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Discorra sobre crimes contra a vida

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Crimes contra a vida
Homicídio – art 121, CP
Tipo simples – artigo 121, caput – quando não houver nenhuma circunstância especial que agrave ou atenue a pena (6 a 20 anos).
Bem jurídico tutelado: vida
Sujeito ativo: Qualquer pessoa
Sujeito passivo: Qualquer pessoa, que esteja viva
Elemento objetivo: Ação é matar
Elemento Subjetivo: Dolo direto, vontade de matar ou dolo indireto assumiu o risco de matar
Consumação: morte
Tentativa: admite tentativa por ser tratar de crime material
Ação penal: Publica Incondicionada.
Crime hediondo: O homicídio simples quando praticado em atividade típica de grupos de extermínio, ainda que cometido por um só agente (é considerado crime hediondo. 
Homicídio privilegiado: É uma causa especial de diminuição de pena. Se estiverem presentes as circunstâncias abaixo, o juiz deverá reduzir a pena de 1/6 a 1/3.
Motivo de relevante valor social: é aquele que corresponde aos interesses coletivos, O motivo que não interessa somente ao agente, e sim a todo o corpo social, devendo ser, importante.
Motivo de relevante valor moral: tem uma motivação ligada a sentimentos de piedade, misericórdia e compaixão, ligado a interesse particular ou individual. É o valor considerado enobrecedor em qualquer cidadão em circunstâncias normais, conforme os princípios éticos.
Violenta emoção logo em seguida à injusta provocação da vítima: A “violenta emoção” a que se refere o presente dispositivo significa cólera ou ira que, desde que não sejam passageiras, atribuem ao homicídio a condição de privilegiado, minorando a pena de quem o pratica.
Homicídio qualificado: As circunstâncias que qualificam o homicídio podem ser subjetivas ou objetivas. As circunstâncias subjetivas são os motivos reprováveis. Exemplo: motivo torpe, e motivo fútil e aos fins com que a ação é praticada: facilitar ou assegurar a execução, ocultação, vantagem ou impunidade de outro crime. Já as circunstâncias objetivas dizem respeito aos meios que envolvam dissimulação, crueldade, perigo de maior dano e aos modos que dificultem ou tornem a defesa impossível.
Circunstâncias qualificadoras
Mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe: Motivo torpe é aquele que repugna o senso comum, que causa repugnância. Ex.: Matar para ganhar herança. Homicídio mercenário é aquele em que o agente não tem motivos para querer a morte da vítima, mas mata apenas em função de dinheiro. Requer a participação de duas pessoas no qual é indispensável a participação de, no mínimo, duas pessoas (mandante e executor). 
Motivo fútil: É o motivo insignificante, que normalmente não leva a este tipo de reação por parte do agente; Ex: matar porque a vítima tinha rido do acusado ao vê-lo caindo; 
Com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum: Diz respeito aos meios (instrumentos) utilizados pelo agente para a prática do delito. 
À traição, emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificultou ou tornou impossível a defesa do ofendido: Refere-se ao modo da atividade executiva, de que resulte dificuldade ou impossibilidade de defesa da vítima. 
Para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime: assegurar a execução: o que agrava a pena não é a prática efetiva de outro crime, mas o fim de cometer outro crime. Para tentar um sequestro, mata uma pessoa que tenta evitá-lo. Assegurar a ocultação/impunidade: a intenção do agente é destruir a prova de outro crime, ou evitar as consequências penais dele decorrentes. 
Feminicídio (inciso VI) 
Qualificadora do homicídio A. buscam promover a igualdade de gênero e reprimir a violência à mulher.
Bem jurídico tutelado: vida
Sujeito ativo: Qualquer pessoa
Sujeito passivo: MULHER
Elemento objetivo: Ação é matar
Elemento Subjetivo: Dolo direto, vontade de matar ou dolo eventual
Consumação: morte
Tentativa: admite tentativa por ser tratar de crime material
Ação penal: Publica Incondicionada.
