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RELATÓRIO DE ESTÁGIO ENSINO FUNDAMENTAL

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UNIVERSIDADE ESTACIO DE SÁ
Prática de Ensino e Estágio Supervisionado em Docência dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental
 BRUNA VALERIO GARCIA DA SILVA DOS SANTOS
 
CURITIBA
2017
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
Prática de Ensino e Estágio Supervisionado em Docência dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental
Relatório exigido como parte dos requisitos para conclusão da disciplina de Prática de Estágio Supervisionado em Docência Dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental sob a orientação do Professor JOANA DARC VENANCIO. 
 
 Curso: Pedagogia
 CURITIBA
2017
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	4
61- CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA E DO COTIDIANO	�
61.1 CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA	�
102- DESENVOLVIMENTO E ANÁLISE DAS ATIVIDADES OBSERVADAS E REALIZADAS	�
102.1 – CARACTERIZAÇÃO DA TURMA E DAS ATIVIDADES OBSERVADAS	�
132.2 – ATIVIDADES REALIZADAS PELO ESTAGIÁRIO	�
17CONSIDERAÇÕES FINAIS	�
19REFERÊNCIAS	�
21ANEXOS	�
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 INTRODUÇÃO
 Este relatório irá descrever minha experiência de estágio nos anos iniciais do ensino fundamental, com o objetivo de vivenciar o cotidiano deste ambiente escolar, observar e analisar as práticas docentes e discentes, confrontar teoria e prática, auxiliar as atividades propostas em salade aula e analisar o projeto politico pedagógico. 
Eu, Bruna Valerio Garcia da Silva dos Santos, matrícula 201603035184, estudante de pedagogia no polo de Curitiba ,realizei o estagio supervisionado na Escola Municipal Mirazinha Braga, situada na rua R. Cel. João Guilherme Guimarães,1520, no bairro Bom retiro em Curitiba, durante o período de 11 de setembro a 29 de setembro de 2017. 
No primeiro capítulo serão descritos a caracterização da escola e seu cotidiano, explicarei um pouco sobre o funcionamento da escola, como também o significado do cuidar, educar e brincar para os membros da instituição.
No segundo capitulo descreverei sobre a turma em que estagiei, suas características, as atividades que observei como também as atividades em que realizei na escola, mostrando um pouco deste ambiente tão inspirador, que nos motiva.
Iniciei o estagio muito empolgada com a experiência, ansiando por vivenciar estes momentos tão significantes que são ofertado em nossa formação, agradecidos pela oportunidade de confrontar a teoria com a realidade, descobrir o real significativo dos estudos realizados até o presente momento.
	
1- CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA E DO COTIDIANO
1.1 CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA
Conforme regimento aprovado no ano de 1995 e vigente até o ano de 2001, a Escola |Estadual Mirazinha Braga localizada à Rua Coronel João Guilherme Guimarães, número 1.520, no bairro Bom Retiro, nesta cidade de Curitiba - Paraná, sendo propriedade do governo do Estado do Paraná, tinha por finalidade atender alunos do 1ª ao 4ª ciclo básico de Alfabetização - e quando possível e autorizado, o funcionamento de classes de pré - escola. Inicia a história com a criação do Grupo Escolar Alto Schaffer, criado pelo Decreto nº 18881 de 10/09/58, publicado em Diário oficial nº 162 de 17/09/58, funcionando na rua Desembargador Hugo Simas, em duas salas alugadas. Pelo Decreto nº 2285 ou 2835/66, publicado no Diário Oficial nº203 de 05/11/66, passou a denominar-se ¨Grupo Escolar Dona Mirazinha Braga.” No ano de 1967 passou a funcionar em prédio estadual, onde está até hoje. Pelo Decreto de reorganização nº 1591/76 de 06/02/76, publicado no Diário Oficial 238 de 11/02/76 passam a constituir um único estabelecimento com a denominação de Escola Estadual Mirazinha Braga - Ensino Regular e Supletivo de 1º Grau, o Grupo Escolar Dona Mirazinha Braga e o Grupo Escolar Prieto Martinez Noturno. Pelo mesmo Decreto, fica autorizado o funcionamento do Complexo Escolar Monteiro Lobato, com Ensino Regular e Supletivo de 1ºgrau , composto pelo Ginásio Estadual Prieto Martinez, Grupo Escolar Prieto Martinez, Grupo escolar Icléa e Grupo Escolar Mirazinha Braga . Em 1983, através da resolução nº 153/83, publicado em Diário Oficial nº 1527 de 03/ 05/83, passa a denominar-se Escola Estadual Mirazinha Braga - Ensino 1º Grau Regular e Supletivo, através da resolução 3885/88 de 13/12/88, cessa definitivamente a partir de janeiro de 1989, o curso de 1º Grau supletivo, fase I, passando o estabelecimento a denominar-se Escola Estadual Mirazinha Braga - Ensino de 1º Grau. 4 Neste período histórico, a escola oferta o ciclo básico de Alfabetização de 4 anos, através da Resolução Secretarial nº 6342/93. Em 2002, pelo Decreto de nº135/05, publicado em Diário Oficial nº 30, de 18 de abril de 2002, a Escola municipaliza- se, sendo sua mantenedora a Secretaria Municipal de Educação de Curitiba. Nesta época, a Escola implanta os Ciclos de Aprendizagem da 1ª fase do Ensino Fundamental, com uma média aproximada de 460 alunos. Em 2003, foi implantada a Educação Infantil, tendo em vista a política desta gestão em estar caracterizando com cunho pedagógico esta modalidade e também pela escola disponibilizar de um espaço específico e adequado para tal. A partir deste ano, a escola se encontra com 18 turmas e vem se mantendo com o mesmo número até esta data .
A escola conta com 8 salas de aula para alunos da etapa inicial à 2ª etapa do Ciclo II, nos períodos manhã e tarde; uma casa com estrutura para alunos da Educação Infantil, um laboratório de informática com 19 computadores e equipamentos, sala dos professores, cantina, secretaria, sala da coordenação pedagógica, sala da direção, sala de multiuso. Contém banheiro para cadeirante, bem como rampa e bebedouros.
A Escola conta com o número de profissionais conforme quadro abaixo :
01 DIRETOR
01 VICE-DIRETOR
 02 PEDAGOGA 
28 PROFESSOR 
01 SECRETÁRIA
 01 AUXILIAR DE SECRETARIA
 01 CANTINEIRA
 01 AUXILIAR DE SERVIÇOS GERAIS
 06 INSPETOR
 03 GUARDA MUNICIPAL 
Ensino fundamental com oferta de 04(quatro) ou 05(cinco) anos iniciais, organizados em dois ciclos : Ciclo I (de Alfabetização), com duração de 02(dois) ou 03(três) anos, destinado prioritariamente a crianças a partir dos 07(sete) anos completos ou a completar e, facultativamente, para crianças de 06(seis) anos completos ou a completar; Ciclo II, com duração de 02(dois) anos, destinado a crianças que concluíram o Ciclo I ou classificadas ou ainda reclassificadas para o mesmo. O aluno que se encontrar com defasagem nas áreas do conhecimento, poderá dentro do ciclo ser realocado, durante o ano , em período integral ou parcial, em outras turmas visando atender à sua necessidade acadêmica . 
A Educação Infantil com oferta de 1 (um) ano: educação infantil com oferta do Jardim II correspondente a faixa etária de 4(quatro) a 5 (cinco) anos .
Para esta escola, organização representa o agrupamento de pessoas que se disponibilizam a trabalhar coletivamente por um objetivo comum, visando dar sustentação aos cumprimentos de seus propósitos. Apesar de haver dentro dela, pensamentos heterogêneos, a organização terá uma característica comum: a de possuir uma estrutura capaz de viabilizar todos os segmentos onde cada um exerça suas funções de maneira autônoma, percebendo os rumos a serem tomados frente às necessidades e, ao mesmo tempo, de desencadear uma teia de relações com os demais, sintonizando as partes.
Só é possível estabelecer esta linha de organização aqui proposta, quando a concebemos como sendo esta a própria representação das pessoas, e que são para elas que ela retorna. Sendo assim, tem como base o atendimento às demandas da comunidade escolar e propõe princípios como alicerce de toda a organização, como pano de fundo para qualquer decisão a ser tomada. Estabelece tais princípios : 
Autonomia – visa direcionar os segmentos para que estes tenham iniciativas frente as tarefas de forma autônoma, porém eficaz. 
Conhecimento – processo educacional que passa pelo planejamento, execução, acompanhamento e avaliação de formacíclica . 
 Harmonia e Integração no ambiente escolar, tanto na satisfação pessoal como também no bom relacionamento coletivo . 
Avaliação Institucional – visa saber como estamos, através de levantamento de situações apontados por todos os segmentos, como processo de ações, buscando alternativas coletivas capaz de suprir as deficiências apresentadas.
Nesta dimensão de escola eclética, contextualizada e antenada às demandas contemporâneas, projeta um encaminhamento sustentado por eixos condutores, 22 como alicerce, capaz de determinar e garantir a efetivação de seu trabalho educacional onde o sucesso de todos seja alcançado. São eles: 
• 1º Proposição de metas, através da missão, visão e valores como projeção de ideal a ser atingido.
 • 2º Estrutura administrativa, articuladas em gestões, tendo como premissa apontar alternativas de melhoria, na visão do coletivo, do crescimento individual, do profissional, da instituição, do ensino e do aluno . 
• 3º Estrutura pedagógica, que articule e conceitue todo o processo pedagógico – que tenha como proposição motivar intrinsecamente professor e aluno a desempenharem suas atividades didáticas nas dimensões interdisciplinar, multidisciplinar, pluridisciplinar, e transdisciplinar, dando-lhes, sentido e significado respeitando o desejo e o talento de cada um.
 • 4º Procedimentos legais, regidos por esta entidade em consonância com as diretrizes curriculares e os amparos legais vigentes.
 • 5º Estabelece um conjunto de tarefas interligadas, que visa aproximar o real do ideal, através de ações a curto e longo prazo, buscando atingir resultados positivos, enquanto um grupo de processos interligados. 
O PPP da Escola Mirazinha Braga, considerará seu papel mediador, ao inferir na estreita relação existente entre as necessidades de ordem social com a sua função educativa, trabalhando com sociedade em forma de rede, reorganizando- se para cada tempo e espaço, para haver coerência com o que descreve e pratica.
2- DESENVOLVIMENTO E ANÁLISE DAS ATIVIDADES OBSERVADAS E REALIZADAS
2.1 – CARACTERIZAÇÃO DA TURMA E DAS ATIVIDADES OBSERVADAS
	No primeiro dia de visita a sala de aula, a diretora da instituição fez o acolhimento e fui bem recebida n a sala aula do 1º ano do Ensino Fundamental dos anos iniciais. Nesse dia, fiz uma breve análise da estrutura da escola e seus funcionamentos.
De acordo com Moretto (2003, p. 79),
	
