Buscar

RESUMO Constitucional AV2

Prévia do material em texto

Garantias da magistratura (CONGRESSISTAS) Vitaliciedade - Significa que o magistrado, depois de transcorrido o período de dois anos desde sua assunção ao cargo com o correspondente exercício, somente o perderá em decorrência de sentença judicial transitada em julgado, em processo adequado onde lhe seja assegurado o direito de ampla defesa e de contraditório. A vitaliciedade não se confunde com a estabilidade comum do servidor público. A estabilidade do funcionário público, diferentemente da do juiz, é no serviço, e não no cargo. 
Inamovibilidade - Significa que o magistrado não pode ser removido de sua sede de atividade para outra sem o seu prévio consentimento, salvo em decorrência de incontestável interesse público, mediante voto de dois terços do tribunal, e de igual modo assegurada ampla defesa. Tal garantia abrange, inclusive, a possibilidade de recusar promoção na carreira, quando referida benesse camuflar uma manobra contra o juiz.
Irredutibilidade de vencimentos - É a terceira garantia que a Constituição oferece ao magistrado. Com efeito, a mera hipótese de o magistrado sofrer redução em seu salário (SUBSIDIOS) em decorrência de algum ato judicial implicaria em motivo de inibição no exercício da judicatura
"Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos."
A imunidade material exime a responsabilidade penal, civil, disciplinar ou política dos parlamentares no que diz respeito às suas opiniões, palavras e votos, no exercício estrito do mandato e em consequência deste, fazendo com que o fato típico deixe de constituir crime, já que a Constituição a distancia. Tal prerrogativa torna o congressista protegido, de forma mais ampla, possibilitando a liberdade de expressão, sem medo e preocupações de haver infringido as normas quanto à calúnia, injúria ou difamação, assim chamados de crimes de opinião ou crimes da palavra (crimes contra a honra, incitamento a crime, apologia de criminoso, vilipêndio oral a culto religioso etc). Nesse sentido, o que é cometido por cidadão comum, não é crime quando cometido pelos deputados ou senadores.
- Imunidade material (inviolabilidade)
A imunidade material está prevista no caput do art. 53 da CF. Segundo esse dispositivo, os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos, desde que as manifestações ocorram no exercício do mandato.Segundo entendimento do STF, a garantia constitucional da imunidade material somente protege o membro do Congresso Nacional, qualquer que seja o âmbito espacial (locus) em que exerça a liberdade de opinião, nas hipóteses específicas em que as suas manifestações guardem conexão com o desempenho da função legislativa (prática in officio) ou tenham sido proferidas em razão dela (prática propter officium).A imunidade material não alcança as manifestações proferidas com finalidade político-eleitoral, uma vez que sua função precípua é proteger o exercício da atividade legislativa, e não amparar candidatos ou pré-candidatos.
Imunidade formal (quanto à prisão e o processo penal)
A imunidade formal protege o parlamentar contra a prisão e, nos crimes praticados após a diplomação, torna possível a sustação do andamento do processo penal instaurado pelo STF. Todavia, o STF já decidiu que, em casos excepcionais, pode o deputado ser preso por ordem judicial.
Segundo a jurisprudência do STF, o congressista afastado de suas funções parlamentares para exercer cargo no Poder Executivo não dispõe de imunidades. Na prática, durante esse período de afastamento, o seu suplente, que passará a exercer a titularidade do mandato legislativo, é que fará jus às referidas imunidades.
As imunidades de Deputados ou Senadores subsistirão durante o estado de sítio, só podendo ser suspensas mediante o voto de dois terços dos membros da Casa respectiva, nos casos de atos praticados fora do recinto do Congresso Nacional, que sejam incompatíveis com a execução da medida.
Art. 137 – O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, solicitar ao Congresso Nacional autorização para decretar o estado de sítio nos casos de: I - comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de medida tomada durante o estado de defesa; II - declaração de estado de guerra ou resposta à agressão armada estrangeira. P. único. O Presidente da República, ao solicitar autorização para decretar o estado de sítio ou sua prorrogação, relatará os motivos determinantes do pedido, devendo o Congresso Nacional decidir por maioria absoluta.
Garantias do Chefe do executivo: É a mesma dos magistrados congressistas, só vai preso se for por crime no exercício da função. Tem imunidade e nunca vai preso por atos estranhos. Governador do estado: Tem imunidade formal em relação ao processo, mas não tem imunidade em relação à prisão.
PEC-Processo de Emenda Constitucional: É o processo que garante que a Constituição de um país seja modificada em partes, para se adaptar e permanecer atualizada diante de relevantes mudanças sociais. Sua aprovação está a cargo da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. A emenda depende de três quintos dos votos em dois turnos de votação em cada uma das casas legislativas (equivalente a 308 votos na Câmara e 49 no Senado).
A intervenção federal na CF - Intervenção Federal.