Homicídio culposo
A vida é protegida de toda forma ilícita de ataque. No crime culposo a conduta é violadora do dever objetivo de cautela, uma vez que este não é visado pelo agente, apesar de só existir crime culposo se há o resultado concreto. Não existe tentativa. O resultado tem que ser ao menos previsível e não ter sido previsto para que seja caracterizado o crime culposo (culpa inconsciente), ou então ter sido previsto, mas não ter sido evitado, acreditando o agente levianamente que o resultado não ocorreria (culpa consciente). 
Elementos do crime culposo 
Comportamento humano voluntário, positivo ou negativo;
Descumprimento do cuidado objetivo necessário, manifestado pela imprudência, negligência ou imperícia;
Previsibilidade objetiva do resultado;
Morte involuntária.
Homicídio Culposo no Código Brasileiro de Trânsito
Os crimes de trânsito atualmente estão regulados na Lei 9.503/97, sendo o homicídio culposo na condução de veículo automotor previsto no artigo 302
Homicídio culposo majorado 
O homicídio culposo será majorado, sendo sua pena aumentada de 1/3 (um terço) se o crime resulta de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima, não procura diminuir as consequências do seu ato, ou foge para evitar prisão em flagrante. 
Perdão judicial 
O perdão judicial previsto no parágrafo 5º do artigo 121, aplicável ao homicídio culposo (quando as consequências do crime já atingem o agente de forma tão grave que a sanção penal se torna desnecessária), é um instituto que permite ao juiz deixar de aplicar a pena é causa de extinção da punibilidade.
Homicídio praticado por milícia privada ou por grupo de extermínio 
Art. 121, § 6º, do CP, a pena do homicídio deve ser aumenta, de um terço até a metade, “se o crime for praticado por milícia privada, sob pretexto de prestação de serviço de segurança, ou por grupo de extermínio”. 
Induzimento, instigação e auxílio ao suicídio 
Compõe-se da vontade que a pessoa tem de se matar e da prática de certos atos por parte desta pessoa. Não sendo incriminada a ação de matar-se ou a tentativa de suicídio, a participação em tais atos não poderia ser punível, pois não há participação punível senão em fato delituoso.
Bem jurídico tutelado: vida
Sujeito ativo: Qualquer pessoa
Sujeito passivo: MULHER
Elemento objetivo: Induzir é criar a ideia no agente, instigar é reforçar uma ideia já existente e auxiliar é ajudar materialmente.
Elemento Subjetivo: Dolo 
Consumação: morte ou lesões graves
Tentativa: não cabe tentativa
Ação penal: Publica Incondicionada.
Infanticídio 
Infanticídio é o homicídio praticado pela genitora contra o próprio filho, influenciada pelo estado puerperal, durante ou logo após o parto. 
Bem jurídico tutelado: Vida (preservação da vida humana). Especificamente, a vida do nascente (aquele que está nascendo) e do neonato (recém-nascido).
Sujeito ativo: Mãe sob a influência do estado puerperal
Sujeito passivo: O recém-nascido ou o feto que está nascendo
Elemento objetivo: Praticado por qualquer meio seja por ação ou omissão, após o parto.
Elemento Subjetivo: Dolo direto ou eventual, só admite culpa se a mãe for negligente.
Consumação: morte 
Tentativa: cabe tentativa
Ação penal: Publica Incondicionada.
Aborto 
Aborto é a interrupção da gravidez, com a morte do produto da concepção, que é protegido pela normal penal, que pune o aborto desde o momento da nidação até o início do parto. 
O CP prevê 3 hipóteses de aborto: 
Aborto provocado pela gestante (art. 124, 1ª parte); 
Este artigo contém duas figuras: aborto provocado pela gestante ou aborto praticado pela própria gestante (1ª parte); aborto consentido (2ª parte). Neste caso, quem pratica os atos materiais do aborto incide no art. 126. A coautoria não é admissível no aborto provocado pela gestante, embora se admita a participação. Enquanto que a coautoria do art. 126 está reservada a quem eventualmente auxilie o autor na execução material do aborto (ex.: enfermeira,anestesista).
Aborto sem consentimento da gestante (art. 124, 2ª Parte e art. 126); 
Admite duas formas: não concordância real (violência, grave ameaça ou fraude); não concordância presumida (menor de 14 anos, alienada ou débil mental) – vide parágrafo único do art. 126. Exemplos de fraude: o agente ministra à mulher grávida substância abortiva ou nela realiza intervenção cirúrgica para extração do feto sem seu conhecimento.