Quando o sujeito observa, ele faz comparações entre experiências; as já vividas e cuja representação construída constitui suas estruturas cognitivas (seus conhecimentos), com a experiência que ele faz no momento, isto é, a representação que ele está construindo na sua interação com o mundo das limitações.
Desse modo, a observação serve de base para conseguirmos informações, ou seja, é um momento de verificação de como ocorre na prática à rotina escolar.
Barreira & Gebran (2006, p. 99), esclarece que “no estágio de observação da sala de aula, a exemplo da escola, deve-se estar atento ainda, como observar e como registrar, para elaborar o diagnóstico que orientará as ações do estagiário na sala de aula”.   
Ao entrar na sala de aula, fui recebida com alegria pela professora e com curiosidade pelas crianças, que queriam saber o motivo da minha presença ali. A professora explicou que se tratava de experiências e contribuição de estagiária, logo em seguida, ela deu um tempo para que eles se familiarizassem comigo, feito isso, ela deu continuação com as atividades diárias. 
 A entrada na sala de aula é as 13h, intervalo as 15h às 15h20 e termina as 17h. No desenvolvimento das atividades os alunos tem um momento de acolhimento. Em seguida realizava a contagem dos alunos, quantos meninos e meninas. Iniciava a aula revisando o que os alunos tinham estudado no dia anterior e introduzia um novo assunto. Em seguida a professora da turma corrigia as tarefas, passando em cada carteira dos alunos. Observei também que o material didático era muito escasso, alguns alunos não tinha lápis grafite e nem borracha, a professora pedia emprestado para quem tinha mais de um lápis. Na hora do recreio, os alunos lancham, depois ficam à vontade para brincar, uns brincam com cordas, outros de bola, outros conversavam e sempre ficam as inspetoras dando um suporte nesse momento de recreio, e os professores nesse momento vão tomar um cafezinho.
Durante o recreio, as crianças são deixadas livres para correr e brincar sem o acompanhamento de algum professor ou mesmo do Coordenador, par direcionar suas brincadeiras, o que caracteriza uma contradição.
Segundo o MEC (Ministério Da Educação).
As atividades livres ou dirigidas, durante o período de recreio, possuem um enorme potencial educativo e devem ser consideradas pela escola na elaboração da sua Proposta Pedagógica. Os momentos de recreio livre são fundamentais para a expansão da criatividade, para o cultivo da intimidade dos alunos, mas, de longe, o professor deve estar observando, anotando, pensando até em como aproveitar algo que aconteceu durante esses momentos para ser usado na contextualização de um conteúdo que vai trabalhar na próxima aula. (MEC/CNE, Parecer 02/2003).
Contudo, é preciso que as escolas reformulem a ideia que se tem do recreio, à hora destinada a esse momento não pode ser entendido como mero descanso ou passatempo. Os professores devem aproveitar esse tempo, para analisar situações que acontece nesse intervalo, e usar as mesmas como ferramentas educativas para ser trabalhado na próxima aula.
Durante o tempo destinado a observação, percebi que a professora trabalha os mais variados tipos de atividades com as crianças. O que mais me chamou atenção foi a ênfase que ela deu para a prática da leitura em sala, ou seja, ela sempre leva um texto e distribui para os alunos. Dessa forma,  consegue manter o ritmo durante as aulas e ao mesmo tempo os incentiva para essa prática diária.
Segundo Cagneti & Zotz (1986, p. 23) “a leitura é fonte inesgotável de assuntos para melhor compreender a si e ao mundo”. Nesse sentido, a leitura é considerada a atividade mais importante da vida do ser humano, pois é através da mesma que se desenvolvem outras habilidades no leitor, como o conhecimento, a sensibilidade, assim como a imaginação.
	Percebi uma dificuldade em relação ao comportamento dos alunos, a grande maioria conversavam muito, fazendo necessário dar umas paradas na aula para conversar com eles, pois esse tipo de atitude na sala de aula atrapalha a si próprio e aos colegas. Eles obedeciam por alguns instantes, mas com pouco tempo começam tudo de novo. Foi possível perceber que, quando estão assistindo um vídeo a atenção era total e que nas atividades escritas no caderno de sala, eles conversam mais. 
No segundo dia da minha observação a professora trabalhou atividades de matemática, onde o assunto abordava as operações, (somar, subtrair), na qual o objetivo era ensinar as crianças a aprenderem as contas e resolver problemas usando as operações, pois, muitos alunos apresentam dificuldades quando a atividade é resolver problemas, pois as mesmas não sabem qual operação usar.
Nesse sentido, Pozo (1998, p. 9) diz que,
[...] ensinar os alunos a resolver problemas supõe dotá-los da capacidade de aprender a aprender, no sentido de habituá-los a encontrar por si mesmos respostas, às perguntas que os inquietam ou que precisam responder, ao invés de esperar uma resposta já elaborada por outros e transmitida pelo livro-texto ou pelo professor.
Sendo assim, a melhor maneira de ajudar os alunos a entender as operações matemática não é dar explicações detalhada, mas sim criar oportunidade para que os mesmos descubram por si os seus significados.  Cabe ressaltar que resolver problemas não modifica apenas a matemática, mas também aquele que os resolve, nesse caso o próprio a aluno.
