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AULA LIPÍDIOS2 %5bModo de Compatibilidade%5d

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1
NUTRIÇÃO E METABOLISMO
Centro Universitário de Caratinga – UNEC
Curso de Nutrição
LIPÍDIOS
Prof ªAndreza de Paula Santos
Especialista em Nutrição e Saúde- UFV
Msc em sustentabilidade e saúde- UNEC
Definições
y Grego lipos = gordura
Caloricamente mais densos que os carboidratos
(9 kcal/g)(9 kcal/g).
y Caracterizam-se pelas seguintes propriedades:
1) Relativamente insolúvel em água;
2) Relativamente solúvel em éter, clorofórmio,
benzeno e alguns alcoóis.
Macromoléculas: lipídeos
y Como é sua molécula?
Importância dos Lipídios
í
Função Energética Coagulação
Sangüínea
Transdução 
de Sinal
Termogênese
Metabolismo
do Cálcio
Algumas Funções Desempenhadas por Lipídios
Lipídios
Estrutural
(membranas celulares)
Proliferação e 
Diferenciação
Celular
Antioxidante
Hormonal
Isolamento
Térmico
Surfactante
Classificação
Simples
y Gorduras: ác. graxos+glicerol
y Graxas: ác. graxos+álcoos cadeia longa
y Ésteres colesterol
Compostos
y Fosfolipídios:álcool+ác.fosfórico+aminoálcool
y Glicolipídios:CHO+N+ac.gr.+álcool
y Lipoproteínas:lipídios+proteínas
Macromoléculas: lipídeos complexos
y Triacilgliceróis – forma mais abundante na
alimentação (95%)
y Fosfolipídios – principal elemento estrutural
das membranas celulares
y Colesterol – precursor de hormônios e
constituinte da bile
• Corpo
• são as mais abundantes.
• principal forma de 
armazenamento.
2
Ácidos graxos
RCO2H
y Cadeia carbônica não ramificada 
Pode ser: Pode ser:
CURTA –2 a 4 átomos de carbono
MÉDIA– 6 a 10 átomos de carbonoMÉDIA 6 a 10 átomos de carbono
LONGA –mais de 12 átomos de carbono
SATURADA – ligações simples (configurações infinitas) 
INSATURADA –ligações duplas C = C 
ISÔMEROS 
CIS – cadeia em forma de U
TRANS – isômero assemelhado à configuração saturada
Macromoléculas: lipídeos
y Os ácidos graxos são as unidades fundamentais da maioria dos lipídeos
.
y São moléculas que possui cadeias de carbono geralmente pares.
C é lé l ?• Como é sua molécula?
a) ácido graxo saturado b) ácido graxo insaturado
Ácido Graxo Saturado
y São ácidos monocarboxílicos constituídos de uma cadeia 
hidrocarbonada saturada;
y Ou seja, com todas as valências do carbono ligadas á átomos de 
hidrogênio.
y Quanto maior o tamanho da cadeia hidrocarbonada, maiores 
serão o peso molecular, o ponto de fusão e a insolubilidade.
H H H H OH
| | | | |
R - C - C - C - C - C = O 
| | | | 
H H H H
Ácidos Graxos Insaturados
y São ácidos monocarboxílicos contendo uma cadeia 
hidrocarbonada com uma ou mais ligações duplas.
y As duplas fazem com que os dois átomos de hidrogênio ligados 
aos dois carbonos envolvidos na ligação estejam em um mesmo 
lado do plano ou em lados opostos.p p
AGs Cis e Trans
Ácido Graxos
Saturado (Animal)
H H H H OH
| | | | |
R - C - C - C - C - C = O 
| | | | 
H H H H
Carne, gema, gorduras láteas 
da manteiga e queijo
Óleo de coco, manteiga 
vegetal e margarina 
hidrogenada
Insaturado (Vegetal)
H H H H H H OH
| | | | | | |
R - C = C - C - C = C - C - C = O
| | | | | | 
H H H H H H
Monoinsaturado: 
• azeite de oliva
• óleo de amendoim
Poliinsaturado: 
• óleos de açafrão, milho, 
girassol, soja
3
Macromoléculas: lipídeos
a) ácido graxo saturado → carne bovina, porco, 
galinha, gema do ovo... ( principalmente produtos 
animais); óleo de coco, folhas de palmeiras.
a) ácido graxo insaturado → provenientes de fontes 
vegetais.
