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AVALIAÇÃO DO SISTEMA GENITOURINÁRIO Profª Ms Camila Marim Semiologia em Enfermagem ACHADOS CLÍNICOS NA ANAMNESE - Urinário ➢Queimação ou dor ao urinar (disúria) ➢Urgência ou hesitação para urinar ➢Necessidade frequente de urinar (polaciúria) ➢Presença de sangue na urina (hematúria) ➢Cor e odor da urina alterados (urina turva, piúria) ➢Presença de febre nos últimos dias ➢Dores nas costas do lado direito ou esquerdo ➢Dores nas costas que se irradiam para o baixo ventre e seguem em direção às coxas ➢Perdas urinárias aos esforços - tossir, espirrar, carregar peso (incontinência urinária de esforço) ➢Incapacidade de reter a urina (incontinência urinária) ➢Sensação de que, após ter urinado, ainda resta urina na bexiga (retenção urinária) ➢Necessidade de acordar frequentemente à noite para urinar (noctúria) VOLUME DE DIURESE Em condições normais, uma pessoa adulta elimina de 800 a 2.500mL de urina por dia A capacidade da bexiga normal é de 400 a 600mL e o indivíduo tende a esvaziá-la quando a quantidade de urina atinge 200mL Oligúria: diurese < 400mL/dia Anúria: diurese < 50mL/dia Poliúria: diurese > 1.800mL/dia INSPEÇÃO - Urinário Inspeção de flancos e fossas ilíacas (abaulamentos significam aumento significativo do volume renal) Inspeção da urina (coloração, aspecto, odor) Colúria, hematúria, piúria, grau de hidratação Sinais de insuficiência renal: edema periorbital, sacral e de extremidades alterações de pele: xerose (ressecamento), prurido (coceira), xerodermia (descamação com prurido intenso), palidez (anemia por baixa produção de eritropoetina) estado mental alterado (encefalopatia urêmica) hálito urêmico PERCUSSÃO - Urinário Utiliza-se a técnica de punho-percussão Sinal de Giordano: colocar a palma de sua mão sobre o ângulo costovertebral direito e percuta sua mão com a superfície ulnar do punho de sua outra mão. Repita a manobra sobre o ângulo costovertebral esquerdo. A percussão direta com o punho sobre cada ângulo costovertebral também pode ser utilizada. É considerado positivo na presença de dor à percussão PALPAÇÃO - Urinário Os rins são praticamente inacessíveis à palpação em condições normais Método de Devoto: paciente em decúbito dorsal e com os joelhos levemente fletidos. O enfermeiro deve estar sentado no leito, junto ao paciente, do lado do órgão que pretende palpar. Coloca-se uma mão contrária ao rim a ser examinado, no ângulo lombocostal, exercendo pressão de trás para a frente, enquanto a outra mão, espalmada sobre o abdome abaixo do rebordo costal, procura sentir e pinçar o polo inferior do rim na sua descida inspiratória Método de Israel: o paciente é posicionado em decúbito lateral, oposto ao lado do rim que será ́ palpado. A coxa correspondente ao órgão que vai ser examinado deverá ficar fletida sobre a bacia, e o outro membro deverá permanecer em extensão. O enfermeiro deverá sentar-se do lado do dorso do paciente, colocar uma das mãos no ângulo lombocostal, fazendo pressão de trás para a frente. Com a outra mão espalmada sobre o abdome, logo abaixo do rebordo costal, o enfermeiro procura pinçar o rim na sua descida inspiratória INSPEÇÃO – Genitália feminina Exame de rotina em situações específicas de rastreio de doenças ou direcionado por queixas como dor, leucorréia (corrimento vaginal), dispareunia (dor à penetração vaginal) MAMAS – sinais sugestivos de Câncer, tipo de mamilo (protuso, semiprotuso, pseudoinvertido, invertido) discutiremos mais a frente o Exame Clínico das Mamas como Rastreamento para Detecção Precoce de câncer GENITAIS EXTERNOS – paciente mulher deve ser colocada em posição litotômica ou ginecológica para inspecionar vulva e períneo, devendo se afastar os grandes lábios para inspeção de pequenos lábios, clitóris, introito