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PSICO DA GRAVIDEZ E PARTO

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UNIVERSIDADE PAULISTA
PSICOLOGIA DA GRAVIDEZ E PARTO
ASSIS
2015
UNIVERSIDADE PAULISTA
PSICOLOGIA DA GRAVIDEZ E PARTO
	
	
	
	
	MAILDA P. ALVES DA SILVA
	RA: C0940E5
	
	
	
	
Trabalho apresentado a Universidade Paulista – UNIP, para o 4º Semestre do curso de Psicologia como requisito de avaliação da matéria Atividade Prática Supervisionada – APS, Prof.º Avelino
ASSIS
2015
“A força da maternidade é maior que as leis da natureza”.
Barbara Kingsolver 
RESUMO
O presente trabalho fora realizado com o auxílio de pesquisas em livros e artigos científicos referentes à psicologia da gravidez e parto promovendo a discussão dos dados coletados. Neste sentido, visa contribuir com a construção das discussões relacionadas a esta temática, de modo a discutir em relação ao pré-natal e programas de saúde, o parto e programas psicológicos para seu preparo, o pós-parto e a relação mãe e filho e, por fim, uma percepção da gravidez a partir de jovens gestantes. 
Palavras-chave: gravidez, mãe, pré-natal, parto, pós-parto. 
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO......................................................................................6
DISCUSSÃO DE DADOS:....................................................................7
Pré – natal e Programas de Saúde...............................................7
O parto e Programas psicológicos para seu preparo....................9
Pós-parto e a Relação mãe e filho...............................................11
2.4 Gravidez na adolescência – Percepção de Jovens gestantes.......14
CONCLUSÃO......................................................................................15
 REFERÊNCIAS......................................................................................16
INTRODUÇÃO
 	
 	Na gravidez ocorrem transformações biológicas, físicas, psicológicas e sociais que influenciam o modo como a gestante passa a ver o mundo que a cerca e a ver seu próprio eu, refletindo em todo o processo da maternidade e na relação mãe-filho. É um dos momentos mais importantes da vida da mulher, já que esta passa a reconstruir toda sua vida e os papeis que ela exerce na sociedade. 
 	Em decorrência das mudanças em todos os âmbitos da vida da mulher, é comum que nesta fase ela desenvolva distúrbios emocionais, precisando de acompanhamento de uma equipe multidisciplinar em todo o ciclo gestacional que garanta o bem-estar para a ela e pra seu filho, de modo a evitar futuros problemas e a promover a qualidade de vida em longo prozo. Em relação a esse fator, é indispensável que ocorra atendimentos e relações mais humanizadas por parte de todas as pessoas que envolvem o contexto desta futura mãe. 
 	Deste modo, o objetivo do trabalho em questão é estudar aspectos da psicologia da gravidez e do parto, de modo à presentar uma discussão sobre o pré-natal e programas da saúde que o envolve, processo de preparação psicológica para a realização do parto, o pós-parto e relação mãe e filho e uma visão da gravidez partindo da percepção de jovens gestantes. 
 	 
DISCUSSÃO DE DADOS
2.1 Pré – natal e Programas de Saúde 
 	A experiência de ter um filho sinaliza um momento de extrema importância na vida da mulher, momento esse que demanda, sobretudo, uma reorganização psíquica frente a essa complexa realidade de ser mãe. A gravidez em todos seus aspectos significa mudança e por esta razão leva um tempo para que toda essa modificação biológica, psíquica e social seja assimilada. Ao mesmo tempo em que hormônios passam a agir no corpo da mulher preparando-a para esse fenômeno, sentimentos únicos e profundos vão dando o cenário para esse ambiente de transformações e expectativas.
 	Em relação à ativação hormonal no corpo da mulher, eles podem explicar em grande parte os desconfortos dessa fase; os mais característicos incluem enjoos, insônia, desejos, aversões, diarreia, instabilidades emocionais e de humor, tornando-a muito sensível e muitas vezes incompreendida. 
 	De acordo com Sales (2000, p. 28), 
mediante o saber popular e, mesmo dos relatos médicos, observamos o quanto durante e após uma gravidez dita “normal”, estes são unânimes em admitir e identificar as alterações orgânicas e psíquicas. Alterações estas que lançam a mulher a um estado de vulnerabilidade, sendo recorrente o excesso de somatizações, a tristeza, o choro, a insônia, os medos, a raiva, etc.