Ácidos graxos Insaturados
y Os ácidos graxos trans são encontrados em produtos gordurosos 
industrializados.
y Os ácidos graxos de importância biológica são isômeros cis.
y E estes podem ser:
monoinsaturados e poliinsaturados.
Ácido Graxo Poliinsaturado Trans
y No processamento dos alimentos, os ácidos graxos 
trans são formados quando os fabricantes adicionam 
hidrogênio a óleos líquidos para torná-los semi 
sólidos e mais estáveis.sólidos e mais estáveis.
yOs ácidos graxos trans inibem a dessaturação e 
alongamento dos ácidos linoléico e linolênico para 
formar outros ácidos graxos críticos.
y Aumento risco de DAC - LDLc e HDLc
Ácidos Graxos Poliinsaturada Trans
Alimentos que contém AGs Trans:
Margarina, gordura, frituras comercializadas, 
produtos de panificação ricos em gorduras e 
lanches salgados. 
Ácidos Graxos Cis- Monoinsaturados
y O Ácido oléico ( C18:1 n-9) mais predominante na dieta.
y Fontes: Óleos vegetais: amêndoas oliva peixe frango e y Fontes: Óleos vegetais: amêndoas, oliva, peixe, frango e 
legumes.
Anatomia da Digestão de Lipídios
O principal local da 
digestão lipídica no 
adulto é o duodeno.
4
Digestão de lipídeosDigestão de lipídeos
y Dos 60 a 150g de lipídeos ingeridos diariamente, cerca de 90% são constituídos de 
triacilgliceróis
y 10% dos lipídeos da dieta correspondem ao colesterol, ésteres de colesteril, fosfolipídeos 
e ácidos graxos livres
y Desde que os tricialgliceróis são insolúveis em água e as enzimas digestivas são q g g g
hidrossolúveis, a digestão ocorre na interface lipídeo-água
y A área de superfície da interface é aumentada pelos movimentos peristálticos do 
intestino, combinados à ação emulsificante dos ácidos biliares (ou sais biliares)
y Os sais biliares são moléculas anfipáticas que atuam na solubilização dos glóbulos de 
gordura – são derivados do colesterol, conjugados de glicina ou taurina
Digestão no Estômago
Aspectos Gerais
O calor do estômago auxilia na liquefação dos lipídios
Digestão no Estômago
Aspectos Gerais
A fase inicial de hidrólise é lenta devido à falta de 
emulsificação, onde as fases aquosa e lipídica estão 
separadas. 
Os movimentos de propulsão, retropropulsão e de mistura 
auxiliam na formação da emulsão lipídica, devido à presença de 
ácidos graxos livres, fosfolipídios e de monoacilgliceróis na dieta, 
facilitando a ação das lipases lingual e gástrica (que agem na 
interface água-óleo).
Digestão no Estômago
Aspectos Gerais
Com a ação das lipases no estômago, os ácidos graxos de 
cadeia média, curta e os insaturados de cadeia longa 
são liberados dos triacilgliceróis. Eles irão atuar como 
detergentes, auxiliando na emulsificação lipídica, aumentando 
a superfície de contato, facilitando a interação enzimática.
Digestão no Estômago
Aspectos Gerais
p , ç
solubilização do lipídio
em meio aquoso
= emulsificação
água
detergente
lipídio da dieta
Papel da Lipase Lingual 
Digestão no Estômago
• Secretada pelas glândulas serosas de Ebner (localizadas no dorso da 
língua).
• Não é de grande importância em humanos adultos, sendo fundamental 
no lactente.
• Hidrolisa triacilgliceróis com ácidos graxos de cadeia média, curta e 
insaturados de cadeia longa no carbono 3 do glicerol, formando 
ácidos graxos livres e 1,2-diacilgliceróis. 
• Estabilizada pelo pH ácido do estômago, seu principal local de ação.
• Pode agir, também, na orofaringe, no esôfago e duodeno. 
5
• Secretada pelo estômago, no suco gástrico. 
• Principal local de ação é a região fúndica estomacal.
• pH ótimo de atuação varia entre3 e 6.
