Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Embriologia sistema digestório (BASES II) Órgãos presentes do Trato Gastrointestinal: *Cavidade oral *Faringe *Tubo digestório (Esôfago, Estômago, Intestino Delgado, Intestino Grosso) *Glândulas Anexas (Pâncreas, Fígado, Vesícula ou Aparelho biliar) O sistema Digestório começa a ser formado na quarta semana do desenvolvimento embrionário. Origem: Todo o sistema digestório tem como origem o saco vitelino incorporado(Intestino Primitivo). Mas, como ele é incorporado? Durante o desenvolvimento acelerado do sistema nervo central temos o dobramento embrionário que empurra o saco vitelino para dentro do embrião e conferindo a ele um formato tridimensional. A Prega cefálica dará origem ao Intestino Primitivo Anterior A Prega média dará origem ao Intestino Primitivo médio e; A Prega caudal dará origem ao Intestino Primitivo posterior. Juntos darão origem a todo o TGI. O Intestino primitivo no seu primeiro momento encontra-se fechado diferente no nosso tubo alimentar, e ele é fechado na região mais cranial pela Membrana bucofaríngea (Futura boca) e em sua região mais caudal pela Membrana Cloacal (Futuro ânus). Tecidos que estão presentes no saco vitelino: Endoderma (dará origem a toda mucosa), mesoderma esplênico (Originará toda a musculatura) e o Ectoderma (Região do estomodeu e proctodeu). Intestino Primitivo Anterior: Porção mais cefálica, logo dará origem a regiões superiores do tubo digestório, como: Esôfago, Estômago, Pâncreas, Fígado, Intestino Delgado(somente parte do Duodeno). Sua irrigação é feita pela artéria tronco cefálica. Primeiramente ocorre a separação do sistema respiratório do sistema digestório: Será derivado do divertículo digestório que é separado do divertículo respiratório quando é formado o septo traqueoesofágico. Esôfago: O crescimento do esôfago após a separação mostrada acima ocorre a medida que o embrião desenvolve e aproximadamente na sétima semana ele já encontra-se formado. -Após o alongamento, temos uma proliferação das células do endoderma que vai preencher toda a luz do tubo. - Quando o tubo se encontra fechado teremos a formação de vacúolos e não se sabe ao certo o porquê disso. - Finalmente, a luz do tubo é refeita através de uma recanalização que ocorre por conta dos vacúolos se fundirem. Problemas na etapa de recanalização do lúmen pode gerar dois casos clínicos: Estenose: É quando forma uma luz estreita em alguma região. Atrésia : Em uma parte do tubo não houve recanalização e ela permaneceu fechada. É uma situação mais complicada e em alguns casos podemos encontrar uma fístula na traqueia. Como pode ser observado na imagem, o alimento ingerido segue seu percurso até a região da atrésia, em seguida, ele volta e entra na traqueia onde pode seguir dois percursos 1) Seguir adiante pelo sistema respiratório (maior parte) ou 2) Voltar ao esôfago através da Fístula. Em ambos os casos, o diagnóstico é feito pouco tempo após o nascimento. 2)Estômago: Na região primitiva do estômago teremos uma dilatação distal causada pela proliferação acelerada das células formando a curvatura maior. Em seguida, ocorre uma deformação da porção ventral que forma a curvatura menor. Além disso, o Estômago sofre duas rotações: Rotação longitudinal : O lado dorsal rotaciona para o lado esquerdo e o lado ventral rotaciona para o lado direito. Rotação antero-posterior: A região cranial desce um pouco e a região caudal sobe. Vale ressaltar, que essas rotações além de serem importantes para o posicionamento do estômago também serão importantes para os órgãos que estão posteriormente a ele. _Desenvolvimento do Omento: O mesentério dorsal forma fendas por conta da apoptose de suas células e se torna mais fino(importante para a rotação gástrica) e isso dará origem ao Omento maior. O omento maior se fixa na parede do colón transverso. O mesentério ventral por si só já é uma parede mais fina que dará origem ao omento menor. Caso Clínico – Estenose Pilórica Hipertrófica Congênita : É uma Hipertrofia da musculatura na região do piloro, ou seja, ela cresce muito e comprime o ducto pilórico dificultando a passagem do quimo do estômago para o duodeno. 