Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Fraturas e Luxações do Quadril Fraturas proximais do fêmur As fraturas da extremidade proximal de fêmur ocorrem com maior frequência em pessoas idosas do sexo feminino. Quadro Clínico: dor no quadril após trauma simples, impotência funcional impedindo a locomoção e membro encurtado e em rotação lateral. Radiografias: AP e Perfil. Classificação de Garden para Fraturas de Colo do Fêmur Grau 1: fraturas incompletas ou impactadas em ligeiro valgo. Grau 2: fraturas completas não-desviadas. Grau 3: a fratura está parcialmente desviada. Grau 4: desvio completo. Obs.: as fraturas de graus 1 e 2 têm melhor prognóstico no que diz respeito à preservação da irrigação da cabeça femoral, ao contrário daquelas de graus 3 e 4, em que há maior probabilidade de lesão vascular. Tratamento clínico: Graus 1 e 2 preconiza-se osteossíntese em qualquer idade, de preferência com fixação com técnica pouco invasiva. Ideal seria a utilização de 3 parafusos canulados. Graus 3 e 4 abaixo de 65 anos tenta-se preservar a cabeça do fêmur por meio de redução e osteossíntese (3 parafusos canulados ou sistema de parafusos deslizantes acoplados a placas). Acima de 65 anos artroplastia, indica-se a total em pacientes mais ativos, apresentando resultados funcionais melhores e mais duradouros. A hemiartroplastia deve ficar reservada a pacientes com idade bem avançadas e menos ativos. Obs.: a vantagem da artroplastia total ou parcial está na recuperação da marcha com apoio do membro acometido, que costuma ser mais rápido. Complicações: Pseudo-artrose – pacientes com menos de 60 anos tenta- se preservar a cabeça do fêmur, utilizando osteotomia intertrocantérica valgizante fixada com placa. Acima de 60 anos, a melhor opção é a artroplastia. Necrose: inicialmente tenta-se a revascularização, em casos avançados de necrose realiza-se a artroplastia. Obs.:artroplastia nas artroses Luxação do quadril A luxação coxofemoral isolada não é tão freqüente, podendo estar associada a fraturas da cabeça femoral e do acetábulo. É mais comum a luxação posterior (85 a 90% dos casos), produzida por forte impacto indireto sobre o quadril fletido em acidentes automobilísticos, apresentando-se o paciente com o membro encurtado, em posição aduzida e em rotação medial. A luxação coxofemoral deve ser considerada urgência ortopédica, indicando-se a redução fechada imediata sob anestesia. Obtida a redução, deve ser feita uma avaliação cuidadosa das radiografias de controle, a fim de pesquisar a eventual presença de fragmentos osteocartilaginosos interpostos. Em caso de dúvida deve-se recorrer a tomografia computadorizada. A presença dos fragmentos provoca dor e limitação articular, com tendência a evolução para artrose. Tratamento fisioterapêutico pós Artroplastia de quadril Tentar posicionar o paciente fora da cama em uma cadeira com braços, com ajuda nos primeiros dois dias pós-operatório. Não usar cadeira baixa! -Começar deambulação com ajuda e o uso de andador/ muletas, nos primeiros dois dias. -Quadríceps: contração isométrica. -Glúteo: contração isométrica. -Tornozelo: bomba tibiotársica. -Abdução isométrica nos dois primeiros meses. Após a isometria implementar exercícios isotônicos, sem utilizar movimento completo. -flexão do quadril até 45°, abdução com joelho estendido até 30° e extensão até 30°. -Decúbito lateral: só poderá iniciar esse exercício após 6 semanas completas. O paciente abduz a perna contra a gravidade tentando chegar até 30°. OBS: -O fortalecimento dos abdutores do quadril são os exercícios mais importantes porque vão permitir ao paciente retomar a deambulação sem o uso de órtese. O tipo de incisão cirúrgica e fixação da prótese ditam o tempo de início destes exercícios. -Órtese para abdução -Manter o uso de órtese para abdução (cunha ou almofada) por 6 semanas para evitar luxação enquanto o paciente estiver repousando ou dormindo na cama. Fraturas diafisárias do fêmur Quadro clínico: é de fácil diagnóstico, devido à deformidade aparente e existe mobilidade anormal no segmento diafisário. Mecanismo de lesão: alta energia, acidentes automobilísticos. Normalmente vem acompanhada de outras fraturas. Radiografia: AP e perfil. Classificação A Fratura simples B Fratura em cunha C Fraturas complexas A1 fraturas espiróides B1 cunha espiróide C1 traços espiróides A2 fraturas oblíquas B2 cunha de flexão C2 fraturas segmentares A3 fraturas transversas B3 cunha fragmentada C3 fraturas cominutivas Fixador externo: Haste Intramedular: Placas e Parafusos: Tração:
Compartilhar