Aborto praticado por terceiro com o consentimento da gestante – aborto consensual
É sancionado de forma menos severa. Presume-se que não houve consentimento se a gestante não é maior de 14 anos, ou se é alienada ou débil mental, ou se o consentimento é obtido mediante fraude, grave ameaça ou violência. A violência, neste caso, refere-se àquela utilizada para a obtenção do consentimento e não para a realização do aborto. 
Aborto qualificado pelo resultado 
O artigo 127 prevê que as penas cominadas nos dois artigos anteriores são aumentadas de 1/3, se, em consequência do aborto ou dos meios empregados para provocá-lo, a gestante sofre lesão corporal de natureza grave; e são duplicadas, se, por qualquer dessas causas, lhe sobrevém a morte. 
Aborto legal 
Exige-se que seja o aborto praticado por médico. Somente é lícito o aborto praticado pelo médico, em estado de necessidade onde coloca a mãe em risco, estupro.
Bem jurídico tutelado: Vida intrauterina e em casos de aborto sem o consentimento da mãe a liberdade da mesma.
Sujeito ativo: Mãe ou qualquer outra pessoa
Sujeito passivo: O feto
Elemento objetivo: Praticado por qualquer meio seja por ação ou omissão
Elemento Subjetivo: Dolo direto ou eventual.
Consumação: morte 
Tentativa: cabe tentativa
Ação penal: Publica Incondicionada.
Crimes contra a honra
A honra tem dois aspectos:
Honra objetiva ou honra externa - é o conceito que a pessoa desfruta no meio social onde ela vive, é a reputação da pessoa, seu bom nome, é o que os terceiros pensam sobre cada um de nós.
Honra interna ou honra subjetiva - é o conceito que cada um de nós faz de si próprio, é o que se chama autoestima, sentimento da própria dignidade.
São crimes contra a honra a calúnia (art. 138), a difamação (art. 139) e a injúria (art. 140). Nos dois primeiros, protege-se a honra objetiva e, na injúria, a honra subjetiva.
Casos de inexistência de dolo específico:
Animus jocandi: brincadeira, intenção de satirizar. Ex.: caricatura (não há ofensa à honra);
No caso de ser um crime contra algum Ministro ou Presidente da República, para que a pena seja aumentada de 1/3, cf. art. 141, a intenção do agente (dolo específico), tem que ser de denegrir a estrutura política do Estado;
Animus consulendi: intenção de aconselhar. Por vezes, o próprio exercício profissional da pessoa a leva a ofender a honra sem ter esta intenção;
Animus narrandi: intenção de narrar o acontecido. Característico de testemunhas com intenção de narrar o fato. No caso da imprensa, desde que a narrativa não seja um pretexto para ofender, exclui o crime contra a honra;
Animus defendendi: acusar quem está lhe acusando.
Calunia 
É acusar alguém publicamente de um crime.
Bem jurídico: A honra objetiva.
Sujeito Ativo: Qualquer pessoa.
Sujeito Passivo: Qualquer pessoa, inclusive, loucos ou menores. Os mortos podem ser caluniados (§ 2º), e seus parentes serão o sujeito passivo.
Elemento Objetivo: imputar falsamente (atribuir); propalar ou divulgar, sabendo falsas as imputações (espalhar, tornar público).
Elemento Subjetivo: dolo pode ser direto ou eventual, ocorrendo este último quando o ofensor não sabe se o fato é verdade ou não, mas, na dúvida, atribui ao ofendido o cometimento de um crime. Não cabe culpa.
Consumação: Há consumação quando a ofensa chega ao conhecimento de terceira pessoa.
Tentativa: Se o crime for verbal, não se admite a tentativa, entretanto, se for praticado por escrito é possível haver tentativa.
Ação penal: privada 
Classificação: Comum, doloso, formal, comissivo e instantâneo.
Difamação
Dizer que a pessoa foi autora de um ato desonroso. Difamação consiste na imputação de fato concreto, contra a honra objetiva, seja ele verdadeiro ou falso. Diferentemente da calúnia, na difamação o fato imputado não é crime; 
Bem jurídico: A honra objetiva.
Elemento Objetivo: atribuir ou imputar conduta que seja capaz de macular a reputação do sujeito passivo. 