A professora procura relacionar as atividades com situações que acontecem no dia a dia dos alunos, ao abordar um assunto de ciências, por exemplo, onde o assunto é a importânciada água, ela consegue levá-los a refletir sobre o seu uso, consumo excessivo e qual a sua importância para nossa sobrevivência.
Nesse sentido, Freire (1979, p. 17) esclarece que,
Reflexão e educação são termos que suscitam o sentido de transformação, pois são características de indivíduos capazes de pensar. Pensar é existir, é ser gente, é viver num mundo real, é ter uma relação com esse mundo e interagir com ele.
A mesma aborda os assuntos de forma clara e objetiva, com o intuito de conscientizar os mesmos, sobre a importância dos assuntos trabalhados durante a aula.
Durante o estágio de observação, percebi que os alunos tinham grande resistência à leitura, o que me chamou muita atenção, porém, no estágio de participação onde o estagiário vê de perto as dificuldades encontradas pelos alunos, pude entender o porquê de tantas resistências, infelizmente, uma das grandes dificuldades encontradas por eles, é que por eles estarem no 1º ano, não sabem ler e consequentemente não sabem escrever, por esse motivo eles relutam quando o assunto aborda a leitura, interpretação de texto na sala de aula.
Segundo Souza (1992, p. 22)
Leitura é, basicamente, o ato de perceber e atribuir significados através de uma conjunção de fatores pessoais com o momento e o lugar, com as circunstâncias. Ler é interpretar uma percepção sob as influências de um determinado contexto. Esse processo leva o indivíduo a uma compreensão particular da realidade.
Dessa forma, a leitura é considerada a base na formação de um indivíduo, ou seja, ler não é simplesmente decifrar os códigos linguísticos, ler significa entender e interpretar de forma clara o assunto estudado.
2.2 – ATIVIDADES REALIZADAS PELO ESTAGIÁRIO
O período destinado ao estágio de regência se torna uma etapa fundamental na formação acadêmica. Pois, esse é o momento em que o acadêmico se vê frente a frente com a realidade escolar. É nessa etapa que o estagiário tem responsabilidade de assumir a sala, onde deverá mostrar desempenho nas tarefas e domínio dos conteúdos que será aplicado por ele durante as aulas.
            Segundo Perrenoud (2002), é nesse momento do curso que o aluno aprendiz se vê entre duas analogias, ou seja, está abandonando sua identidade de aluno para adotar a de profissional responsável por suas decisões.
	A professora me deu total abertura na elaboração e aplicação da aula, o tem escolhido foi Água, trabalhei a importância da água na vida de todos os seres vivos e seu uso consciente para melhor proveito por todos.
	No inicio da aula, fiz uma roda com eles e mostrei o globo terrestre, questionei se eles sabiam o que era aquilo, se sabiam o que as cores significavam e etc. Depois de ouvi-los, momento em que um quer falar mais alto que o outro, e que a bagunça já quer tomar conta, chamei a atenção deles para o globo novamente explicando que a parte azul é água, por isso nosso planeta é conhecido como “Planeta azul”, pois a maior parte dele é feita de água, mas nem toda essa água pode ser consumida por seres humanos, pois não é toda água doce.
Segundo, Sacristán (1999), a prática é institucionalizada; são as formas de educar que ocorrem em diferentes contextos institucionalizados, configurando a cultura e a tradição das instituições. Essa tradição seria o conteúdo e o método da educação. O profissional da educação é um sujeito que tem em mãos, diariamente, uma responsabilidade imensa. Que é a grande parcela de contribuição na formação da qualidade pessoal do individuo.
	Depois, ainda em roda, contei a história do Mauricio de Souza, “água boa para beber” e logo após deixei-os falar o que compreenderam da história, nem todos quiseram expor seu entendimento, então foi um momento mais rápido que o esperado.
	Com cada um no seu lugar, fui questionando-os sobre o uso da água, para que ela serve, a maioria contribuiu com levantamento de informações, e eu fui colando no quadro imagens, que imprimi previamente, que ilustravam momentos aos quais utilizamos a água.
	Entreguei uma revista para cada aluno e solicitei que procurassem por figuras de pessoas utilizando água e montamos um cartaz coletivo, que ficou bem inspirador. Alguns alunos precisaram de ajuda neste momento da aula, então eu ia circulando pela sala auxiliando-os.
	Depois do recreio, após o momento de se acalmarem, a professora deixou que eu aplicasse mais uma atividade. Então utilizei um xerox que já tinha planejado aplicar na aula. Abaixo imagem da atividade.
	Os alunos coloriram as cenas que mostras as pessoas utilizando água em seu dia a dia, com muito barulho e conversa, não paravam de levantar para apontar os lápis de cor, ou para emprestar de algum colega.
Segundo Magalhães Jr (2002), “a disciplina no espaço escolar, constitui-se em uma ferramenta que auxilia no estabelecimento da “ordem” e representa os interesses de um grupo”. Assim sendo, as normas e regras são de suma importância para o bom convívio no ambiente escolar, e cabe ao professor a difícil e árdua tarefa de manter a ordem dentro da sala de aula, assim como dos diretores e pedagogos nos espaços escolares.
	Feito a atividade chegou o momento de eu me despedir deles, agradecer por todos os dias em que fiquei ali observando eles e auxiliando-os na medida em que podia. Eles foram muito receptivos e contribuíram muito para meu aprendizado. Simplesmente sou grata pela oportunidade!
