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06 Direito Processual penal 06

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CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL - AFT 
PROFESSOR PEDRO IVO 
 
Prof: Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 
 
1 
DIREITO PROCESSUAL PENAL – TEORIA E EXERCÍCIOS – TJ-SP 
PROFESSOR: PEDRO IVO 
 
AULA 06 – JUIZADOS ESPECIAIS – LEI Nº. 9099/95 
 
Olá, Pessoal! 
 
Sejam bem vindos à nossa última aula! 
 
Tararemos hoje de um tópico importante e cada vez mais presente nas provas: A 
lei nº. 9.099/95. 
 
Bons estudos!!! 
***************************************************************** 
 
6.1 INTRODUÇÃO 
 
Os Juizados Especiais são órgãos previstos pela Constituição Federal em seu art. 
98, que assim dispõe: 
Art. 98. A União, no Distrito Federal e nos Territórios, e os Estados 
criarão: 
I - juizados especiais, providos por juízes togados, ou togados e 
leigos, competentes para a conciliação, o julgamento e a execução 
de causas cíveis de menor complexidade e infrações penais de 
menor potencial ofensivo, mediante os procedimentos oral e 
sumaríssimo, permitidos, nas hipóteses previstas em lei, a 
transação e o julgamento de recursos por turmas de juízes de 
primeiro grau; 
§ 1º Lei federal disporá sobre a criação de juizados especiais no 
âmbito da Justiça Federal 
§ 2º As custas e emolumentos serão destinados exclusivamente ao 
custeio dos serviços afetos às atividades específicas da Justiça. 
 
Diante da necessidade de implementar a norma constitucional, o Congresso 
Nacional aprovou a Lei 9.099/95, que é resultado da fusão de dois projetos de lei: 
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PROFESSOR PEDRO IVO 
 
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DIREITO PROCESSUAL PENAL – TEORIA E EXERCÍCIOS – TJ-SP 
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um que cuida dos Juizados Especiais Cíveis e outro que regula os Juizados 
Especiais Criminais no âmbito Estadual. No âmbito Federal, a lei 10.259/01 regula 
os Juizados Especiais Federais. 
Mas para que criar Juizados Especiais? 
A inadequação dos procedimentos, o formalismo acentuado, o alto valor das 
custas processuais, a necessidade de advogado, além da indisponibilidade dos 
direitos e dos privilégios em favor da União, prejudicavam, em um número 
significativo de casos, o acesso à justiça. 
Imagine, por exemplo, um indivíduo que pretendesse exigir R$ 1000,00 de uma 
determinada empresa, a título de indenização, antes da implementação dos 
Juizados Especiais. Este pleiteante, obrigatoriamente, teria que constituir um 
advogado e, com isso, muitos acabavam desistindo de lutar pelos seus direitos. 
Outro problema era o rito procedimental que, pela complexidade, gerava um 
tempo absurdo para a resolução da questão. 
Com a regulamentação do artigo 98 da Carta Magna, parte dos obstáculos de 
acesso à justiça foram removidos. Dentre as principais características, 
apresentam-se: 
 
• GRATUIDADE PROCESSUAL EM PRIMEIRA INSTÂNCIA; 
• TOTAL REMOÇÃO DOS ÓBICES PROCESSUAIS (FORMALISMOS INÚTEIS); 
• SIMPLIFICAÇÃO DO PROCEDIMENTO; 
• INTRODUÇÃO DOS CRITÉRIOS DE ORALIDADE, SIMPLICIDADE, INFORMALIDADE E 
CELERIDADE; 
• COMPOSIÇÃO PACÍFICA DAS CONTROVÉRSIAS. 
 
6.2 JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS 
 
 6.2.1 COMPETÊNCIA 
 
O Juizado Especial Criminal, também conhecido por JECrim, é um órgão da 
estrutura do Poder Judiciário brasileiro destinado a promover a conciliação, o 
julgamento e a execução das infrações penais consideradas de menor 
potencial ofensivo. 
Ao começar a dispor sobre os Juizados Especiais Criminais, a lei 9.099/95 
leciona: 
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Art. 60. O Juizado Especial Criminal, provido por juízes togados ou 
togados e leigos, tem competência para a conciliação, o julgamento 
e a execução das infrações penais de menor potencial ofensivo, 
respeitadas as regras de conexão e continência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Observe que o texto legal fala em infrações de menor potencial ofensivo, mas 
o que exatamente quer dizer esta expressão? 
Para encontrarmos a resposta, devemos buscar o texto da própria lei que, no 
artigo 61, dispõe: 
 
Art. 61. Consideram-se infrações penais de menor potencial 
ofensivo, para os efeitos desta Lei, as contravenções penais e os 
crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 2 (dois) 
anos, cumulada ou não com multa. 
 
DICIONÁRIO DO CONCURSEIRO 
 
• JUIZ TOGADO � É O MAGISTRADO GRADUADO EM DIREITO E 
APROVADO EM CONCURSO DE PROVAS E TÍTULOS PARA O 
INGRESSO NA MAGISTRATURA. 
• JUIZ LEIGO � É AQUELE QUE, APESAR DA FORMAÇÃO EM DIREITO, 
NÃO É JUIZ DE DIREITO, OU SEJA, TOGADO. NÃO PRESTOU 
CONCURSO PARA A MAGISTRATURA, ATUANDO SOMENTE NOS 
JUIZADOS ESPECIAIS E DE CONCILIAÇÃO. 
• CONCILIAÇÃO � É UM MEIO DE SOLUÇÃO DE CONTROVÉRSIAS EM 
QUE AS PARTES RESOLVEM O CONFLITO ATRAVÉS DA AÇÃO DE UM 
TERCEIRO, O CONCILIADOR. ESTE, ALÉM DE APROXIMAR AS 
PARTES, ACONSELHA E AJUDA, FAZENDO SUGESTÕES DE ACORDO. 
A CONCILIAÇÃO É JUDICIAL QUANDO SE DÁ EM CONFLITOS JÁ 
AJUIZADOS, NOS QUAIS ATUA COMO CONCILIADOR O PRÓPRIO JUIZ 
DO PROCESSO OU CONCILIADOR TREINADO E NOMEADO. 
• CONEXÃO E CONTINÊNCIA � SÃO FENÔMENOS PROCESSUAIS 
DETERMINANTES DA REUNIÃO DE DUAS OU MAIS AÇÕES, PARA 
JULGAMENTO EM CONJUNTO, A FIM DE EVITAR A EXISTÊNCIA DE 
SENTENÇAS CONFLITANTES. 
 
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O conhecimento da correta definição de crime de menor potencial ofensivo é 
importantíssimo para a sua prova e, diante do supra artigo, podemos resumir: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A competência do Juizado será determinada pelo lugar em que foi praticada a 
infração penal, e os atos processuais serão públicos e poderão realizar-se em 
horário noturno e em qualquer dia da semana, conforme dispuserem as normas 
de organização judiciária. 
 
