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AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO EMPRESA LV x JOSÉ

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA___VARA DO TRABALHO DA COMARCA DE RIO DE JANEIRO/RJ
AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO
A EMPRESA LV, pessoa jurídica de direito privado, tendo a sua sede na Rua (...), n.º(...), Bairro(...); Rio de Janeiro /RJ, CEP: (...), portadora do CNPJ sob o n.º (...), com endereço eletrônico (email), vem através de seu advogado mediante procuração em anexo, com escritório profissional à Rua( ...), nº( ...), Bairro( ...), endereço eletrônico ( email ), Rio de Janeiro/ RJ, onde receberá ulteriores intimações (artigos 269 e seguintes do CPC), perante Vossa Excelência, propor a presente AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO, em face de JOSÉ, brasileiro, recepcionista, solteiro, portador da carteira de identidade n.° (...) , inscrito no CPF sob o n.°(...), residente e domiciliado na Rua( ...), n.º( ...), Bairro (...), Rio de Janeiro/RJ, CEP:(...), endereço eletrônico (email), o que faz mediante as razões de fato e de direito a seguir explanadas.
INICIALMENTE 
DOS FATOS
O CONSIGNADO, admitido em 11/05/2015, ocupava o cargo de recepcionista, com salário mensal de R$ 1.200,00. Em 19/06/2016, afastou-se do trabalho mediante a concessão de benefício previdenciário de auxílio-doença. Cessado o benefício em 20/07/2016 e passados dez dias sem que este tivesse retornado ao trabalho, a CONSIGNANTE convocou-o por meio de notificação, recebida mediante aviso de recebimento, no entanto, o CONSIGNADO não atendeu à notificação e, completados trinta dias de falta, a CONSIGNANTE expediu edital de convocação, publicado em jornal de grande circulação, mas, ainda assim, o CONSIGNADO não retornou ao trabalho. 
Consoante o que preceitua o artigo 539, parágrafos 1º, 2º, 3º e o artigo 541, ambos do Código de Processo Civil, no que diz respeito à presente ação, ressalta-se que:
Art. 539 Nos casos previstos em lei, poderá o devedor ou terceiro requerer, com efeito de pagamento, a consignação da quantia ou da coisa devida.
§ 1º Tratando-se de obrigação em dinheiro, poderá o valor ser depositado em estabelecimento bancário, oficial onde houver, situado no lugar do pagamento, cientificando-se o credor por carta com aviso de recebimento, assinado o prazo de 10 (dez) dias para a manifestação de recusa.
§ 2º Decorrido o prazo do § 1º, contado do retorno do aviso de recebimento, sem a manifestação de recusa, considerar-se-á o devedor liberado da obrigação, ficando à disposição do credor a quantia depositada.
§ 3º Ocorrendo a recusa, manifestada por escrito ao estabelecimento bancário, poderá ser proposta, dentro de 1 (um) mês, a ação de consignação, instruindo-se a inicial com a prova do depósito e da recusa.
Art. 541 Tratando-se de prestações sucessivas, consignada uma delas, pode o devedor continuar a depositar, no mesmo processo e sem mais formalidades, as que se forem vencendo, desde que o faça em até 5 (cinco) dias contados da data do respectivo vencimento.
Consoante o que dispõe os artigos 334 e seguintes do Código Civil de 2002, infere-se que:
Art. 334. Considera-se pagamento, e extingue a obrigação, o depósito judicial ou em estabelecimento bancário da coisa devida, nos casos e forma legais.
Segundo Maria Helena Diniz, em sua obra Curso de Direito Civil Brasileiro; Teoria Geral das Obrigações, revista e atualizada de acordo com a Reforma do CPC, 22ª edição, São Paulo, Ed. Saraiva:
O pagamento em consignação é o meio indireto do devedor exonerar-se do liame obrigacional, consistente no depósito em juízo (consignação judicial) ou em estabelecimento bancário (consignação extrajudicial) da coisa devida, nos casos e formas legais . O depósito judicial é relativo a quantias ou coisas certas ou incertas devidas, e o feito em estabelecimento bancário é atinente a quantias pecuniárias, sendo uma etapa prévia à ação consignatória. É um modo especial de liberar-se da obrigação, concedido por lei ao devedor, se ocorrerem certas hipóteses excepcionais, impeditivas do pagamento. Apenas nos casos previstos em lei poderá o devedor ou terceiro requerer, com efeito de pagamento, a consignação da quantia ou da coisa devida. ( p. 244, 2007).
Observa-se mediante a Consolidação das Leis do Trabalho, em seu artigo 482, e) i) e no entendimento sumulado do TST no 32 que o CONSIGNADO abandonou o emprego, de forma deliberada, vislumbrando-se o explicitado:
Art. 482 - Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo empregador: e) desídia no desempenho das respectivas funções; i) abandono de emprego;
Súmula nº 32 do TST
ABANDONO DE EMPREGO (nova redação) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e  21.11.2003.
Presume-se o abandono de emprego se o trabalhador não retornar ao serviço no prazo de 30 (trinta) dias após a cessação do benefício previdenciário nem justificar o motivo de não o fazer.