A sala de aula é um o espaço no qual os sujeitos – aprendizes – estão reunidos para aprender, pois, segundo Rizon (2010, p. 4), “o propósito desse espaço não é apenas a reprodução, memorização e revisitação de conteúdos prontos e isolados e, por vezes, com pouca significação para o aprendente”, mas sim um local em constante movimento de entrada de conhecimentos, possibilidades e sonhos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Vivenciando de perto o cotidiano escolar, especificamente, a sala de aula, hoje paro para refletir a formação de nossas crianças. Esse momento de estágio me despertou uma enorme angústia no que tange a escola e a família no processo de desenvolvimento humano e educacional dos alunos.
Sem dúvida, o que mais me chocou nesse momento de estágio foi perceber a grande omissão da família quanto a educação de seus filhos, netos e sobrinhos. Amparados por políticas públicas educacionais que flexibilizaram as normas e regras existentes nas escolas os alunos apresentam comportamentos já mais pensados na infância.
Murros, tapas, beliscões e arranhões são o dialogo dos alunos de alfabetização, que se agridem na sala sem nenhuma explicação ou motivo, sem falar na indisciplina que é outro grande obstáculo para o desenvolvimento da prática pedagógica. Diante dessa situação é difícil pensar um plano de aula que atenda as necessidades de um projeto que evidencia atitudes de valores e o processo de alfabetização.
Hoje, mais do que nunca percebo as lacunas do meu processo de formação e as contradições dos discursos de muitos professores com a realidade de uma escola pública. Os problemas encontrados no ambiente escolar são bastante amplos, não visando apenas às dificuldades do processo de aprendizagem de conteúdos por partes dos alunos, eles evidenciam o jogo de empurra entre família e escola sobre a responsabilidade da formação humana e social dos indivíduos.  A frase do “bateu levou” se perpetua nas falas dos pais e alunos resultando num ambiente hostil e sem gestos de carinho ou solidariedade.
Confesso que foi difícil compreender o comportamento de muitos pais e/ou responsáveis acerca da educação familiar de seus filhos. Digo isso, até por conta da minha própria educação tida durante a infância e que era de responsabilidade da minha família, a escola era um espaço educativo para mim, entretanto, os valores que aprendi e que hoje expresso nas minhas atitudes foram me dados dentro de casa.
Dentro do contexto escolar vemos a necessidade de se repensar à formação humana, de trabalhar cada vez mais valores tão simples como respeito, amor, carinho, solidariedade e honestidade. Um dos temasque mais me chamam atenção e fazem parte dos meus estudos na universidade é a democratização da escola e a participação da família na instituição, depois de ter vivenciado o dia a dia da escola, vejo muito mais clara a relevância e necessidade da família e escola firmarem parcerias e assumam responsabilidades mutuas no que tange a educação de seus filhos. A participação da família na escola não deve se limitar apenas aos processos burocráticos da mesma, mas sim, deve abranger de forma ampla o desenvolvimento do cidadão, cônscio do seu papel social.
Acredito que um dos grandes desafios do professor é procurar desenvolver aulas cada vez mais dinâmicas buscando interagir cada vez mais com o cotidiano dos alunos, criando situações que motivem os estudantes a aprenderem de maneira lúdica, participativa e significativa.
Nesse período de estágio a caminhada foi difícil, mas, no final gratificante. A cada momento precisei romper paradigmas e concepções acerca do processo de formação humana e do desenvolvimento infantil para buscar compreender e analisar criticamente a situação que estava envolvida. Sem dúvidas, a experiência pessoal superou a profissional e me fez uma pessoa melhor em muitos aspectos. A escola é o retrato da sociedade, dessa ideologia de um sistema cruel e perverso que “furta” a inocência e infância de milhares de crianças que desde novas convivem em um ambiente sem valores morais, éticos e sem oportunidades na vida, e é nesse sentido que a escola deve se mobilizar em projetos que busquem integrar a família a escola para juntas desenvolverem um trabalho educativo no sentido de educar com valores, possibilitando as crianças e jovens uma visão otimista da escola e da educação como pressupostos de uma mudança e transformação não só social, mas, cultural e política, que elas se encantem pela ambiente escolar e que este modifique de alguma forma suas vidas.
Os desafios desse período foram muitos, a vontade de desistir “bateu” várias vezes, mas, o aprendizado superou qualquer obstáculo que surgiu no caminho. Hoje, com mais clareza entendo melhor todo o processo educacional e sua complexidade, toda minha reflexão é contextualizada com base numa realidade vivenciada por mim na constituição da minha formação docente e mesmo diante dos empecilhos eu continuo a acreditar no poder de transformação da educação e do cenário educacional e social desse país.
REFERÊNCIAS 
BARREIRO, Iraíde Marques de Freitas; GEBRAN, Raimunda Abou. Prática de Ensino e Estágio Supervisionado na Formação de Professores. São Paulo: Avercamp, 2006. 
BRASÍLIA. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI). Brasília: MEC/SEF, 1998
CAVALCANTE, Christianne M. Orientações para formação do relatório de Estágio. 2014.2
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1997.
OLIVEIRA, Marta Kohl de. A mediação simbólica. In: Vygotsky: aprendizado e desenvimento – um processo sócio-histórico. São Paulo: Scipione, 2010.
 