É uma medida excepcional (tomada apenas em situações extraordinárias) que suprime temporariamente a autonomia assegurada aos Estados, Distrito Federal e Municípios pela Constituição Federal, em conseqüência de situação de anormalidade previamente definida na Carta Maior.
A intervenção federal busca resgatar a normalidade institucional (funcionamento pleno da democracia e das leis) e a observância necessária do princípio constitucional republicano (premissa de que, em qualquer situação jurídica, deve sempre prevalecer o interesse da maioria), da soberania popular (por meio da apuração da responsabilidade dos eleitos) e da democracia.
A decretação de intervenção é uma competência do presidente da República. Nas situações em que a intervenção não é requisitada pelo Judiciário, o presidente pode agir atendendo a critérios de conveniência e oportunidade.
O decreto interventivo pode suspender a eficácia de atos (retirar os efeitos de atos suspeitos ou ilegais), afastar autoridades envolvidas e nomear interventor, entre outras medidas. No caso de afastamento de autoridades, estas retornarão ao cargo acaso não exista algum impedimento legal.
Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:
I - manter a integridade nacional;
II - repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra;
III - pôr termo a grave comprometimento da ordem pública;
IV - garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação;
V - reorganizar as finanças da unidade da Federação que:
a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força maior;
b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição, dentro dos prazos estabelecidos em lei;
VI - prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial;
VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais SENSÍVEIS:
a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático;
b) direitos da pessoa humana;
c) autonomia municipal;
d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta.
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 29, de2000)
Art. 35. O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União nos Municípios localizados em Território Federal, exceto quando:
I - deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos, a dívida fundada;
II - não forem prestadas contas devidas, na forma da lei;
III - não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e desenvolvimento do ensino;
III - não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)
IV - o Tribunal de Justiça der provimento a representação para assegurar a observância de princípios indicados na Constituição Estadual, ou para prover a execução de lei, de ordem ou de decisão judicial.
Art. 36. A decretação da intervenção dependerá:
I - no caso do art. 34, IV, de solicitação do Poder Legislativo ou do Poder Executivo coacto ou impedido, ou de requisição do Supremo Tribunal Federal, se a coação for exercida contra o Poder Judiciário;
II - no caso de desobediência a ordem ou decisão judiciária, de requisição do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do Tribunal Superior Eleitoral;
III - de provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de representação do Procurador-Geral da República, na hipótese do art. 34, VII;
III de provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de representação do Procurador-Geral da República, na hipótese do art. 34, VII, e no caso de recusa à execução de lei federal. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
IV - de provimento, pelo Superior Tribunal de Justiça, de representação do Procurador-Geral da República, no caso de recusa à execução de lei federal. (Revogado pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
§ 1º - O decreto de intervenção, que especificará a amplitude, o prazo e as condições de execução e que, se couber, nomeará o interventor, será submetido à apreciação do Congresso Nacional ou da Assembléia Legislativa do Estado, no prazo de vinte e quatro horas.
§ 2º - Se não estiver funcionando o Congresso Nacional ou a Assembléia Legislativa, far-se-á convocação extraordinária, no mesmo prazo de vinte e quatro horas.
§ 3º - Nos casos do art. 34, VI e VII, ou do art. 35, IV, dispensada a apreciação pelo Congresso Nacional ou pela Assembléia Legislativa, o decreto limitar-se-á a suspender a execução do ato impugnado, se essa medida bastar ao restabelecimento da normalidade.
§ 4º - Cessados os motivos da intervenção, as autoridades afastadas de seus cargos a estes voltarão, salvo impedimento legal.
 O Quinto constitucional, previsto no Artigo 94 da CRF, é um dispositivo que prevê que 1/5 (um quinto, ou seja, 20%) dos membros de determinados tribunais brasileiros - quais sejam, os TJ dos estados, bem como do Distrito Federal e Territórios, os TRF', os TRT¹ e o TST - seja composto por advogados e membros do MP em lugar de juízes de carreira. Para tanto, os candidatos integrantes tanto da advocacia quanto do MP precisam ter, no mínimo, dez anos de carreira ("exercício profissional" no caso dos advogados) e reputação ilibada, além de notório saber jurídico para os advogados. 
 Procedimento do Quinto Constitucional
Cada órgão, a OAB ou o MP, formará uma lista sêxtupla para enviá-la ao Tribunal onde ocorreu a vaga de ministro ou desembargador. Este tribunal, após votação interna para a formação de uma lista tríplice, a remete ao chefe do Poder Executivo, isto é, governadores, no caso de vagas da justiça estadual, e o presidente da república, no caso de vagas da justiça federal, que nomeará um dos indicados.
Espécies Normativas: 
I. emendas à Constituição;
II. leis complementares;
III. leis ordinárias;
IV. leis delegadas;
V. medidas provisórias;
VI. decretos legislativos;
VII. resoluções.
CPI- Comissão Parlamentar de Inquérito (art 58 §3º CF)
É o procedimento jurídico-constitucional, autônomo, com finalidade determinada e prazo certo.
