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A lei de crimes hediondos foi criada antes da lei de tortura (9445/97): Onde a lei de tortura não contrariar expressamente a lei de crimes hediondos, a de crimes hediondos poderá ser aplicada de forma SUBSIDIÁRIA em relação a de tortura. Onde a lei de crimes hediondos conflitar expressamente com a lei de tortura, abandona-se a de hediondos e aplica-se a de tortura. Princ. Especialidade. Trafico privilegiado (NÃO É HEDIONDO): a pessoa trafica para consumo próprio e sem obtenção de lucro ou participação em organização criminosa. Pode receber diversos benefícios, inclusive o de substituição da pena. Tráfico - Art. 33. Todos os crimes conexos ao tráfico recebem tratamento como se fosse hediondo. Prisão temporária: é uma prisão pré-processual definida pelo juízo. Para crime não hediondo = 5 dias + 5 dias. Para crime hediondo = 30 dias + 30 dias Tudo o que for considerado hediondo será contabilizado (prazo) em dobro. Caso seja promovida a prisão temporária do autor de crime hediondo, tal privação de liberdade será no prazo de 30 dias prorrogável por igual período. LEI Nº 2.889/56 – crime de genocídio. Art. 8º da lei: se tiver crime de associação criminosa e comete um dos 3 T’s a pena será de 3 a 6 anos de reclusão. Delação premiada na lei de crimes hediondos: O art. 8º, § ú foi o 1º instituto jurídico que previu a possibilidade da redução da pena do membro de associação criminosa que denunciasse os demais membros do grupo, favorecendo o seu desmantelamento, restando assim, demonstrar efetivamente o prêmio oriundo da delação. Lei de Drogas (11343/06) Droga: é qualquer substância, plástica (artificiais – manipuladas pelo homem) ou natural, que pode vir a causar dependência física ou psíquica. Portaria da ANVISA 344: tem rol taxativo. O que não estiver nele não é droga. Algumas drogas previstas no rol da Anvisa se tiver determinação legal NÃO SERÁ CRIMA. Ex.: canabidiol p/ fins terapêuticos ( epilepsia). A lei de drogas é uma norma penal em branco heterogênea, pois é complementada por norma que não originária (lei). BEM JURÍDICO PROTEGIDO: SAÚDE PÚBLICA; portanto quebra teoria de outras correntes que diz que o usuário somente fere a si mesmo. Legalização STF: Segundo entendimento a conduta do consumo de drogas, continua sendo crime. Não houve sua descriminalização e sim sua despenalização, pois tal crime prevê penas extremamente brandas que não são estabelecidas em outros tipos penais. Trafico privilegiado (NÃO É HEDIONDO): a pessoa trafica para consumo próprio e sem obtenção de lucro ou participação em organização criminosa. O PRINCIPIO DA INSIGNIFICANCIA, NÃO SE APLICA AOS CRIMS DE DROGAS, a não ser que a substância já tenha sido utilizada não havendo possibilidade p/ a autoridade promover o exame de corpo delito necessário p/ a materialização do crime de drogas. Para caracterizar consumo e se tinha a destinação de consumo de drogas deve a autoridade policial, o MP e o juiz verificarem os requisitos: Art. 28, § 2º. No § 2º do art. 28, a ideia de quantidade não é fator determinante p/ configuração da conduta de tráfico. Natureza e quantidade da droga; Local e condições da droga; Circunstâncias sociais e pessoais do agente; Conduta e antecedentes do agente. S. Passivo do crime de drogas: Inicialmente a coletividade e de forma secundária o Estado. Art. 28 – Consumo; Adquirir; guardar; ter em depósito. Transportar; trouxer consigo. Drogas sem autorização legal ou regulamentar. Em caso de apreensão de drogas o policial só poderá lavrar o auto de prisão em flagrante delito, após ter sido realizado o exame pericial na substância apreendida. O art. 32: as plantações ilícitas serão imediatamente destruídas pelo delegado. Os imóveis que são utilizados p/ o plantio ou tráfico de drogas, poderão ser desapropriados. Tais medidas necessitam de prévia autorização judicial. Art. 33 – TRÁFICO DE DROGAS Crime de ação múltipla ou conteúdo variado, caracterizando crime único. Art. 33, §1º, I – EQUIPARAÇÃO DE TRÁFICO: O agente direciona sua ação p/ os verbos previstos no caput do art. 33, porém envolvendo MATÉRIA-PRIMA; INSUMO OU PRODUTO QUÍMICOS DESTINADO A FABRICAÇÃO DE DROGAS. Tráfico equiparado: se a conduta não se enquadrar no caput do art 33, poderá ser punido na forma dos incisos 1,2 e 3; inexistindo concurso de crimes, havendo tão a progressão criminosa oriunda p/ crime. Os incisos 1, 2 e 3 não são tráficos são considerados como se fossem. Art. 33, §1º, II: o plantio não abrange determinadas plantas que não sejam utilizadas exclusivamente na preparação de drogas, tendo em vista que a lei estabelece que as referidas plantas constituam em matéria-prima. Art. 33, §1º, III (Cessão de imóvel): Será caracterizado quando alguém consentir que utilizem bem imóvel, c/ a finalidade de tráfico de drogas. Se ceder o imóvel para que pessoas apenas usem drogas não é crime de tráfico (Cessão para uso); Os incisos I, II, e III DO ART. 33 São EQUIPARADOS A TRÁFICO; O ART. 33, CAPUT E OS INCISOS I, II e III, SÃO HEDIONDOS POR EQUIPARAÇÃO. Substituição da pena no crime de tráfico (Art. 33, §4º): TRÁFICO PRIVILEGIADO: Causa de diminuição de pena aplicada pelo juiz na 3ª fase do critério trifásico. Desde que o agente seja primário, de bons antecedentes, não se dedique as atividades de organização criminosa nem integre organização criminosa. O STF através de HC determinou a inconstitucionalidade da expressão prevista no §4º “ vedada a conversão em penas restritivas de direito”. Segundo este, ofende o princ. da isonomia dignidade da pessoa humana. Aplica- se o art 44, CP. Se no tráfico privilegiado (art.33, §4º) houver violência ou emprego de arma de fogo (art. 40, IV) não terá o agente direito a substituição de regime de privativa de liberdade p/ restrição de direito. Art. 33, §2º: Apologia ao uso de drogas (NÃO É CRIME HEDIONDO) Instigar ou induzir o uso de drogas – se encontram no campo moral Auxiliar o uso de drogas – campo material. A consumação da participação neste crime se efetiva somente com o uso da droga pela pessoa induzida, instigada ou auxiliada. Art. 33, §3º: É tráfico, porém de uma forma diferenciada, que reflete em uma pena + branda, desde que, apresente 4 requisitos: Eventualidade; Ausência de objetivo de lucro; Pessoa do relacionamento do ofertante – o agente que oferece a droga tem que ter um vínculo com outrem. Uso compartilhado – quem oferece tem que estar usando. O crime será consumado com o mero ato de oferta aplicando-se ainda a regra do art. 28. O STF entendeu em HC que quem deve provar que o agente é traficante é o ESTADO. Tráfico de maquinário – Art. 34 A lei pune os atos preparatórios p/ o tráfico de drogas, punindo como tráfico de maquinários, os petrechos e equipamentos utilizados na fabricação de drogas. A causa de diminuição de pena (tráfico privilegiado) previsto no art. 33, §4º, NÃO SE APLICA ao tráfico de maquinário. Por 2 fatores: A posição geográfica do art. Junto a lei; A inexistência expressa do benefício do art. 34. Art. 35. Associação p/ fins de tráfico. (NÃO É CRIME HEDIONDO) Vínculo de 2 ou + pessoas p/ fins de traficância. Mesmo que os agentes não consigam praticar o tráfico considera-se o crime consumado. Art. 36. Associação p/ financiamento do tráfico. Quando a associação tem por finalidade o financiamento do tráfico. Se não foi materializado o investimento criminoso aplica-se o art. 35. Se foi materializado o investimento criminoso aplica-se o art.36. Não há concurso de crimes. Art. 37. Colaborar como informante do tráfico. (EQUIPARADO A CRIME HEDIONDO) É colaborador aquele que transmite informação relevante, útil ou necessária p/ o êxito das atividades de grupo que vise a prática do crime de drogas e tráfico de maquinário. Se o informante se associa p/ o tráfico p/ comercializar a droga responderá também pelo 36. A colaboração deve ser eventual sob pena de caracterizar concurso com o crime de associação p/ fins de tráfico. Art. 35.Sendo o colaborador funcionário público e agindo noexercício da função, responde pelo art. 37 CASO NÃO HAJA RECEBIMENTO DE VANTAGEM COM A MAJORANTE DO ART. 40, II DA LEI. TENDO SOLICITADO VANTAGEM O CRIME SERÁ DO ART. 37 EM CONCURSO MATERIAL COM O ART. 317 DO CP – CORRUPÇÃO PASSIVA. Art. 40 da lei: causa de aumento de penal somente para os arts. 33 e 37. Se no tráfico privilegiado (art.33, §4º) houver violência ou emprego de arma de fogo (art. 40, IV) não terá o agente direito a substituição de regime de privativa de liberdade p/ restrição de direito. ESTATUTO DO DESARMAMENTO – 10826/03 Arma: qualquer instrumento ou objeto criado pelo homem com a finalidade de defesa e que também pode ser utilizado para o ataque. Arma própria: instrumento fabricado com o objetivo único e exclusivo de ataque e defesa. Arma imprópria: instrumento fabricado com finalidade diversa, mas que também pode ser utilizado para o ataque e defesa. Ex.: garfo, martelo, veículo, etc.
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