 	Sendo assim, é essencial neste período apoio e orientação que visem a melhora da qualidade de vida de modo geral, objetivando a saúde da mulher e o desenvolvimento do bebê. Essa atenção básica na gravidez inclui a prevenção de doenças, a promoção da saúde e o tratamento de problemas que eventualmente podem vir a ocorrer, cuidados estes que devem envolver programas e profissionais dos mais diversos âmbitos da saúde, voltados para um atendimento mais humanizado.
 Partindo desse pressuposto, o Programa Saúde da Família, por exemplo, tem com objetivo fundamental dar assistência qualificada e humanizada as mulheres gestantes no período de pré-natal, intervenção essa do profissional da saúde que começa quando a mulher procura o serviço de saúde com dúvidas, angústias, medo ou simplesmente curiosa pra saber se está gravida. 
 No primeiro momento é valorizadas as queixas referidas (escuta especial à gestante) criando um ambiente de apoio por parte do profissional. Logo são solicitados na primeira consulta os exames de rotina que constam, por exemplo, de hemograma completo, tipagem sanguínea, exame de glicose, rubéola, sífilis, HIV, chagas, hepatite, entre outros. Deverá também ser solicitada a ultrassonografia no decorrer dos meses, verificando-se a data do último exame citológico (Papanicolaou), caso não esteja em dia é importante a sua realização. O exame para diagnóstico laboratorial normalmente utilizado é a dosagem do hormônio gonadotrófico coriônico encontrado na urina ou no sangue materno, sendo solicitado pelo profissional da saúde de acordo com as rotinas estabelecidas. Com o resultado positivo, procede-se à assistência ao pré-natal propriamente dita (DUARTE e ANDRADE, 2006).
 Entretanto o cuidado com as gestantes implica em melhorar a saúde materna no sentido de reduzir as taxas de mortalidade, assim adotam-se medidas que assegurem a qualidade do acompanhamento pré-natal, assistência ao parto e assistência neonatal.
 	Segundo Duarte e Andrade (2006), “é recomendado a formação de grupos operativos, composto por mulheres grávidas, de modo que haja troca de experiência entre as gestantes”, assim além desta interação, compõe-se a interação com os profissionais da saúde, o que possibilita o entendimento da saúde como uma produção social. 
 Para obter a qualidade de vida da gestante e do bebê dentro do programa é de extrema importância à comunicação entre gestante e o profissional da saúde, como parte da assistência pré-natal, em suas dimensões biopsicosociais. As gestantes também recebem orientações sobre a importância de se manter uma alimentação saudável, prática de atividades físicas e a importância de se evitar bebidas alcóolicas, fumo e outros tipos de drogas. 
 As gestantes constituem o foco principal do processo de aprendizagem, contudo, devem ser vistas em seu contexto familiar e social, pois tanto a gravidez, como o parto, são acontecimentos fisiológicos, no entanto, ocasiona alterações físicas e emocionais nas mulheres, exigindo cuidados por parte da gestante, do companheiro, da família e do profissional da saúde, para que a gravidez decorra de modo satisfatório. 
 	Duarte e Andrade (2006), afirmam que “se todas as mulheres tivessem condições de vida e recebessem atenção de modo mais equânime a começar pelo acesso aos serviços de saúde, seria evitado grande parte dos problemas”. 
2.2 O parto e Programas psicológicos para seu preparoÉ habitual que durante a gravidez e, principalmente, o parto em si seja movido por fatores emocionais que permeiam a cabeça das futuras mães e da família como um todo. Esses medos e expectativas geralmente estão relacionados com o processo de desenvolvimento do bebê, com o momento do parto e com a perspectiva de ser uma boa mãe. Por esta razão, o acompanhamento psicológico, bem como uma escuta especial a todo esse contexto, pode auxiliar a mulher e sua família neste novo mundo de mudanças de adaptações.
 	Segundo Iaconelli (2012), 
“O papel do psicólogo na maternidade é propiciar um espaço de escuta para que a família possa nomear e atribuir significados àquela situação. A importância deste lugar de escuta deve ultrapassar as fronteiras do contexto hospitalar, os serviços psicológicos e sociais devem facilitar o caminho para que as mulheres possam pedir ajuda para lidar com os fragmentos, “buracos” da história de cada gestação e maternagem”. 