Papel da Lipase Gástrica
Digestão no Estômago
p ç
• É a principal lipase preduodenal.
• Hidrolisa triacilgliceróis com ácidos graxos de cadeia média, ácidos graxos 
de cadeia curta e ácidos graxos insaturados de cadeia longa, todos 
presentes carbono 3 do glicerol, formando ácidos graxos livres e 
1,2-diacilgliceróis
Duodeno
É o principal local de 
d ã l íd d l
Digestão no Intestino
Aspectos Gerais
Bile
Enzimas digestão lipídica no adulto
É constituída por ácidos 
biliares, colesterol, 
lecitina e pigmentos 
biliares,além de 
proteínas e ions
Estão presentes 
no suco 
pancreático
Emulsificação dos Lipídios da Dieta: 
Papel dos Sais Biliares
A visícula biliar armazena a bile
Digestão no Intestino Digestão no Intestino
Emulsificação dos Lipídios da Dieta: 
Papel dos Sais Biliares 
A bile é secretada no duodeno através do ducto biliar comum
CONHCH2COO-
H
OH OH
CH3
CH3
OH
porção apolar
porção polar
Ácido
Biliar
Emulsificação dos Lipídios da Dieta: 
Papel dos Sais Biliares
Digestão no Intestino
Emulsificação H2O
H2O
H2O
H2O
H2O
H2O
H2O
H2O
Duodeno
Lipídios da
Dieta
Duodeno
Colesteril esterase
Lipase pancreática
Degradação Enzimática dos Lipídios
Digestão no Intestino
Bile
DuodenoEnzimas
Fosfolipase A2
Lipase pancreática
6
Degradação dos Triacilgliceróis
Ação da Lipase Pancreática
Digestão no Intestino
A lipase pancreática tem 
dificuldade em hidrolisar 
a ligação éstera ligação éster 
secundária do 
triacilglicerol, por isto o 
2-monoacilglicerol é o 
principal produto.
Degradação dos Triacilgliceróis
Ação da Isomerase
Digestão no Intestino
A isomerização é um processo lento, por isto menos de ¼ dos 
triacilgliceróis é hidrolizado a glicerol e ácidos graxos livres
CH2 - OHO CH 
O
CH3 - C - O -
CH 
CH2 - OH
CH3 - C - O - CH2 - OH
CH2 - OH
2-Monoacilglicerol 1-Monoacilglicerol
Lipase 
Pancreática
Isomerase
Glicerol + Ácido graxo
Lipase
Colipase
Sal
BiliarDuodeno
Degradação dos Triacilgliceróis
Digestão no Intestino
Gotícula
de Lipídio
A lipase age em conjunto com a proteína colipase formando 
o complexo proteíco lipase-colipase chamado lipase 
pancreática
Degradação dos Triacilgliceróis do Leite
Digestão no Intestino
O leite materno é constituído principalmente por tracilgliceróis 
contendo ácidos graxos de cadeia média e curta. 
O principal local de digestão 
destes lipídios é no estômago, 
através da ação das lipases 
lingual e gástrica Os ácidos
K
lingual e gástrica. Os ácidos 
graxos livres são absorvidos 
por este órgão.
A lipase pancreática possui 
baixa atividade no lactente. A
lipase ativada por sais biliares 
(presente no leite) completa a 
digestão no duodeno 
Degradação do Colesterol
Digestão no Intestino
Ação da Colesteril-
esterase
Degradação dos Fosfolipídios
Ação da Fosfolipase A2
Digestão no Intestino
Dieta e 
Bile
7
yDefeitos genéticos e interferência na 
secreção de enzimas associadas às doenças 
pancreáticas promovem anormalidades na 
digestão de lipídeos:
- esteatorréia ;
- falta de ácidos graxos essenciais;
- diminuição de vitaminas lipossolúveis.