6.2.2 PRINCÍPIOS 
 
Conforme você já sabe, o juizado especial criminal foi criado com 
características particulares e a própria lei define princípios diferenciados a 
serem seguidos por este meio legal. Veja: 
 
Art. 62. O processo perante o Juizado Especial orientar-se-á pelos 
critérios da oralidade, informalidade, economia processual e 
celeridade, objetivando, sempre que possível, a reparação dos 
danos sofridos pela vítima e a aplicação de pena não privativa de 
liberdade. 
 
Vamos analisar o supra artigo: 
 
 6.2.2.1 ORALIDADE 
CRIMES DE 
MENOR 
POTENCIAL 
OFENSIVO 
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A oralidade pode ser explicada como a possibilidade de se permitir a 
documentação mínima dos atos processuais, sendo registrados apenas 
aqueles atos tidos como essenciais. Neste sentido, dispõe a lei: 
 
Art. 65 
[...] 
§ 3º Serão objeto de registro escrito exclusivamente os atos 
havidos por essenciais. Os atos realizados em audiência de instrução 
e julgamento poderão ser gravados em fita magnética ou 
equivalente. (grifo nosso) 
 
 6.2.2.2 INFORMALIDADE / SIMPLICIDADE 
 
Os atos processuais serão válidos sempre que atingirem as finalidades para 
as quais foram realizados. Tenta o legislador, com este princípio, retirar a 
idéia plasmada no procedimento comum de que o processoé o fim e não o 
meio para o cumprimento da lei. Veja: 
 
Art. 65. Os atos processuais serão válidos sempre que preencherem 
as finalidades para as quais foram realizados, atendidos os critérios 
indicados no art. 62 desta Lei. 
 
Isso que dizer que não há qualquer forma prescrita para o rito 
procedimental dos Juizados Especiais? A resposta é negativa, ou seja, 
existem formalizações exigidas por lei, MAS nenhuma nulidade será 
pronunciada sem que seja demonstrado prejuízo para a acusação ou para a 
defesa. 
Observe o disposto: 
Art. 65 [...] 
§ 1º Não se pronunciará qualquer nulidade sem que tenha havido 
prejuízo. 
 
Como uma espécie da informalidade, temos o conceito de simplicidade, 
segundo o qual o processo deve transcorrer da maneira mais simples 
possível e, visivelmente, esta foi a intenção do legislador na confecção da 
lei. 
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Como exemplo de simplicidade, temos a desnecessidade da carta precatória 
para a prática de atos processuais em outras comarcas, podendo ser 
utilizado qualquer meio de comunicação. Veja: 
 
Art. 65 
[...] 
§ 2º A prática de atos processuais em outras comarcas poderá ser 
solicitada por qualquer meio hábil de comunicação. 
 
 
 
 
 
Desta forma, se um juiz no Rio de Janeiro quiser solicitar algo de um 
magistrado em São Paulo, basta pegar o telefone, ligar e pedir. Bem mais 
simples, concorda? 
Outra situação em que temos a aplicação da simplicidade diz respeito à 
citação. Esta, sempre que possível, será feita no próprio juizado, 
evitando o mandado e o deslocamento de um Oficial de Justiça. 
 
Art. 66. A citação será pessoal e far-se-á no próprio Juizado, sempre 
que possível, ou por mandado. 
 
 
 
 
 
Do artigo 66, tiramos um importante ponto para a sua PROVA. Perceba que 
ao dispor sobre a citação, o legislador assinala a necessidade de que seja 
pessoal (no juizado ou através do mandado). 
Mas e se o agente não for encontrado? 
Neste caso, diferentemente do que muitos pensam, NÃO HAVERÁ CITAÇÃO 
POR EDITAL!!! Observe como trata do caso a lei: 
 
 
Carta precatória é um instrumento utilizado pela Justiça quando existem 
indivíduos em comarcas diferentes. É um pedido que um juiz envia a outro de 
outra comarca. Assim, um juiz (dito deprecante) envia carta precatória para o 
juiz de outra comarca (dito deprecado) para a realização de um ato processual. 
Citação, para o Direito, consiste no ato processual no qual a parte ré é 
comunicada de que está sendo movido um processo contra ela e a partir da qual 
a relação triangular deste se fecha, com as três partes envolvidas no litígio 
devidamente ligadas: autor, réu e juiz; ou autor interessado e juiz. 
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Art.66 [...] 
Parágrafo único. Não encontrado o acusado para ser citado, o Juiz 
encaminhará as peças existentes ao Juízo comum para adoção do 
procedimento previsto em lei. (grifo nosso). 
 
Sendo assim, podemos resumir que: 
 
Para finalizar este item relativo à informalidade / simplicidade, vamos tratar 
de uma última situação que diz respeito às intimações. Estas serão feitas 
por correspondência, com aviso de recebimento pessoal quando enviadas a 
endereço residencial. 
Quando enviadas a endereço comercial, a intimação será entregue ao 
encarregado da recepção, que obrigatoriamente será identificado. 
 
 
 
 
 
Esta é a regra geral para a intimação, MAS, visando à simplicidade, se 
necessário, as intimações poderão ser feitas por qualquer outro meio 
idôneo. Observe a norma: 
 
Art. 67. A intimação far-se-á por correspondência, com aviso de 
recebimento pessoal ou, tratando-se de pessoa jurídica ou firma 
individual, mediante entrega ao encarregado da recepção, que será 
obrigatoriamente identificado, ou, sendo necessário, por oficial de 
justiça, independentemente de mandado ou carta precatória, ou 
ainda por qualquer meio idôneo de comunicação. (grifei) 
 
 6.2.2.3 CELERIDADE 
 
O princípio da celeridade visa realizar a prestação jurisdicional com rapidez, 
celeridade, presteza, sem, contudo, causar prejuízos em relação à 
segurança jurídica. Com esse princípio, tem-se o cumprimento eficaz da 
NNOOSS JJUUIIZZAADDOOSS EESSPPEECCIIAAIISS,, AA CCIITTAAÇÇÃÃOO ÉÉ PPEESSSSOOAALL,, NNÃÃOO CCAABBEENNDDOO OO EEDDIITTAALL.. 
Intimação é uma comunicação escrita expedida por um juiz e que leva às partes 
o conhecimento de atos e termos do processo e solicita às mesmas que façam 
ou deixem de fazer algo em virtude de lei, perante o poder judiciário. Geralmente, 
esses serviços são executados por um oficial de justiça. 
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função do Poder Judiciário e o alcance do seu objetivo de extinguir os 
litígios. 
A lei nº. 9.099/95 traz diversos dispositivos visando garantir a celeridade 
processual, tais como: 
 
Art. 80. Nenhum ato será adiado, determinando o Juiz, quando 
imprescindível, a condução coercitiva de quem deva comparecer. 
 
Art. 81[...] 
§ 1º Todas as provas serão produzidas na audiência de instrução e 
julgamento, podendo o Juiz limitar ou excluir as que considerar 
excessivas, impertinentes ou protelatórias. (grifei) 
 
 
 
 
 
 
Apesar de alguns doutrinadores defenderem a tese de que quanto mais 
demorado um processo, maior a segurança jurídica para este e, ainda, 
maior o aprofundamento do julgador perante o mesmo, tem-se revelado, 
tal tese, ultrapassada. 
 
