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A afetividade revela a sensibilidade interna da pessoa frente à satisfação ou à frustração de suas necessidades

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A afetividade revela a sensibilidade interna da pessoa frente à satisfação ou à frustração de suas necessidades. A necessidade, portanto, é o ponto de partida da afetividade. A necessidade, por sua vez, é definida fenomenologicamente como a tendência natural que impulsiona o indivíduo a praticar um ato ou a buscar uma categoria determinada de objetos. Em princípio, considera-se que toda ação de um indivíduo é determinada pelas suas necessidades conscientes e inconscientes. As necessidades, também denominadas de impulsos, manifestam-se como desejos conscientes ou como tendências inconscientes. As necessidades (impulsos) são consideradas como primárias quando se referem às motivações naturais, herdadas e incondicionadas. São também denominadas de biológicas, orgânicas ou primárias. Estão ligadas às satisfações das necessidades fisiológicas. Podem ser exemplificadas pelas necessidades de alimento, água, oxigênio e satisfação sexual. As necessidades (impulsos) consideradas como secundárias (ou superiores) são determinadas pela prática histórico-social e assimiladas pelo indivíduo no curso de sua vida como um processo de aprendizado. Originam-se do trabalho do homem e do convívio familiar e social. São exemplos as necessidades de natureza estética, ética e moral. Os fenômenos afetivos mais elementares são as emoções e os sentimentos. Emoção é a resposta afetiva resultante da satisfação ou frustração das necessidades primárias (biológicas ou orgânicas). Sentimentos são vivências relacionadas com a satisfação ou frustração das necessidades superiores. Fala-se em afeto para tipificar uma explosão incontida de emoções ou sentimentos, como medo, ira, alegria, angústia, paixão. Tais manifestações psíquicas são normais, desde que a pessoa que as experimente mantenha a lucidez de consciência, o controle de sua conduta e que a intensidade e a duração da resposta afetiva se situe nos limites da normalidade determinada pela contextura conjuntural. As alterações patológicas mais freqüentes do humor são: a) distimia: alteração do humor, tanto no sentido da exaltação como na inibição. Existem vários graus, os mais comuns são: a distimia depressiva (hipotímica ou melancólica) e a distimia hipertímica (expansiva ou eufórica); b) disforia: tonalidade do humor amargo, “mau humor” (irritabilidade, desgosto e agressividade); c) hipotimia/hipertimia: tristeza patológica e alegria patológica (imotivada ou inadequada). As alterações mais freqüentes das emoções e dos sentimentos são: a) ansiedade: é a tensão expectante, que varia da apreensão até a extrema aflição, relacionada com a sensação subjetiva de que algo vai acontecer, sendo este algo geralmente uma situação ou fato ruim. Há uma vivência de perigo iminente, porém, de origem indeterminada, e um sentimento de insegurança, de impotência diante do iminente perigo, que pode chegar à vivência de aniquilamento e gerar o pânico; b) angústia: quando as manifestações psíquicas da ansiedade se acompanham de sintomas físicos do tipo neurovegetativo (sudorese, hiper ou hipossalivação, taquicardia, hipo ou hipertensão arterial, dores angustiantes, etc.); c) apatia: indiferença afetiva; d) fobias: medo patológico, com objeto específico e definido conscientemente. Distingue-se da ansiedade pela especificidade do objeto amedrontador. Na fobia, a pessoa tem algo específico, faz crítica da inadequação de seu comportamento e reações, mas não pode inibir, podendo, inclusive, chegar ao pânico; e) ambivalência afetiva: foi um termo criado por Eugen Bleuler para designar a existência simultânea de sentimentos opostos em relação ao mesmo objeto; f) labilidade afetiva: mudança rápida e imotivada das emoções e dos sentimentos.

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