Enzimas
Bicarbonato
Secretina
+
Controle Hormonal da Digestão de Lipídios
Secreta
Bile
Secreta
Enzimas
+
Colecistoquinina
Digestão 
lipídios e 
proteínas
Duodeno +
Absorção de lipídeos por células da mucosa Absorção de lipídeos por células da mucosa 
intestinalintestinal
y Ácidos graxos livres, colesterol livre e 2-acilgliceróis formam micelas mistas com 
os sais biliares que se aproximam do sítio primário de absorção lipídica, onde 
atravessam a camada de água e é absorvido
y Dentro das células intestinais, os ácidos graxos formam complexos com a proteína 
intestinal ligadora de ácidos graxos que aumenta a solubilidade efetiva dos intestinal ligadora de ácidos graxos, que aumenta a solubilidade efetiva dos 
lipídeos e protege a célula dos efeitos detergentes dessas substâncias
y Os ácidos graxos são convertidos em triacilglicerol novamente, e organizados em 
partículas poliprotéicas chamadas quilomicrons, que são liberadas nos vasos 
linfáticos, por onde serão transportados até os vasos maiores, alcançando outros 
tecidos
Lipoproteinas
y Para serem transportados no sangue, os lipídeos devem 
combinar-se com compostos solúveis em água, como 
fosfolipídeos e proteínas.
8
y Lipoproteína é um conjunto de proteínas e lipídeos,
arranjados de forma a otimizar o transporte dos
lipídeos pelo plasma. Os lipídeos não se misturam
facilmente com o plasma, que é um meio aquoso.
y As proteínas da lipoproteínas são chamadas de
Apoproteínas.p p
yOs lipídeos são principalmente o Colesterol, os
Triglicerídeos e os Fosfoglicerídeos.
y São subdivididas em Quilomicrons, VLDL, IDL, LDL e
HDL
Lipoproteína de alta densidade – HDL
y As HDL são pequenas partículas constituídas por cerca 
de 50% de proteína, 20% de colesterol, 30% de 
triglicerídeos e traços de fosfolipídio. Cumprem o 
importante papel de levar o colesterol até o fígado 
diretamente ou transferindo ésteres de colesterol para 
outras lipoproteínas, especialmente as VLDL. 
y É atribuído à fração HDL 2 o papel de proteção do 
desenvolvimento da arteriosclerose
Lipoproteína de baixa densidade LDL
y A LDL representa 50% da massa total de lipoproteínas 
circulantes. O colesterol representa metade da massa 
da LDL. Cerca de 25% são proteínas,o restante é 
constituído de fosfolipídios e triglicerídeos. 
y É a lipoproteína que mais carrega colesterol. Tem a 
função de transportá-lo para locais onde ele exerce 
uma função fisiológica, como por exemplo a síntese de 
esteróides. São, em sua maior parte, produzidas a 
partir das lipoproteínas VLDL. 
Lipoproteínas de Muito Baixa Densidade -VLDL
y São partículas grandes, porém menores do que as 
partículas dos quilomícrons produzidas no fígado. São 
constituídas por 50% de triglicerídeos, 40% de 
colesterol e fosfolipídios e 10% de proteínas, p p ,
y Têm como função o transporte dos triglicerídeos 
endógenos e do colesterol para os tecidos periféricos 
para serem armazenados ou utilizados como fonte de 
energia.
Quilomícrons
y São grandes partículas produzidas pelas células 
intestinais, compostas de cerca de 85 a 95% de 
triglicerídeos de origem da dieta (exógeno), 
pequena quantidade de colesterol livre e 
fosfolipídios e 1 a 2% de proteínas fosfolipídios e 1 a 2% de proteínas. 
y Por sua proporção lipídio/proteína, os 
quilomícrons flutuam, dando ao plasma um aspecto 
leitoso, formando, ainda, sobre ele, uma camada 
cremosa, quando deixado em repouso.
Classes de lipoproteinas
%TG %Col
Quilomicrons 86 3
VLDL 55 12VLDL 55 12
IDL 23 29
LDL 6 42
HDL 3 15
Lp(a) (LDL) (LDL)
9
zDentro da célula da mucosa, os 
monoglicerídeos e ácidos graxos são 
reesterificados para triglicerídeos.
zOs triglicerídeos recém formados é 
envolvido por um envelope de proteína 
(apolipoproteína), fosfolipídeos e colesterol;( p p p ), p ;
zEsse colesterol: 
30% colesterol livre 70% colesterol esterificado
Constituindo os quilomícrons que são drenados 
pelo dúcto torácico.
zQuando os quilomicrons passa pela 
circulação periférica, eles interagem com 
a lipase lipoprotéica.
