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A reprodução deste material é condicionada a autorização, sendo terminantemente proibido o seu uso para fins comerciais . A violação do direito autoral é crime, punido com prisão e multa, sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis. INPI: 905146603 - Classe 41 (educação) e 905146573 - Classe 16 (livros didáticos e congêneres) Biblioteca Nacional: n° 2012/RJ/19521 Assessoria Jurídica: Tiago Koutchin - OAB/MS 14.707 - contato: (67) 9959-0304 A reprodução deste material é condicionada a autorização, sendo terminantemente proibido o seu uso para fins comerciais . A violação do direito autoral é crime, punido com prisão e multa, sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis. INPI: 905146603 - Classe 41 (educação) e 905146573 - Classe 16 (livros didáticos e congêneres) Biblioteca Nacional: n° 2012/RJ/19521 Assessoria Jurídica: Tiago Koutchin - OAB/MS 14.707 - contato: (67) 9959-0304 É prática comum e habitual nos livros didáticos de história o emprego dos termosEstado e nação como se fossem sinônimos. Entretanto, os termos têm significados distintos. Historicamente, o Estado (moderno) surgiu primeiro, por volta do século 16, a partir do continente europeu, difundindo-se depois para o resto do mundo e a nação apareceu no século 18. Nesta mesma época, os termos se fundiram dando origem ao que hoje conhecemos por Estado-nação. Para compreendermos a formação do Estado-nação é necessário, porém, tratarmos separadamente da evolução de cada um de seus componentes constitutivos. O Estado moderno O Estado moderno surgiu como produto da transformação da ordem feudal. Na última fase do período medieval, o poder político e militar, em posse dos senhores feudais, foi transferido para as mãos de um monarca absolutista. O Estado moderno passou a ser o portador da soberania, o que significa que o poder político centralizado nas instituições governamentais é responsável pela lei e pela ordem interna. Uso legítimo da violência Sociologicamente, o Estado moderno pode ser definido como sendo uma instituição que monopoliza o uso legítimo da violência a fim de cumprir dois objetivos. O primeiro é que, por meio dos exércitos permanentes, procura manter a integridade das fronteiras territoriais contra ameaças externas. E o segundo é que, por meio da política e da justiça, procura preservar a ordem interna. O surgimento da Nação Quando os Estados modernos se formaram, a população que habitava os limites territoriais sob a jurisdição de um poder soberano era invariavelmente mista, isto é, se compunha de pessoas e grupos sociais bastante diferenciados em termos de origens, língua falada, hábitos culturais etc. No século 18, porém, com o advento do surgimento dos direitos de cidadania (que alterou as relações entre os governantes e governados por meio da democratização do poder, transformando os súditos em cidadãos), surge então o termo nação. Nação, então, passou a ser empregada como sinônimo de povo. Foi um poderoso apelo ideológico que serviu para incutir na população, em geral, a ideia e o senso de pertencimento a uma comunidade mais ampla moldada por uma origem histórica e cultural comuns. A reprodução deste material é condicionada a autorização, sendo terminantemente proibido o seu uso para fins comerciais . A violação do direito autoral é crime, punido com prisão e multa, sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis. INPI: 905146603 - Classe 41 (educação) e 905146573 - Classe 16 (livros didáticos e congêneres) Biblioteca Nacional: n° 2012/RJ/19521 Assessoria Jurídica: Tiago Koutchin - OAB/MS 14.707 - contato: (67) 9959-0304 A consciência nacional A ideia de pertencer a um povo ou nação foi obtida a partir de uma profunda mudança mental por parte das populações que habitavam o território de um Estado soberano. A construção de uma consciência nacional foi um processo gradual. Primeiramente, a propaganda nacionalista mobilizou as elites dominantes; em seguida, as classes médias urbanas instruídas e, finalmente, as camadas populares. A formação dos Estados modernos foi obra de juristas e teóricos do Direito, enquanto que a nação e o nacionalismo foram obras de intelectuais e acadêmicos. O trabalho de historiadores, escritores e jornalistas Os historiadores, escritores e jornalistas, por exemplo, trabalharam com diversos fatores subjetivos buscando construir, por meio de suas obras escritas (mitos e tradições literárias), narrativas imaginárias sobre as origens do povo. E foi por meio das instituições escolares que esse conhecimento, muitas vezes baseado em fatos inverídicos, foi transmitido às gerações futuras. Os intelectuais e acadêmicos, por outro lado, tentaram encontrar um fundamento empírico para sustentar o nacionalismo trabalhando com fatores objetivos, tais como o critério de raça (superado hoje em dia), a língua falada, alguns padrões culturais etc. Identidade coletiva O nacionalismo serviu como princípio para formação de uma identidade coletiva que constituiu a base política- ideológica da integração e unificação dos agrupamentos humanos. Os ideais de autodeterminação nacional provocaram as Revoluções americana efrancesa (no século 18), a unificação de alguns povos europeus e a formação de novos Estados (no século 19) e as guerras de libertação de povos que viviam sob domínio dos colonizadores (no século 20). Atualmente, apesar de muito se falar em globalização e integração mundial, o mundo permanece dividido em Estados-nação. E, ao que tudo indica, essa realidade não vai se alterar tão breve. A experiência da Comunidade europeia, no sentido de superar gradualmente as fronteiras territoriais e unificar-se politicamente está longe, porém, de representar a dissolução dos respectivos Estados-nação soberanos que integram a comunidade. Nacionalidade e direitos humanos O nacionalismo produziu resultados politicamente ambíguos. O Estado-nação e o nacionalismo propiciaram a base para a estruturação da cidadania moderna(baseada no princípio de igualdade cívica), e foi a partir dela que os ideais de direitos humanos se originaram. Porém, a mesma força que integra e une os cidadãos de um determinado Estado-nação também é responsável pela divisão e conflito entre as diversas nacionalidades. Os exemplos mais recentes surgiram no final do século 20. Na década de 1990, a desintegração do Estado soviético e o fim do socialismo na Europa oriental propiciaram o aparecimento de movimentos nacionalistas etnocêntricos e xenófobos, que empregaram brutais formas de violência (políticas de purificação étnica, eliminação física das minorias raciais e culturais etc.). Isto tudo como meio de assegurar a homogeneidade e integração social e a construção de novos Estados. Renato Cancian, Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação é cientista social, mestre em sociologia- política e doutorando em ciências sociais. É autor do livro "Comissão Justiça e Paz de São Paulo: gênese e atuação política - 1972-1985". Soberania - Segundo a lição de José Afonso da Silva: Soberania é "o poder supremo consistente na capacidade de autodeterminação". O Brasil é uma nação soberana. Decisões de outros países só terão efeito no Brasil somente se for consentido. Um exemplo disso é as decisões judiciais de outros países, que só terão eficácia no Brasil, se o Superior Tribunal de Justiça - STJ homologá-la (art. 105, I, CF). direitonet.com.br Soberania - A soberania do Estado é considerada geralmente sobre dois aspectos: o interno e o externo. A soberania interna significa que o poder do Estado é o mais alto existente dentro do Estado.A soberania externa significa que, nas relações recíprocas entre os Estados, não há subordinação nem dependência, e sim igualdade. saberjuridico.com.br