Tipo subjetivo: Dolo de dano (direto ou eventual) 
Consumação: Quando a imputação chega ao conhecimento de outrem.
Tentativa: Admite- se tentativa, se for escrito.
Exceção da verdade: Somente é possível se o ofendido é funcionário público e a ofensa é relativa ao exercício de sua função.
Classificação: Crime formal, simples, instantâneo, comum, comissivo, plurisubsistente ou unissubsistente.
Ação penal: privada
Injúria
Injuriar significa ofender ou insultar (vulgarmente, xingar). É preciso que a ofensa atinja a dignidade. Portanto, é um insulto que macula a honra subjetiva, arranhando o conceito que a vítima faz de si mesma.
Bem jurídico: A honra subjetiva.
Sujeito ativo: Qualquer pessoa.
Sujeito passivo: Qualquer pessoa. 
Elemento objetivo: Imputação de uma qualidade ou opinião negativa a respeito do ofendido.
Elemento subjetivo: Dolo de dano (direto ou eventual), e elemento subjetivo do tipo - intenção de ofender (dolo específico). Não admite culpa.
Consumação: Quando a ofensa chega ao conhecimento do ofendido, não precisa chegar no conhecimento de terceiros. 
Tentativa: Poderá haver tentativa se praticada por escrito
Classificação: Comum, doloso, formal, de forma livre, comissivo, instantâneo, simples e complexo (injúria real).
Injúria real
É a praticada mediante violência. São o comportamento agressivo dirigido a outrem, que não resulte lesão corporal. Se a injúria é cometida com o emprego de vias de fato, o agente só responderá pela injúria real, sendo as vias de fato absorvidas (exemplos: empurrão, beliscão, puxão de cabelo, pisar no pé).
Injúria preconceituosa 
Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião ou origem. Trata-se de forma qualificada. 
Injúria qualificada 
Contra idoso ou deficiente. A pena também será mais severa, ainda com previsão no parágrafo 3º do artigo 140, se a injúria consiste na utilização de elementos referentes de pessoa idosa ou portadora de deficiência, conforme Estatuto do Idoso (Lei 10.741/2003).
Ação penal 
Como regra geral, a ação penal é privada. No caso de injúria real + lesão, a ação penal será pública condicionada à representação. Sendo o ofendido Presidente da República, ou Chefe de Governo estrangeiro, a ação é pública condicionada. No caso de funcionário público no exercício de suas funções, a ação é pública condicionada à representação do ofendido. Por fim, sendo caso de injúria preconceituosa, prevista no parágrafo 3º do artigo 140, a ação penal será pública condicionada à representação.
Crimes contra a liberdade individual 
A liberdade individual, definida como a faculdade de exercer a própria vontade, nos limites do direito. Os crimes contra a liberdade individual são crimes notadamente subsidiá-rios, que se caracterizam pelo atentado à liberdade. 
Constrangimento ilegal 3.2.2.1 
Bem jurídico: liberdade individual.
Sujeito ativo: Qualquer pessoa.
Sujeito passivo: Qualquer pessoa. 
Elemento objetivo: O núcleo do tipo é constranger: forçar, compelir, obrigar, coagir alguém a não fazer o que a lei permite, ou a fazer o que ela não manda.
Elemento subjetivo: Dolo de dano.
Consumação: Consuma-se no momento em que o ofendido faz ou deixa de fazer a coisa a que foi constrangido
Tentativa: Poderá haver tentativa sim.
Classificação: Crime comum, doloso, material, de conduta e resultado, subsidiário.
Ação penal: Pública incondicionada.
Ameaça 
Bem jurídico: liberdade individual.
Sujeito ativo: Qualquer pessoa, em caso de funcionário público o crime pode ser considerado como abuso de autoridade.
Sujeito passivo: Qualquer pessoa. 
Elemento objetivo: Ameaçar significa procurar intimidar,anunciar ou prometer malefício, é prometer a prática de mal grave a alguém, restringindo sua liberdade psíquica. 
Elemento subjetivo: Dolo.
Consumação: Consuma-se no momento em que o ofendido tem conhecimento.
Tentativa: Poderá haver tentativa se for escrito.