zEssa enzima hidrolisa os triglicerídeos dos g
quilomícrons e os ácidos graxos livres são 
liberados e captados pelos adipócitos
zO restante da partícula de quilomícrons, 
contendo menos triglicerídeos, é captado 
pelo fígado.
z O fígado produz e secreta a VLDL.
zA interação desta partícula com a lipase 
da lipoproteína resulta na lipólise de 
triglicerídeos deixando uma VLDL notriglicerídeos deixando uma VLDL no 
plasma.
zEssa pode ser captada pelo fígado ou ser 
convertida em LDL. 
zA conversão para LDL envolve a lipase 
hepática que hidrolisa triglicerídeos e 
fosfolipídeos da partícula.
zA LDL tem seu miolo quase inteiramente 
formada de colesterol.
zA maioria das partículas de LDL circulante 
é removida para o fígado.
zA HDL é importante para promover o 
transporte reverso de colesterol 
sintetizado no tecido periférico para o 
fígado a fim de ser excretado.
Via exógena
IDL HDL
Colesterol 
ingerido
Colesterol 
endógeno
Via endógena
LDL
VLDLRemanecentesQuilomicrons
ApoB -100Tecido extra-
hepático
LDL-R
Fígado
Gordura da 
dieta
LDL-R
Receptor
Acidos biliares e
Colesterol
Intestino
Apo C, 
triglicerídeos
Lipase 
hepática
Lipase lipoproteica
Ácidos graxos 
livres
Tecido adiposo, músculo
ApoE
B-100
IDL
LCAT plasmática 
(lecitina-colesterol 
acil-transferase
HDL
ApoA-I 
A-II
VLDL
ApoE, C-II
B-100
ApoE
B-48
Lipase lipoproteica
Ácidos graxos 
livres
Tecido adiposo, músculo
RemanecentesQuilomicrons
ApoE, C-II
B-48
HDL
10
Hiperlipidemia 
A hiperlipidemia consiste em concentrações elevadas de gorduras 
(colesterol e/ou triglicerídeos) no sangue.
Concentrações de Gorduras no Sangue
LIPOPROTEÍNA (mg/dL) Classificação dos Níveis
Colesterol Total
< 200 
200 – 239
> 240
Bom
Limítrofe
Alto
LDL Colesterol
< 100 Ó< 100
100-129
130-159
160-189
>200
Ótimo
Bom
No limite
Alto
Muito alto
HDL Colesterol
< 40
>60
Baixo
Alto
Triglicerídeos
< 150
150 – 200
201 – 499
> 500
Ótimo
Limítrofe
Alto
Muito alto
Fontes Alimentares
y Alimentos fonte:
y ÓLEOS EM GERAL (w-6)
y MARGARINA (w-6 e trans)
y MANTEIGA (saturada)
y CREME DE LEITE (saturada)
y GORDURA VEGETAL HIDROGENADA (trans)
y GORDURA ANIMAL (saturada)
y Peixes e animais marinhos (w-3)
y Azeite de oliva (monoinsaturada)
TEOR DE GORDURA DE ALGUNS ALIMENTOS (g/100g)
Quantidade
y 11,0 Torta de maçã
y 0 Maçã
y 9,0 Frango frito (filé)
y 3,5 Frango cozido (coxa)
y 7,0 Peixe frito
y 1,2 Peixe assado
y 3,3 Leite integral
y 0,4 Leite desnatado
y 35,0 Batata frita
y 0 Batata assada
Macronutrientes OMS
2003
DRI,
2001
SBAN,
1990
Proteína 10 a 15 10 a 15 10 a 12
Recomendações Nutricionais
Lipídeo 15 a 30 20 a 35 20 a 25
Carboidrato 55 a 75 45 a 65 60 a 70
Tipo de Gordura Recomendação
Gordura Total 25 a 35% das calorias 
totais
American Heart Association 2000
AG’s Saturados < 7% das calorias totais
AG’s polinsaturados <10% das calorias totais
AG’S Monoinsaturados < 20% das calorias 
totais
Colesterol < 200 mg/dia
CASO CLÍNICO:
y Homem 55 anos, obeso, hipertenso e diabético e portador de IRC.
y Exame físico: Peso 106kg
Pressão arterial 160x100
y Exames laboratoriais: Glicemia de jejum 272mg/dL
Colesterol total 330mg/dL
HDL - colesterol 28mg/dL
Triglicérides 450mg/dL
y Diagnóstico: Hipertensão arterial associada a diabetes melitus e dislipidemiay Diagnóstico: Hipertensão arterial, associada a diabetes melitus e dislipidemia.
