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revisão av2 historia indigenas

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Ação dos Jesuítas: Catequese e Aldeamentos
Nos aldeamentos jesuíticos os índios eram educados para viver como cristãos. Essa educação significava uma imposição forçada de outra cultura, a cristã. Os jesuítas valiam-se de aspectos da cultura nativa, especialmente a língua, para se fazerem compreender e se aproximarem mais dos indígenas.  Os aldeamentos jesuíticos tinham como objetivo a conversão dos índios ao catolicismo e sua transformação em súditos do rei português;
Escravidão Indígena
Escravização para catequese – educação jesuíta como missão; primeira mão de obra – indígena - O auge da escravidão indígena no Brasil foi no período inicial da colonização, entre os anos de 1540 e 1580. Oficialmente, a escravidão indígena só foi proibida em 1757 através de um decreto do Marques de Pombal Motivo da mudança – índio preguiçoso? – NÃO; Visão indígena do conceito de trabalho – subsistência, e não o acúmulo de capitais dos europeus (mercantilismo). Mão de obra indígena - Primeira percebida pelo europeu no cenário brasileiro; Colonizador europeu – prosseguimento do projeto mercantilista através dessa mão de obra e da economia açucareira. O projeto colonial fez uso da mão de obra indígena tanto de forma escrava quanto liberta; ou seja: a diversidade étnica da população indígena serviu, no Brasil, de palco para os conflitos entre as potências europeias. Mais acostumada à caça e à pesca, e não à economia açucareira; esse cenário explica a parceria entre franceses e portugueses com grupos étnicos diferentes. Os aldeamentos trouxeram o diferencial à escravidão indígena, já que foram auxiliares na formação e fornecimento de mão de obra aos colonos. A catequese e o estabelecimento de aldeamentos jesuíticos foram um fator de aculturação, isto é, de supressão de elementos da cultura local em favor da cultura colonizadora. 
Negros da Terra - Classificação dos indígenas brasileiros escravizados pelos europeus; Expressão utilizada na nomenclatura da obra de John Manuel Monteiro – análise das expedições bandeirantes ao interior do Brasil em busca da captura de indígenas para a escravidão paulista. Século XVII – negro = qualquer trabalhador braçal; escravo indígena = negro da terra; Escravos da África = negros da Costa da Mina, de Angola, bantos etc. Consequências do Contato entre Europeus e Indígenas - Massacres indígenas; Trocas culturais – influência na língua, nos costumes e na religiosidade brasileira; Criação das vilas jesuítas; Estabelecimento do modelo de educação jesuítico. 
Motivo do Impacto- Diversidade fenotípica (cor da pele, biotipo, vestimentas, adornos) – toda externalidade visível muito diferente entre europeus e indígenas; Hábitos, costumes e tradições – completamente distintos; Trabalho X estilo de vida -Europeus – preocupados com o acúmulo mercantilista de capital; Indígenas – preocupados com a subsistência. Posicionamento religioso diferenciado - Europeus – monoteístas, centralizadores, crentes em divindades antropomórficas; Indígenas – politeístas, seguidores de religiões tribais descentralizadas, com divindades ligadas aos elementos da natureza. Sincretismo como forma de contato - A heresia dos índios (do historiador Ronaldo Vainfas); Sincretismo entre o catolicismo europeu e a religiosidade tupi-guarani como via de mão dupla – práticas cristãs influenciadas pela espiritualidade indígena em regiões do país. As Consequências dos contatos entre colonos, negros e índios- Ocupação da região que vai do Oeste paulista até o Rio Grande do Sul: possível graças a batedores guias índios; Os batedores conduziam paulistas à região habitada pelos guaranis; O conhecimento agrícola desses indígenas os tornava mão de obra cobiçada e disputada por paulistas, espanhóis e jesuítas; Costumes alimentares e fitoterápicos, hábitos de higiene e de estética, práticas e manifestações artísticas e culturais são heranças dos povos indígenas aos brasileiros. 305 etnias e 274 línguas: estudo revela riqueza cultural entre índios no Brasil - Há mais indígenas em São Paulo do que no Pará ou no Maranhão. O número de indígenas que moram em áreas urbanas brasileiras está diminuindo, mas crescendo em aldeias e no campo. O percentual de índios que falam uma língua nativa é seis vezes maior entre os que moram em terras indígenas do que entre os que vivem em cidades. A população indígena no Estado de São Paulo, segundo o Censo de 2010, é de 41.794 habitantes, que na sua maioria (37.915 índios) vive no espaço urbano (IBGE, Censo 2010). Representando 0,1% do total estadual, a população que vive em terras indígenas no Estado de São Paulo está estimada pela Sesai em 4.964 índios. As terras indígenas estão localizadas em diversas regiões, e há uma concentração no litoral e no Vale do Ribeira. A maior população nessas terras é do povo Guarani Mbya e Tupi Guarani (Ñandeva). Os Kaingang, juntamente com os Terena, Krenak, Fulni-ô e Atikum, ocupam três terras indígenas na região Oeste do estado. São 30 as terras indígenas no Estado de São Paulo que já contam com algum tipo de reconhecimento por parte do governo. Tais áreas somam aproximadamente 48.771,3316 hectares localizados na área de aplicação da Lei da Mata Atlântica, contribuindo com a conservação da diversidade biológica e cultural do bioma. Porém, apenas catorze delas encontram-se regularizadas, sendo que das outras dezesseis, doze encontram-se na fase inicial do processo de demarcação e não foram nem identificadas. Os povos indígenas em São Paulo, porém, enfrentam o desafio de promover a gestão ambiental e territorial em suas terras, que na maior parte das vezes não oferecem as condições ambientais e ecológicas ideais para a reprodução física e cultural.