Classificação: Delito comum, doloso, subsidiário, formal e instantâneo.
Ação penal: Pública condicionada mediante representação.
Sequestro e cárcere privado
Bem jurídico: liberdade, dignidade, integridade.
Sujeito ativo: Qualquer pessoa, em caso de funcionário público o crime pode ser considerado como abuso de autoridade.
Sujeito passivo: Qualquer pessoa. 
Elemento objetivo: A vítima é forçada a sujeitar-se a uma situação atentatória aos seus mais básicos direitos.
Elemento subjetivo: Dolo.
Consumação: Consuma-se no momento em que ocorre a privação.
Tentativa: é crime permanente, sendo possível a prisão em flagrante enquanto durar a detenção ou retenção da vítima. Tentativa é admitida.
Ação penal: Pública Incondicionada.
Redução a condição análoga à de escravo
Busca-se evitar que uma pessoa seja submetida à servidão e ao poder de fato de outrem.
Bem jurídico: liberdade individual.
Sujeito ativo: Qualquer pessoa, em caso de funcionário público o crime pode ser considerado como abuso de autoridade.
Sujeito passivo: Qualquer pessoa. 
Elemento objetivo: vítima é forçada a sujeitar-se a uma situação atentatória aos seus mais básicos direitos.
Elemento subjetivo: Dolo.
Consumação: Se consuma quando o sujeito reduzir a vítima à condição análoga a de escravo, sendo possível o flagrante enquanto durar a submissão.
Tentativa: Admite-se a tentativa se o agente não consegue o resultado de submissão à sua vontade, apesar da prática de atos de execução (violência, ameaça etc.).
Violação de domicílio
Bem jurídico: A inviolabilidade de domicílio
Sujeito ativo: Qualquer pessoa.
Sujeito passivo: Aquele que mora na casa, ou representa o titular do direito de admissão
Elemento objetivo: Entrar (introduzir-se por inteiro nos limites da casa alheia ou de suas dependências) ou permanecer (recusar-se a sair, contra a vontade expressa ou tácita de quem de direito, em casa alheia). 
Elemento subjetivo: Dolo nao há forma culposa.
Consumação: Se consuma quando o sujeito entra na casa alheia.
Tentativa: Admite-se quando o sujeito entra na casa, mas se ele permanecer não cabe tentativa.
Ação penal: publica incondicionada.
Invasão de dispositivo informático\correspondência
Bem jurídico: A liberdade individual e o direito à intimidade
Sujeito ativo: Qualquer pessoa.
Sujeito passivo: remetente ou destinatário
Elemento objetivo: invadir dispositivo informático alheio, documento
Elemento subjetivo: Dolo.
Consumação: que se consuma no momento em que o agente consegue invadir o dispositivo informático alheio ou documento.
Tentativa: Como se trata de crime plurissubistente, admite-se a tentativa. Seria o caso, por exemplo, do indivíduo que é interrompido.
Ação penal: pública condicionada a representação.
Classificação Crime comum, comissivo, formal, doloso, de dano, instantâneo, unissubjetivo e plurissubsistente.
Crimes contra o patrimônio
Furto (art. 155)
Furtar significa apoderar-se ou assenhorear-se de coisa pertencente a outrem, ou seja, tornar-se senhor ou dono daquilo que, juridicamente, não lhe pertence.
Bem jurídico: Patrimonio
Sujeito ativo: Qualquer pessoa 
Sujeito passivo: Qualquer pessoa seja ele físico ou jurídico.
Elemento objetivo: Subtrair significa tirar a coisa do poder de fato de alguém, para submetê-la ao seu próprio poder de disposição.
Elemento subjetivo: Dolo.
Consumação: Ocorre no momento em que o objeto material é retirado da esfera de disponibilidade da vítima, ingressando na posse do autor, 
Tentativa: cabe sim tentativa
Ação penal: pública incondicionada 
Classificação Crime comum, doloso, de forma livre, comissivo (e, excepcionalmente, comissivo por omissão), de dano, material e instantâneo e permanente (furto de energia).
Furto de uso: Não há crime se a intenção do agente é somente usar passageiramente a coisa, seguindo-se a reposição desta, intacta, sob o poder de disposição do dono.