1. Descreva sua conduta de maneira geral (orientação nutricional básica) baseada nos 
conhecimentos adquiridos nas aulas de metabolismo de carboidratos, proteínas e lipídios.
2. Em relação ao metabolismo dos lipídios como você explicaria a redução do HDL-colesterol em 
razão de um nível aumentado de LDL –colesterol.
3. Explique de maneira descritiva para este paciente o porque para se obter uma redução do peso 
corporal não é indicado uma dieta somente a base de proteína e carboidrato e completamente 
isenta de lipídios. (enfoque as funções dos lipídios e explique de maneira geral como as 
proteínas e carboidratos se transformam em lipídios no nosso organismo)
11
y Os ácidos graxos de fontes alimentares e sintetizados no 
organismo, são esterificados a triacilgliceróis, transportados 
via corrente circulatória e armazenados como gotículas 
líquidas no citoplasma das células do tecido adiposo.
y Durante jejum, exercício rigoroso ou estresse, os 
triacilgliceróis armazenados nos adipócitos são hidrolisados g p
em ácidos graxos e glicerol pela ação da lipase hormônio-
sensível.
y Os hormônios adrenalina e glucagon secretados em 
resposta a baixos teores de glicemia, ativam a adenil-ciclase 
na membrana plasmática dos adipócitos. 
Metabolismo do GlicerolMetabolismo do Glicerol
GlicerolGlicerol provenienteproveniente dada hidrólisehidrólise dede gordurasgorduras podepode serser
usadousado comocomo fontefonte dede energiaenergia
Glicose
Dihidroxiacetona fosfato
NADH
NAD
+
Glicerol fosfato 
desidrogenase
ADP
ATP
Glicerol 
quinase
Glicerol 
fosfato
Existem duas rotas 
diferentes para a produção 
de glicerol fosfato
Uma 
segunda 
rota (no 
fígado)
Piruvato
Acetil-CoA
( ) l il
Fosfolipídeos 
Esfingolipídeos 
Triacilgliceróis 
Colesterol
Glicose-6-
fosfato
Fígado: sítio primário da 
síntese de ácido graxo, 
triacilglicerol e colesterol
Glicerol
fígado)(n)Malonil-
CoA
Palmitoil-CoA
Outros 
ác graxos
Triacilgliceróis 
Ésteres de colesterol
ác graxos e 
colesterol
DIETA
Oxidação dos ácidos graxos
Os ácidos graxos são degradados por oxidação.Ocorre na 
matriz mitocondrial das células animais, é conhecido 
como ß-oxidação.
Na ß-oxidação, a acetil-CoA graxo é oxidado em um 
i l tid d t õ i áti ciclo repetido de quatro reações enzimáticas: 
1- formação de ligação dupla trans –ά,ß.
2 – Hidratação da ligação dupla, 
3 – desidrogenação da L- ß-hidrocil-CoA e 
4 – formação de acetil-CoA. 
Degradação de Ácidos GraxosDegradação de Ácidos Graxos
ββ--oxidaçãooxidação
••ÁcidosÁcidos graxosgraxos sãosão oxidadosoxidados atravésatravés dede umauma
viavia envolvendoenvolvendo 44 passospassosaa e o e doe o e do passospassos
•• 22 carbonoscarbonos sãosão removidosremovidos emem cadacada etapaetapa..