 	O momento do parto pode ser um momento traumatizante tanto para a mãe, quanto para o bebê, sendo assim, a devida ajuda e acompanhamento pode evitar irregularidades na hora o parto e proporcionar bem-estar em longo prazo para ambos os sujeitos. Esse auxilio, decorrentes de programas psicológicos para preparo do parto, objetiva na maior parte das vezes uma reconstrução por parte de uma equipe multidisciplinar de uma tríplice que evolve medo-tensão-dor (READ, 1944).
 	A proposta de Read (1944) demonstra a relevância dos aspectos emocionais durante o parto e apresenta algumas etapas: nos primeiros meses a gestante deveria ser introduzida às questões biológicas e anatômicas a fim do esclarecimento de alguns mitos, nos meses seguintes seria apresentado assuntos relacionados a fisiopatologia da dor, posteriormente seria sugerido a prática de exercícios musculares e sessões de relaxamento muscular, depois deveria ser orientado à gestante para solicitar uma obstetra, deveria ser trabalhado o passo a passo do processo de parto e, por fim, abordar o contexto social em que a mulher está inserida. Desta forma, seriam construídos essas questões principais de medo, tensão e dor. 
 	Outro programa de preparação para o parto foi baseado na teoria dos reflexos condicionados de Pavlov. Esse auxilio é resultado de um descondicionamento da substituição de emoções negativas por emoções positivas, a fim de que a mulher se adapte ao trabalho de parto e participe dele de forma mais ativa. Ambos esses programas propõe uma reconstrução da dor pela educação da gestante.
 	Silva (2013) apresenta métodos de preparação para gravidez, entre eles, a dessensibilização sistemática, psicoterapia breve e a intervenção psicológica-educacional. A dessensibilização sistemática consiste em um processo cujo objetivo é fazer com que eventos negativos relacionados ao parto sejam associados a eventos positivos, levando esses primeiros a perder sua condição aversiva. A psicoteria breve auxilia a gestante expressar suas emoções, a reconhecê-las e a lidar com elas. E, por fim, a intervenção psicológica-educacional objetiva a preparação da maternidade e paternidade, a redução da ansiedade e o amadurecimento da personalidade. 
 	Um programa psicológico muito importante para a preparação do parto são as discussões em grupo sobre a vivência da maternidade, onde a troca de informações e experiência possibilita a diminuição da ansiedade e a busca de formas mais satisfatória para lidar com problemas. 	 
 	Observa-se, assim, que o papel do psicólogo não se restringe apenas a ser membro de uma equipe multidisciplinar, mas também no sentido mais amplo, um profissional que pode intervir para dar apoio a mulher em suas angústias e fantasias, ajudando a superá-las. É fundamental esse papel para que possa compensar os momentos de preocupações e reveses emocionais maternos e que todos nós estamos sujeitos no cotidiano e a favorecer para a promoção do bem-estar da mãe e do bebê (SILVA, 2013). 
Pós-parto e a Relação mãe e filho
 	O período da gestação é onde ocorre os primeiros contatos entre o feto, a mãe e toda a família, uma situação repleta de fantasias que predomina desejo e ansiedade pelo bebê que esta por vir. Toda esta interação é saudável para com a família e com o bebê, pois auxiliará a uma melhor convivência com a criança no pós- parto.
 	Os primeiros momentos do parto se caracterizam com explosões de sentimentos de ambivalência e dualidade de emoções devido à fadiga recente do momento do parto e a excitação pelo novo indivíduo que se apresenta. Com o parto há uma passagem da fantasia idealizada pela família sobre o bebê para a realidade, pois agora ele não faz mais parte da mãe, mas é um ser individual e independente que necessita de cuidados. Este auxilio também deve ser dirigida à mulher, já que o pós-parto é um momento delicado e vulnerável e a atenção emocional deve ser redobrada, salientando que uma mãe saudável emocionalmente constrói uma boa relação afetiva com o filho (BORSA, 2007). 
 	Sentimentos como ansiedade e depressão são comuns no primeiro trimestre pós-parto. A ansiedade se instala na mãe no momento que percebe que o bebê não é apenas uma fantasia, mas algo real que precisará de cuidados, causando medo e expectativa de não conseguir cumprir com todas as responsabilidades. Já em relação à depressão esta pode atingir um pico maior, porque o bebê é sentido como parte do corpo de sua mãe e no momento em que lhe é tirado ela se sente como se tivesse perdido algo (BORSA, 2007).