Furto noturno: A pena aumenta-se de 1/3 (um terço), se o crime é praticado durante o repouso noturno.
Furto privilegiado: Se o criminoso é primário e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode substituir a pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente a pena de multa.
Furto qualificado
Trata-se de violência contra a coisa, é preciso que o dano seja causado a um objeto, ao empecilho para se chegar à coisa.
Com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou destreza.
Com emprego de chave falsa.
Mediante concurso de duas ou mais pessoas: basta que duas pessoas concorram para o furto, uma como mandante outra como executora para que ocorra a forma qualificada.
A pena é de reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito) anos, e multa.
Roubo (art. 157)
O roubo é um furto qualificado pelo emprego de violência ou grave ameaça, com a finalidade de impedir ou vencer a resistência da vítima, ou daquele que detém a posse ou vigilância da coisa.
Bem jurídico: Patrimonio, liberdade individual e a integridade física
Sujeito ativo: Qualquer pessoa.
Sujeito passivo: Qualquer pessoa OU O proprietário ou o possuidor da coisa subtraída e a vítima somente da violência.
Elemento objetivo: Subtrair algo mediante violência ou grave ameaça.
Elemento subjetivo: Dolo.
Consumação: Ocorre no momento em que o objeto material é retirado da esfera de disponibilidade da vítima, ingressando na posse do autor, 
Tentativa: cabe sim tentativa
Ação penal: pública incondicionada 
Classificação Crime comum, doloso, de forma livre, comissivo (e, excepcionalmente, comissivo por omissão), de dano, material e instantâneo e permanente (furto de energia).
Concurso de crimes: e crime continuado. Se a ação é praticada contra várias pessoas em conjunto, e todas sofrem a perda de bens, há concurso formal (art. 70), mas se uma só é despojada do bem que pertencia a várias pessoas, o crime é um só.
Roubo Próprio: Trata-se da violência ou grave ameaça utilizada como meio para alcançar a subtração (art. 157, caput). Admite-se tentativa.
Roubo Impróprio: Após a subtração do bem o agente utiliza de violência ou grave ameaça, neste caso admite tentativa quando o agente já tinha subtraído o bem da vítima sem nenhuma violência, mas quando iria agredir foi parado por terceiros impedindo sua violência.
Roubo majorado: se a violência ou grave ameaça se dá com emprego de arma.
Roubo qualificado pelo resultado: Após a violência ou grave ameaça resulta em morte.
Latrocínio
Roubo seguido de morte, cuja pena vai de 20 a 30 anos, que é a pena mais alta prevista no CP. O Latrocínio é crime hediondo (art. 1º da Lei 8072/90).
Bem jurídico: Patrimonio, liberdade individual e a VIDA.
Sujeito ativo: Qualquer pessoa.
Sujeito passivo: Qualquer pessoa 
Elemento objetivo: Subtrair algo mediante violência ou grave ameaça resultando em morte.
Elemento subjetivo: Dolo e culpa.
Consumação: “Há crime de latrocínio quando o homicídio se consuma, ainda que não realize o agente a subtração de bens da vítima”.
Tentativa: cabe sim tentativa
Ação penal: pública incondicionada 
Extorsão (art. 158)
Fato da extorsão exigi a participação ativa da vítima fazendo alguma coisa, tolerando que se faça ou deixando de fazer algo em virtude da ameaça ou da violência sofrida.
Bem jurídico: patrimônio da vítima, bem como sua integridade física e a sua liberdade 
Sujeito ativo: Qualquer pessoa
Sujeito passivo: Qualquer pessoa 
Elemento objetivo: Constranger, isto é, forçar ou compelir a vítima. E a vítima deve: fazer; tolerar que se faça; deixar de fazer.
Elemento subjetivo: Dolo 
Consumação: consuma-se independentemente da obtenção da vantagem indevida”. 
Tentativa: cabe sim tentativa, no caso de resguardo do bem pelo sujeito passivo.
Ação penal: pública incondicionada
Classificação Crime comum; formal; de forma livre; comissivo (e, excepcionalmente,comissivo por omissão); instantâneo; de dano; unissubjetivo; e plurissubsistente.
Causas de aumento de pena Concurso de duas ou mais pessoas ou com emprego de arma: aumento da pena de 1/3 até 1/2 (art. 158, § 1º).
