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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 4ª VARA CÍVEL DE ITAPERUNA – RJ.
PROCESSO Nº: 6002000
AUTOR: CARLOS BAPTISTA
RÉU: LUCIA MARIA
JOSÉ AFONSO, nacionalidade, solteiro, engenheiro, portador da carteira de identidade de nº..., inscrito no CPF/MF sob o nº..., endereço eletrônico..., residente e domiciliado Rua Central, nº 123, Bairro Funcionários, na Cidade de Mucurici/ES vem por sua advogada, inscrita na OAB/ES nº.., (endereço eletrônico), com endereço profissional na Rua..., bairro..., cidade..., Estado..., que indica para os fins do artigo 106, inciso I do CPC, com fundamento no artigo 674 e seguintes do CPC, opor:
EMBARGOS DE TERCEIRO COM EFEITO SUSPENSIVO
pelo rito especial, em face de decisão proferida pela 4ª vara cível, processo nº…., com publicação no diário eletrônico (data), movido por CARLOS BAPTISTA, em face de, LUCIA MARIA, ambos já qualificados no processo em epígrafe, pelos fatos e fundamentos a seguir:
DA CONCILIAÇÃO
De acordo com o inc. VII do art. 319 do CPC/2015, deve o autor manifestar, desde logo, se opta pela realização ou não da audiência de conciliação ou mediação. 
 DA JUSTIÇA GRATUITA
A atual Constituição, em seu art. 5o, inc. LXXIV inclui, entre os direitos e garantias fundamentais, o da assistência jurídica integral e gratuita pelo Estado aos que comprovarem a insuficiência de recursos . Não pode o Estado eximir-se desse dever se o interessado comprovar a insuficiência de recursos tornando-se inviável o custeio das despesas processuais, pleiteando, portanto, os benefícios da JUSTIÇA GRATUITA, assegurados pela Lei nº 1060/50 e consoante o art. 98, caput, do novo CPC/2015, verbis:
Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei.
I-DOS FATOS
O embargante adquiriu de Lúcia Maria, pelo valor de R$ 300.000,00 (trezentos mil reais), uma casa para sua moradia, situada na cidade de Mucurici/ES, Rua Central, nº 123, bairro Funcionários. O instrumento particular de compromisso de compra e venda, sem cláusula de arrependimento, foi assinado pelas partes em 10/01/2015. O valor ajustado foi quitado por embargante por depósito bancário em uma única parcela.
Sete meses após a aquisição do bem, o embargante passou a residir no mesmo. Para a sua surpresa, ao decidir fazer o levantamento de certidões necessárias à lavratura de escritura pública de compra e venda e respectivo registro, o embargante tomou ciência da existência de penhora sobre o seu bem, determinada por este juízo, ajuizada pelo embargado em face de Lúcia Maria, visando a receber valor representado por cheque emitido e vencido três meses após a venda do imóvel.
A determinação de penhora do imóvel ocorreu em razão de expresso requerimento formulado na inicial da execução pelo embargado, tendo o credor desprezado a existência de outros imóveis livres e desimpedidos de titularidade de Lúcia Maria, cidadã de posses na cidade onde reside. Vale destacar, que o Embargante não é parte naquele feito.
II-DOS FUNDAMENTOS
II.I DA LEGITIMIDADE
Os embargos de terceiro são uma ação de conhecimento que tem por fim livrar da constrição judicial injusta bens que foram apreendidos em um processo no qual o seu proprietário ou possuidor não é parte. Como regra, apenas os bens das partes podem ser atingidos por ato de apreensão judicial.
Conforme o que expõe o artigo 674 do CPC, pode requerer o desfazimento meio de Embargos de Terceiro aquele que não é parte no processo, mas sofrer constrição sobre seus bens: 
Art. 674. Quem, não sendo parte no processo, sofrer constrição ou ameaça de constrição sobre bens que possua ou sobre os quais tenha direito incompatível com o ato constritivo, poderá requerer seu desfazimento ou sua inibição por meio de embargos de terceiro.
(...)
§ 2o Considera-se terceiro, para ajuizamento dos embargos:
(...)
II - o adquirente de bens cuja constrição decorreu de decisão que declara a ineficácia da alienação realizada em fraude à execução;
 No caso citado, pede-se então que seja julgado procedente pelo fato do embargante ter adquirido do embargado bem imóvel penhorado por este, para pagamento de uma divida que não deu causa.
 