 	Nos primeiros meses de vida do bebê a relação mãe e filho é emocional, não verbal e pouco estruturada, o que dá a mãe mais possibilidades de interpretações projetivas considerando que ainda não foi estabelecido uma comunicação padrão entre eles. O apego é uma relação estabelecida pelos pais considerada de grande importância, pois possibilita ao filho que tenha segurança sobre si mesmo, suporte e proteção, condições necessárias para que ele desenvolva uma boa saúde mental. 
 	Esta formação de vínculos entre mãe e filho de acordo com Klaus, Kennel &Klaus (2000)
É processo que é formado e cresce com repetidas experiências significativas e prazerosas. Ao mesmo tempo outro elo, geralmente chamado ‘apego’, desenvolve-se nas crianças em relação a seus pais e a outras pessoas que ajudem a cuidar delas. “É a partir dessa conexão emocional que os bebês podem começar a desenvolver um sentimento do que eles são, e a partir do que uma criança pode evoluir e ser capaz de aventurar-se no mundo (p.167).”
 	Os pais devem fornecer uma base sólida para os filho e também amparo emocional em qualquer situação, pois crianças emocionalmente amparadas que tiveram um apego seguro com a mãe, tendem a ser no futuro mais sociáveis, seguras e autoconfiantes, diferentemente de crianças que não obtiveram este apego seguro ou mal aplicado que ao contrario tornam-se antissociais e hostis. O apego que a mãe construiu com o filho fará com que este estabeleça com outras pessoas criando laços e promovendo novas relações saudáveis (BORSA, 2007). 
 	A mãe nem sempre será bem sucedida em satisfazer as necessidades instintivas do filho, mas não deixará este desamparado em nenhum momento promovendo suas necessidades egóicas até que essa possa ser firmemente estruturada, pois o bebê que tem uma boa formação egóica se estabelece como pessoa. Contrapondo, um bebê que a recebe inadequadamente apresenta atitudes caracterizadas por inquietude, estranhamento, apatia, inibição, e complacência; assim, tanto a mãe e como o ambiente devem ser favoráveis para o bom desenvolvimento do bebê. A mãe que possibilita isto ao filho, ajuda-o na sua formação, construção de suas sensações, descobertas, movimentos, para que ele seja de uma forma independente e dono do que faz (BORSA, 2007). 
 	É inestimável a dedicação da mãe com seu bebê, toda as mulheres se tornam sensíveis e amorosas neste período, e isto pode ser justificado pelo que é chamado de Clima Emocional Favorável - sentimentos que fazem com que o filho seja sempre o interesseda mãe em todos os aspectos, oferecendo a ele uma gama de experiências vitais. 
 	De acordo com Lebovici (1987), a mãe se comunica com o bebê através de mensagens extras verbais, sorrisos gestos, vocalizações, 
“No momento em que, pela primeira vez, uma mãe toma seu recém nascido nos braços, toca-o, fala-lhe, ela o olha, ela lhe oferece seu cheiro seu calor; já suas características como mãe são além de dados objetais tais como aparecem a nós, adultos: são igualmente e em conjunto outros tantos estímulos interacionais que o bebê pode receber, pois ele tem já capacidades sensoriais: visuais, auditivas, olfativas, etc”. 
 	Contudo, assim como o período pré-natal é vital para o desenvolvimento da criança, o período conhecido por puerpério é momento onde a criança cria seus vínculos e passa a construir a sua concepção de mundo que a cerca e a concepção de si mesma. 
2.4 Gravidez na adolescência – Percepção de Jovens gestantes
 	A Gravidez na adolescência é um problema intenso na Organização Mundial da Saúde. Proporcionando muitos conflitos, ante a gravidez precoce, surge a insegurança da responsabilidade e a perda da fase de adolescente. Em muitos casos, há o aparecimento de muitos transtornos psíquicos nas jovens gestantes e elas passam a sentir ódio por terem engravidado, em que o medo da rejeição por parte do pai da criança e da família, levam algumas a praticarem um aborto. Geralmente a adolescente que assume seu estado, tem como base o apoio da família que a acolhe e se interessa pelo seu futuro e do bebê e outras optam por morar com o parceiro (SCHWARTZ, 2011).