Extorsão mediante sequestro (art. 159)
Tirar a liberdade da vítima na intenção de vantagem patrimonial.
Bem jurídico: O patrimônio e a liberdade do indivíduo.
Sujeito ativo: Qualquer pessoa
Sujeito passivo: Qualquer pessoa 
Elemento objetivo: Tirar a liberdade da vítima na intenção de vantagem patrimonial.
Elemento subjetivo: Dolo 
Consumação: Consuma-se com o sequestro ou cárcere privado por tempo juridicamente relevante. 
Tentativa: É possível a tentativa, por exemplo, no caso em que ocorre prisão do agente quando leva a vítima para o automóvel.
Ação penal: pública incondicionada
Dano (art. 163)
Para fins penais, considera-se dano o injusto doloso de destruir, inutilizar ou deteriorar a coisa alheia móvel ou imóvel. Importa, assim, no indevido prejuízo patrimonial de outrem.
Bem jurídico: O patrimônio móvel ou imóvel, incluindo o semovente, não pertencente ao infrator. 
Sujeito ativo: Qualquer pessoa
Sujeito passivo: Qualquer pessoa 
Elemento objetivo: Cuida-se de tipo misto alternativo, contemplando, assim, os verbos “destruir” (desfazer, eliminar, deixar de existir), “inutilizar” (tornar imprestável, retirar sua utilidade), e “deteriorar” (decrescer ou diminuir o valor da coisa alheia).
Elemento subjetivo: Dolo 
Consumação: consumando-se com o efetivo dano ao objeto alheio, 
Tentativa: É possível a tentativa, 
Ação penal: pública incondicionada
Formas qualificadas: Incide a qualificadora quando o emprego de violência à pessoa ou grave ameaça à pessoa.
Apropriação indébita (art. 168)
Bem jurídico: patrimônio. 
Sujeito ativo: Qualquer pessoa, em caso de funcionário público se apropriar em razão do cargo o crime será de peculato d art 312.
Sujeito passivo: Qualquer pessoa física ou jurídica
Elemento objetivo: “apropriar-se”, que significa fazer sua a coisa alheia. Elemento subjetivo: Dolo, deverá ser subsequente a posse da coisa, no caso do dolo antecedente a posse da coisa o crime será de estelionato.
Consumação: Consuma-se quando o agente, dolosamente, inverte o título da posse sobre a coisa.
Tentativa: É possível a tentativa. 
Ação penal: pública incondicionada
O crime de homicídio privilegiado-qualificado é hediondo ?
O Homicídio Simples é considerado hediondo em uma única situação, quando cometido em ação típica de grupo de extermínio. Na regra, o homicídio não é hediondo.
Por outro lado, o homicídio qualificado e hediondo.
Mas, temos que saber que é possível, ao mesmo tempo, que um homicídio, seja qualificado e privilegiado ao mesmo tempo. Nesse caso, ou seja, se determinada conduta for classificada como homicídio qualificado e privilegiado ao mesmo tempo, o crime deixa de ser hediondo. Para ser Hediondo, o homicídio tem que ser somente qualificado. 
Diferenciar art 140 § 3º da lei de racismo 7.716/89.
Embora impliquem possibilidades de incidência da responsabilidade penal, os conceitos jurídicos de injuria racial e racismo são diferentes. O primeiro esta contido no CP e o segundo na lei 7.716/89.
Enquanto injuria racial consiste em ofender a honra de alguém valendo-se de referentes a raça, cor, etnia, religião ou origem, o crime de racismo atinge a coletividade indeterminado de indivíduos, descriminando toda a integridade física de uma raça. Ao contrario da injuria racial, o crime de racismo e inafiançável e imprescritível.
Diferenciar Maus Tratos e Tortura.
A distinção entre os crimes de maus tratos e de tortura deve ser encontrada não só no resultado provocado na vitima como no elemento volitivo do agente; assim, se “alguém” abusa do direito de corrigir para fins de educação, ensino, tratamento e custódia, havia maus tratos, ao passo que caracteriza tortura quando a conduta é praticada como forma de castigo pessoal , objetivando fazer sofrer, por fazer, por ódio ou qualquer outro sentimento vil.

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