6.2.2.4 ECONOMIA PROCESSUAL 
 
Tal princípio visa apresentar às partes um resultado prático, efetivo, com o 
mínimo de tempo, gastos e esforços. Podemos dizer que se entende por 
economia processual a realização do maior número de atos processuais com 
o mínimo de diligências. 
Ë importante ressaltar que o objetivo dos juizados especializados é 
justamente o de tornar as demandas rápidas, eficientes na solução dos 
litígios individuais, devendo garantir, para isso, a economia nas atividades 
processuais. 
Diante disso, todos os atos processuais devem ser aproveitados visando 
alcançar tal princípio, ou seja, nenhum ato processual é inútil, todos são 
proveitosos, com um único fim: o de garantir essa economia processual 
Audiência de instrução e julgamento é a sessão pública dos juízos de primeiro grau 
de jurisdição, da qual participam o juiz, os auxiliares da Justiça, as testemunhas, 
os advogados e as partes, com o objetivo de obter a conciliação destas, realizar a 
prova oral, debater a causa e proferir a sentença. Como sessão que é, a audiência 
de instrução e julgamento é integrada por uma série de atos, sendo ela própria um 
ato processual complexo. 
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para que as partes possam chegar ao fim do processo o mais brevemente 
possível. 
 
6.2.2.5 AMPLA LIBERDADE DO JUIZ 
 
A lei nº. 9.099/95 veio ampliar os poderes do juiz para que ele conduza ou 
oriente conciliações, suspenda ou não o processo, enfim, deu ao juiz a 
possibilidade deuma maior intervenção no processo, e é isso que você tem 
que saber para a sua PROVA. 
 
Art. 73. A conciliação será conduzida pelo Juiz ou por conciliador sob 
sua orientação. 
 
Assim como no Processo Penal comum, nos juizados especiais criminais 
também prevalece a verdade REAL sobre a verdade FORMAL. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 6.2.3 FASE PRELIMINAR 
 
6.2.3.1 INSTAURAÇÃO DO PROCESSO 
 
VERDADE REAL 
No processo penal, o Juiz tem a obrigação de colher o maior número de 
provas possíveis a fim de determinar efetivamente como ocorreu o fato 
concreto. Segundo o STJ: “A busca pela verdade real constitui princípio que 
rege o Direito Processual Penal. A produção de provas, porque constitui 
garantia constitucional, pode ser determinada, inclusive pelo Juiz, de ofício, 
quando julgar necessário”. 
Desta forma, para ficar bem claro, imaginemos a seguinte situação: Tício 
mata Mévio e, durante o processo penal, o pai de Tício assume a culpa do 
feito, exigindo, assim, que seu filho seja liberado. Será que o Juiz é obrigado a 
aceitar o que está sendo dito? A resposta é negativa, pois, como já dissemos, 
caberá ao judiciário, através da colheita de informações, atingir a verdade 
REAL e decidir através da livre apreciação das provas. 
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Dentro do espírito inovador que norteia o procedimento nos Juizados 
Especiais Criminais, a lei 9.099/95, buscando ao máximo a eliminação de 
fases processuais e o registro de atos inúteis, aboliu, como regra, o 
inquérito policial como procedimento prévio à ação penal, bastando que a 
autoridade policial envie aos juizados termo circunstanciado sobre a 
ocorrência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Buscando dar celeridade ainda maior, se possível, o termo circunstanciado 
deve ser enviado, juntamente com as partes envolvidas, à autoridade 
judiciária, juntando-se documentos e outras informações necessárias ao 
esclarecimento dos fatos. 
 
Art. 69. A autoridade policial que tomar conhecimento da ocorrência 
lavrará termo circunstanciado e o encaminhará imediatamente ao 
Juizado, com o autor do fato e a vítima, providenciando-se as 
requisições dos exames periciais necessários. 
 
Nessa hipótese, dúvidas surgem quanto a que tipo de autoridade policial tem 
competência para lavrar o termo circunstanciado e enviá-lo ao juizado. 
Somente as Polícias Civis de âmbito estadual ou federal poderiam fazê-lo ou 
outras polícias, como a rodoviária e a militar, também poderiam se incumbir 
da tarefa? O entendimento que é sufragado pela maioria da doutrina é o de 
que a expressão "autoridade policial", prevista no caput do artigo 69 da lei 
9.099/95, diz respeito não só às polícias civis estaduais e federal, mas 
engloba também as outras polícias previstas na constituição federal de 88. 
 
 
 
O inquérito policial é um procedimento policial administrativo previsto no Código de 
Processo Penal Brasileiro. É instrução provisória, preparatória, destinada a reunir os 
elementos necessários (provas) à apuração da prática de uma infração penal e sua 
autoria. 
Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) é um registro de um fato tipificado 
como infração de menor potencial ofensivo. O referido registro deve conter a 
qualificação dos envolvidos e o relato do fato, quando lavrado por autoridade 
policial. Nada mais é do que um boletim de ocorrência com algumas informações 
adicionais, servindo de peça informativa para o Juizado Especial Criminal. 
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6.2.3.2 AUDIÊNCIA PRELIMINAR 
 
É nesta fase que o Juiz tentará compor a lide, propondo às partes 
envolvidas a possibilidade de reparação dos danos, a aceitação imediata do 
cumprimento de pena não privativa de liberdade. Destina-se, portanto, à 
conciliação das partes. 
Nesta audiência, poderão ocorrer três situações: 
 
1. A aceitação da proposta de composição dos danos civis pelo 
autor; 
2. A transação penal; 
3. Oferecimento oral de denúncia para que seja iniciada a ação 
penal. 
 
Também deverão estar presentes na audiência: 
 
1. O representante do Ministério Público; 
2. O autor do fato; 
3. A vítima; 
4. Se possível, o responsável civil. 
 
Observe: 
 
Art. 72. Na audiência preliminar, presente o representante do 
Ministério Público, o autor do fato e a vítima e, se possível, o 
responsável civil, acompanhados por seus advogados, o Juiz 
esclarecerá sobre a possibilidade da composição dos danos e da 
aceitação da proposta de aplicação imediata de pena não privativa 
de liberdade. 
 
Vamos analisar cada situação: 
 
***ACEITAÇÃO DA PROPOSTA DE COMPOSIÇÃO DE DANOS CIVIS PELO AUTOR � 
Na composição dos danos civis, há a reparação dos danos financeiros 
causados à vítima em razão do ilícito penal imputado ao autor do fato e, 
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uma vez homologado o acordo de composição dos danos civis, terá eficácia 
de título a ser executado no juízo civil competente, acarretando a renúncia 
ao direito de queixa ou representação. 
 