 	O início da sexualidade, a perda da criança protegida para ser a que protege, a preocupação em assumir novas responsabilidades, a mudança do contexto familiar onde muitas vezes se tem que morar na casa dos pais do parceiro por falta de independência financeira, são a causa de inúmeros conflitos característicos desse contexto. Portanto, é claro a importância de um desenvolvimento e de um auxilio psicossocial, pois é preciso lidar com a estrutura dessa adolescente, não enterrando os seus ideais de futuro profissional e social. O apoio social é primordial, pois poderá dar suporte tanto na área emocional no sentido de orientar toda a família a lidar com a situação, podendo acompanhar mais de perto a evolução dessa gravidez e os cuidados que ela exige, como também auxiliando nas perspectivas materiais, como dificuldades a serem enfrentadas no dia a dia, auxiliando na nova visão de mundo (SCHWARTZ, 2011). 	
 	A troca de informações vem em auxílio aos cuidados de fatores biológicos proporcionando uma maior interação da sociedade em aceitar e auxiliar essas adolescentes. Nota-se, contudo, que o apoio da família, do parceiro e de toda sociedade em que a adolescente este inserida é essencial para o bom desenvolvimento dessa trajetória, onde a menina vê-se mulher. Escutar, aconselhar, dar apoio e carinho pode auxiliar a adolescente a passar por essa fase difícil e a ter uma gestação onde seja sempre privilegiado o bem-estar físico, psíquico e social da mãe e do bebê. 
CONCLUSÃO
Cabe ao psicólogo orientar a gestante, a equipe médica e de enfermagem e a família. Percebe-se a ausência de trabalhos, dentro da base selecionada, que tratem exclusivamente da questão da atuação do psicólogo na maternidade, o que permite concluir que é necessário promover estudos, neste sentido com a finalidade de efetuar e ampliar as perspectivas da saúde na relação das mães com seus bebês, já que foi discutido como o papel do psicólogo é importante para essa fase da vida da mulher. 
O respectivo trabalho foi muito importante para nosso conhecimento já que proporcionou um aprofundamento ao tema, que possibilitou uma compreensão maior deste, proporcionando assim aos alunos obtenção de apreensão maior podendo até ser levado com estes para sua atuação ao final do curso de psicologia. 
REFERÊNCIAS
LIMA, Marcia Alves de. ACOMPANHAMENTO PSICOLÓGICO À GESTANTE EM GRUPO OPERATIVO: instrumento de intervenção psicossocial em saúde. Disponível em: www.pergamum.univale.br. Minas Gerais, 2012. 
SALES, Lea M. M. A “Loucura” das Mães: do desejo à realidade do filho. In: ROHENKOHL, C. M. F. (Org.). A Clínica com o Bebê. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2000. p. 27-35.
DUARTE, Sebastião Junior Henrique; ANDRADE Sônia Maria Oliveira de. Assistência pré-natal no Programa Saúde da Família. Disponível em: www.scielo.com.br. Rio de Janeiro, 2006. 
FORTES, R. C. A ESCUTA CLÍNICA NA MATERNIDADE: O importante papel do psicólogo, 2012, disponível em http://www.institutogerar.com.br/
IACONELLI, V. O que é psicologia perinatal: definição de um campo de estudo e atuação, Área de Estudos do Instituto Brasileiro de Psicologia Perinatal, 2012, disponível em http://www.institutogerar.com.br/
SILVA, Eliana Aparecida Torrezan da. Gestação e preparo para o parto:
programas de intervenção. O mundo da Saúde, São Paulo, 2013. 
READ, GD. Childbirth without fear. Londres: Harper Brothers; 1944.
BORSA, Juliane Callegaro. Considerações acerca da relação Mãe-Bebê da Gestação ao Puerpério. Revista: Psicanálise e Transdiciplinaridade. Porto alegre, 2007. 
MALDONADO, Maria T. Psicologia da Gravidez – parto e puerpério. 16ºed. São Paulo: Saraiva, 2002.
KLAUS M. & KENNEL, J. Pais/bebê – a formação do apego. Porto Alegre: ArtMed, 1993.
LEBOVICI, S. O bebê, a mãe e o Psicanalista. Porto Alegre: ArtMed, 1987.
SCHWARTZ, Tatiane; Apoio social a gestantes adolescentes: desvelando percepções. Revista: Ciência e Saúde Coletiva, Passo Fundo – RS, 2011.