3)Duodeno: Origem: Região caudal do Intestino Primitivo anterior e região mais cranial do intestino primitivo médio. No meio do duodeno encontramos o divertículo hepático que dará origem ao fígado e a vesícula biliar, anterior ao divertículo temos a Região caudal do Intestino Primitivo anterior e posterior a região mais cranial do intestino primitivo médio. Seu formato em C é originado graças as rotações gástricas. O divertículo hepático pode ser dividido em: Cranial =Vai gerar o fígado Caudal = Vai gerar a vesícula biliar O ducto biliar será formado a partir de uma região que sobra e está em contrato com as duas outras regiões do divertículo e com o duodeno. Septo transverso- É uma massa de mesoderma que separa o fígado do coração. 4) Fígado e Vesícula Biliar: Quinta a sétima semana. A região do endoderma formará os cordões hepáticos. Mesoderma esplênico forma o septo transverso. Durante a sexta semana do desenvolvimento embrionário o mesoderma esplênico do septo transverso dará origem as primeiras células sanguíneas uma vez que o embrião ainda não possui medula óssea para isso, por essa razão o fígado vai ser uma glândula que vai ocupar quase que completamente o abdômen do embrião. Encontra-se em contato com a curvatura menor do estômago( omento menor) e com o duodeno. Quando o estômago rotaciona ele joga o fígado para o lado direito do abdômen. 5)Pâncreas: Se origina do broto pancreático dorsal e ventral que serão fusionados durante a rotação do duodeno causada pela rotação gástrica. O broto pancreático dorsal dará origem a maior parte do pâncreas, sendo elas : cabeça, corpo e cauda enquanto que a região ventral dará origem a apenas uma parte da cabeça. Haverá primeiro a formação das células gamas e alfas, somente depois haverá a formação das células beta. Intestino Primitivo Médio: Dá origem a uma parte do Duodeno, ao íleo, ao jejuno e ao intestino grosso. Irrigação é realizada pela artéria mesentérica superior. No início da sexta semana, o Intestino primitivo médio cresce muito e temos a formação da Hérnia umbilical fisiológica. Essa Hérnia corresponde ao crescimento do intestino primitivo médio para dentro do cordão umbilical que ocorre formando um U deitado, dessa forma podemos dividi-lo em porção dorsal( Futuro intestino delgado) e porção caudal(futuro intestino grosso). Sofre várias rotações para poder voltar a cavidade abdominal e também para aumentar sua extensão. Quando o fígado reduz de tamanho e os rins que foram formados na região pélvica vai para sua região final, o intestino grosso e delgado volta para o abdômen. O intestino grosso vai sofrer uma rotação a mais que o delgado o que lhe colocará em contato com o omento maior (cólon transverso e cólon descendente) onde são fixados. 6)Ceco e Apêndice: Será originado do Divertículo caudal presente na região caudal do intestino primitivo médio que irá crescer e se diferenciar. O Apêndice tem um crescimento acelerado e varia de locação de pessoa para pessoa. Onfalocele congênita: Ocorre quando a hérnia umbilical fisiológica não regride e o intestino delgado e grosso permanecem no cordão umbilical. Causa= O intestino primitivo médio não sofre rotações durante o seu crescimento. Intestino Primitivo Posterior Região mais caudal do intestino primitivo. Dará origem ao ânus e uma parte do intestino grosso. Cloaca – Porção terminal do intestino primitivo- Ectoderma e Endoderma. Alantoide_ Dará origem urogenital. No início tanto a cloaca e a alantoide estão fusionadas, então entre elas há o desenvolvimento do septo urorretal que quando estiver formado irá separar essas duas regiões e então haverá o desenvolvimento de ambos. Oitava semana haverá a formação do canal anal, que terá duas origens: 2/3 superior = originado do intestinoprimitivo posterior 1/3 inferior= originado da membrana cloacal (proctodeu) . Observação: A diferenciação do Intestino primitivo ocorre por conta de uma diferença de concentração do ácido retinoico em suas difentes porções. Onde na região em que teremos a formação do esôfago há uma concentração desse ácido que aumenta conforme nos aproximamos de sua região mais posterior.
Compartilhar