Art. 74. A composição dos danos civis será reduzida a escrito e, 
homologada pelo Juiz mediante sentença irrecorrível, terá 
eficácia de título a ser executado no juízo civil competente 
 
***TRANSAÇÃO PENAL � A transação penal está consagrada no art. 76 da Lei 
9099/95, o qual dispõe: 
 
Art. 76. Havendo representação ou tratando-se de crime de ação 
penal pública incondicionada, não sendo caso de arquivamento, o 
Ministério Público poderá propor a aplicação imediata de pena 
restritiva de direitos ou multas, a ser especificada na proposta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PARA FACILITAR O ENTENDIMENTO - AÇÃO PENAL – NOÇÕES GERAIS 
No nosso país, as ações penais são divididas em dois grandes grupos: 
1. AÇÃO PENAL PÚBLICA � Subdividida em Pública Incondicionada e Condicionada. 
2. AÇÃO PENAL PRIVADA 
Imaginemos que um indivíduo comete um homicídio. Este delito, obviamente, importa 
sobremaneira a toda sociedade. Desta forma, a ação recebe a classificação de pública 
Incondicionada e não depende de qualquer pedido ou condição para ser iniciada, bastando 
o conhecimento do fato pelo Ministério Público. O MP inicia esta ação através da 
DENÚNCIA. 
Pensemos agora em outra situação em que uma mulher chega para um homem e diz que ele 
é “mais feio que briga de foice no escuro”. Neste caso, temos claramente um delito de 
injúria e eis a pergunta: O que este delito importa para a sociedade? Na verdade, ele fere a 
esfera íntima do indivíduo e, devido a isto, o Estado concede a possibilidade de o ofendido 
decidir se inicia ou não a ação penal, atribuindo a este a titularidade. Temos ai a ação 
privada que é iniciada através da QUEIXA do ofendido. 
Em um meio termo entre a Pública Incondicionada e a Privada, temos a Pública 
Condicionada. Neste caso, o fato fere imediatamente a esfera íntima do indivíduo e 
mediatamente (secundariamente) o interesse geral. Desta forma, a lei atribui a titularidade 
da ação ao MP que a inicia pela DENÚNCIA, mas exige que o MP aguarde a manifestaçãodo 
ofendido para que possa iniciar a ação. Tal fato ocorre, por exemplo, no delito de ameaça. 
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Antes do oferecimento da denúncia, portanto, na fase administrativa ou 
pré-processual, o Ministério Público poderá propor um acordo, 
transacionando o direito de punir do Estado com o direito à liberdade do 
"autor do fato". 
Sergio Turra Sobrane define a transação penal como: 
 
“o ato jurídico através do qual o Ministério Publico e o autor do fato, 
atendidos os requisitos legais, e na presença do magistrado, acordam em 
concessões recíprocas para prevenir ou extinguir o conflito instaurado pela 
prática do fato típico, mediante o cumprimento de uma pena 
consensualmente ajustada”. 
 
Para finalizar observe que o artigo 76 deixa claro a necessidade da 
participação do Ministério Público na definição da transação penal. Sendo 
assim, para a sua PROVA, considere que: 
 
 
 
 
 
 6.2.4 FASE PROCESSUAL – PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO 
 
Não havendo a transação penal, o Ministério Público oferecerá incontinenti 
denúncia oral, desde que, é claro, não existam novas diligências ou 
esclarecimentos a serem requisitados. 
 
Art. 77. Na ação penal de iniciativa pública, quando não houver 
aplicação de pena, pela ausência do autor do fato, ou pela não 
ocorrência da hipótese prevista no art. 76 desta Lei, o Ministério 
Público oferecerá ao Juiz, de imediato, denúncia oral, se não houver 
necessidade de diligências imprescindíveis 
 
Portanto, neste momento inicia-se a ação penal nos JCrim, que poderá 
também se dar através de queixa do ofendido, dispensando-se para tanto o 
inquérito policial, conforme você já viu. 
AA TTRRAANNSSAAÇÇÃÃOO PPEENNAALL PPEELLOO JJUUIIZZ,, SSEEMM PPAARRTTIICCIIPPAAÇÇÃÃOO 
NNOO MMIINNIISSTTÉÉRRIIOO PPÚÚBBLLIICCOO,, NNÃÃOO ÉÉ AADDMMIITTIIDDAA!!!!!! 
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Cabe ao Juiz, nesta oportunidade, verificar a complexidade probatória do caso, 
tendo em vista que algumas situações exigem a prática de atos probatórios 
mais complexos, como perícias ou laudos técnicos, o que certamente não se 
coaduna com o espírito de simplicidade e informalidade existente nos juizados. 
Neste caso, cabe ao Magistrado, uma vez verificado que o caso demanda tais 
providências, enviar os autos ao Juiz comum, cuja estrutura procedimental 
estaria mais preparada para abrigar a apuração de fatos de maior 
complexidade. 
Oferecida a denúncia ou queixa, ficará o acusado cientificado do dia e hora da 
audiência de instrução e julgamento, momento em que haverá mais uma 
tentativa de conciliação ou, até mesmo, de proposta de transação penal, desde 
que não tenha ocorrido a possibilidade do seu oferecimento na fase preliminar. 
 
Art. 79. No dia e hora designados para a audiência de instrução e 
julgamento, se na fase preliminar não tiver havido possibilidade de 
tentativa de conciliação e de oferecimento de proposta pelo 
Ministério Público, proceder-se-á nos termos dos arts. 72, 73, 74 e 
75 desta Lei. 
 
Daí por diante, o procedimento é basicamente oral, iniciando-se a audiência 
com a apresentação da defesa pelo réu. Importante salientar que só depois de 
ouvido o defensor é que o Juiz aceita ou rejeita a denúncia ou queixa. 
Se rejeitar a denúncia ou queixa? 
Segue o preceituado no artigo 82 da lei nº. 9.099/95: 
 
Art. 82. Da decisão de rejeição da denúncia ou queixa e da sentença 
caberá apelação, que poderá ser julgada por turma composta de 
três Juízes em exercício no primeiro grau de jurisdição, reunidos na 
sede do Juizado. 
 
Se ele aceitar? 
 
Ocorrerá a oitiva de testemunhas de acusação e defesa, interrogatório do 
acusado e debates orais, quando então o processo estará concluso para 
decisão. 
 
Art. 81. Aberta a audiência, será dada a palavra ao defensor para 
responder à acusação, após o que o Juiz receberá, ou não, a 
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denúncia ou queixa; havendo recebimento, serão ouvidas a vítima e 
as testemunhas de acusação e defesa, interrogando-se a seguir o 
acusado, se presente, passando-se imediatamente aos debates orais 
e à prolação da sentença. 
§ 1º Todas as provas serão produzidas na audiência de instrução e 
julgamento, podendo o Juiz limitar ou excluir as que considerar 
excessivas, impertinentes ou protelatórias. 
§ 2º De todo o ocorrido na audiência será lavrado termo, assinado 
pelo Juiz e pelas partes, contendo breve resumo dos fatos 
relevantes ocorridos em audiência e a sentença. 
 
A sentença, dispensado o relatório, mencionará os elementos de convicção do 
Juiz. Veja: 
 
Art. 81[...] 
§ 3º A sentença, dispensado o relatório, mencionará os elementos 
de convicção do Juiz. 
 
