Buscar

grupo 1 texto 2 taylor

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

1 
 
ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA DE TAYLOR 
 
1. Organização do capítulo 
Este capítulo trata da Administração Científica de Taylor. O movimento taylorista é caracterizado 
pela racionalização do trabalho iniciada no final do século XIX e, efetivamente, difundida e 
implantada em todo o mundo no início do século XX. 
São destacadas as características da Administração Científica de Taylor, bem como sua importância 
para as empresas obterem maior eficiência e produtividade. Os princípios da Organização Racional 
do Trabalho (ORT) também são apresentados neste capítulo. A ORT estava baseada em uma análise 
racional de trabalho do tipo cartesiana, na qual o homem era cronometrado em cada fase do trabalho, 
visando à eliminação dos movimentos inúteis e longos. Além disso, é analisada a contribuição de 
Ford como um dos seguidores de Taylor. 
Verifica-se também a contribuição de Ford como um dos seguidores de Taylor. Em seguida são 
destacadas as considerações acerca da Administração Científica de Taylor, abordando o conceito de 
homo economicus, o enfoque mecanicista do homem, a abordagem fechada; a superespecialização do 
operário e sua exploração. 
Este capítulo se finaliza com questões para revisão e exercícios de aplicação. 
2. Surgimento da abordagem clássica da administração 
As origens da abordagem clássica da administração são decorrentes das consequências geradas pela 
Revolução Industrial e podem ser resumidas em dois pontos: 
a) O crescimento acelerado e desorganizado das empresas tornou-as mais complexas, exigindo, 
assim, uma administração científica e não empírica para a condução dos negócios. Esse fato 
ocasionou a mudança de foco de análise, que antes era de uma visão totalizante. Taylor e seus 
seguidores procuraram dar ênfase para o enfoque micro ou, mais especificamente, para o “chão de 
fábrica”, visando a maior produtividade com menores custos. Surge nessa época o planejamento da 
produção a longo prazo, reduzindo a instabilidade e a improvisação. 
b) A necessidade de incrementar os níveis de eficiência (razão custo/benefício) e os níveis de 
competitividade das organizações por meio da adoção de princípios científicos da administração. 
Com a substituição do capitalismo liberal pelos monopólios, instalou-se nos Estados Unidos, entre 
1880 e 1890, a produção em massa. Assim, a mão de obra assalariada nas fábricas aumentou e foram 
eliminados os desperdícios para que as fábricas conseguissem maior eficiência. Surgiu, então, a 
divisão de trabalho entre os que pensam e os que executam. Os primeiros fixam os padrões de 
produção; descrevem os cargos, fixam funções e estudam métodos de administração e normas de 
trabalho, criando as condições econômicas e técnicas para o surgimento do taylorismo nos Estados 
Unidos e do fayolismo na Europa.1 
Assim, no despontar do século XX, dois engenheiros desenvolveram os primeiros trabalhos pioneiros 
da administração. O americano Frederick Winslow Taylor desenvolveu a chamada Escola da 
Administração Científica, preocupada em aumentar a eficiência da indústria por meio, inicialmente, 
da racionalização do trabalho do operário. Henri Fayol desenvolveu a chamada Teoria Clássica, que 
visava aumentar a eficiência da empresa por meio da sua organização e da aplicação de princípios 
gerais da Administração em bases científicas.2 
 