PPP. Projeto Político Pedagógico, Escola Municipal Mirazinha Braga. Curitiba - PR. 
SOUZA, Renata Junqueira de. Narrativas Infantis: a literatura e a televisão de que as crianças gostam. Bauru: USC, 1992.
MAGALHAES,Jr.A G.( Orgs) Um disposivo chamado Foucault. Fortaleza:LCR, 2002.p.80-88
MEC/ CNE: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO e CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. Parecer 02/2003. Disponível em: <http://www.fenep.org.br/parecer_cne-ceb_N_02-2003.pdf> Acesso em 02 de setembro 2017.
MORETTO, Vasco Pedro. Construtivismo: a produção do conhecimento em aula. 4 ed. Rio de janeiro: DP&A, 2003.
RIZON, Gisele. A sala de aula sob o olhar do Construtivismo piagetiano: perspectivas e implicações. In: V CINFE – Congresso Internacional de Filosofia e Educação, Caxias do Sul-RS, Anais, mai. 2010.
ANEXOS
Projeto Pedagógico do Estagiário 
Tema
Água é vida!
Justificativa 
A água é um recurso natural e seu uso descontrolado está se tornando alvo de muitas discussões: trata-se ou não um recurso inesgotável, quais as formas de tratamento deste bem, etc. Portanto, é de suma importância abordar este assunto de forma consciente e crítica, tentando incutir uma mudança de postura no consumo por parte dos alunos.
Objetivo
. Reconhecer a importância da água para a vida dos seres vivos;
. Conscientizar sobre o consumo de água e da necessidade de preservar a água;
. Aprender como economizar água no dia a dia;
. Desenvolver a linguagem oral;
. Desenvolver atitudes de interação, de colaboração e de troca de experiências em grupos.
Cinco Atividades
1ª Atividade 
 
