Buscar

Estágio I Kamyle (Petição Inicial 29 09 2017)

Prévia do material em texto

Kamyle Ferreira de Souza
Estágio I - Sulacap
Petição Inicial - 29/09/2017
	EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ___/___.
	MONICA, nacionalidade, estado civil, profissão, portadora do RG nº ___, e CPF nº ___, email ___, residente e domiciliada na rua ___, bairro ___, cidade ___, estado ___, CEP nº ___, por intermédio de seu advogado, (instrumento de mandato em anexo), com endereço profissional na rua ___, bairro ___, cidade ___, estado ___, CEP nº ___, email ___, desde já requer que todas as futuras publicações e intimações sejam feitas na pessoa do advogado, já acima qualificado, vem, perante vossa excelência propor:
	AÇÃO DE RESPONSABILIDADE POR VÍCIO DO PRODUTO CUMULADO COM DANOS MORAIS E DANOS MATERIAIS
	Pelo procedimento especial da lei 9.099/95, em face de "MARCA DA TV", pessoa jurídica de direito privado, inscrito no CNPJ/__, sob o nº ___, com sede na rua ___, bairro ___, CEP nº ___, cidade ___, estado ___, pelos fatos e fundamentos que passa a expor:
	I. DOS FATOS:
	A autora da presente demanda, foi presenteada com um aparelho de TV da marca da empresa ré na ação por sua amiga Patrícia.
	Ocorre que, enquanto a autora assistia ao filme “Carga Explosiva”, o aparelho começou a fumegar, sendo que em cerca de três minutos, não havendo tempo hábil para que a autora tirasse da sala a sua avó Lúcia de 90 anos, o aparelho explodiu. Os estilhaços, provenientes da explosão atingiram a autora e sua avó, porém nada sofreram além de meras escoriações.
	Desta forma, a autora não teve alternativa a não ser a de se valer da presente demanda para ver seus direitos garantidos.
	II. DOS FUNDAMENTOS:
	A. DA EXISTÊNCIA DA RELAÇÃO DE CONSUMO
	É indiscutível a caracterização da relação de consumo entre as partes, apresentando-se as empresas como prestadoras de serviços e, portanto, fornecedora, nos termos do artigo 3 do CDC, e a autora como consumidora, de acordo com o artigo 2 do mesmo diploma.
	B. DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA
	No contexto da presente demanda há possibilidades claras de inversão do ônus da prova, conforme disposto no artigo 6, VIII do CDC.
	Deste modo, cabe as requeridas demonstrarem provas em contrário ao que foi exposto pelo autor. Assim, as demais provas que se acharem necessárias para a resolução da lide, deverão ser observadas o exposto na citação acima, pois se trata de princípios básicos do consumidor.
	C. DA RESPONSABILIDADE POR VÍCIO DO PRODUTO
	A responsabilidade pelos vícios de qualidade apresentados por produtos de consumo duráveis é suportada solidariamente pelo comerciante, nos exatos termos do artigo 18 do CDC.
	O dispositivo traduz a responsabilidade solidária, que obriga os diversos níveis de fornecedores a resolver o problema. No caso de protelarem a solução por um dos envolvidos, os outros também podem ser chamados à responsabilidade.
	Basicamente, todas as empresas envolvidas na lesão ao consumidor têm participação e devem responder pelos problemas causados. Cabe ao consumidor escolher se quer acionar o comerciante ou o fabricante.
	Portanto, nos termos do artigo 18, § 1º do CDC, findo o prazo de 30 dias em que o fornecedor efetue o reparo (é direito do revendedor tentar eliminar o vício nesse prazo), cabe ao consumidor a escolha de qualquer das alternativas acima mencionadas.
	Contudo, a autora opta por resolver o contrato em perdas e danos, pleiteando a restituição imediata da quantia despendida, R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais), corrigida e atualizada monetariamente, com fulcro no disposto no inciso II do § 1º do artigo 18, do diploma consumerista, sob pena de cominação de multa diária determinada por este juízo.
	D. DO DANO MATERIAL
	É notória a responsabilidade objetiva da requerida, a qual independe do seu grau de culpabilidade, uma vez que incorreu em uma lamentável falha, gerando o dever de indenizar, no valor de R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais), relativos aos gastos com a compra do produto, pois houve defeito relativo à prestação de serviços. O Código de Defesa do Consumidor consagra a matéria em seu artigo 14.
	E. DO DANO MORAL
	Cabe ressaltar que, com a explosão do produto, que foi presente de aniversário de uma grande amiga a deixou muito triste, sem contar os danos causados com as escoriações sofridas pela autora e sua avó, lembrando que se trata de uma idosa de 90 anos.
	Nesse sentido, é merecedora de indenização por danos morais segundo o artigo 6º, VI do CDC.
	III. DOS PEDIDOS:
	Diante do exposto, requer a vossa excelência:
	1. Citação da parte ré para que, querendo, apresente contestação no prazo legal, bem como provas que achar pertinentes para o presente caso, sob pena de revelia;
	2. Reconhecimento da relação de cosumo e inversão do ônus da prova, nos termos do artigo 6º, VIII do CDC;
	3. A condenação da requerida ao ressarcimento imediato da quantia pega pelo produto no valor de R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais), acrescidas de juros e correções monetárias, sob pena de cominação de multa diária determinada por este juízo.
	4. Condenação da parte ré a pagar os danos morais e os danos materiais no montante justo de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) e R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais), respectivamente.
	IV. DAS PROVAS
	Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude do artigo 32 da lei 9.099/95, em especial a prova documental, a testemunhal e o depoimento pessoal do réu.
	Nestes termos, dar-se-á o valor da causa em R$ 10.000,00 (dez mil reais).
	Termos em que pede deferimento.
	Local ___, data ___.
	Advogado ___.
	OAB/__, nº ___.

Continue navegando