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INDICAR OS ARGUMENTOS DO AUTOR SOBRE O ESTILO DE VIDA NÔMADE E O PODER EXTRATERRITORIAL
A sociedade contemporânea revive hoje um modo de vida nômade, não se prendendo ao território, costume, cultura e pessoa. Vivemos agora em uma modernidade individualista, que busca os seus interesses, nem que para isso seja necessário construir uma vida movente. 
O sociólogo polonês, Zygmunt Bauman, na sua obra, Modernidade Líquida, expõe um olhar crítico para o novo modo de vida adotado pela sociedade pós - moderna e contemporânea. Bauman recorre ao Jim MacLaughlin que remete uma agressão a metamorfose dos adeptos ao sedentarismo pelo nomadismo e ao Ibn Khaldoun que faz um enaltecimento ao nomadismo, afirmando que “os nômades sejam melhores que os povos assentados porque ...estão mais afastados de todos os maus hábitos que infectaram o coração dos assentados. ”, porém se não fossem os sedentários hoje não teríamos Nações e Estados – Nações consolidadas já que os nômades não se preocupavam com legislação e território, como deixa a entender Bauman “ Os nômades, que faziam pouco das preocupações territoriais dos legisladores e ostensivamente desrespeitavam seus zelosos esforços em traçar fronteiras, foram colocados entre os principais vilões na guerra santa travada em nome do progresso e civilização.”
Mais tudo mudou, o que era sólido, agora está líquido e analisando as movimentações da sociedade de forma líquida, leve e rápida, movido pelo desejo de melhorias e conquistas, dizemos que, o tão consolidado sedentarismo, no pós-moderno perde atores para o nomadismo passando a ganhar mais força e se tornar mais frequentes quando analisado quantitativamente as fugas extraterritoriais. Bauman faz esta mesma afirmação quando fala que “a era da superioridade incondicional do sedentarismo sobre o nomadismo e da dominação dos assentados sobre os nômades está chegando ao fim. Estamos testemunhando a vingança do nomadismo contra o princípio da territorialidade e do assentamento.” Atualmente, quanto mais leve, mais mobilidades têm logo, o mais compacto é que tem sinônimo de melhor e promissor, sendo, no pós-modernismo, um “recurso de poder”.