Introduzindo o tema – Quantidade de água em nosso planeta
Em roda de conversa mostre aos alunos, através de mapa ou do Globo Terrestre uma imagem do Planeta Terra. Você poderá utilizar um projetor para mostrar as imagens ou levar os alunos ao Laboratório de Informática.
 
Questione-os sobre:
·         Vocês sabem o que essa imagem representa?
·         Alguém sabe por que a cor azul predomina nessas imagens?
 
Explique aos alunos que o nosso planeta é também conhecido como “Planeta Azul” por causa das grandes massas de água que cobrem a maior parte da superfície, mas apenas parte dela pode ser usada pelos seres humanos. Fale com eles que uma pequena parte da água do planeta é doce. Conte-lhes o que é “água doce”.
Mostre a eles um fragmento da história em quadrinhos do Maurício de Souza da revista “Água Boa pra Beber” Edição Especial, página 13. Se for possível reproduza para eles colarem no caderno ou utilize um Data Show para projetá-la.
Pergunte se entenderam esta parte da história e converse com eles sobre a quantidade de água para consumo no Planeta.
Conte aos alunos e peça que eles anotem se acharem necessário.
Observando e aprendendo
Faça uma experiência para ilustrar a quantidade de água existente no planeta para o consumo.
 
Você precisa de:
 
. 1 litro de água;
. 1 copo pequeno;
. 1 jarra de um litro de água;
. 1 colher de sobremesa.
Coloque a água na jarra e mostre. Diga que essa água representa toda a quantidade e água do Planeta Terra. Na frente dos alunos, retire três colheres de sobremesa da água da jarra (aproximadamente 10 ml) e coloque dentro do copo pequeno.
Explique que a quantidade de água retirada da jarra (mostre a água do copo) equivale à parte da água que podemos utilizar.
Questione: É muito pouco, não acham?
2ª Atividade 
 
Aprofundando o tema – Todos precisam de água
Mostre para os alunos várias imagens de pessoas utilizando a água. Utilize um projetor ou leve-os ao Laboratório de Informática.
�� INCLUDEPICTURE "http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/discovirtual/galerias/imagem/0000005185/md.0000052797.jpg" \* MERGEFORMATINET 
�� INCLUDEPICTURE "http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/discovirtual/galerias/imagem/0000005185/md.0000052800.jpg" \* MERGEFORMATINET 
�� INCLUDEPICTURE "http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/discovirtual/galerias/imagem/0000005185/md.0000052795.jpg" \* MERGEFORMATINET  �� INCLUDEPICTURE "http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/discovirtual/galerias/imagem/0000005185/md.0000052798.jpg" \* MERGEFORMATINET 
                   
Peça que os alunos descrevam as situações em que estão sendo utilizada a água.
 Pergunte sobre outras situações que eles utilizam água no seu dia a dia.
 Discuta com os alunos a afirmativa:
        
Converse com eles sobre a necessidade de água para os animais, as plantas e os seres humanos.
                      