vaginal e meato uretral Observa -se integridade da pele/mucosa, presença de secreções, prolapsos GENITAIS INTERNOS – paciente mulher é examinada com o auxílio de espéculo O exame especular e a coleta de citopatológico serão discutidos na disciplina de Ensino Clínico, concomitante a Saúde da Mulher EXAME CLÍNICO DAS MAMAS O ECM deve incluir a inspeção estática, inspeção dinâmica, palpação das mamas e das cadeias ganglionares axilares e supraclaviculares Inspeção estática - identificar visualmente sinais sugestivos de câncer: alterações no contorno da mama, ulcerações cutâneas ou do complexo areolopapilar comparar as mamas observando possíveis assimetrias, diferenças na cor da pele, textura, e padrão de circulação venosa a mulher pode se manter sentada com os braços pendentes ao lado do corpo ou com os braços levantados sobre a cabeça para a realização desse procedimento Inspeção dinâmica - o examinador deve solicitar que a mulher eleve e abaixe os braços lentamente, e realize contração da musculatura peitoral, comprimindo as palmas das mãos uma contra a outra adiante do tórax, ou comprimindo o quadril com as mãos colocadas uma de cada lado EXAME CLÍNICO DAS MAMAS Palpação - examinar todas as áreas do tecido mamário e linfonodos Para palpar as cadeias ganglionares axilares a paciente deverá estar sentada, o braço homolateral relaxado e o antebraço repousando sobre o antebraço homolateral do examinador A palpação das cadeias ganglionares supraclaviculares deve ser realizada com a paciente sentada, mantendo a cabeça semifletida e com leve inclinação lateral A palpação das mamas é feita com a paciente em decúbito dorsal, com a mão correspondente a mama a ser examinada colocada sob a cabeça Cada área de tecido deve ser examinada aplicando -se três níveis de pressão em sequência: leve, média e profunda, correspondendo ao tecido subcutâneo, ao nível intermediário e mais profundamente à parede torácica Deve -se realizar movimentos circulares com as polpas digitais do 2º, 3º e 4º dedos da mão como se tivesse contornando as extremidades de uma moeda A pesquisa de descarga papilar deve ser feita aplicando -se compressão unidigital suave sobre a região areolar, em sentido radial, contornando a papilar EXAME CLÍNICO DAS MAMAS Imagem retirada do treinamento do Programa Mãe Paranaense. EXAME CLÍNICO DAS MAMAS Imagem retirada de: http://pt.slideshare.net/RobertoShinkai/exame-ginecolgico. BREAST AWARENESS (Estratégia de Rastreamento) INSPEÇÃO E PALPAÇÃO– Genitália masculina Exame de rotina quando houver queixas urológicas, sexuais ou suspeita clara de doença sexualmente transmissível PÊNIS – examinar face ventral e dorsal, avaliando integridade de pele, lesões visíveis (vesículas, erupções, úlceras...), observação dos pêlos (parasitas) Caso o paciente não seja circundado, deve-se retrair o prepúcio para exposição da glande e meato urinário, observando a presença de lesões, secreções, esmegma ESCROTO – observar a presença de edema, integridade de pele e lesões VIRILHA - primeiro com o paciente em posição supina (integridade de pele, presença de gânglios) e depois com o paciente em pé (pede-se para tossir, em busca de herniações, MATERIAL OBRIGATÓRIO Vídeo Semiologia de Enfermagem no exame físico do sistema genitourinário: https://www.youtube.com/watch?v=_wiB--iXNQU – (inclui uma parte de digestório) Capítulo 12, correspondente ao Exame do abdome: aparelho urinário, e do Capítulo 13, correspondente ao Exame dos genitais, ambos do livro “Anamnese e exame físico: avaliação diagnóstica de enfermagem no adulto”, disponível online em nossa biblioteca: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582712924/cfi/252!/4/4@0.0 0:50.1 Observação: material obrigatório é passível de cobrança em avaliações teóricas e práticas