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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA FEDERAL DE FLORIANÓPOLIS/SANTA CATARINA. 
 
	
JOÃO, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da carteira de identidade de nº (), órgão expedidor, portador do CPF de nº(), residente e domiciliado em Florianópolis/SC, email (), através de seu advogado infra-assinado, conforme procuração em anexo, com escritório situado na (endereço), para onde devem ser encaminhadas as futuras intimações, vem perante Vossa Excelência com base 5º, LXXIII, da Constituição Federal, bem como através da Lei. 4.717/65, propor
AÇÃO POPULAR
em face do ato praticado pelo SR. SENADOR DA REPÚBLICA, com domicílio profissional no prédio do Senado Federal, na esplanada dos Ministérios em Brasília, com base nas razões de fato e de direito que passa a expor.
DOS FATOS
DOS FUNDAMENTOS
Com base no exposto, a Ação Popular é um direito conferido à qualquer cidadão do povo, no gozo de seus poderes políticos, conforme comprova o Impetrante a sua legitimidade, através da juntada de seu título de eleitor, bem como a certidão de regularidade da Justiça Eleitoral, nos moldes do Art.1º, §3º da Lei 4.717/65. 
Art. 1º Qualquer cidadão será parte legítima para pleitear a anulação ou a declaração de nulidade de atos lesivos ao patrimônio da União, do Distrito Federal, dos Estados, dos Municípios, de entidades autárquicas, de sociedades de economia mista (Constituição, art. 141, § 38), de sociedades mútuas de seguro nas quais a União represente os segurados ausentes, de empresas públicas, de serviços sociais autônomos, de instituições ou fundações para cuja criação ou custeio o tesouro público haja concorrido ou concorra com mais de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita ânua, de empresas incorporadas ao patrimônio da União, do Distrito Federal, dos Estados e dos Municípios, e de quaisquer pessoas jurídicas ou entidades subvencionadas pelos cofres públicos.
§ 3º A prova da cidadania, para ingresso em juízo, será feita com o título eleitoral, ou com documento que a ele corresponda.
Ressalta-se ainda que a Ação Popular serve para a impugnação de ato lesivo ao patrimônio público, a moralidade administrativa, atos lesivos ao meio ambiente e ao patrimônio histórico/cultural, sendo conferido ao cidadão o controle dos atos da Administração Pública. 
Está ação visa a imediata condenação dos administradores, dos agentes administrativos, bem como dos beneficiados pelos atos lesivos, no presente caso, dos atos lesivos aos cofres públicos, nos moldes do art. 5º, LXXIII da Constituição Federal, bem como do art. 6º da Lei, conforme presente a seguir:
Art.5º - LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;
Art. 6º A ação será proposta contra as pessoas públicas ou privadas e as entidades referidas no art. 1º, contra as autoridades, funcionários ou administradores que houverem autorizado, aprovado, ratificado ou praticado o ato impugnado, ou que, por omissas, tiverem dado oportunidade à lesão, e contra os beneficiários diretos do mesmo.
Ademais, para a propositura da presente Ação Popular é necessário o preenchimento dos requisitos presentes no art.2º da Lei 4.717/65, a saber:
Art. 2º São nulos os atos lesivos ao patrimônio das entidades mencionadas no artigo anterior, nos casos de:
a) incompetência;
b) vício de forma;
c) ilegalidade do objeto;
d) inexistência dos motivos;
e) desvio de finalidade.
 Com base no mencionado anteriormente, fica caracterizada a lesão ao patrimônio público, visto que será utilizada as verbas do Senado Federal para benefício próprio de um agente político, na reforma de seu gabinete, o que fere a previsão constitucional do art. 37 da Constituição Federal, conforme se segue:
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
Portanto, no presente caso, há a expressa violação ao Princípio da Moralidade, uma vez que o dinheiro público será gasto para fins pessoais. 
Merece ainda atenção a aplicação do art.4º da Lei 4.717/65 ao presente caso, para a anulação do contrato de reforma do gabinete do Senador.
Art. 4º São também nulos os seguintes atos ou contratos, praticados ou celebrados por quaisquer das pessoas ou entidades referidas no art. 1º.
Deve ser observado que a Justiça Federal é competente para Julgar a presente Ação Popular, com base no art.5, §2º da Lei 4.717/65.
Art.5 - § 2º Quando o pleito interessar simultaneamente à União e a qualquer outra pessoas ou entidade, será competente o juiz das causas da União, se houver; quando interessar simultaneamente ao Estado e ao Município, será competente o juiz das causas do Estado, se houver. 
Por fim, com base base em todo o exposto, merece a presente ação ser julgada procedente. 
DA MEDIDA LIMINAR
Inicialmente, faz-se a presente o periculum in mora, tendo em vista que o processo de licitação está finalizado. Apesar das obras no gabinete do Senador não terem iniciado, é necessário evitar os possíveis gastos. 
Além disso, também se faz presente o fumus boni iuris, devendo ser observado que o ato praticado pelo Senador viola a moralidade administrativa, Princípio Constitucional expresso no art. 37 da nossa lei maior. 
Por fim, novamente deverá ser observado o disposto no art.4º da Lei 4.717/65 para a produção dos efeitos de suspensão liminar do ato impugnado. Portanto, é cabível a concessão da presente medida liminar.
DO PEDIDO
Ante todo o exposto, requer a V.Exa. que:
a concessão da medida liminar para suspender o contrato licitatório, bem como para a sustação de qualquer ato designado a pagar tais despesas referentes à obra do gabinete;
a citação do Impetrado para responder a presente Ação Popular;
a intimação do Ilustre Representante do Ministério Público nos moldes do art.7º, alínea “a” da Lei 4.717/65; 
a procedência do pedido autoral, com a consequente anulação do contrato para a reforma do gabinete. 
DAS PROVAS
Protesta pela produção de todas as provas admitidas em direito, em especial a documental, testemunhal e pericial. 
DO VALOR DA CAUSA
Atribui-se valor à causa de R$920,00 (novecentos e vinte reais) apenas para efeitos fiscais. 
Nestes Termos
Pede-se Deferimento
Florianópolis, (dia/mês/ano)
___________________________________
Advogado
OAB nº.

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