Questione:
O que pode acontecer a uma planta que não é regada?
O que pode acontecer a um animal que não beber água?
 
Peça aos alunos que desenhem situações em que eles utilizam a água em sua casa.
 
 
3ª Atividade 
Montando um mural Sobre a Água
 
Pesquise em jornais, em revistas, na internet ou em outras fontes, figuras de pessoas utilizando água. Recorte-asimagens para que assim podermos montar um mural .
Pergunte aos seus pais ou responsáveis de onde vem a água que vocês utilizam em casa.
4ª Atividade 
 
Economizando água
 
Explique aos alunos que, com o aumento da população, algumas cidades passaram a enfrentar problemas com a falta de água, pois, a água captada não é suficiente para todas as moradias. 
Explique-lhes como a água chega às casas. Fale sobre o ciclo da água e o caminho que percorre nas estações de tratamento de água e de esgoto.
Mostre aos alunos o vídeo “Ciclo da água”, disponível em <http://www.youtube.com/watch?v=g26Wk4gpkws>, acesso em: 30 de set. 2017. Além de explicar como a água passa por tratamentos antes de chegar às casas, alerta sobre a necessidade de economizar a água. Você poderá projetar o vídeo utilizando um projetor multimídia ou levar os alunos ao Laboratório de Informática.
 
Fonte: Sítio: “YouTube”. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=g26Wk4gpkws>. Acesso em: 30 de set. 2017.
 
Depois que os alunos se conscientizaram da dificuldade de tratamento de água, promova uma conversa e levante argumentos a favor do uso racional da água. Questione-os sobre algumas atitudes que as pessoas podem ter para evitar o desperdício de água.
 
Distribua uma cópia do panfleto abaixo para cada aluno ou projete a imagem, disponível no sítio “ec29taguatinga” em: <http://ec29taguatinga.blogspot.com.br/2013/03/no-22-comemoramos-o-dia-mundial-da-agua.html>. Acesso em: 30 de set. 2017.
 
5ª Atividade 
         Produzindo texto
 
Professor comece a aula em roda de conversa, socializando os desenhos que os alunos fizeram.  Resgate as características deste gênero textual. Solicite que os alunos observem a linguagem, o formato, o tipo de informações que vão colocar, os recursos visuais (imagens) dentre outros.
Questione-os sobre o motivo deste panfleto, assim entenderão que este gênero textual tem uma função comunicativa, de informar ao leitor sobre algo.
 
Conte que o desenho será a capa de um panfleto que farão uma campanha de conscientização na sua escola;
Entregue para cada aluno, uma folha de papel A4 dobrada ao meio. Esse será o panfleto do aluno;
Dentro do panfleto cada aluno deverá escrever uma lista de atitudes que as pessoas devem ter para não desperdiçarem a água em sua casa;
Corrija os textos de forma individual e proponha a reescrita dos textos se você achar conveniente;
Peça que colem a capa do panfleto;
Incentive os alunos a mostrarem seu panfleto para seus colegas de sala de aula.
 
Socializando:
Professor, essa atividade deve envolver os alunos de outras turmas. Você também poderá convidar os pais dos alunos. Discuta com os alunos qual será a melhor forma de apresentar os panfletos às pessoas. Faça o planejamento junto com eles. Este evento poderá ter diversos desdobramentos, que possibilitem o trabalho com diferentes gêneros textuais, tais como:
·         Elaboração de um convite;
·         Solicitação de autorização para realização do evento, à direção da Escola;
·         Lista de tarefas;
·         Relatório da atividade;
·         Dentre outros.
Durante a execução dos trabalhos realizados pelos alunos cabe a você professor, de acordo com a sua realidade e da sua escola, utilizar recursos tecnológicos, como: máquina fotográfica, filmadora e tablet, para registrar por meio de fotos e vídeos e construir um mural ou fazer a edição de um filme para ser divulgado para toda a comunidade escolar.
Conclusão
	Com estas atividades os alunos entenderam a importância da água em nossas vidas, aliás, na de todos os seres vivos. Além de se atentarem para o consumo consciente do uso da água no dia a dia.
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