Na sentença devem constar somente os elementos de convicção do Juiz, 
como, por exemplo, os depoimentos ou trechos mais importantes dos 
depoimentos prestados na audiência, a fim de que a decisão esteja 
devidamente motivada, sob pena de nulidade. 
 
6.2.5 SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO 
 
Para concluir, resta comentar a inovação prevista no artigo 89 da lei 9.099/95, 
que trouxe um importante instituto ao ordenamento jurídico, qual seja: A 
SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO. 
Diz o dispositivo que: 
 
Art. 89. Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou 
inferior a um ano, abrangidas ou não por esta Lei, o Ministério 
Público, ao oferecer a denúncia, poderá propor a suspensão do 
processo, por dois a quatro anos, desde que o acusado não esteja 
sendo processado ou não tenha sido condenado por outro crime, 
presentes os demais requisitos que autorizariam a suspensão 
condicional da pena (art. 77 do Código Penal). 
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O supra artigo traz a idéia de desnecessidade da pena, uma vez que o 
magistrado se limitará a impor condições ao réu que, se aceitas, ensejarão a 
suspensão do processo. 
Para compreender bem, pense assim: Após ser aprovado no seu concurso 
público, você passará por um estágio probatório, correto? Então...para o 
acusado é exatamente a mesma coisa. Observe o disposto: 
 
Art. 89 [...] 
1º Aceita a proposta pelo acusado e seu defensor, na presença do 
Juiz, este, recebendo a denúncia, poderá suspender o processo, 
submetendo o acusado a período de prova, sob as seguintes 
condições: 
I - reparação do dano, salvo impossibilidade de fazê-lo; 
II - proibição de freqüentar determinados lugares; 
III - proibição de ausentar-se da comarca onde reside, sem 
autorização do Juiz; 
IV - comparecimento pessoal e obrigatório a juízo, mensalmente, 
para informar e justificar suas atividades. 
 
A medida também busca a reabilitação do escopo de reeducação do processo 
penal, possibilitando que o próprio acusado, de acordo com a sua 
conveniência, opte pelo cumprimento das condições ou pelo prosseguimento 
do processo. 
Não se trata de mero ato discricionário, sendo direito do réu a proposta de 
suspensão do processo. Além disso, estando presentes os requisitos legais, o 
acusadotem direito a deferimento da medida como forma de preservar os 
princípios informativos da lei 9.099/95. 
A suspensão condicional do processo é instituto de máxima importância para o 
desafogamento dos processos criminais, visando uma célere prestação 
jurisdicional e impedindo que a apuração de crimes de pouca repercussão 
venha a se arrastar por vários anos no judiciário, evitando a efetividade do 
processo. 
 
************************************************************** 
Aqui chegamos ao término da parte teórica referente aos juizados penais 
especiais. 
Vamos, agora, resumir o exposto: 
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ELABORAÇÃO DO 
TERMO 
CIRCUNSTANCIADO 
(art. 71) 
AUDIÊNCIA PRELIMINAR 
Conciliação e aplicação 
da pena restritiva de 
direitos. 
(art. 72 a 76) 
DENÚNCIA OU 
QUEIXA. 
(art. 77) 
 
AUDIÊNCIA DE 
INSTRUÇÃO E 
JULGAMENTO. 
 (art. 79 a 83) 
 
Tentativa de Conciliação 
e aplicação da pena 
restritiva de direitos. 
Caso não tenha ocorrido 
audiência preliminar. 
(art. 79) 
Oportunidade da 
defesa rebater a 
acusação oralmente. 
(art. 81) 
RECEBIMENTO DA 
DENÚNCIA OU 
QUEIXA. 
 (art. 81) 
Caso não seja 
recebida, cabe 
apelação. 
(art. 82) 
 
OFERECIMENTO DA 
SUSPENÇÃO 
CONDICIONAL DO 
PROCESSO. 
(art. 89) 
Suspensão do 
processo e início da 
fase probatória. 
 (art. 89 § 1º ao 6º) 
Oitiva da vítimas e 
testemunhas. 
Interrogatório do réu. 
Debates orais; 
 (art. 81) 
 
PPEENNAA MMÍÍNNIIMMAA 
CCOOMMIINNAADDAA FFOORR 
IIGGUUAALL OOUU IINNFFEERRIIOORR 
AA UUMM AANNOO 
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********************************************************************************************************** 
Caros Alunos, 
Neste momento, chegamos ao final do nosso curso (pelo menos da parte teórica) 
e queria que soubessem que para mim é uma grande felicidade saber que, 
mesmo com uma pequena parcela, pude contribuir nesta busca árdua pela 
aprovação. 
Espero sinceramente ter correspondido à confiança que depositaram no meu 
trabalho e ter conseguido atingir o meu objetivo principal de transmitir a vocês o 
Direito Penal de uma maneira clara, objetiva e agradável. 
Como não poderia deixar de ser... CHEGAMOS AO ÚLTIMO DEGRAU!!! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Agora é seguir em frente com força total, pois, em breve, todo o esforço será 
recompensado. 
De agora em diante, deixo de ser simplesmente o “professor” e passo a ser mais 
um “concurseiro de carteirinha” que sempre estará pronto a ajudá-los no que for 
preciso de agora até a tão esperada APROVAÇÃO. 
 
Abraços e bons estudos, 
 
Pedro Ivo 
 
 “O futuro pertence àqueles que acreditam na beleza de seus sonhos.” 
Eleanor Roosevelt 
 
 
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EXERCÍCIOS DE REVISÃO 
 
1. (AFRFB / 2009) Com relação ao disposto na Lei dos Juizados Especiais 
Criminais (Lei n. 9099/95), é correto afirmar que: 
 
A) essa lei aplica-se a todos os tipos de crimes cometidos após Janeiro de 1995. 
B) o processo perante o Juizado Especial objetiva, sempre que possível, a 
reparação dos danos sofridos pela vítima. 
C) essa legislação tem aplicação só no âmbito da Justiça Estadual. 
D) o instituto da transação penal pode ser concedido pelo Juiz sem a anuência do 
Ministério Público. 
E) nela está prevista a abolitio criminis dos delitos de menor potencial ofensivo. 
 
GABARITO: B 
COMENTÁRIOS: 
 
Alternativa “A” - Incorreta - Segundo o artigo 60 da lei 9.099/95 a lei não se 
aplica a TODOS os tipos de crime, mas somente aos considerados de menor 
potencial ofensivo. 
 
Art. 60. O Juizado Especial Criminal, provido por juízes togados ou 
togados e leigos, tem competência para a conciliação, o julgamento 
e a execução das infrações penais de menor potencial ofensivo, 
respeitadas as regras de conexão e continência. 
 
Alternativa “B” - Correta - Exige o conhecimento do artigo 62 que dispões sobre 
as características principais dos Juizados Especiais Criminais: 
 
Art. 62. O processo perante o Juizado Especial orientar-se-á pelos 
critérios da oralidade, informalidade, economia processual e 
celeridade, objetivando, sempre que possível, a reparação dos 
danos sofridos pela vítima e a aplicação de pena não privativa de 
liberdade. 
 
Alternativa “C” - Incorreta - A legislação aplica-se tanto em âmbito Estadual 
quanto Federal. 
 
