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Direito e moral no pensamento de Nicolau Maquiavel

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Direito e moral no pensamento de Nicolau Maquiavel 
Para a Filosofia do Direito, inicialmente Maquiavel vem de contramão com a moral, primeiramente o nome já não vem lembrar de coisas boas ou positivas, quando de primeiro momento olharmos pelo modo de pensamento jusnaturalista, percebemos que Maquiavel não se encaixa nem um pouco em uma política do dever ser, mas no direito do mais forte.
O pensamento político de Maquiavel rejeita a ideia do direito natural, e de políticas clássicas, de maneira que é visto pela sua política moderna, sempre fugindo da superstição, da religiosidade, vem com o realismo e racionalismo trazendo uma inovação na política, buscando uma modernidade, ao afasta-se da ética e da religião. Para muitos o medo e o terror, seu nome um sinônimo do diabo, princípio do mal, Maquiavel foi sempre odiado, mas posteriormente uma nova imagem da figura dele foi tomada, “O Príncipe” a obra principal de Maquiavel começou a ser visto como algo bom, um livro de conselhos, escrito por um gênio que coloca o passado em pleno presente, trazendo a realidade e as experiências vividas, e desta maneira, por muitos Ele se torna uma grande pensador sistemático cujas as teorias revolucionaram o mundo moderno, modificando esta sociedade.
Direito e moral em Maquiavel ao Contrário do pensamento clássico que associava a ideia da lei natural à perfeição humana, próprio de um jusnaturalismo cosmológico, Maquiavel propunha a força das armas na ausência das leis, foi também dele que surgiu o primeiro uso da palavra “Estado” dentro da linguagem moderna. Nesse Estado, as novas leis do príncipe formam uma estrutura jurídica que se parece muito com os elementos constitucionais pelos quais definimos hoje a ordem estatal . Tais dados devem ser levados em conta ao analisar o real problema moral em Maquiavel e de sua recusa à noção de direito natural. A tendência corrente é a de Maquiavel não usa o termo Virtù (virtus) em seu sentido moral (como virtude, amor e prática do bem, valor de algo ou alguém), mas explora sua noção clássica de vigor, valor, coragem e demais qualidades viris. “E como não é possível haver boas leis onde não há armas boas, e onde existem boas armas é conveniente que existam boas leis, falarei apenas das armas” (MAQUIAVEL, O Príncipe, cap. XII).

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