 Conforme se verifica da Súmula 84 do Superior Tribunal de Justiça, o cabimento dos presentes Embargos de Terceiro é claramente possível. Vejamos:
 
 STJ Súmula nº 84 - 18/06/1993 - DJ 02.07.1993
Embargos de Terceiro - Alegação de Posse - Compromisso de Compra e Venda de Imóvel - Registro
É admissível a oposição de embargos de terceiro fundados em alegação de posse advinda de compromisso de compra e venda de imóvel, ainda que desprovido do registro.
Diante do que fora exposto e em conformidade com a sumula citada, certifica a autenticidade do embargante e o interesse processual. Diante disso requer que seja reconhecida a questão ao caso.
II.II- DO EFEITO SUSPENSIVO À SENTENÇA 
Determina o artigo 678 do código de processo civil:
Art. 678.  A decisão que reconhecer suficientemente provado o domínio ou a posse determinará a suspensão das medidas constritivas sobre os bens litigiosos objeto dos embargos, bem como a manutenção ou a reintegração provisória da posse, se o embargante a houver requerido.
Parágrafo único. O juiz poderá condicionar a ordem de manutenção ou de reintegração provisória de posse à prestação de caução pelo requerente, ressalvada a impossibilidade da parte economicamente hipossuficiente.
Diante do que fora dito fica certificado que o bem em questão pertence ao embargante, imponto, por efeito do artigo supracitado a aplicação do efeito suspensivo à sentença que decretou a penhora do bem destes embargos, o que desde já, se requer.
II.III- DA IMPENHORABILIDADE DO BEM 
A penhora de bens é necessária para o ordenamento jurídico para que se possa garantir o direito do credor de reaver os valores que tem direito, porém essa penhora de bens tem limites, e esses limites existem para que possa ser preservada a dignidade do devedor.
O artigo 1.712 do código civil diz em quê consiste os bens de família e que será aplicado na conservação do imóvel e no sustento da família. Vejamos: 
Art. 1.712. O bem de família consistirá em prédio residencial urbano ou rural, com suas pertenças e acessórios, destinando-se em ambos os casos a domicílio familiar, e poderá abranger valores mobiliários, cuja renda será aplicada na conservação do imóvel e no sustento da família.
De acordo com a lei nº 8.009, de 29 de março de 1990, o imóvel único da família (a casa em que a família reside) não pode ser penhorado. o art. 1º da Lei mencionada diz o seguinte: 
Art.1º O imóvel residencial próprio do casal, ou da entidade familiar, é impenhorável e não responderá por qualquer tipo de dívida civil, comercial, fiscal, previdenciária ou de outra natureza, contraída pelos cônjuges ou pelos pais ou filhos que sejam seus proprietários e nele residam, salvo nas hipóteses previstas nesta lei.
Vejamos a jurisprudência do STJ semelhante ao caso em questão
STJ - RECURSO ESPECIAL REsp 1227366 RS 2011/0000140-0 (STJ)
Data de publicação: 17/11/2014
Ementa: PROCESSO CIVIL. LEI N. 8.009/1990. RECURSO ESPECIAL. DOAÇÃO DO IMÓVEL À FILHA. NÃO CONFIGURAÇÃO DE FRAUDE À EXECUÇÃO. IMPENHORABILIDADE DO BEM DE FAMÍLIA. BEM INCINDÍVEL. IMPENHORABILIDADE DA TOTALIDADE DO BEM. 1. A impenhorabilidade do bem de família, via de regra, sobrepõe-se à satisfação dos direitos do credor, ressalvadas as situações previstas nos arts. 3º e 4º da Lei n. 8.009/1990, os quais devem ser interpretados restritivamente. Precedentes. 2. O reconhecimento da ocorrência de fraude à execução e sua influência na disciplina do bem de família deve ser aferida casuisticamente, de modo a evitar a perpetração de injustiças - deixando famílias ao desabrigo
Diante do que fora expresso a cimae ao caso, requer que seja julgado procedente o pedido para cancelar a penhora que incide ao imóvel.
III – DOS PEDIDOS
Diante o exposto requer:
1) Julgar procedente o pedido para cancelar a penhora que incide sobre o imóvel do embargante, reconhecendo o domínio definitivo do mesmo sobre o bem;
2) Que seja reconhecida a legitimidade do embargante; 
3) Aplicando o efeito suspensivo aos presentes embargos, nos termos do art 678 do cpc;
4) que seja reconhecida a impenhorabilidade do bem com base nos artigos 1.712 do CC e 1º da lei nº 8.009/90
Ademais requer ainda:
5) A intimação do exequente para que, querendo responda a estes embargos de terceiro
6) provar o alegado por todos os meios de direito admitidos, especialmente pelo depoimento pessoal, oitiva de testemunhas, juntada de documentos, expedição de oficio e precatórias, pericias e demais provas pertinentes
7) tenha o exequente a condenação das despesas processuais, verba honoraria e demais cominações legais
IV- VALOR DA CAUSA
Da-se ao valor da causa o valor de R$ 100.000,00 (cem mil reais)
Nestes termos,
Pede deferimento.
Maceió-AL, 26 de Abril de 2017
__________________________________________
Ana Jessica Nunes Espíndola Costa
OAB/AL 12345

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