Finalidade determinada: Fato jurídico e político do interesse da sociedade (interesse comum da coletividade). A CPI não se presta a investigação de fatos genéricos e abstratos, deve ter “finalidade determinada”. Podendo essa atingir diversos interesses (de outros lugares, outros assuntos etc.)
Prazo Certo: A CPI deverá ter prazo determinado para a conclusão de seus trabalhos. Geralmente 180 dias. Esse prazo é definido na sua criação, que pode ou não continuar durante o recesso legislativo. Admite-se prorrogação por tantas vezes quanto for necessário, devendo ser encerrada ao término da legislatura, mesmo que não tenham sido concluídos os trabalhos, a CPI extingue-se. As prorrogações não precisam ser por períodos iguais.
Requisitos para instauração de CPI:
CPI da Câmara dos Deputados => votos de 1/3 dos deputados;
CPI do Senado Federal => votos de 1/3 dos senadores;
CPI (Mista) do Congresso – CPMI => votos de 1/3 dos deputados + 1/3 dos senadores.
Deveres da CPI: A CPI tem poderes de investigação própria das autoridades judiciais, mas não são poderes processuais ou condenatórios. Excluem-se os poderes da cláusula de “reserva jurisdicional” (são competências constitucionais exclusivas do Poder Judiciário).
Poderes da CPI (o que podem fazer):
Pode se deslocar em todo território nacional;
Pode prender em flagrante delito;
Pode colher depoimentos (inquirir o decorrente);
Pode quebrar sigilos bancários, fiscal e telefônico (este somente verificar histórico de contas).
O que não podem fazer:
Não pode investigar crimes comuns;
Não pode mandar prender (salvo em flagrante);
Não pode determinar medidas processuais de garantia, tais como: seqüestro de bens, decretar indisponibilidade de bens;
Não pode impedir que pessoa deixe o País;
Não pode decretar prisão preventiva;
Não pode pedir violação de domicílio;
Não pode quebrar sigilo das comunicações telefônicas (escuta telefônica, “grampo”).
TCU é a sigla de Tribunal de Contas da União, uma instituição governamental que fiscaliza as movimentações contáveis, orçamentárias, financeiras, operacionais e os patrimônios pertencentes às entidades de administração pública da União.
O TCU é responsável por julgar, fiscalizar, informar e corrigir todas as informações pertinentes ao dinheiro e bens públicos federais, além de ajudar o Congresso Nacional a desenvolver o planejamento fiscal e orçamentário anual.
No entanto, o principal objetivo do Tribunal de Contas da União é o de controlar a legitimidade, legalidade e economicidade de todo o dinheiro e bens públicos, garantindo que sejam utilizados com a finalidade de atender aos interesses em comum da população.
Caso haja irregularidades e atividades ilegais por parte da gestão de qualquer órgão público, que lide direta ou indiretamente com o erário nacional, o TCU fornece um prazo para que a lei seja cumprida. Caso contrário, quando o ato administração é impugnado, o Tribunal de Contas da União age com função corretiva, encaminhando o processo para o STF – Supremo Tribunal Federal.
TCU e as “pedaladas fiscais”: Um exemplo de irregularidade que deve ser acompanhada pelo TCU é a chamada “pedalada fiscal”, que consiste no atraso do repasse de dinheiro do Tesouro Nacional para instituições financeiras públicas e privadas que financiam projetos do governo, como benefícios sociais e previdenciários.
Com este atraso, o governo teria, momentaneamente, um alívio no orçamento de suas contas, mas ao mesmo tempo aumentaria a sua dívida junto aos bancos, que utilizaram os seus recursos próprios para quitar com os compromissos dos programas sociais.
Com esta manobra, considerada um crime de responsabilidade fiscal, o governo conseguia ludibriar o mercado financeiro, dando a entender que as contas federais estavam melhorando.
De acordo com o TCU, entre os anos de 2012 e 2014, o governo brasileiro teria envolvido cerca de R$ 40 bilhões no esquema das “pedaladas fiscais”.
Organização e funcionamento do TCU
O Tribunal de Contas da União éum órgão colegiado, formado por nove ministros, sendo seis deles nomeados pelo Congresso Nacional, um indicado pelo presidente da República e dois escolhidos pelo Ministério Público, que trabalha em conjunto com o TCU.
O TCU é considerado um órgão autonômo e independente, não respondendo a nenhum dos três poderes (Executivo, Legislativo ou Judiciário). As responsabilidades do Tribunal de Contas da União estão previstas no artigo 71 da Constituição Brasileira.
O TCU também é composto de secretarias, onde os funcionários devem ser escolhidos a partir de concurso público, desempenhando funções técnicas e especializadas, de acordo com a especialidade do cargo. 
Além de fiscalizar e monitorar, o TCU também atua com um caráter educativo. Todo o cidadão, partido político, associação e sindicato pode relatar denúncias de irregularidades de qualquer entidade ou órgão público ao TCU.

Continue navegando