1 FAYOL, H. Administração geral e industrial. São Paulo: Atlas, 1978. 
2 Id. 
2 
 
3. Administração Científica 
A Administração Científica é uma abordagem “de baixo para cima” (do operário para o supervisor e 
gerente) e das partes (operários e seus cargos) para o todo (organização empresarial). Predominava a 
atenção para o método de trabalho, para os movimentos necessários e o tempo padrão determinado 
para sua execução. Esse cuidado analítico e detalhista permitia a especialização do operário, e o 
reagrupamento de movimentos, as operações, as tarefas, e os cargos constituem a chamada 
Organização Racional do Trabalho (ORT).3 
O primeiro período de Taylor ocorre com o lançamento de seu estudo experimental denominado 
Notas sobre as correias. Mais tarde, publicou outro de seus estudos denominado Um sistema de 
gratificação por peça, apresentando um sistema de gratificação e administração dos operários. Em 
1903, publicou seu livro denominado Administração de oficinas, no qual se preocupava 
exclusivamente com as técnicas de racionalização do trabalho operário por meio do Estudo de 
Tempos e Movimentos. 
O segundo período de Taylor é marcado com a publicação do livro Princípios de Administração 
Científica (1911). Taylor partiu do princípio de que a racionalização do trabalho deveria ser 
acompanhada por uma estruturação geral das empresas.4 
3.1 Fundamentos da Administração Científica 
A Administração como ciência: Taylor, como defensor da aplicação dos métodos científicos, 
defendia que a organização e a administração devem ser estudadas e analisadas segundo os princípios 
científicos. Não basta o administrador compreender as organizações de forma empírica, por si só. 
Taylor estava preocupado com o desenvolvimento de uma ciência para a Administração. 
Objetivo principal dos sistemas de administração: a principal finalidade da administração deve ser 
assegurar o máximo de prosperidade ao empregador e, ao mesmo tempo, o máximo de prosperidade 
ao empregado da organização. 
Identidade de interesses de empregadores e empregados: para a Administração Científica deve 
haver uma identidade de interesses entre patrões e empregados. A prosperidade do dono da empresa 
deve ser acompanhada da prosperidade do empregado. 
Influência da produção na prosperidade de empregadores e empregados: 
quanto maior a produção proporcionada pelo empregado, maior o ganho em termos financeiros e, por 
sua vez, maior o retomo para o empregador com o mínimo de custo. 
3.2 A Organização Racional do Trabalho (ORT) 
Taylor, ao analisar o trabalho desenvolvido pelos operários, chegou à conclusão de que eles 
aprendiam observando o que os outros faziam. Essa situação proporcionou a utilização de métodos e 
procedimentos diversificados para o desenvolvimento de uma mesma atividade por parte dos 
trabalhadores e, também, a diferentes níveis de produção. Foi a partir dessas conclusões que Taylor 
considerou mais oportuno separar as atividades de planejamento e de execução. Os administradores 
deveriam planejar para os operários executarem.5 Aqui vale questionar: como um trabalhador pode 
executar com qualidade uma atividade se não foi envolvido no seu planejamento? 
A ORT consistia nos seguintes aspectos: 
Análise do trabalho e estudo de tempos e movimentos: a análise do trabalho consistia em decompor 
cada tarefa e cada operação em uma série ordenada de movimentos simples. Os movimentos inúteis 
 
3 SILVA, B. Taylor e Fayol. Rio de Janeiro: FGV 1965. 
4 ANDRADE, R. O B. de; AMBONI, N. Teoria geral da administração. Rio de Janeiro: Elsevier/Campus, 
2009. 
TAYLOR, Frederick Winslou. Princípios de administração científica. São Paulo: Atlas, 1990. 
3 
 
eram eliminados, e os movimentos úteis eram simplificados, racionalizados ou fundidos com outros 
movimentos a fim de economizar tempo e esforço ao operário. Simultaneamente, era feito um estudo 
de tempos e movimentos para que fosse determinado o tempo médio que um operário comum levaria 
para a execução da tarefa adicionados os tempos elementares e mortos (esperas, preparação, 
necessidades pessoais etc.). Com isso, padronizavam-se o método de trabalho e o tempo destinado à 
sua execução. 
Estudo da fadiga humana: por meio da aplicação dos métodos científicos, a Administração 
Científica procurou eliminar os movimentos desnecessários
para o desenvolvimento de uma 
determinada atividade, visando à diminuição dos esforços musculares. Os movimentos em demasia 
proporcionavam a fadiga e, por sua vez, a queda da produção. 
Divisão do trabalho e especialização do operário: a divisão do trabalho proporcionou a 
especialização do operário pelo fato de ele se limitar à execução rotineira do mesmo trabalho. Dessa 
forma, cada operário passou a ser especializado na execução de tarefas simples e elementares, visando 
seu ajuste aos padrões descritos e às normas de desempenho estabelecidas pelo método. A ideia básica 
era de que a eficiência aumenta com a especialização: quanto mais especializado for um operário, 
maior será sua eficiência. 
Desenho de cargos e tarefas: o desenho de um cargo compreende a definição do seu conteúdo em 
termos de tarefas/atividades, bem como os métodos necessários para a sua execução e seu 
relacionamento com outros cargos. O desenho do cargo (definição das tarefas + métodos de trabalho 
+ relações com outros cargos) favorece a compreensão tanto dos que estão na organização, como dos 
que chegam a ela. Isso porque cada trabalhador passa a conhecer o seu campo de atuação e as relações 
do que faz com os demais cargos existentes na organização. 
Incentivos salariais e prêmios de produção: Taylor partiu do pressuposto de que os trabalhadores 
deveriam desenvolver os seus trabalhos dentro dos padrões de tempo determinados. Relacionou a 
remuneração com a quantidade produzida. O salário era determinado pelas peças produzidas por 
trabalhador. 
Condições de trabalho: para Taylor e seus seguidores a eficiência não está atrelada só à aplicação 
dos métodos científicos e ao incentivo salarial, mas também às condições de trabalho. 
Padronização: padronizar os métodos de trabalho consiste em selecionar os métodos mais eficazes 
para o desenvolvimento de determinada tarefa. A padronização tinha por objetivo eliminar os 
desperdícios e incrementar os níveis de eficiência. 
Supervisão funcional: a supervisão funcional mostra a existência de diversos supervisores, cada qual 
especializado em sua área, tendo autoridade funcional (relativa somente à sua especialidade) sobre 
operários subordinados em comum a outros supervisores (Figura 3.1). 
Figura 3.1: Supervisão funcional de Taylor 
 