UmUm acetilacetil--CoACoA éé produzidoproduzido
••AcetilAcetil--CoACoA produzidosproduzidos sãosão encaminhadosencaminhados aoao
ciclociclo dodo ácidoácido cítricocítrico parapara aa produçãoprodução dede
energiaenergia
12
Porque é Chamada Porque é Chamada ββ--oxidaçãooxidação
NesteNeste processoprocesso oo carbonocarbono ββ dodo ácidoácido graxograxo éé oxidadooxidado
aa cetonacetona
Passo de AtivaçãoPasso de Ativação
OO primeiroprimeiro passopasso destedeste processoprocesso consisteconsiste nana
conversãoconversão dodo ácidosácidos graxosgraxos emem acilacil--CoACoA graxograxo
AcilAcil--CoACoA graxograxo entraentra nana mitocôndriamitocôndria parapara
posteriorposterior degradaçãodegradação
Corpos Corpos CetônicosCetônicos
ApósApós aa degradaçãodegradação oo ácidoácido graxograxo éé oxidado,oxidado, AcetilAcetil--
CoACoA éé posteriormenteposteriormente oxidadaoxidada pelopelo ciclociclo dodo ácidoácido
cítricocítrico
11oo passo do ciclopasso do ciclo
SeSe muitamuita AcetilAcetil--CoACoA éé produzidaproduzida pelapela ββ--
oxidação,oxidação, oo excessoexcesso éé convertidoconvertido emem corposcorpos
cetônicoscetônicos
Interconversões entre os Nutrientes
CetogêneseCetogênese
Via de formação dos corpos Via de formação dos corpos cetônicoscetônicos
CetogêneseCetogênese
GruposGrupos acetilacetil podempodem serser adicionados,adicionados,
produzindoproduzindo corposcorpos cetônicoscetônicos
13
CetogêneseCetogênese e e AlitoseAlitose
DescarboxilaçãoDescarboxilação espontâneaespontânea dodo acetoacetatoacetoacetato
PodePode serser detectadadetectada atravésatravés dada respiraçãorespiração
SintomaSintoma comumcomum nono DiabetisDiabetis descompensadodescompensado ee nono
jejumjejum prolongadoprolongado
CetoseCetose
AumentoAumento anormalanormal nana concentraçãoconcentração dede corposcorpos
cetônicoscetônicos nono sanguesangue
Jejum ProlongadoJejum Prolongado
Deita pobre em carboidratosDeita pobre em carboidratos
IncapacidadeIncapacidade dede utilizarutilizar carboidratoscarboidratos disponíveisdisponíveis
PodePode levarlevar aa cetoacidosecetoacidose –– 0202 dosdos corposcorpos cetônicoscetônicos
sãosão ácidosácidos ee podempodem ↓↓ oo pHpH dodo sanguesangue
Deita pobre em carboidratosDeita pobre em carboidratos
DiabetisDiabetis MellitusMellitus
Destino dos Corpos Destino dos Corpos CetônicosCetônicos
AcetoacetatoAcetoacetato ee ββ--hidroxibutiratohidroxibutirato
••ProduzidosProduzidos principalmenteprincipalmente nono fígadofígado••TransportadosTransportados parapara osos tecidostecidos (principalmente(principalmentepp pp (p p(p p
músculosmúsculos ee cérebro,cérebro, parapara usouso comocomo fontefonte dede energia)energia)
••PodemPodem serser convertidosconvertidos emem AcetilAcetil--CoACoA
AcetonaAcetona
••ProduzidaProduzida emem pequenaspequenas quantidadesquantidades
••EliminadaEliminada pelapela respiraçãorespiração ee urinaurina
Corpos Cetônicos
Sob condições normais a acetil-CoA proveniente 
da ß-oxidação é utilizada quase em sua totalidade 
pelo ciclo do ácido cítrico e para a síntese de 
isopre-nóides. Em certas condições metabólicas 
tais como, jejum prolongado, inanição e deabete 
melito, ocorre aumento na velocidade da ß-
oxidação, tornando necessário reciclar o excesso 
de acetil-CoA e liberar a CoA livre para novas ß-
oxidações.
No fígado, o grupo acetil da acetil-CoA e 
transformado em corpos cetônicos em processo 
chamado cetogênese. Os corpos cetônicos consistem 
de acetoacetato, ß-hidroxibutirato e acetato e são 
utilizados como combústivel hidro-ssolúvel pelos 
tecidos extra-hepáticos. A cetogênese ocorre em três 
reações: reações: 
1- formação de acetoacetil-CoA; 
2 – formação de HMG-CoA;
3 – formação de acetoacetato e acetil-CoA.