Alternativa “D” - Incorreta - A transação penal encontra previsão na Lei 9.099/95, 
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mais precisamente em seu art. 76 , segundo o qual: "Havendo representação ou 
tratando-se de crime de ação penal pública incondicionada, não sendo caso de 
arquivamento, o Ministério Público poderá propor a aplicação imediata de pena 
restritiva de direitos ou multas, a ser especificada na proposta". 
 
A transação penal pelo Juiz, sem participação no Ministério Público, não é 
admitida 
 
Alternativa “E” - Incorreta - Não há qualquer previsão de abolitio criminis, mas 
apenas um rito diferenciado para as questões que envolvem os delitos de menor 
potencial ofensivo. 
 
2. (Juiz Substituto – TJ – MG / 2008) Assinale a afirmativa incorreta. 
 
A) Sempre que o agente, por ato voluntário, reparar o dano ou restituir a coisa, 
antes do recebimento da denúncia ou da queixa, a pena será reduzida de um a 
dois terços. 
B) O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas 
permite a punição por crime culposo, se previsto em lei. 
C) Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por 
absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime. 
D) A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para 
evitar o resultado, sendo o dever de agir descrito no Código Penal. 
E) Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena correspondente 
ao crime consumado, diminuída de um a dois terços. 
 
GABARITO: A 
COMENTÁRIOS: A única alternativa que contraria o Código Penal é a primeira, 
pois emprega a palavra SEMPRE. Observe o que nos diz o CP: 
 
Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à 
pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da 
denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será 
reduzida de um a dois terços. 
 
Segundo o texto supra, o arrependimento posterior só é cabível para os crimes 
praticados SEM violência ou grave ameaça. 
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Alternativa “B” � Erro sobre elementos do tipo: 
 
Art. 20 - O erro sobreelemento constitutivo do tipo legal de crime 
exclui o dolo, mas permite a punição por crime culposo, se previsto 
em lei. 
 
Alternativa “C” � Trata do crime impossível. 
 
Alternativa “D” � Relevância da omissão: 
 
Art. 13 
[...] 
§ 2º - A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e 
podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem: 
a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; 
b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o 
resultado; 
c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do 
resultado. 
 
Alternativa “E” � De acordo com o art. 14, parágrafo único: 
 
Parágrafo único - Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa 
com a pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um 
a dois terços 
 
3. (CEHAP – PB / 2009) Joaquim, servidor público, desviou para a 
reforma da repartição pública em que trabalha determinada quantia de 
que dispunha em razão de seu cargo e que estava regularmente 
destinada à construção de escolas no município. Na situação hipotética 
acima descrita, trata-se de: 
 
A) crime de peculato, independentemente de Joaquim ter-se apropriado da 
quantia para proveito próprio ou não. 
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B) crime de apropriação indébita, independentemente de Joaquim ser ou não 
servidor público. 
C) crime de emprego irregular de verbas públicas, já que o desvio da quantia 
ocorreu em proveito da administração. 
D) crime de prevaricação, posto que Joaquim agiu para satisfazer sentimento 
pessoal. 
E) NRA 
 
GABARITO: C 
COMENTÁRIOS: Realmente as bancas se esmeram para tentar confundir o 
candidato. Observe a maldade...No início da questão, a banca cita a palavra 
DESVIAR e na alternativa “A” coloca o peculato, induzindo o concursando ao erro. 
MAS VOCÊ NÃO VAI ERRAR ISSO NA PROVA, pois analisará as questões que 
tratam dos crimes contra a administração pública com bastante calma. 
No caso em questão, o agente desvia valores destinados a um hospital para 
aplicar NA PRÓPRIA ADMINISTRAÇÃO. Desta forma, temos o delito de emprego 
irregular de verbas ou rendas públicas, previsto no art. 315 do CP. 
 
Art. 315 - Dar às verbas ou rendas públicas aplicação diversa da 
estabelecida em lei. 
 
4. (PGE – PA / 2009) Assinale a alternativa CORRETA a respeito de crime 
contra a Administração Pública: 
 
A) No peculato-apropriação, o delito consuma-se quando o agente inverte a posse 
de um bem móvel, agindo como se dono fosse, que detinha em razão do cargo. 
Há previsão legal do peculato de uso, quando o agente utiliza um bem público 
sem autorização de seu superior hierárquico. 
B) O crime de concussão aproxima-se da corrupção. Naquela figura típica, o 
crime é unilateral; nesta, é bilateral. Na corrupção, o funcionário solicita ou 
aceita, sendo que na concussão, exige. 
C) Quem oferece a um funcionário público uma vantagem indevida em troca de 
um ato funcional comete o mesmo crime que o agente público que aceita tal 
quantia em face da teoria monista adotada pelo Código Penal. 
D) O crime de prevaricação consuma-se somente quando o agente deixa de 
praticar, indevidamente, ato de ofício para satisfazer interesse próprio ou de 
outrem. 
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E) NRA 
 
GABARITO: B 
COMENTÁRIOS: Vamos analisar as alternativas: 
Alternativa “A” � Incorreta � Nós falamos em nossa aula no peculato de uso? 
NÃO, logo não é crime. Essa expressão realmente existe, mas caracteriza ilícito 
administrativo e não penal. 
 
Alternativa “B” � Está perfeita. Diferencia a concussão da corrupção passiva. 
 
Alternativa “C” � Incorreta � Quem oferece comete corrupção ativa, quem 
aceita (funcionário), corrupção passiva. 
 
Alternativa “D” � Incorreta � Consuma-se o delito de prevaricação com a 
omissão, retardamento ou realização do ato. 
 
5. (PROMOTOR DE JUSTIÇA – MP – SP / 2008) Não é modalidade de 
peculato prevista no Código Penal: 
 
A) peculato-apropriação. 
B) peculato-furto. 
C) peculato-concussão. 
D) peculato culposo. 
E) peculato mediante erro de outrem. 
 
GABARITO: C 
COMENTÁRIOS: Não existe a previsão da figura “peculato-concussão”. As 
demais nomenclaturas encontram previsão nos artigos 312 e 313 do Código 
Penal. 
 
6. (AGENTE FISCAL – PI / 2008) Acerca dos crimes praticados por 
funcionário público contra a administração em geral, assinale a opção 
correta. 
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A) Comete crime de prevaricação o funcionário público que, por indulgência, 
retarda ou deixa de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou pratica-o contra 
disposição expressa de lei. 
B) O funcionário público que, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal, 
deixa de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo 
ou, quando lhe faltar competência, não leva o fato ao conhecimento da 
autoridade competente, pratica o crime de condescendência criminosa. 
C) Pratica apenas infração administrativa, conduta considerada atípica, o 
funcionário público que, na cobrança de tributo ou contribuição social, emprega 
meio vexatório ou gravoso não autorizado por lei. 
D) O abandono de cargo público, fora dos casos permitidos em lei, caracteriza 
crime contra a administração pública, e não apenas infração administrativa. 
E) NRA 
 
GABARITO: D 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa “A” � Incorreta � Como vimos, indulgência é o ato de ter clemência 
por alguém. A prevaricação exige que o agente vise satisfazer interesse ou 
sentimento pessoal. 
 