CULTURA AFRICANA - A escravidão indígena adotada no início da colonização do Brasil foi progressivamente abandonada e substituída pela africana, devido aos grandes lucros proporcionados pelo tráfico negreiro aos capitais particulares e à Coroa. A escravidão pode ser definida como o sistema de trabalho no qual o indivíduo (o escravo) é propriedade de outro, podendo ser vendido, doado, emprestado, alugado, hipotecado, confiscado. Legalmente, o escravo não tem direitos: não pode possuir ou doar bens e nem iniciar processos judiciais, mas pode ser castigado e punido. O escravo tornou-se a mão-de-obra fundamental nas plantações de cana-de-açúcar, de tabaco e de algodão, nos engenhos, e mais tarde, nas vilas e cidades, nas minas e nas fazendas de gado.
Além de mão-de-obra, o escravo representava riqueza: era uma mercadoria, que, em caso de necessidade, podia ser vendida, alugada, doada e leiloada. O escravo era visto na sociedade colonial também como símbolo do poder e do prestígio dos senhores, cuja importância social era avalizada pelo número de escravos que possuíam. A escravidão negra foi implantada durante o século XVII e se intensificou entre os anos de 1700 e 1822, sobretudo pelo grande crescimento do tráfico negreiro. O comércio de escravos entre a África e o Brasil tornou-se um negócio muito lucrativo. O apogeu do afluxo de escravos negros pode ser situado entre 1701 e 1810, quando 1.891.400 africanos foram desembarcados nos portos coloniais. Antes de romper o sol, os negros eram despertados através das badaladas de um sino e formados em fila no terreiro para serem contados pelo feitor e seus ajudantes, que após a contagem rezavam uma oração que era repetida por todos os negros. Quando os escravos não se submetiam às tarefas impostas, os escravos eram severamente punidos pelos feitores, que organizavam o trabalho e evitavam a realização de fugas. Quando pegos infringindo alguma norma, os escravos eram amarrados no tronco e açoitados com um chicote que abria feridas na pele. Em casos mais severos, as punições poderiam incluir a mutilação, a castração ou a amputação de alguma parte do corpo. De fato, a vida dos escravos negros no espaço colonial era cercada pelo signo do abuso e do sofrimento. A Lei Áurea, que fez com que o dia 13 de maio entrasse para a História: “Declara extinta a escravidão no Brasil. A princesa imperialregente em nome de Sua Majestade o imperador, o senhor D. Pedro II, faz saber a todos os súditos do Império que a Assembléia Geral decretou e ela sancionou a lei seguinte: Art. 1°: É declarada extinta desde a data desta lei a escravidão no Brasil. Art. 2°: Revogam-se as disposições em contrário. Nina Rodrigues, Oliveira Viana, Silvio Romero e Euclides da Cunha estudaram a sociedade brasileira e construíram um discurso que possibilitou o surgimento de teorias raciais científicas que desvalorizavam/inferiorizavam negros e mestiços. Manoel Bomfim foi um dos autores que se dedicou a pensar a sociedade brasileira, e pesquisou as questões raciais no Brasil. No final do século XIX , se a primeira vista a noção de evolução surgia como um conceito que parecia apagar diferenças e oposições, na prática reforçou perspectivas opostas: de um lado os evolucionistas sociais, que reafirmavam a existência de hierarquias entre os homens, porém acreditavam numa unidade fundamental entre estes; de outro os darwinistas sociais, que entendiam a diferença entre as raças como uma questão essencial. 
Todas as teorias desenvolvidas defendiam a existência de raças humanas que ocupavam lugares distintos da escala evolutiva. A miscigenação entre as diversas raças, no território brasileiro, tem sido historicamente usada como argumento para afirmação de inexistência de preconceito racial no Brasil. O que deu origem ao mito da democracia racial, possibilitando o não reconhecimento do racismo como um problema estrutural na sociedade brasileira. O preconceito racial é algo que já é concebido e estigmatizado. Ele está na construção mental do brasileiro. As pessoas operam o racismo antes de qualquer reflexão. Dessa forma, as manifestações sutis de discriminação racial estão cada vez mais presentes no dia-a-dia da sociedade brasileira. — O racismo é um problema social, econômico e de saúde. O que acontece é a eliminação de pessoas negras que poderiam estar contribuindo com sua força de trabalho. Práticas discriminatórias e/ou racistas deveriam estar extintas ou pelo menos punidas pelas autoridades que, desde 1988, têm como ferramenta a Constituição Brasileira; Somente a Lei 7.716 de 05 de janeiro 1989 define os crimes de preconceito racial. A legislação determina a pena de reclusão a quem tenha cometido atos de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. Apesar da mudança no papel, os negros no Brasil ainda sofrem racismo e frequentemente se veem em situação de discriminação.

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