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AVALIAÇÃO DA PUREZA DE COMPOSTOS ORGÂNICOS PELA DETERMINAÇÃO DO PONTO DE FUSÃO

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AVALIAÇÃO DA PUREZA DE COMPOSTOS ORGÂNICOS PELA
DETERMINAÇÃO DO PONTO DE FUSÃO
A medição de constantes físicas é uma das possibilidades para identificação de compostos orgânicos ou até mesmo para a pureza dos mesmos. A razão para se determinar várias propriedades físicas e químicas dos compostos é devido à possibilidade de dois compostos diferentes terem algumas propriedades químicas e físicas em comum, mas é altamente improvável que dois compostos tenham quase todas as propriedades físicas e químicas idênticas. Como exemplo das propriedades que podem ser utilizadas para a determinação de compostos orgânicos, incluem-se cor, odos, estado físico, ponto de fusão, ponto de ebulição, massa específica, índice de refração, dentre outras.
O ponto de fusão é normalmente utilizados para a determinação da pureza dos compostos orgânicos. Quando se procede a medição de um ponto de fusão ou ebulição, podem ocorrer diferenças entre os valores medidos e os valores encontrados para determinado material puro. Isso se deve, muitas vezes, à descalibração do termômetro utilizado. Por esse motivo, é importante que, antes de fazer as medidas, se execute a calibração do termômetro.
O ponto de fusão de uma substância é a temperatura na qual uma substância sólida está em equilíbrio com a substância que dela se obtém por fusão. Os compostos puros têm um ponto de fusão bem definido. A sua determinação exata (até cerca de 0,01°C) só é possível por traçado dos diagramas de fusão. (BECKER et al., 1992)
Segundo BECKER et al, 1992, o ponto de fusão do naftaleno (C10H8) é igual a 80°C, e o da ureia (CH4N2O) é igual a 133°C.
A aula prática teve como objetivo constatar a pureza da ureia (CH4N2O) e do naftaleno (C10H8) a partir da determinação do ponto de fusão de ambos, utilizando-se um equipamento de ponto de fusão e ebulição.
Para o experimento, foram usados vários materiais, dentre eles, ureia (CH4N2O), naftaleno (C10H8), equipamento de ponto de fusão e ebulição, capilares, bico de Bunsen, alças de platina, vidros de relógio, espátulas, gral de porcelana e pistilo.
Primeiramente, dois capilares foram fechados em uma de suas extremidades sobre o bico de Bunsen. Após, com a ajuda de um pistilo e um gral de porcelana, macerou-se a ureia (CH4N2O) e o naftaleno (C10H8). Preencheu-se cerca de um terço da capacidade dos capilares com as amostras de ureia (CH4N2O) e naftaleno (C10H8). Para isso utilizou-se alças de platina. Posteriormente, inseriu-se os capilares no equipamento de ponto de fusão e ebulição. Ajustou-se a temperatura do equipamento. Observou-se através da lente de aumento o estado físico das substâncias.
Após a inserção do primeiro capilar contendo naftaleno (C10H8), a temperatura foi gradativamente ajustada até atingir cerca de 85°C. O equipamento levou algum tempo para atingir tal temperatura, porém, não foi necessário, já que o naftaleno (C10H8) entrou em fusão a cerca de 82,5°C. No início dos procedimentos, o naftaleno (C10H8) estava em forma de pastilhas brancas, antes de ser macerado. Ao final, ele se apresentava na forma líquida.
Como o ponto de fusão da ureia (CH4N2O) é maior que o do naftaleno (C10H8), assim que este foi retirado do aparelho, inseriu-se o capilar contendo ureia (CH4N2O).
Posteriormente à inserção do capilar, a temperatura foi aumentada para cerca de 130°C. Chegando perto da temperatura, em 122,5°C, a ureia (CH4N2O) começou a entrar em fusão. Estando na temperatura de 131,3°C, a ureia (CH4N2O) fundiu totalmente. No início dos procedimentos, a ureia (CH4N2O) se encontrava na forma de esferas pequenas esbranquiçadas, antes de ser macerada. Ao final, apresentou-se de forma líquida.
Os experimentos foram finalizados de modo satisfatório, porém houve discordância entre os valores encontrados nos procedimentos e os presentes na literatura. Portanto, as substâncias examinadas não encontravam-se totalmente puras. 
REFERÊNCIAS
BECKER, H. G. O. et al. Organikum: química orgânica experimental. Tradução de Amélia Pilar Reuter e Bernardo Jerosch Herold. Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, 1997. 671 p.

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