Alternativa “B” � Incorreta � Aqui sim há exigência da indulgência para 
caracterizar a condescendência criminosa. 
 
Alternativa “C” � Incorreta � Claramente trata do delito de excesso de 
exação.....Se você errar essa no dia da prova, vou chamar o “JUVENAL, CARA DE 
PAU, PAGUE O TRIBUTO E SEJA LEGAL” para conversar contigo. 
 
Alternativa “D” � Esta perfeita. Como vimos, fora dos casos permitidos, o 
abandono de função caracteriza CRIME contra a administração pública. Observe: 
 
 Art. 323 - Abandonar cargo público, fora dos casos permitidos em 
lei. 
 
 
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7. (TSE – Analista Judiciário / 2007) Acerca das leis brasileiras que 
instituíram o conceito de infração penal de menor potencial ofensivo, 
assinale a opção correta. 
 
A) Consideram-se infrações de menor potencial ofensivo os crimes a que a lei 
comina pena máxima não superior a um ano, ou multa. 
B) O processo perante o Juizado Especial orientar-se-á pelos critérios da 
oralidade, informalidade, economia processual e celeridade, objetivando, sempre 
que possível, a reparação dos danos sofridos pela vítima e a aplicação de pena 
não privativa de liberdade. 
C) Nos juizados especiais criminais é cabível a citação por edital. 
D) Mesmo havendo necessidade de diligências de maior complexidade para 
apuração dos fatos e da autoria de uma infração penal de menor potencial 
ofensivo,a exemplo de pedido de quebra de sigilo de dados, tais circunstâncias 
não autorizam o deslocamento de competência do juizado especial criminal para o 
juízo de direito comum. 
E) N.R.A 
 
GABARITO: B 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa “A” � Incorreta � Consideram-se infrações penais de menor 
potencial ofensivo as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena 
máxima não superior a 2 (dois) anos, cumulada ou não com multa. 
 
Alternativa “B” � É a alternativa correta. Reproduz o art. 62 da lei 9.099/95. 
 
Alternativa “C” � Incorreta � Não há previsão de citação por edital na lei nº. 
9.099/95. 
 
Art. 66. A citação será pessoal e far-se-á no próprio Juizado, sempre 
que possível, ou por mandado. 
 Parágrafo único. Não encontrado o acusado para ser citado, o Juiz 
encaminhará as peças existentes ao Juízo comum para adoção do 
procedimento previsto em lei. 
 
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Alternativa “D” � A idéia dos Juizados Especiais é justamente a simplicidade. Se 
esta não pode ser adotada, o Juiz deverá deslocar o processo para a justiça 
comum. 
 
8. (TJ – SP / 2004) Nos termos do artigo 72 da Lei n.o 9.099/95, na 
audiência preliminar, deverão estar presentes: 
 
A) o autor do fato, a vítima e seus advogados. 
B) o representante do Ministério Público, o autor do fato e a vítima, 
acompanhados por seus advogados e as testemunhas de acusação e defesa. 
C) o Promotor de Justiça, o autor do fato e a vítima, sendo dispensável a 
presença dos advogados. 
D) o autor do fato, a vítima, o Promotor Público, e o Curador de Menores, se for 
necessário. 
E) o representante do Ministério Público, o autor do fato, a vítima e, se possível, 
o responsável civil, acompanhados por seus advogados. 
 
GABARITO: E 
COMENTÁRIOS: A questão exige o conhecimento do art. 72, que dispõe: 
 
Art. 72. Na audiência preliminar, presente o representante do 
Ministério Público, o autor do fato e a vítima e, se possível, o 
responsável civil, acompanhados por seus advogados, o Juiz 
esclarecerá sobre a possibilidade da composição dos danos e da 
aceitação da proposta de aplicação imediata de pena não privativa 
de liberdade. 
 
Segundo o supra artigo, deverão estar presentes: 
 
1. Representante do Ministério Público; 
2. Autor do fato; 
3. Vítima; 
4. Se possível, o responsável civil. 
 
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9. (Analista Judiciário – Judiciária / 2009) Com relação ao disposto na 
Lei dos Juizados Especiais Criminais (Lei n. 9099/95), é correto afirmar 
que o processo perante o Juizado Especial objetiva, sempre que possível, 
a reparação dos danos sofridos pela vítima. 
 
GABARITO: CERTA 
COMENTÁRIOS: Exige o conhecimento do artigo 62 que dispões sobre as 
características principais dos Juizados Especiais Criminais: 
 
Art. 62. O processo perante o Juizado Especial orientar-se-á pelos 
critérios da oralidade, informalidade, economia processual e 
celeridade, objetivando, sempre que possível, a reparação dos 
danos sofridos pela vítima e a aplicação de pena não privativa de 
liberdade. 
 
10. (TSE – Analista Judiciário / 2007) Consideram-se infrações de menor 
potencial ofensivo os crimes a que a lei comina pena máxima não 
superior a um ano, ou multa. 
 
GABARITO: ERRADA 
COMENTÁRIOS: Consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo as 
contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 
2 (dois) anos, cumulada ou não com multa. 
 
11. (TSE – Analista Judiciário / 2007) O processo perante o Juizado 
Especial orientar-se-á pelos critérios da oralidade, informalidade, 
economia processual e celeridade, objetivando, sempre que possível, a 
reparação dos danos sofridos pela vítima e a aplicação de pena não 
privativa de liberdade. 
 
GABARITO: CERTA 
COMENTÁRIOS: Reproduz o art. 62 da lei 9.099/95. 
 
12. (TSE – Analista Judiciário / 2007) Nos juizados especiais criminais é 
cabível a citação por edital. 
 
GABARITO: ERRADA 
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COMENTÁRIOS: Não há previsão de citação por edital na lei nº. 9.099/95. 
 
Art. 66. A citação será pessoal e far-se-á no próprio Juizado, sempre 
que possível, ou por mandado. 
 Parágrafo único. Não encontrado o acusado para ser citado, o Juiz 
encaminhará as peças existentes ao Juízo comum para adoção do 
procedimento previsto em lei. 
 
13. (TSE – Analista Judiciário / 2007) Mesmo havendo necessidade de 
diligências de maior complexidade para apuração dos fatos e da autoria 
de uma infração penal de menor potencial ofensivo, a exemplo de pedido 
de quebra de sigilo de dados, tais circunstâncias não autorizam o 
deslocamento de competência do juizado especial criminal para o juízo 
de direito comum. 
 
GABARITO: ERRADA 
COMENTÁRIOS: A ideia dos Juizados Especiais é justamente a simplicidade. Se 
esta não pode ser adotada, o Juiz deverá deslocar o processo para a justiça 
comum. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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LISTA DOS EXERCÍCIOS DE REVISÃO APRESENTADOS 
 
1. (AFRFB / 2009) Com relação ao disposto na Lei dos Juizados Especiais 
Criminais (Lei n. 9099/95), é correto afirmar que: 
 
A) essa lei aplica-se a todos os tipos de crimes cometidos após Janeiro de 1995. 
B) o processo perante o Juizado Especial objetiva, sempre que possível, a 
reparação dos danos sofridos pela vítima. 
C) essa legislação tem aplicação só no âmbito da Justiça Estadual. 
D) o instituto da transação penal pode ser concedido pelo Juiz sem a anuência do 
Ministério Público. 
E) nela está prevista a abolitio criminis dos delitos de menor potencial ofensivo. 
 