4 
 
4. Henry Ford - o grande seguidor de Taylor 
Ford foi o homem que popularizou o automóvel, com o seu célebre modelo T, lançado em 1908. Seis 
anos depois, havia meio milhão de veículos circulando. Historicamente, foi graças ao taylorismo-
fordismo que o automóvel se tornou um produto de consumo de massas ou, pelo menos, ao alcance 
da classe média. Acessível inclusive aos operários que o fabricavam, em razão de seu baixo preço, 
dos salários elevados e das próprias facilidades de crédito introduzidas pela administração da Ford 
Motor Company6 Três aspectos suportam o sistema usado por Ford: 
a) o processo produtivo deve ser planejado, ordenado e contínuo; 
b) o trabalhador deve receber o trabalho a ser feito; 
c) os fluxos de operações devem ser avaliados de forma contínua para evitar desperdícios e 
incrementar os níveis de eficiência. 
4.1 Princípios básicos de Ford 
Os princípios básicos de Ford foram a intensificação, a economiádade e a produtividade.7 
A intensificação objetivava minimizar o tempo da produção, usando meios adequados para inserir o 
produto rapidamente no mercado. 
A economiádade visava fazer com que as empresas reduzissem ao mínimo o nível de estoques. 
Ford tratou, dessa forma, dois conceitos básicos: o da integração vertical e o da horizontal. A 
integração vertical consiste em verificar por quantas etapas deve passar um produto desde sua 
fabricação até chegar ao consumidor. Para ele, o produto pode demorar a chegar até os consumidores 
devido ao número de etapas intermediárias existentes na trajetória fabricação/consumidor. A 
integração horizontal mostra o número de centros de distribuição dispersos geograficamente para 
facilitar a distribuição dos produtos em menos tempo. 
A produtividade pode ser incrementada por meio da especialização do trabalhador.8 
5. Considerações acerca da administração científica de Taylor 
Os principais pontos considerados críticos da Administração Científica são os seguintes: 
Recompensas salariais: para Taylor, o homem era influenciado e incentivado a produzir mais devido 
às recompensas salariais, materiais e econômicas. Os operários desenvolvem o que tem de ser feito 
não pelo amor ao trabalho, mas pelas recompensas que podem obter com o trabalho desenvolvido 
para sobreviver. O homem, para Taylor, não se identifica com o trabalho que desenvolve. Ele pensa 
só nas recompensas salariais. Por isso, ele é preguiçoso e limitado ao que é imposto pela 
Administração e devendo ser controlado por meio de sua produtividade. Prevalece a figura do homem 
operacional e econômico. 
Enfoque mecanicista do homem: o homem, para Taylor, era a peça de uma máquina. Ele tinha 
apenas que executar sem questionar. Não era levada em conta sua condição de ser humano. 
Abordagem fechada: a Administração Científica não faz referência ao ambiente externo direto e 
indireto da empresa. Taylor limitou-se a estudar os aspectos internos da empresa, principalmente 
aqueles ligados ao “chão de fábrica”, que pudessem aumentar a produção. 
Superespecialização do operário: com a fragmentação das tarefas o operário torna-se cada vez mais 
um especialista. Passa a desenvolver tarefas cada vez mais repetitivas, monótonas e desarticuladas do 
processo como um todo. Ele tem a “visão cega” daquilo que faz. 
 