Em jejum prolongado diabete melito (estado com insulina 
baixa e glucagon elevado), como consequência do 
direcionamento do oxaloacetato para a formação de glicose 
(gliconeogênese), ocorre limitação da operação do ciclo do 
ácido cítrico.Desse modo, a grande quantidade de acetil-
CoA produzida pela ß-oxidação dos ácido graxos no fígado é 
canalizada para a síntese de corpos cetônicos.Quando a p p Q
formação de corpos cetônicos atingem níveis acima da 
capacidade compensatória dos sistemas tampões fisiológicos, 
desenvolve-se cetoacidose. 
14
Lipogenese
•No caso do excesso de ATP, 
tanto ciclo de krebs e cadeia 
respiratória são bloqueados 
d l dcausando o acumulo de 
acetil-coA dentro da 
mitocôndria, então o 
mesmo sai para o 
citoplasma na forma de 
citrato e através da enzima 
citrato liase no citoplasma 
celular volta a ser acetil-coA 
•É agora que começa a 
síntese de acido graxo 
através da via síntese 
de acido graxo, que é 
uma via citoplasmática, 
anaeróbica sendo sua 
molécula precursora o 
acetil-coA acetil-coA 
•ocorre nos tecidos 
hepáticos e 
principalmente no 
tecido adiposo tecido adiposo 
•Esta via tem como 
hormônio ativador 
a insulina e como 
inibitório o 
glucagon.
•Enzima marca passo é a acetil-coA 
carboxilase 
•Biotina é uma vitamina que carrega o 
CO2 agindo juntamente a acetil-coA 
carboxilase na transformação do 
acetil-coA em malonil-coA, e de 
malonil-coA em Palmitoil. 
•Ácidos glaxos + glicerol. 
Passos da Síntese de Ácidos GraxosPassos da Síntese de Ácidos Graxos
O processo é encerrado quando o ácido graxo atinge 
um comprimento de 16C, produzindo uma molécula 
saturada de palmitato, pela ação da tioesterase
Palmitoil-S-ACP + H2O Æ palmitato + ACP-SH
15
Glicose
Dihidroxiacetona fosfato
NADH
NAD
+
Glicerol fosfato 
desidrogenase
ADP
ATP
Glicerol 
quinase
Glicerol 
fosfato
Existem duas rotas 
diferentes para a produção 
de glicerol fosfato
Uma 
segunda 
rota (no 
fígado)
Piruvato
Acetil-CoA
( ) l il
Fosfolipídeos 
Esfingolipídeos 
Triacilgliceróis 
Colesterol
Glicose-6-
fosfato
Fígado: sítio primário da 
síntese de ácido graxo, 
triacilglicerol e colesterol
Glicerol
fígado)(n)Malonil-
CoA
Palmitoil-CoA
Outros 
ác graxos
Triacilgliceróis 
Ésteres de colesterol
ác graxos e 
colesterol
DIETA
•No tecido hepático a síntese de 
triglicérides ocorre por meio da enzima 
li i é b d gliceroquinase que é abundante neste 
tecido, aqui as vias ativadas para a 
produção de gordura são: 
•via glicolítica 
•via das pentoses 
•via síntese de acido graxo 
Síntese de triacilglicerolSíntese de triacilglicerol
Na síntese de uma molécula de 
triacilglicerol, há 4 reações que 
envolvem a adição sequencial 
de dois ácidos graxos da acil 
CoA graxa ao glicerol-3-fosfato, 
ã d f f d
1º
2º
a remoção do fosfato do 
glicerol-3-fosfato, e a adição do 
terceiro ácido graxo
Glicerol-3-
fosfato
3º
Interconversões entre os Nutrientes
Produção de Ácidos GraxosProdução de Ácidos Graxos
••AA dietadieta nãonão éé aa únicaúnica fontefonte dede ácidosácidos graxosgraxos
••TodosTodos osos organismosorganismos podempodem sintetizarsintetizar ácidosácidos graxosgraxos
parapara estocarestocar energiaenergia ee utilizaçãoutilização emem membranasmembranas
•Quantidades excessivas de carboidratos e
proteínas obtidas pela dieta podem serp p p
convertidas em ácidos graxos, e armazenados
como triacilgliceróis
••EmEm humanoshumanos oo excessoexcesso dede AcetilAcetil--CoACoA éé convertidoconvertido
emem ácidosácidos graxosgraxos
••AA síntesesíntese dede ácidosácidos graxosgraxos éé semelhantesemelhante aa suasua
degradaçãodegradação

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