2. (Juiz Substituto – TJ – MG / 2008) Assinale a afirmativa incorreta. 
 
A) Sempre que o agente, por ato voluntário, reparar o dano ou restituir a coisa, 
antes do recebimento da denúncia ou da queixa, a pena será reduzida de um a 
dois terços. 
B) O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas 
permite a punição por crime culposo, se previsto em lei. 
C) Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por 
absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime. 
D) A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para 
evitar o resultado, sendo o dever de agir descrito no Código Penal. 
E) Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena correspondente 
ao crime consumado, diminuída de um a dois terços. 
 
3. (CEHAP – PB / 2009) Joaquim, servidor público, desviou para a 
reforma da repartição pública em que trabalha determinada quantia de 
que dispunha em razão de seu cargo e que estava regularmente 
destinada à construção de escolas no município. Na situação hipotética 
acima descrita, trata-se de: 
 
A) crime de peculato, independentemente de Joaquim ter-se apropriado da 
quantia para proveito próprio ou não. 
B) crime de apropriação indébita, independentementede Joaquim ser ou não 
servidor público. 
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C) crime de emprego irregular de verbas públicas, já que o desvio da quantia 
ocorreu em proveito da administração. 
D) crime de prevaricação, posto que Joaquim agiu para satisfazer sentimento 
pessoal. 
E) NRA 
 
4. (PGE – PA / 2009) Assinale a alternativa CORRETA a respeito de crime 
contra a Administração Pública: 
 
A) No peculato-apropriação, o delito consuma-se quando o agente inverte a posse 
de um bem móvel, agindo como se dono fosse, que detinha em razão do cargo. 
Há previsão legal do peculato de uso, quando o agente utiliza um bem público 
sem autorização de seu superior hierárquico. 
B) O crime de concussão aproxima-se da corrupção. Naquela figura típica, o 
crime é unilateral; nesta, é bilateral. Na corrupção, o funcionário solicita ou 
aceita, sendo que na concussão, exige. 
C) Quem oferece a um funcionário público uma vantagem indevida em troca de 
um ato funcional comete o mesmo crime que o agente público que aceita tal 
quantia em face da teoria monista adotada pelo Código Penal. 
D) O crime de prevaricação consuma-se somente quando o agente deixa de 
praticar, indevidamente, ato de ofício para satisfazer interesse próprio ou de 
outrem. 
E) NRA 
 
5. (PROMOTOR DE JUSTIÇA – MP – SP / 2008) Não é modalidade de 
peculato prevista no Código Penal: 
 
A) peculato-apropriação. 
B) peculato-furto. 
C) peculato-concussão. 
D) peculato culposo. 
E) peculato mediante erro de outrem. 
 
6. (AGENTE FISCAL – PI / 2008) Acerca dos crimes praticados por 
funcionário público contra a administração em geral, assinale a opção 
correta. 
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A) Comete crime de prevaricação o funcionário público que, por indulgência, 
retarda ou deixa de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou pratica-o contra 
disposição expressa de lei. 
B) O funcionário público que, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal, 
deixa de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo 
ou, quando lhe faltar competência, não leva o fato ao conhecimento da 
autoridade competente, pratica o crime de condescendência criminosa. 
C) Pratica apenas infração administrativa, conduta considerada atípica, o 
funcionário público que, na cobrança de tributo ou contribuição social, emprega 
meio vexatório ou gravoso não autorizado por lei. 
D) O abandono de cargo público, fora dos casos permitidos em lei, caracteriza 
crime contra a administração pública, e não apenas infração administrativa. 
E) NRA 
 
7. (TSE – Analista Judiciário / 2007) Acerca das leis brasileiras que 
instituíram o conceito de infração penal de menor potencial ofensivo, 
assinale a opção correta. 
 
A) Consideram-se infrações de menor potencial ofensivo os crimes a que a lei 
comina pena máxima não superior a um ano, ou multa. 
B) O processo perante o Juizado Especial orientar-se-á pelos critérios da 
oralidade, informalidade, economia processual e celeridade, objetivando, sempre 
que possível, a reparação dos danos sofridos pela vítima e a aplicação de pena 
não privativa de liberdade. 
C) Nos juizados especiais criminais é cabível a citação por edital. 
D) Mesmo havendo necessidade de diligências de maior complexidade para 
apuração dos fatos e da autoria de uma infração penal de menor potencial 
ofensivo, a exemplo de pedido de quebra de sigilo de dados, tais circunstâncias 
não autorizam o deslocamento de competência do juizado especial criminal para o 
juízo de direito comum. 
E) N.R.A 
 
8. (TJ – SP / 2004) Nos termos do artigo 72 da Lei n.o 9.099/95, na 
audiência preliminar, deverão estar presentes: 
 
A) o autor do fato, a vítima e seus advogados. 
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B) o representante do Ministério Público, o autor do fato e a vítima, 
acompanhados por seus advogados e as testemunhas de acusação e defesa. 
C) o Promotor de Justiça, o autor do fato e a vítima, sendo dispensável a 
presença dos advogados. 
D) o autor do fato, a vítima, o Promotor Público, e o Curador de Menores, se for 
necessário. 
E) o representante do Ministério Público, o autor do fato, a vítima e, se possível, 
o responsável civil, acompanhados por seus advogados. 
 
9. (Analista Judiciário – Judiciária / 2009) Com relação ao disposto na 
Lei dos Juizados Especiais Criminais (Lei n. 9099/95), é correto afirmar 
que o processo perante o Juizado Especial objetiva, sempre que possível, 
a reparação dos danos sofridos pela vítima. 
 
10. (TSE – Analista Judiciário / 2007) Consideram-se infrações de menor 
potencial ofensivo os crimes a que a lei comina pena máxima não 
superior a um ano, ou multa. 
 
11. (TSE – Analista Judiciário / 2007) O processo perante o Juizado 
Especial orientar-se-á pelos critérios da oralidade, informalidade, 
economia processual e celeridade, objetivando, sempre que possível, a 
reparação dos danos sofridos pela vítima e a aplicação de pena não 
privativa de liberdade. 
 
12. (TSE – Analista Judiciário / 2007) Nos juizados especiais criminais é 
cabível a citação por edital. 
 
13. (TSE – Analista Judiciário / 2007) Mesmo havendo necessidade de 
diligências de maior complexidade para apuração dos fatos e da autoria 
de uma infração penal de menor potencial ofensivo, a exemplo de pedido 
de quebra de sigilo de dados, tais circunstâncias não autorizam o 
deslocamento de competência do juizado especial criminal para o juízo 
de direito comum. 
 
 
 
 
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