6 WOOD JR, T. Fordismo, toyotismo e volvismo: os caminhos da indústria em busca do tempo perdido. Revista de Administração de Empresas. São 
Paulo, v. 32, n. 4, p. 6-18, set./out., 1992. 
7 ANDRADE, R. O B. de; AMBONI, N. Teoriageral da administração. Rio de Janeiro: Elsevier/Campus, 2009. 
8 ADAM Smith. Disponível em: <http://www.economiabr.net/biografia/smith.html>. Acesso em: 12 dez. 2002. 
5 
 
Exploração dos operários: a Administração Científica legitima a exploração dos operários em prol 
dos interesses patronais, contrariando o principal objetivo da Administração defendido por Taylor, 
ou seja, de que a administração deve assegurar o máximo de prosperidade ao patrão e, ao mesmo 
tempo, o máximo de prosperidade ao empregado. 
Apesar das críticas e dos desvios dos charlatões, a Administração Científica rapidamente ganhou 
popularidade nos Estados Unidos e depois, em todo o mundo, expandindo-se metodicamente pelas 
décadas seguintes. 
Vejamos alguns argumentos dos estudiosos da área: 
O taylorismo se implantou numa guerra aberta e declarada. Mediante a estandardização forçada e a 
direção minuciosa, os capatazes impuseram a nova modalidade de trabalho repetitivo e designaram 
as tarefas segundo as ordens patronais. Os cronômetros se instalaram sobre os ombros dos operários 
qualificados para descobrir seus tempos e movimentos. Com esses índices, logo foram elaboradas 
tábuas de produção sujeitas a ritmos muitos mais intensos. Por meio do roubo explícito do saber 
artesanal, o taylorismo transferiu, em bloco, o conhecimento das operações e os projetos à gerência. 
(KATZ, 1995)9 Na medida em que preconiza a apropriação e formalização de todo o conhecimento 
possuído pelos trabalhadores, Taylor promulga o princípio de dissociação do processo de trabalho 
das especialidades dos trabalhadores. Assim, o processo de trabalho irá depender não absolutamente 
da capacidade dos trabalhadores, mas das políticas industriais, pois, da mesma forma como o capital 
possui os meios físicos de produção (máquinas e equipamentos), também possui os meios intangíveis 
(estudos, técnicas etc.), já que
não apenas o capital é propriedade do capitalista, mas o próprio trabalho 
tomou-se parte do capital. (FARIA, 1985)10 A fim de determinar a produção-padrão, além de 
determinar a “única maneira certa”, é preciso encontrar quem a realiza. Partindo do pressuposto de 
que existem pessoas ideais para dado tipo de trabalho, Taylor surge com o “homem de primeira 
classe” que deve servir como base para o estudo de tempos e movimentos. Para dar uma base 
fisiológica às suas conclusões, Taylor desenvolveu a famosa “Lei da fadiga”, segundo a qual existe 
simplesmente uma relação inversa entre a carga levantada e o tempo em que é suportada. Essa lei, de 
caráter evidentemente simplista, além de não levar em conta diferenças individuais, reduz a fadiga a 
um problema exclusivamente fisiológico, quando se sabe que se trata realmente de um fenômeno 
psicofisiológico. (MOTTA, 1995)11 O controle disciplinar não consiste simplesmente em ensinar ou 
impor uma série de gestos definidos; impõe a melhor relação entre um gesto e a atitude global do 
corpo, que é sua condição de eficácia e rapidez. No bom emprego do corpo, que permite um bom 
emprego do tempo, nada deve ficar ocioso ou inútil: tudo deve ser chamado a formar o suporte do ato 
requerido. (FOUCAULT, 1988)12 Os estudos realizados por Taylor, com relação ao tempo e aos 
movimentos necessários a cada operação, muito contribuíram para a era da produção em massa, que 
permitiu aos trabalhadores elevarem não só a sua produção industrial, mas também os seus salários. 
No entanto, criou também um “monstro”. Adaptando as operações humanas à precisão das máquinas, 
o sistema de Taylor fez com que os operários fossem considerados pelos chefes como pouco mais do 
que máquinas que precisavam comer. Considerando que a única maneira de medir a eficiência do 
trabalhador era a utilização máxima do tempo, os homens tiveram que trabalhar sob a tensão nervosa 
intolerável do speed-up (tempo de execução), onde as linhas de montagens sempre andavam um 
pouco mais depressa do que o ritmo normal de trabalho do homem. (SENAI, 1977)13 
 
9 KATZ, C. Evolução e crise do processo de trabalho. In: KATZ et al. Novas tecnologias: críticas da atual reestruturação produtiva. São Paulo: Xamã 
Editora, 1995. 
10 FARIA, J. FI. O autoritarismo nas organizações. Paraná: Criar Edições, 1985. 
11 MOTTA, F. C. P. Teoria geral da administração - uma introdução. São Paulo: Livraria Pioneira Editora, 1995. 
12 FOUCAULT, M. Vigiar e punir - histórias da violência nas prisões. Rio de Janeiro: Vozes, 1988. 
13 SENAI. Relações humanas: uma nova arte revoluciona a indústria. Rio de Janeiro, 1977. 
6 
 