RECURSO ORDINÁRIO. ABANDONO DE EMPREGO. CARACTERIZAÇÃO. Abandono é ato ou efeito de abandonar. O abandono de emprego, enquanto falta grave configuradora de justa causa capitulada na letra i, do artigo 482 da CLT, conceitua-se como a ausência injustificada e prolongada do empregado (que a jurisprudência fixou em 30 (trinta) dias consecutivos), com o animus abandonandi (ou animus dereliquendi), com a manifesta intenção de não mais retornar ao trabalho. Logo, para a caracterização da falta grave do abandono, necessário é que estejam presentes, concomitantemente, o elemento objetivo, das ausências injustificadas e consecutivas ao serviço, durante período que a jurisprudência fixou em 30 dias, e o elemento subjetivo, ou seja, a manifesta intenção do empregado de não mais querer retornar ao emprego. (TRT/SP - 00681200800402006 (00681200800402006) - RO - Ac. 12ªT 20101012858 - Rel. MARCELO FREIRE GONÇALVES - DOE 22/10/2010).
EMENTA - DISPENSA - JUSTO MOTIVO - ABANDONO DE EMPREGO - REQUISITOS - PROVA
 A justa causa trata-se de penalidade aplicada ao empregado, diante da prática de ato doloso ou culposo, nessa hipótese, grave o suficiente e capaz de minar a confiança e boa-fé inerentes a relação jurídica pré-estabelecida, autorizando ao empregador a rescisão do contrato de trabalho por justo motivo o qual, pela natureza ou reiteração, configura violação das obrigações contratuais pelo empregado, de modo que se afigura insuportável a continuidade do pacto. Por ser causa excepcional de ruptura, eis que afasta a aplicação do princípio da continuidade do vínculo laboral, demanda prova inconteste do cometimento da falta grave atribuída ao obreiro, sob o risco de vir a ser desqualificada na via judicial (artigo 333, inciso II, do CPC e artigo 818, da CLT). O abandono de emprego, espécie de falta grave, requer a comprovação da existência de um elemento material - ausência injustificada do trabalhador - e de um elemento psicológico - a intenção de abandonar o trabalho. A ausência configuradora do abandono há de ser ininterrupta e prolongada, tendo a jurisprudência fixado em trinta dias o lapso temporal que caracteriza o elemento material do abandono de emprego e que induz presunção do elemento psicológico se o trabalhador queda-se inerte (Súmula de n. 32, do c. TST). Dispensa por justa causa que se confirma, diante dos elementos fáticos analisados. 
Mediante as disposições que foram vislumbradas pertinentes ao diploma processual consagrado com as de direito material, a doutrina explicitada e a jurisprudência atualizada, tudo acima elencado, a pertinência da ação pretendida, desta feita, requer-se pela total procedência, haja vista a recusa injustificada do CONSIGNADO em receber o pagamento das verbas, havendo de outro lado, o direito do devedor de adimplir sua obrigação, sendo certo, portanto, que para caracterizar-se o efeito de pagamento busca-se a tutela judicial, mediante a consignação da quantia devida.
 Consoante o contexto fático observado, o CONSIGNANTE socorre-se do texto legal do artigo 539 e seguintes do Código de Processo Civil, combinado com o artigos 334 e seguintes do Código Civil, para o fim de proceder ao depósito judicial a importância de R$ (...), parao pagamento de crédito trabalhista do CONSIGNADO, cujos valores estão discriminados no incluso Termo de Rescisão de Contrato de Trabalho.
DO PEDIDO
a)Requerer a Vossa Excelência a expedição de guia para depósito bancário;
b)Notificação do CONSIGNADO para comparecer à audiência de instrução e julgamento, sob pena de revelia e confissão quanto à matéria de fato
c)Recebimento pelo CONSIGNADO da quantia efetivamente devida de R$(...), sob pena de ser feito respectivo depósito judicial em não aceitação da mesma, prosseguindo-se nos ulteriores atos e termos do processo até a final sentença.
d)Procedência da presente ação, condenando o Réu ao ônus da sucumbência.
e)Citação ao CONSIGNADO através de Edital a fim de conhecer o litígio e comparecer a esse Juízo, em audiência que for designada, para contestar, querendo, os termos desta ação de consignação em pagamento, sob pena de revelia e confissão, quanto à matéria de fato,
 
f)A observância por parte de Vossa Excelência, mediante o seu magnífico entendimento jurídico, do Código de Processo Civil em seu artigo 344,o qual versa que: Se o réu não contestar a ação, será considerado revel e presumir-se-ão verdadeiras as alegações de fato formuladas pelo autor.
g)Pleiteia-se a consequente condenação da Ré na forma do Pedido mais - juros de mora, correção monetária, custas, taxas, despesas processuais, honorários advocatícios e, demais cominações legais.
DAS PROVAS
Protesto pela a produção de todos os meios de prova admitidos em direito, na amplitude do artigo 369, do CPC, em especial às de caráter documental, testemunhal e depoimento pessoal do representante legal do CONSIGNADO.
DO VALOR DA CAUSA
Atribui-se à causa o valor de (...).
Nestes termos, pede deferimento.
Local/ Data
ADVOGADO
OAB n.º

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