsidera-se a pessoa jurídica quando houver abuso da personalidade jurídica. 
Isto ocorre em duas hipóteses: 
Desvio de finalidade ou 
Confusão patrimonial (é a promiscuidade de fundos – trata o patrimônio da empresa como se fosse patrimônio próprio).
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QUESTÃO: Acerca da teoria da desconsideração da personalidade jurídica, é correto afirmar: 
a) A invocação da teoria da desconsideração da personalidade jurídica é inócua pelo credor de sociedades em comum.   
b) A teoria da desconsideração da personalidade jurídica estabelece a existência distinta da pessoa jurídica de seus sócios.
c) A desconsideração da personalidade jurídica pode ser aplicada de ofício pelo juiz, em caso de abuso da personalidade jurídica ou pela confusão patrimonial. 
d) A desconsideração da personalidade jurídica atinge os quotistas de sociedade limitada, na hipótese de falência por dívidas comerciais.  
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	 Segundo o STJ, o CC adotou a TEORIA MAIOR DA DESCONSIDERAÇÃO pela qual esta só se efetiva nas duas hipóteses acima. Ver o REsp 279.273.
Responsabilidade civil e Direito do consumidor. Recurso especial. Shopping Center de Osasco-SP. Explosão. Consumidores. Danos materiais e morais. Ministério Público. Legitimidade ativa. Pessoa jurídica. Desconsideração. Teoria maior e teoria menor. Limite de responsabilização dos sócios. Código de Defesa do Consumidor. Requisitos. Obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados aos consumidores. 
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Art. 28, § 5º. - Considerada a proteção do consumidor um dos pilares da ordem econômica, e incumbindo ao Ministério Público a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, possui o Órgão Ministerial legitimidade para atuar em defesa de interesses individuais homogêneosde consumidores, decorrentes de origem comum. - A teoria maior da desconsideração, regra geral no sistema jurídico brasileiro, não pode ser aplicada com a mera demonstração de estar a pessoa jurídica 
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insolvente para o cumprimento de suas obrigações. Exige-se, aqui, para além da prova de insolvência, ou a demonstração de desvio de finalidade (teoria subjetiva da desconsideração), ou a demonstração de confusão patrimonial (teoria objetiva da desconsideração). - A teoria menor da desconsideração, acolhida em nosso ordenamento jurídico excepcionalmente no Direito do Consumidor e no Direito Ambiental, incide com a mera prova de insolvência da pessoa jurídica para o pagamento de suas obrigações, independentemente da existência de desvio de finalidade ou de confusão patrimonial.
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- Para a teoria menor, o risco empresarial normal às atividades econômicas não pode ser suportado pelo terceiro que contratou com a pessoa jurídica, mas pelos sócios e/ou administradores desta, ainda que estes demonstrem conduta administrativa proba, isto é, mesmo que não exista qualquer prova capaz de identificar conduta culposa ou dolosa por parte dos sócios e/ou administradores da pessoa jurídica. - A aplicação da teoria menor da desconsideração às relações de consumo está calcada na exegese autônoma do § 5º do art. 28, do CDC, porquanto
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a incidência desse dispositivo não se subordina à demonstração dos requisitos previstos no caput do artigo indicado, mas apenas à prova de causar, a mera existência da pessoa jurídica, obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados aos consumidores.- Recursos especiais não conhecidos.
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	 De acordo com o CDC (art. 28 do CDC) e a Lei de Crimes Ambientais (art. 4º da LCA), é possível desconsiderar a personalidade sempre que esta for obstáculo para o ressarcimento.
	O STJ entende que tanto a LCA como o CDC devem ser aplicados neste ponto em virtude de terem adotado expressamente a TEORIA MENOR DA DESCONSIDERAÇÃO, pela qual esta incide com a mera prova de insolvência da pessoa jurídica no cumprimento de suas obrigações.
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Legitimado ativo: o credor e/ou o Ministério Público quando couber sua intervenção.
Legitimado passivo: os sócios ou os associados, bem como os administradores (gerente).
	 O Enunciado nº 7 do Conselho da Justiça Federal diz que a desconsideração só se aplica quando houver prática de ato irregular e limitadamente aos administradores ou sócios que nele hajam incorrido (praticado o ato irregular).
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Importante!!!
A desconsideração não tem o efeito de desconstituir a empresa. 
No CDC, o juiz pode desconsiderar de ofício a personalidade jurídica, já no CC/2002 (art. 50), não pode fazê-lo (tem que haver requerimento da parte interessada ou do Ministério Público).
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DA DESCONSIDERAÇÃO 
DA PERSONALIDADE JURÍDICA
Art. 28 da Lei nº 8.078/90 (CDC). O juiz poderá desconsiderar a personalidade jurídica da sociedade quando, em detrimento do consumidor, houver abuso de direito, excesso de poder, infração da lei, fato ou ato ilícito ou violação dos estatutos ou contrato social. A desconsideração também será efetivada quando houver falência, estado de insolvência, encerramento ou inatividade da pessoa jurídica provocados por má administração.
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QUESTÃO: As condições para a desconsideração da personalidade jurídica, tais como regidas pelo Código Civil e pelo Código de Defesa do Consumidor (Lei no 8.078/90), são
a) idênticas.
b) distintas, porque pelo Código Civil é necessária a prova do excesso de poder por parte do sócio, ao passo que pelo Código de Defesa do Consumidor é necessária a prova da fraude contra o consumidor.
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c) distintas, porque além das condições já previstas pelo Código Civil, o Código de Defesa do Consumidor exige, adicionalmente, a comprovação da violação dos estatutos ou do contrato social em detrimento do consumidor.
d) distintas, porque o Código Civil permite a desconsideração apenas em casos de desvio de finalidade ou confusão patrimonial, ao passo que o Código de Defesa do Consumidor traz hipóteses mais amplas.
e) distintas apenas no campo de sua aplicação, pois o Código de Defesa do Consumidor restringe-se às relações de consumo, sendo nos demais aspectos idênticas.
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