6. Questões para revisão 
1. Os princípios da qualidade total utilizados atualmente pelas empresas revelam a preocupação com 
a eficiência e com a máxima produção, demonstrando a utilização dos princípios tayloristas. Você 
concorda ou discorda com a afirmação? Justifique sua resposta. 
2. O que você entende por integração vertical e horizontal discutida por Ford? 
3. Qual a utilidade e a aplicabilidade dos fundamentos da Administração Científica quando se levam 
em conta as percepções da classe empresarial? 
6.1 Exercício de Aplicação: pesquisa de campo - Taylor e a administração 
Taylor conduziu as operações de trabalho, visando o aumento da produtividade e a ampliação da 
margem de lucro para os donos de empresas, por meio da utilização de meios adequados (métodos de 
trabalho, tecnologia, pessoas etc.). A ênfase estava na aplicação dos mecanismos da organização 
racional do trabalho, com uma forte contribuição à dinâmica produtiva do capitalismo. Os operários 
deveriam produzir cada vez mais com os menores custos, já que a remuneração estava baseada na 
quantidade produzida. O método de produção taylorista além de contribuir para o aumento da pro-
dução, também provocou consequências para os operários em face da especialização das tarefas e a 
visão de um homem que deveria executar e não pensar. Para Taylor os gerentes deveriam planejar e 
os operários realizar a execução. Verifica-se a separação de quem pensa e de quem executa a tarefa. 
Os princípios defendidos por Taylor são os seguintes: 
• estudo dos tempos e movimentos; 
• seleção científica do trabalhador; 
• lei da fadiga; 
• método de trabalho; 
• padrão de produção; 
• supervisão funcional; 
• plano de incentivo salarial; 
• condições ambientais de trabalho; 
• eficiência (produzir mais com menos custos); 
• salários condicionados aos lucros. 
Com base nos princípios de Taylor, realize uma pesquisa de campo junto a uma empresa e responda 
às seguintes questões: 
1. Quais os critérios de seleção utilizados pela empresa pesquisada? Existem diferenças entre os 
critérios coletados e os discutidos por Taylor? 
2. Qual o plano de incentivo salarial utilizado pela empresa? Existem diferenças do plano de 
incentivo salarial com o discutido por Taylor? O sistema de incentivo salarial de Taylor apresenta 
alguma relação com o sistema de participação nos resultados da empresa? 
3. De que forma a empresa pratica o estudo dos tempos e movimentos? Qual a contribuição do 
estudo dos tempos e movimentos para as pessoas, a empresa e o ambiente externo? 
4. O que o gerente da empresa está fazendo para minimizar a fadiga dos subordinados? 
5. O que a empresa faz para verificar se está produzindo mais com menos custos?
7 
 
Referências Bibliográficas 
ANDRADE, R. O B. de; AMBONI, N. Teoria geral da administração. Rio de Janeiro: 
Campus/Elsevier, 2009. 
FARIA, J. H. O autoritarismo nas organizações. Paraná: Criar Edições, 1985. 
FAYOL, Henri. Administração geral e industrial. São Paulo: Atlas, 1978. 
FOUCAULT, M. Vigiar e punir: histórias da violência nas prisões. Rio de Janeiro: Vozes, 1988. 
KATZ, C. Evolução e crise do processo de trabalho. In: KATZ et al. Novas tecnologias: críticas da 
atual reestruturação produtiva. São Paulo: Xamã, 1995. 
MOTTA, E C. P Teoria geral da administração: uma introdução. São Paulo: Livraria Pioneira, 1995. 
SENAI. Relações humanas: uma nova arte revoluciona a indústria. Rio de Janeiro, 1977. SILVA, B. 
Taylor e Fayol. Rio de Janeiro: FGV, 1965. 
TAYLOR, E W Princípios de administração científica. São Paulo: Atlas, 1990. 
WOOD JR., T. Fordismo, toyotismo e volvismo: os caminhos da indústria em busca do tempo 
perdido. Revista de Administração de Empresas. São Paulo, v. 32, n. 4, p. 6-18, set./out. 1992. 
Site: 
ADAM Smith. Disponível em: <http://www.economiabr.net/biografia/smith.html>. Acesso em: 12 
dez. 2002.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando